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Capítulo 6

— Você gosta muito da banda The Smiths? — Naruto perguntou, enquanto dividíamos uma taça gigante de sorvete e falávamos sobre nossos interesses aleatórios.

— Gosto bastante — confessei, ficando sem graça por ouvir música alta, apesar das reclamações do síndico e de alguns vizinhos.

Não dele.

— Percebi — respondeu com uma pitada de sarcasmo enfeitando a voz.

— Me desculpe por me empolgar tanto. — falei, ciente do meu erro. — É que aconteceu muitas coisas na minha vida e música alta realmente me acalma.

— Não, que isso. — Naruto tocou levemente minha mão, por cima da mesa. — Eu curto também, quando você está ouvindo geralmente eu aproveito. Shion não gosta muito, e com ela em casa nem sempre eu podia ouvir o que eu queria.

— Ah, então me usava como desculpa? — dei um cutucão sutil em seu braço com a mão esquerda, pois a direita ainda estava presa por baixo da dele.

— Talvez. — Naruto abriu um sorriso debochado. — Sabe, faz algum tempo que eu queria te chamar pra tomar um sorvete.

— Por que nunca chamou? — indaguei.

— Eu não queria levar um fora, sou bem covarde, né? — fez uma careta adorável, o que evidenciou seus risquinhos nas bochechas.

— Bom, considerando o que eu achava sobre você e Shion, talvez não fosse uma boa ideia me convidar antes. — brinquei, ele anuiu.

— Tudo tem seu tempo — ponderou, demonstrando acreditar verdadeiramente nisso.

— Sim — confirmei, sentindo meu coração ficar aquecido com toda essa conversa.

Eu estava totalmente interessada em nosso singelo diálogo; mas, como mantínhamos nossas mãos unidas, meus olhos acabaram me traindo e Naruto a soltou, encabulado.

— Desculpe, nem percebi. — ele esfregou a nuca e desviou os olhos.

Adivinhem? Corando!

— Eu acho tão lindo quando você fica sem graça e suas bochechas ficam vermelhas. — divaguei, buscando seu olhar.

O que piorou tudo, já que notei o avermelhado de seu rosto se expandir para todo o pescoço.

— Isso é uma droga. — resmungou abaixando a cabeça. — Eu não devia ser tão tímido.

— Pois eu acho uma graça. — garanti, ganhado sua atenção imediatamente.

— Eu tô feliz que estejamos aqui agora, depois da discussão que tive  com minha irmã, eu meio que andava desanimado. — refletiu, mudando de assunto e foi a minha vez de tocar sua mão. — Eu e ela não temos nos dado bem, é que Shion não tem ninguém além de mim, nós perdemos nossos pais muito cedo. Eu me preocupo com a minha irmã, mas ela não entende algumas coisas e isso dificulta nossa relação. — desabafou e esfregou os olhos com a ponta dos dedos.

— Deve ser difícil, mas sua irmã te ama e com certeza as coisas vão se ajeitar. Inclusive, sempre que quiser conversar e espairecer, pode me chamar. — propus, acarinhando o dorso de sua mão. — Principalmente porque eu estou na rua da amargura e ficar em casa sem fazer nada é realmente desesperador.

Naruto juntou as sobrancelhas e me olhou curiosamente.

— No que você trabalhava?

— Como gerente em uma loja do shopping que tem no centro. — dei de ombros, sem querer adentrar naquele assunto que tanto me deixava triste.

Estar desempregada era sempre desesperador, na minha situação então, era quase o apocalipse.

— Que coincidência — observou, coçando o queixo com a mão livre. — Eu trabalho como gerente em um supermercado e estamos precisando de alguém.

Meus olhos se iluminaram.

— Sério? — não consegui conter a animação em minha voz.

Eu sabia que Naruto parecia um anjinho, mas não achei que ele fosse verdadeiramente um.

— Bom, eu não comentei nada, porque não queria ser inconveniente — respondeu, se ajeitando na cadeira. — Mas percebi que devia ter acontecido algo, porque antes eu mal te via no prédio. Sempre nos encontrávamos por acaso e você corria de mim logo após me cumprimentar — riu, como se lembrasse de alguma coisa. — De todo modo, eu estou saindo de lá e preciso indicar alguém de confiança para ficar no meu lugar. Parando para analisar, se você ficar com a vaga, seria perfeito para nós dois.

— Seria maravilhoso! — empolguei-me de imediato. — Ah, mas eu não tenho experiência em gerência de supermercado. — resmunguei, sentindo minhas esperanças se esvaírem.

— Isso não é problema, posso marcar uma entrevista pra você?

— Claro! — exclamei alto demais, rápido demais.

Morri de vergonha por isso.

Contudo, ele não pareceu se importar.

Naruto me informou porque estava saindo do emprego. Pelo que parecia, ele queria montar um negócio próprio. Portanto, se eu ocupasse a vaga, logo ele conseguiria dar andamento em seu projeto.

