𝘈𝘵é 𝘰 𝘪𝘯𝘧𝘪𝘯𝘪𝘵𝘰
Bufei, afundando-me no sofá da sala e cruzando os meus braços. Era por volta das quatro horas da tarde e, até agora, não tinha visto minha quase esposa. Hoje era o dia do casamento e ela havia tirado o dia para se preparar. E por culpa de seu exagero, estou sem vê-la por horas. O máximo que havíamos falado um para o outro foi apenas um oi por telefone.
Além disso, meu dia estava sendo um tédio total, sem contar que eu estava ansioso, muito ansioso e feliz. Não dava para descrever a felicidade que eu estava sentindo. A poucas horas, veria minha noiva e, melhor, estaria casado com ela, com a mulher que eu mais amava... Parecia até um sonho.
Então, minha mãe passou pela porta e me olhou, com uma sobrancelha arqueada.
- Você já deveria estar se arrumando, não?
- Já?
- Claro, vai logo! - Portanto, levantei-me do sofá e fui flutuando para o banheiro, onde tomei um banho caprichado. Por fim, chegou a hora do terno.
Olhei-me no espelho, ajeitando as mangas, e suspirei. Meu sorriso era tão largo, que era até possível ver todos os meus dentes, mas o que eu poderia fazer? Era o meu casamento.
Depois, minha mãe entrou no quarto, já vestida por um vestido que ela havia economizado dinheiro para comprá-lo. Pude perceber que ela estava linda e elegante. Então, ela se aproximou de mim, evidentemente afetada, e começou a ajeitar minha gravata, sem olhar para mim. Ouvi ela fungar, portanto, sorri, revirando os olhos, e segurei suas mãos para fazê-la parar e me olhar.
- Se chorar, vai ficar feia, mãe. - Falei e ela bateu de leve no meu ombro.
- Não acredito que vai mesmo se casar.
- É, mãe, eu vou. Não podia estar mais feliz. A senhora está feliz também?
- Estou, claro que estou. Quero que seja muito feliz. Filho, cuide bem da Jéssica.
- É o que eu pretendo, mãe. - Então, ela enxugou as lágrimas e sorriu.
- Estou perdendo meu único filho.
- Que exagero, mãe, iremos morar perto.
- Vamos logo. - Sorri e respirei fundo, a seguindo.
[...]
Fazia um bom tempo que estava no altar, esperando por minha noiva, mas nem sinal dela. Portanto, fiquei imaginando se ela estaria arrependida ou teria desistido, mas lembrei que era comum a noiva se atrasar. Porém, ela teve o dia inteiro para ficar pronta, então não tinha motivos para isso, a não ser que ela tenha realmente desistido.
- Bernardo, fique calmo. Dá para sentir seu nervosismo daqui. - Falou Bruna, a madrinha de casamento da Jéssica.
- Ela vem mesmo, não é?
- Claro. Jessi estava radiante de tanta felicidade. Não se preocupe, ela já deve estar a caminho.
Então, após mais dois minutos, minha sogra entrou na igreja, avisando que a noiva havia chegado. Portanto, respirei fundo, endireitando-me no lugar, enquanto sentia a ansiedade por vê-la tomar conta de mim.
Assim que ajeitava meu terno, ao mesmo tempo que tentava não me esquecer de como respirar, senti uma cutucada. Então, olhei para Bruna e ela apontou para a entrada. No mesmo momento que olhei, a marcha nupcial começou a ecoar por toda a igreja e as pessoas se voltaram para a entrada. E lá estava ela. Mesmo distante, pude ver o seu lindo sorriso e, a cada passo que ela dava, meus batimentos cardíacos aumentavam. Ela estava linda como um anjo.
Quando a noiva parou em minha frente, vi que suas bochechas estavam molhadas. Então, sorri e passei meu polegar para enxugar suas lágrimas, sem tirar meus olhos dos seus. Depois, beijei sua testa e ela sorriu. Assim que ela entregou o buquê a sua mãe, nós nos viramos de frente para o altar juntos.
Além disso, minha mão estava tremendo de tanto que eu a mantinha fechada. Tinha a impressão de que a qualquer momento, meu coração ia sair pela boca. Deus, como esperei por esse momento, quase não podia acreditar que realmente estava acontecendo.
Na troca de alianças, Jéssica foi a primeira a pegar uma delas, colocando lentamente em meu dedo, enquanto minha mão tremia e a sua também. Em seguida, segurei sua mão e deslizei a aliança em seu anelar esquerdo. Então, Jéssica sorriu, emocionada, e eu ergui sua mão, deixando um beijo casto em cima do objeto dourado.
- Te amarei infinitamente. - Falei, vendo ela sorrir entre as lágrimas. Depois, aproximei-me e beijei sua têmpora demoradamente. Ao me afastar, completei, sussurrando: - Talvez um pouquinho mais. - Ela abraçou apertado meu pescoço e eu rodeei sua cintura com meus braços, enquanto ouvia os aplausos dos convidados.
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