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Treze

— Jill? – Rachel chamou pela filha do quarto de Collin – Pode ir lá embaixo diminuir a temperatura do forno pra mim? Já deu a hora.

— Posso sim. – ela prontamente respondeu, deixando de lado o cesto de roupas recém lavadas. A mãe a havia incubido de separar e dobrar as peças para que pudesse terminar de passar o aspirador nos outros cômodos, e assim dar as tarefas domésticas por encerradas.

No dia anterior, fora o térreo que passara por uma averiguação crítica. Jill havia ajudado a mãe em todas as tarefas, mas não conseguia deixar de se perguntar como é que uma pessoa podia sentir tanto prazer em cuidar de uma casa. Não fazia nem 48 horas que ela havia chegado de viagem e a casa inteira já estava limpa, organizada, cheirando a comida bem temperada e emanando aquela sensação aconchegante de lar.

— 50 graus! – Rachel gritou lá de cima e Jill teve que dar uns dois passos para trás no corredor de acesso à cozinha para a responder e ter certeza de que seria ouvida no segundo andar por cima do ruído do aspirador de pó.

— Tá bom!

Dois pés de alface colhidos na horta aguardavam na pia da cozinha para serem lavados e transformados em salada juntamente com os tomates maduros que estavam logo ao lado; uma torta de cerejas esfriava no balcão, esperando para receber uma camada final de chocolate derretido; no forno, um pernil assava em baixas temperaturas desde o meio da manhã. Sua mãe tinha grandes planos para o jantar daquela noite.

Rachel não se atrevia a chamar o que estava planejando de comemoração, só que todo mundo sabia bem o que era. Collin chegara em casa sorridente no dia anterior com a notícia de que ele e Barb haviam decidido tentar mais uma vez, mas, antes que a mãe pudesse pular de alegria, ele explicou o quanto a situação era complicada. Collin e Barb não queriam ter que esconder o que estava acontecendo de suas famílias, porém esperavam não ter que lidar com expectativas de nenhum dos lados pois não sabiam aonde aquilo iria dar, ou mesmo se chegaria a dar em alguma coisa.

Por experiência própria, Jill sabia que a mãe não interferiria no que quer que estivesse acontecendo entre o irmão e a melhor amiga, fosse bom ou ruim, mas concordava que o momento não podia passar em branco. Assim, ela apoiou quando Rachel deu a esfarrapada desculpa de que queria celebrar o nascimento da Amizade e que, para o desespero de Collin, ela convidaria Barb para um jantar especial a ser realizado naquele sábado em Spring Creek.

Só que, no instante em que Barb confirmou por telefone que topava, a mãe informou que havia uma segunda pessoa que ela queria que estivesse presente e, sem sequer esperar que Jill tivesse a chance de protestar, saiu pela porta da cozinha para ir convidá-lo pessoalmente.

Com um suspiro, Jill girou o botão de temperatura do forno até ajustá-lo e, em seguida, olhou por cima do ombro na direção das janelas da cozinha, em busca da vista que elas davam para o pavilhão.

A cada hora que se passava parecia que o bolo de palavras não ditas atravessado em sua garganta crescia mais e mais, e que nunca pararia de crescer. Sua vontade era ir até Jesse e obrigá-lo a ouvir tudo o que tinha para falar, todas as coisas que lhe vieram depois que saiu daquele estado de choque que a dominara na outra noite. Jill ainda não conseguia acreditar que ele a havia dispensado por achar que ela voltaria para Brian mesmo depois de tudo o que tinha lhe contado!

Se fosse qualquer outro cara a tratá-la com condescendência ela já teria feito um escândalo. O problema era saber o que sabia sobre Jesse, como ele perdera o pai, como viera parar em Spring Creek, como estava claro o quanto ainda sofria. Jill jamais, em sã consciência, por mais irritada que estivesse, se atreveria a adicionar mais problemas sobre os ombros dele.

Havia um outro fator que também pesava, e este era sua mãe. Rachel tinha mesmo o acolhido sob sua asa materna. Quanto mais falava sobre Jesse, mais ficava claro que o carinho que sentia por ele ultrapassava os limites da obrigação para com um empregado. E Jill não achava justo fazer a mãe se sentir compelida a escolher lados, não quando ele era tão bom para ela.