Eu não me aguentava de expectativas sobre a possível entrevista. Finalmente seria contratada? Meu tormento acabaria? Aliás, deixando minha euforia de lado um pouco para curtir o momento, acabei me abrindo para Naruto. Contei a situação da minha família e do meu sonho de trazê-los para morar comigo. Inclusive, contrariando minhas expectativas baixas com relação a homens no geral, ele me ouviu com atenção e parecia estar genuinamente interessado no que eu estava falando. Era como um sonho. Naruto parecia aqueles homens saídos de conto de fadas e eu me sentia cada vez mais interessada nele e louca para enfiar a mão naquele cabelo sedoso e cheio de cachos. Controlei minha empolgação como pude, mas vez ou outra Naruto tocava minha mão enquanto conversávamos. Era como se não pudêssemos ficar sem tocar um no outro. Obviamente, sempre que isso acontecia, eu sentia uma sensação gostosa se expandir por todo o meu corpo, era como um formigamento que não incomodava. Um arrepio que me fazia ter ainda mais vontade de tocá-lo, ou talvez de bagunçar seus cabelos.

Quando, por fim, ficou tarde demais, decidimos ir embora. Só havia um problema, eu não queria que a noite acabasse. Não agora, quando eu me entendia tão bem com meu vizinho de porta. Com isso em mente, enquanto ouvíamos música no carro, eu o convidei para assistir um filme em meu apartamento. E, mesmo parecendo um tanto envergonhado e até receoso, eu diria, ele aceitou com um sorriso muito grande nos lábios.

— Gosta de pão de queijo? — questionei, enquanto abria a porta do apartamento. — Todo mundo gosta de assistir filme comendo pipoca...

— Não eu — Naruto me cortou. — Eu prefiro pão de queijo com uma caneca de chocolate quente.

— Casa comigo! — exclamei por impulso e ele riu, esfregando a nuca. — Quero dizer, é brincadeira claro, só fiquei feliz por encontrar alguém parecido comigo... Isso não é um pedido de casamento propriamente dito... Hã, não que você não seja casável, na verdade você é e muito. Mas eu não estou pedindo sua mão, acho que é melhor eu calar minha boca agora... — apontei para dentro do apartamento e entrei correndo, já roxa de vergonha.

Qual era o meu problema, afinal? Se tivesse um buraco no chão, eu me enfiava.

— Eu casava.

— O que? — virei e encarei Naruto, que sorria de canto, com as bochechas totalmente vermelhas.

— Se fosse um pedido real, eu casava, Hina — garantiu e sua voz soou firme, causando um reboliço em meu interior. — E, se quiser, sabe... — olhou para os lados, evitando meus olhos — Pode mexer no meu cabelo.

— Posso? — minha curiosidade de sentir a textura e a maciez de seus fios foram maiores do que a vergonha que eu sentia, por não conseguir manter a língua dentro da boca.

— Pode — tornou a afirmar, dessa vez olhando em meus olhos.— Você pode fazer o que quiser comigo, Hina  — meu apelido soou tão suave em seus lábios e ao mesmo tempo carregado de rouquidão, que se foi como uma carícia.

Absorta, aproximei-me sorrateiramente parando de frente para ele. Naruto era alto e eu precisava olhar para cima se quisesse olhar em seus olhos. Levantei minha mão direita com delicadeza, fazendo o caminho até seus fios dourados. Entretanto, como se tivesse vida própria, ela parou no meio do caminho, mais precisamente no rosto dele e eu achei por bem fazer um carinho em sua bochecha. Ele fechou os olhos e cobriu minha mão, prolongando o contato. Não fiz objeção, mas levantei a outra e finalmente enrosquei meus dedos em sua nuca. Seu cabelo era tão macio, que causava cócegas na minha palma. Naruto permanecia de olhos fechados, como se estivesse em outro lugar.

— Seu toque é tão gostoso. — falou baixinho, sua voz não passava de um sussurro rouco.

Eu nada disse, apenas continuei com as carícias, enquanto minha mão direita traçava cada ponto do rosto de Naruto. Meu polegar correu por sua bochecha, passando por seus lábios, desceu para a linha do maxilar. Até que parou em seu peito, tanto que consegui sentir seu coração acelerado em minha palma. E, quando ele abriu os olhos, suas pupilas estavam gigantes, ocupando quase toda a parte azul.

— Você é muito lindo. — elogiei, ainda perdida naquela proximidade que parecia ser tão correta.

— Hina... — sussurrou sofregamente. — Não faz isso comigo, acho melhor não ficarmos tão próximos um do outro — sua voz soou tão falhada, que pensei estar causando alguma sensação ruim nele.

— Desculpe — afastei-me abruptamente, sentindo meu rosto esquentar e minhas pernas bambearem.

