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Quando O Sol Nasce No Ocidente | dezesseis.

Faz vinte minutos que Alec está trancado na sala do diretor. Ele ainda não tinha se acalmado quando a Sra. Byrnes, professora de biologia, o ajudou durante aquela agoniante crise de pânico. Ela o levou até a sala do diretor e os três estão trancados desde então.

— Arthur?! — chama o diretor, finalmente abrindo a porta. — Pode entrar um momento, por favor?

Concordo, ainda angustiado.

Alec está sentado no sofá de canto da sala, segurando um copo de plástico. Encolhido, ele abaixa a cabeça quando me vê entrar. Minha vontade é de ir ao seu encontro e abraçá-lo, mas me contenho.

— Alec disse que teve uma crise de pânico e que você o ajudou — diz a Sra. Byrnes, sentando ao lado dele.

— A Sra. Byrnes ouviu no corredor que isso aconteceu depois que ele foi intimidado por três alunos — pontua o diretor, voltando a sentar em sua poltrona. —, mas Alec negou essa informação e disse que teve essa crise do nada.

Desvio minha atenção para o Alec por um instante...
Ele me encara, balançando a cabeça negativamente.

— Você viu ou ouviu alguma coisa, Arthur? — pergunta a Sra. Byrnes.

Fecho meus olhos, respiro profundamente e aperto ambas as mãos com força. Sei que ele não vai gostar, mas tenho que dizer a verdade.

— Jeff Parker e Quentin Kaur estavam intimidando o Alec no corredor — digo, voltando a atenção para o diretor. — Tem outro também, mas não lembro o nome.

— Isso já basta para identificá-lo — diz a Sra. Byrnes, confortando o meu amigo. — Não se preocupe, Alec. Eles não vão mais te intimidar, tudo bem?

Ele não responde, voltando a abaixar a cabeça.

— Tentamos ligar para a sua casa, mas ninguém atende — diz o diretor, tirando o telefone do gancho. — Vou tentar de novo.

— Não tem ninguém em casa — diz Alec, rapidamente.

— Seus pais têm celular? — pergunta a Sra. Byrnes.

— Não quero ir pra casa! — exclama, ainda em um ritmo acelerado. — Meus pais estão trabalhando e não podem vir aqui agora.

— Alec, alguém tem que se responsabilizar por você — diz o diretor.

— Liga para o meu pai — digo, cruzando os braços. — Ele pode vir buscar o Alec.

— Estou bem! — exclama meu amigo, levantando. — Só foi uma crise de pânico, nada demais! Não quero perder o restante das aulas.

O diretor e a professora trocam olhares.

— Eu fico com ele — proponho. — Meu pai vem me buscar hoje a tarde e não terá problema em levar o Alec pra casa. Não seria a primeira vez.

Alec confirma com a cabeça quando o diretor e a professora desviam a atenção para ele.

— Você está liberado da minha aula hoje — diz a Sra. Byrnes. — Pode ir para a biblioteca ou para o pátio respirar e se acalmar para as próximas aulas.

— Fique com ele durante este período, Arthur — pede o diretor, voltando a pegar o telefone. — Você também está dispensado da aula atual, mas ambos têm que assistir as próximas.

Concordamos.

Acompanho Alec até o pátio, próximo a quadra de basquete. Ele está quieto, distante e evitando contato visual. Imagino que esteja envergonhado, mas espero que não esteja chateado por eu ter dito a verdade para o diretor. Foi a melhor decisão que tomei, pois não quero que algo semelhante volte a acontecer.

— Alec? — chamo, tentando uma aproximação.

Ele se afasta, estremecendo depois de cruzar os braços.

— Tá com frio? — pergunto, tirando o meu moletom oficial do time de basquete.

— Não, Arth — diz, com a voz rouca. — Tá frio aqui!

— Tenho outra blusa no vestiário.

— Mas...

— Por favor, veste! Você só está com esse suéter. Isso não protege ninguém do frio.

Ele recua, mas insisto, o envolvendo com o meu moletom.

— E se alguém me ver com sua blusa?

— Eu falo com o time, ok? Ninguém vai se importar se você usar minha blusa por um dia.

Ele concorda e quase sorri, mas volta a se afastar.

— Vem comigo no vestiário? — pergunto, segurando sua mão.

Ele tenta se soltar, mas volto a insistir. Tudo o que quero é que Alec se sinta seguro ao meu lado. Quero que ele saiba que não ligo para o que aconteceu minutos atrás. Tento passar essa segurança todo segundo ao lado dele. O vejo ceder pouco a pouco, mas com receios. Ele evita segurar a minha mão e ficar muito próximo. Imagino que tem medo que alguém nos veja.