Por essas razões, Jill estava resignada a respeitar o pedido de Jesse em silêncio. Ela se manteria fora de seu caminho, não o procuraria e evitaria até mesmo ir ao pavilhão sem companhia para não arriscar ficar sozinha com ele. Quando ambos fossem obrigados a estar nos mesmos lugares, ela o trataria com cordialidade e não esperava outra coisa em retorno. Jesse podia ser um bruto arrogante, mas sabia ser discreto.

Bem lá no fundo, Jill nutria uma vaga esperança de que, com o tempo, Jesse e ela pudessem voltar a conversar, quem sabe até rir daquilo tudo e ser amigos. Eles se tornariam vizinhos afinal. Pelo menos por um tempo. Na segunda-feira ela iria a Nova Iorque. Não tinha sido uma decisão fácil de se tomar, mas pediria demissão da Changeant.

Quando se abriu com a mãe sobre Brian e sua carreira no dia anterior, Jill sentiu no abraço que ganhou que, por mais que se sentisse deslocada por não saber o que fazer com seu futuro, estava escolhendo o caminho certo. Não era tarde para desfazer os erros que havia cometido e não era tarde para recomeçar. Assim, parte das razões de Rachel em iniciar as arrumações pelo primeiro andar tinham sido desocupar um dos quartos de visita para que a filha tivesse onde guardar os equipamentos que trouxera de Nova Iorque, e todos o resto que ela ainda traria de lá.

Faltando pouco mais de uma hora para às sete da noite, o horário marcado com os dois convidados, Rachel avisou que subiria para se arrumar e Jill ficou na cozinha para preparar a mesa e garantir que nada de errado se passasse com os vegetais que haviam sido acrescentados junto ao pernil no forno. Quando a mãe voltou, foi a sua vez de subir até seu quarto.

Muito mais ansiosa com o encontro iminente do que queria admitir, Jill não conseguia parar de se perguntar como é que Jesse se comportaria com ela diante de seus pais. Ela teria que se limitar a falar sobre Caramelo e Amizade com ele? Jesse sequer a responderia se ela lhe dirigisse a palavra? E se ele passasse a noite inteira a ignorando como fizera no pavilhão?

Não adiantava tentar anteceder o que viria porque Jill não tinha meios de adivinhar o que um estranho faria. Antes, quando achou que começava a entendê-lo, ela teria ousado, mas a verdade é que nunca o conheceu como pensou. Jesse havia erguido tantas proteções à sua volta, tantas formas de esconder suas emoções, que nem mesmo ele sabia mais quem realmente era.

Jill tomou banho e se arrumou, escolhendo shorts jeans e uma camisa vermelha de botões para vestir. Quando se olhou no espelho, não gostou nem um pouco do que viu em seu rosto e até chegou a pegar sua necessaire, mas não havia nada que maquiagem pudesse fazer naquele caso, não quando o problema estava em seu humor. Se limitando então a passar apenas rímel, ela preferiu deixar que seu cabelo úmido secasse sozinho e que decidisse por si só por se comportar ou se revoltar. Jill apostava na rebelião.

— Ainda não está pronta? Mas é a sua cara mesmo, Jillian. – a voz implicante de Barb se fez ouvir e Jill se virou para a porta aberta de seu banheiro para encontrar a amiga ali sorrindo, mal se contendo dentro de si.

— Barb! – exclamou, largando a toalha que tinha nas mãos na pia e pulando no pescoço da amiga, a envolvendo num abraço apertado que foi correspondido com o mesmo entusiasmo – Eu tô tão, mas tão feliz por você e Collin! – foi a primeira coisa que lhe ocorreu e ela não pode se conter. Era a primeira vez que as duas se viam desde o nascimento da Amizade, desde que haviam feito as pazes e desde que Barb e Collin tinham decidido reatar.

— Preciso admitir. – Barb confessou com um suspiro aliviado, afastando Jill para que as duas ficassem frente à frente – Eu também estou.