Eu precisava sentar, o que era essa sensação que apertava meu peito e fechava minha garganta? Meu corpo todo tremia, eu não sabia o que significava aquilo.

— Tá tudo bem — Naruto saiu de seu torpor e veio até mim. —Tá tudo mais que bem, Hina. Eu só... Só... — as palavras não saiam.

— Só? — o encorajei.

— Eu quero te beijar — despejou, virando o rosto e passou a encarar a TV da minha sala. — E não é de hoje, mas com você tão perto, fica quase impossível pra mim — soltou o ar com força, como se buscasse coragem para continuar. — Não é de agora que eu te acho linda, fantástica, maravilhosa. Eu queria muito me aproximar e ser seu amigo, mas morria de vergonha. Quando te convidei para tomar sorvete hoje, eu pensava em te conhecer melhor, apenas isso. Só que agora...

Eu estava em choque, ele queria me beijar? Eu queria beijá-lo?

— Agora? — insisti.

— Não sei se consigo ser apenas seu amigo.

— Talvez eu também não queira ser apenas sua amiga. — assegurei, sem ter certeza se estava cometendo uma loucura.

— Não brinca comigo, Hina — suplicou e apertou os olhos com o indicador e o polegar. — Eu estou a um passo de me apaixonar perdidamente por você e não saberei o que fazer se você não me corresponder...

— Ei, quem disse que estou brincando contigo, ou que não vou te corresponder? — por impulso tomei seu rosto entre minhas mãos. — Naruto, você é o cara mais gentil, cavalheiro e fofo que eu conheci em toda a minha vida, se eu não cair de amores por você eu não o farei por mais ninguém. — ele sorriu, um sorriso gigante que transbordou pelos olhos.

— Mas você mal me conhece. — retrucou, encarando minha boca.

— Pois é, mas no tempo que passamos juntos, você conseguiu causar sensações em mim que nenhum outro conseguiu até agora. — eu não podia controlar as palavras que saiam da minha boca.

— No fundo eu tinha quase certeza de que, se eu me aproximasse de você, estaria completamente perdido. Não haveria volta. — divagou, apoiando as mãos por cima das minhas, prensando-as em seu rosto.

— Você quer que tenha volta? — exigi saber, pedindo mentalmente que a resposta fosse não.

— Com certeza não — ok, o com
certeza foi ainda melhor. — Hina, eu gosto de você tem algum tempo, acho que desde que a vi na primeira semana aqui no prédio — confessou, tomando minhas mãos entre as suas. — Só tenho medo de estarmos enfiando os pés pelas mãos, não quero que nenhum de nós saía machucado dessa história.

— Esse é o seu receio? — perguntei, mantendo o sorriso nos lábios — Eu também prefiro ir com calma, minha vida tá toda bagunçada agora. Eu não tenho cabeça para nada, a não ser na minha meta de trazer meu pai e minha irmã para morarem comigo.

— Ei, eu estarei aqui, está bem? — garantiu, tocando sutilmente minha bochecha — Somos amigos agora, independente do que eu sinto por você.

— Você é tão bom pra mim. — observei.

Eu não era a melhor pessoa do mundo, para falar a verdade eu fazia pouco para merecer um cara tão bacana e correto feito Naruto.

— Eu não fiz nada de mais até agora, Hina. Mas eu quero te mostrar o meu melhor lado. — afirmou e riu, balançando a cabeça levemente, enquanto me olhava nos olhos. — Você me motiva a ser melhor, para te merecer. Na real, você que é boa demais pra mim e fico receoso de levar um pé na bunda quando estiver de quatro por você.

— Por que eu? Deve ter tantas garotas atrás de você!

Por que eu me autosabotava desse jeito? Isso lá era coisa para se dizer?

— Porque você é especial e é você que eu quero, não as outras garotas. — respondeu resoluto. 

— Ainda não entendo, eu mal falava contigo antes. Como se apaixonou por mim? — perguntei rendida.

— Bom, eu sempre via seu esforço, sua forma de lidar com a vida, seu bom humor, não sei ao certo o que me fez te admirar tanto. Quer dizer, eu só queria me aproximar e ter certeza de que você era tudo o que minha mente idealizava e você é, Hina. — não consegui evitar o sorriso que esticou meus lábios. — O brinde é você gostar de The Smiths, sem dúvidas esse é um indicio de que podemos dar certo. — brincou e eu achei graça.

— Então não lutarei mais contra esse sentimento — assumi, querendo de todo o coração conhecê-lo um pouco mais.

Naruto começou a se aproximar lentamente da minha bochecha, demonstrando que deixaria um beijo ali. E eu me peguei querendo sentir o toque de seus lábios naquele local. Coisa que nunca me aconteceu antes, era um sentimento puro, sem malícia alguma.

Algo que somente Naruto me fazia sentir.

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