O vestiário está vazio. O treinador tem o costume de ficar na sala dos professores comendo e bebendo café o dia todo. Às vezes sai para fumar no estacionamento. Ele só aparece no vestiário na hora dos treinos. Meus colegas de time estão em aula. É meio difícil um deles ter a sorte de ser liberado.

Abro o meu armário, pego a blusa que tenho de reserva e a visto, fechando os botões de pressão.

— Você só trouxe esse suéter?

— Sim! Não achei que faria tanto frio hoje.

— Nem eu! O inverno tá demorando para dar as caras, não acha?

Alec concorda.
Ele ainda evita o meu olhar.

— Minhas mãos estão tão frias — digo, me aproximando o bastante para encostar os dedos em seu pescoço.

Ele recua, sorrindo.

— Estão mesmo — diz, encostando no armário.

— Você já se esquentou? — pergunto, me aproximando ainda mais.

Coloco minhas mãos em sua cintura, encostando cuidadosamente meu corpo no dele. Alec estremece, mas não recua, repousando as mãos em meus braços.

— Estou bem melhor, obrigado — diz, suspirando.

— Sério? Então por que está tremendo?

— Não estou.

Empurro o meu corpo um pouco mais contra o dele, o apertando contra o armário. Alec volta a estremecer, e imagino que não seja de frio. Ele deita a cabeça em meu ombro, contornando os braços em meu pescoço. Fecho os olhos e também estremeço quando sinto o cheirinho inconfundivel do seu cabelo.
Sem dúvida aquele é o meu novo aroma favorito.

— Tudo bem se não quiser falar sobre o que aconteceu — digo, cauteloso.

Ele balança a cabeça, concordando.

— Tenho certeza que isso não vai voltar a acontecer, ok? Vou falar com meus amigos e nós ficaremos de olho em você.

Ele volta a balançar a cabeça, mas agora negativamente.

— Não conta para ninguém o que aconteceu, por favor — pede, levantando a cabeça para finalmente me olhar. — Não quero que saibam.

— Não vou falar — digo, com um sorriso. —, mas vou pedir para os meus amigos ficarem de olho em você. Isso não é negociável, tá bom?

Alec não concorda e nem discorda. Ele desvia o olhar, suspira, aperta os lábios e até resmunga antes de eu segurar o seu rosto para ele voltar a sua atenção para mim. Sinto aquele frio esquisito na barriga seguido de um arrepio que começa em minhas costas e sobe até a minha nuca. Umedeço meus lábios enquanto olho bem de perto os dele. Sinto muita vontade imensa de beijá-lo...
E não me sinto nem um pouco travado ou inseguro quanto a isso.

— Melhor a gente ir, Arth — diz, corado.

— Não quer ficar aqui comigo? — pergunto, me aproximando um pouco mais.

Nossos lábios quase se encontram. Encosto o meu nariz delicadamente no dele, ensaiando o beijo que estou tão ansioso em experimentar. Excitado, roço o volume duro da minha calça de moletom em sua coxa. O sinto amolecer em meus braços.

— Viu o que você faz comigo? — sussurro, e o aperto ainda mais contra o armário.

— O que eu faço com você? — pergunta, retribuindo aquele roçar delicioso.

Sinto algo duro encostar em mim...
Meu corpo congela.

— Er... Ale... Alec?

— Hãn?

— Acho que... Acho que é melhor a gente ir para a aula.

Ele concorda.
Dou um passo para trás.

— Desculpa — diz, acanhado.

— Eu que peço desculpa por te provocar assim — respondo, aturdido. — Não é o lugar e nem o momento para isso.

Ele concorda mais uma vez.

— Obrigado por me defender hoje, Arth — diz, enquanto saímos calmamente do vestiário.

— Me avise se te provocarem de novo, ok?

O acompanho até o corredor do segundo andar, onde ele terá sua próxima aula. Me despeço ainda nas escadas, pois tenho que buscar minhas coisas na sala de história e depois descer para a sala de química, no térreo.

Me perco em pensamentos enquanto sigo o meu caminho de volta. Foi prazeroso ter o Alec tão próximo a mim, mas confuso ao mesmo tempo. Ele ficou excitado, o que é natural em momentos de intimidade como o que tivemos. Senti o pau dele pela primeira vez, e isso me deixou mais confuso do que já estou.
Acho que não estou preparado para tudo isso.

Até então tenho pensado no Alec de uma forma mais carinhosa e apaixonada. Claro que desejo ter momentos íntimos com ele, mas ignorava o fato de ele ter a mesma "coisa" que eu.
E se ele gostar de usar tal "coisa"? E se ele quiser usar em mim? Não sinto desejo e nem vontade de sequer encostar na "coisa" que ele tem. Quando imagino momentos de intimidade com o Alec, não imagino...

O que eu imagino?
Meu Deus, no que estou pensando?

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