Milhares de respostas vieram a Jill, quase todas envolvendo um "eu sabia", mas ela se calou. "Nada de pressão" foi o que o irmão pedira, nada de pressão era o que Barb teria. Um dia aquele assunto deixaria de ser delicado e Jill não se importava de esperar para saber os detalhes que Barb certamente lhe contaria quando se sentisse pronta. Até lá, estava satisfeita em saber que a amiga jamais teria voltado com Collin se não fosse o que realmente desejasse.

— Você estar feliz é só o que importa. – concluiu com um sorriso e um empurrãozinho, mas, ao invés de receber de Barb a mesma brincadeira em retorno como sempre acontecia, a amiga ficou séria, lendo facilmente em Jill o que ela andava lutando para esconder.

— O mesmo tem que se aplicar a você. – Barb contrapôs, a pegando pela mão e a puxando na direção da cama para que as duas se sentassem na beirada, uma preparação que, Jill intuiu, acompanharia alguma espécie de conversa difícil – Eu sei que você e Jesse brigaram.

Jill suspirou fundo. No meio de toda aquela confusão, ela havia se esquecido que Barb também era amiga de Jesse e que, provavelmente, era a única pessoa com quem ele conversava em todo o Texas fora de Spring Creek.

— Ele te contou o que aconteceu? – quis saber frisando os lábios, deixando que sua frustração transparecesse no gesto.

— Não necessariamente. – Barb meneou a cabeça antes de se explicar – Collin me disse ontem que você estava estranha quando vocês conversaram, e primeiro pensei que pudesse ser Brian te perturbando. Mas daí eu liguei pra Jesse para saber sobre Caramelo e Amizade... – ela deixou a frase morrer, dando de ombros na sequência, tornando implícito o fato de que Jesse não deveria estar em um dos seus melhores dias quando eles se falaram – Foi fácil ligar os pontos depois.

Jill se ajeitou ao lado da amiga, mirando o próprio colo e tentando ganhar tempo, sem saber por onde começar a explicar. Como poderia colocar algo que não conseguia compreender em palavras?

— Jesse acha que estou confusa. – ela finalmente disse, percebendo que era exatamente aquilo que ele quisera provar ao perguntá-la como, depois de somente 10 dias, ela podia saber que o que sentia quando estava com ele era real – Ele acha que eu amo Brian, que vou acabar voltando pra ele em algum momento, e disse que era melhor acabar o que a gente tinha antes que alguém se machucasse. Mas ele decidiu tudo sozinho, de uma hora pra outra, e não me deu nem uma chance de me explicar! – Jill exclamou se interrompendo na sequência. O nó no fundo de sua garganta havia voltado a ameaçar sufocá-la e ela precisou puxar uma lufada de ar para recuperar o fôlego perdido. – Eu estou mesmo confusa, mas é comigo. Minhas escolhas, minha vida. – esclareceu, levando a mão ao peito para dar ênfase às palavras – E Jesse não tem nada a ver com isso. Terminar com Brian é uma das poucas coisas das quais tenho cem por cento certeza de que estou certa. E ele saberia disso se não tivesse se fechado completamente.

Quando terminou, Jill estava prestes a chorar. Não por ter perdido Jesse, mas pela injustiça que havia sofrido. Se tivesse tido a chance, teria dito a ele toda a verdade, como se sentia, os problemas que a assombravam, e isso pelo simples fato de que havia passado a confiar nele do fundo de seu coração.

— Jill... tem um coisa que você precisa saber... sobre Jesse. – Barb anunciou, ainda mais séria do que antes – Sobre o passado que ele deixou em Lexington. – um calafrio desceu pela espinha de Jill quando Barb baixou a cabeça, se preparando para revelar o que sabia – Você sabe que ele trabalhava com o pai na universidade que eu frequentei e que foi meu monitor no estágio, certo? – ela quis ter certeza antes de continuar e Jill anuiu em silêncio, tudo nela concentrada no que Barb diria em seguida – Depois que eu já não estava mais lá, Jesse conheceu uma aluna. Abigail Watson-Thompson.

— Watson-Thompson? – Jill ecoou, completamente surpresa.

De tudo o que esperava que pudesse sair pela boca de Barb, aquela era definitivamente uma das últimas coisas. Os Watson-Thompson eram donos da maior rede de Jockey Clubs no país, e o chefe da família, Arnold, era também o presidente da Liga Nacional Equestre, a Fórmula 1 para cavalos. Seu conhecimento dos animais de corrida era tamanho que os boatos diziam que ele jamais perdera uma aposta nos páreos. Ele era uma lenda, mas uma em decadência se os rumores fossem reais. Muitos diziam que a fortuna da família já não era a mesma.

— Abigail é neta do velho Arnold. – Barb confirmou a conexão, a gravidade do que aquilo significava transparecendo pesadamente em suas palavras – Ela e Jesse namoraram por uns dois anos e ele a pediu em casamento quando ela estava prestes a se formar. Só que nas férias antes do último semestre dela, Abigail foi para a Europa e, quando voltou, terminou com ele alegando que tinha pensado melhor, que eles dois tinham objetivos de vida muito diferentes e que nunca dariam certo. Jesse ficou muito mal, e duas semanas depois veio à público que ela estava de casamento marcado com Henry Pritzker, herdeiro da Valley Oil. – uma das maiores companhias exploradoras de petróleo do mundo, Jill completou mentalmente, seu coração despencando dentro de si – E essa foi a razão dele ter ido beber na noite do acidente, Jill. Jesse tinha acabado de descobrir que Abigail o tinha trocado porque ele era pobre, e muito provavelmente o traído, quando perdeu o pai.

Por um longo instante, tudo o que Jill pode fazer foi mirar Barb com olhos arregalados.

Os paralelos eram claros e inegáveis. Quando Jesse olhava para ela, ele via Abigail. E ele se via sendo abandonado pela segunda vez se se deixasse envolver porque, em suas próprias palavras, ele não tinha nada para oferecer. Jesse se enxergava como sendo só mais um pobre coitado que nem onde morar tinha, um nada em comparação a Brian, o ex-namorado milionário que tentava reconquistá-la.

— Mas eu não sou assim! – Jill sentiu a necessidade de se defender e a amiga sorriu um sorriso triste, afagando seu ombro numa tentativa de a consolar.

— Eu sei que não é. – garantiu – E no fundo Jesse também deve saber ou nem teria se aproximado de você. Mas se coloca no lugar dele. – a amiga pediu – A essa altura você já deve ter percebido que ele se culpa pela morte do pai. Ele não está fazendo por mal. Só não consegue superar o que aconteceu. Provavelmente nunca vai.

As palavras de Barb ainda ecoavam em Jill quando ela desceu as escadas para o primeiro andar. O sentido que trouxeram a tudo em Jesse que ela não compreendia era muito pior, muito mais cruel do que jamais poderia ter imaginado. Não era de se admirar que ele houvesse se transformado em um homem tão calado, tão desconfiado e tão difícil de alcançar. O remorso devia devorá-lo por dentro, dia após dia, noite após noite. E a presença de Jill e seus problemas só devia tornar as memórias ainda mais vívidas.

Na sala de estar, o som das gargalhadas enchia o ambiente e, a primeira coisa que Jill viu quando entrou no cômodo amplo, foi a mãe abraçada a Collin, o protegendo da ira fingida de seu pai, que reclamava por ela mimar demais o filho supostamente adulto. Em outra situação Jill teria se juntado a eles, entrado na brincadeira, rido e provocado o pai até que ele estivesse com as orelhas vermelhas, algo que ela havia herdado dele. Mas não naquela. Tudo o que conseguia ver era o que Jesse havia perdido, o que nunca mais poderia ter, e doeu muito nela quando chegou à conclusão que ele tivera razão desde o início. A melhor coisa que Jill seria capaz de fazer para o ajudar era mesmo manter distância.

Se antes ela estava ansiosa para quando chegasse o momento em que teria que reencontrar Jesse, agora já não existiam palavras capazes de descrever como se sentia. Jill lutava consigo mesma para permanecer firme e não desabar na frente dos pais, de Collin e de Barb. Sua vontade era deixar a casa, correr pela trilha até o pavilhão, até ele, e o abraçar apertado, mostrar naquele gesto que sentia muito, que voltaria no tempo por ele se pudesse. E, ao mesmo tempo, tudo o que mais queria era não ter que ficar frente a frente com Jesse nunca mais.

A hora marcada chegou e passou enquanto todos os presentes conversavam sentados nas poltronas da sala de estar sobre nada em especial. A Jill pareceu que, a cada minuto após as sete que se passava, a tensão no ambiente crescia um pouco, mas julgou ser só mais um dos sentimentos conflitantes que se misturavam dentro dela.

No entanto, depois de quinze minutos de atraso, a mãe começou a se preocupar por Jesse ainda não ter aparecido. Segundo ela, ele nunca se atrasava, e Jill observou aflita a mãe se levantar da poltrona onde estava para ir até a cozinha ligar para ele na esperança de o ouvir dizer que já estava a caminho, que algo o havia impedido de chegar na hora. Só que, quando ela voltou, foi com a notícia de que a ligação sequer havia sido completada.

Uma troca de olhares entre Barb e Jill foi o suficiente para que ambas soubessem que tinham chegado à mesma conclusão. Jesse não viria, porém nenhuma delas teve coragem de dizer aquilo à Rachel. Ela havia insistido em esperar outros dez minutos enquanto andava impaciente pela cozinha, olhando pelas janelas na direção do pavilhão, em busca de qualquer movimento que pudesse indicar que ele estava vindo.

Muito mais que dez minutos depois, quando ficou claro que ele não viria mesmo, Rachel decidiu servir o jantar. Ainda assim, a cada mínimo movimento na noite lá fora, a mãe olhava por cima do ombro, esperando que Jesse entrasse na casa e se juntasse a eles na mesa. E ela não fora a única a sofrer com a expectativa. Jill também se pegava olhando para a noite pelas portas de vidro em busca de faróis subindo a estrada, vindos da direção do pavilhão. Mas isso não aconteceu e, na hora de servir a sobremesa, Rachel se contentou em guardar duas fatias de torta para ele, antes que Collin atacasse a travessa.

— É a preferida do Jesse. – ela se explicou para Jill e Barb quando as duas, que arrumavam a louça suja na máquina, pararam o que estavam fazendo para a observar – Eu fiz uma torta dessa de surpresa pro aniversário dele em janeiro e ele adorou. Amanhã eu levo lá. – disse, indicando a direção do pavilhão com o queixo.

Depois, o pai trouxera orgulhoso um licor de ervas da adega que ele mesmo havia feito e, mais uma vez, todos se sentaram nas poltronas da sala para degustar a bebida.

Enquanto Barb fazia caretas pelo gosto amargo e o pai e Collin ria da cara dela, Jill percebeu que a mãe continuava aérea, preocupada que algo grave pudesse ter acontecido a Jesse ao mesmo tempo que lutando consigo mesma para não ter que admitir que ele havia desligado o telefone de propósito. A decepção era tão grande que Rachel mal conseguia mais disfarçar como estava magoada, e aquela foi a gota d'água para Jill.

Jesse podia ter todas as razões do mundo para se isolar e sofrer em silêncio se quisesse, mas nada dava a ele o direito de descontar em pessoas inocentes suas frustrações.

Se o problema dele era ter que encontrar com ela, ele deveria saber que Jill não era criança. Ela respeitaria o que ele havia pedido. Ela manteria distância. Estava preparada para falar de ferraduras a noite inteira se fosse o preço a se pagar pela boa convivência. Só que ele não se importava. Mais uma vez, seu orgulho era mais importante do que atender a porcaria do telefone quando sua mãe ligou ou pelo menos avisar que não viria ao jantar. Jill suportaria qualquer coisa vindo dele desde que fosse direcionada somente a ela. Mas ele havia machucado Rachel, e aquilo Jill não iria permitir.

Sentindo o sangue ferver nas veias, Jill se levantou da poltrona perto da lareira e saiu pelas portas de vidro como um furacão, sem se dar conta da plateia atônita que deixava para trás e decidida a dizer a Jesse tudo o que ele merecia ouvir.

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