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22 - Estava com saudades

Encaro o lindo rosto adormecido, sentindo aquela sensação boa, normal de alguém apaixonado, só por tê-la tão perto.

É um sentimento tão forte e arrebatador que me deixa desnorteado. O mais impressionante é que, quanto mais me aproximo dela, quanto mais nos envolvemos, mais esse sentimento cresce.

Eu daria o mundo para essa mulher, deixaria ela fazer de mim, porque sou totalmente dela.

Esfrego as mãos no rosto, frustrado por saber que não significo para ela nem metade do que ela significa para mim. Isso me deixa louco e bagunça tudo em mim.

Inquieto, levanto e me visto. Coloco as mãos na cintura e encaro a linda mulher adormecida por alguns minutos.

Por que nossa história tinha que ser tão complicada?

Suspiro, desanimado.

Mando mensagem para ela, avisando que sai cedo porque vou passar o dia com meus pais no sítio. Beijo sua bochecha e saio, trancando a porta com a chave reserva, que sempre esqueço de devolver para ela.

Durante o percurso de pouco mais de duas horas até Bonito, onde fica o sítio dos meus pais, reflito sobre a relação que Bia e eu estamos desenvolvendo.

Ela está mais aberta. Aceita minha aproximação, meus toques, meus beijos. Ela me aceita sem relutância alguma. Simplesmente parou de fingir que não me quer, mas vez ou outra deixa escapar o quanto nossa diferença de idade a incomoda.

Eu não me importo com isso. Não mesmo. Eu amo Bia por quem ela é, não pela idade que tem. E estou muito mais feliz e apaixonado do que quando namorei Amanda, ou quando tive aquele lance com Elaine.

E ainda tem isso, ela já falou umas duas vezes como acha estranho ficar com o ex-ficante da sobrinha dela. Eu entendo, nisso ela tem razão, de fato é um pouco estranho. Mas, em minha defesa, Laine não é sobrinha dela de sangue, é filha da irmã de Enrique, pai de Hellen, e eu já era apaixonado por Beatriz quando me envolvi com Elaine.

Não sou um canalha, sou apenas um pobre homem apaixonado que não sentou e esperou pela sua amada, simplesmente porque nunca acreditou que um dia seria retribuído.

E eu sei que poderia ter extinguido totalmente minhas chances com Bia, mas, naquela época, eu acreditava que não existiam chances. Laine era divertida, me dava mole e queria um pouco de prazer.

Foi um lance divertido e nenhum dos dois saiu magoado. Também não acho que ela ficaria irritada se soubesse do meu envolvimento com sua tia, porque era só diversão. Elaine mal tinha completado 18 anos, está começando a voar agora e tudo o que não quer é se prender em um relacionamento. Palavras dela, não minhas.

Já não ficamos juntos há vários meses. Na verdade, desde aquele pequeno incidente em que ela ia caindo e eu ajudei, não fico com mais ninguém. Perceber em seus olhos o mínimo interesse por mim foi o suficiente para eliminar o desejo por qualquer outra garota.

Sim, eu sou iludido e emocionado nesse nível.

Sorrio quando paro o carro nos portões do sítio e minha mãe os abre. Certeza que estava esperando ansiosa, se sentem solitários desde que minha irmã foi estudar em Paris. E eu não venho visitá-los muito desde que se mudaram, é um percurso longo e cansativo até aqui. E eu andei ocupado nos últimos finais de semana.

Deliciosamente ocupado.

- Quem é a Barbie?

É a primeira coisa que pergunta quando saio do carro.

- Oi, mainha, estou bem. Também estava morrendo de saudades. Ah, a benção.

Sorri e me abraça.

- Deus te abençoe, meu galeguinho lindo. Mas diga logo, quem é a Barbie?

Reviro os olhos.

- Andou conversando com Hellen, foi?

Ainda meio abraçados, vamos caminhando para dentro da casa.

- Umhum, e ela me disse que tu tá saindo com um loira peituda, e que não quer contar pra ela nome nem nada. Ah, ela também disse que a Barbie já tem um Ken - se afasta e cruza os braços. - Não criei filho pra destruir casamento de ninguém não, Gustavo. Não lembra como doeu descobrir as traições de Amanda?

Rio.

- Não existe um Ken, mãe - junto as sobrancelhas. - Bem, talvez eu seja o Ken.

Sorri.

- Quando vou conhecer ela?

- Conhecer quem? - Sorrio para meu pai, que entra pela porta dos fundos com uma bacia cheia de goiabas bonitas e amarelas.

- A loira peituda que ele tá namorando.

Reviro os olhos e abraço meu pai pedindo a benção.

- Deus te abençoe, meu filho. Que novidade é essa? Sua mãe só fala sobre isso, desde ontem.

- Não tem novidade nenhuma e não estou namorando ninguém, Hellen que é curiosa e ansiosa. Ela tá surtando só porque não contei nada pra ela. Continuo solteiro.

Mas espero que não por muito tempo.

Mudo de assunto, perguntando sobre o viveiro de peixes que estão construindo atrás da casa.

Antes esse sítio era apenas para passlhor ar férias e finais de semana. Mas, depois que meu pai apresentou um quadro grave de Burnout, e passar por uma cirurgia cardíaca aos 42 anos, ele e minha mãe decidiram largar o trabalho como advogados na empresa da minha família e vieram passar um ano sabático aqui, por isso os dois começaram a fazer reformas e acréscimos ao lugar.

- Então, o ano sabático de vocês está quase acabando. Quais os planos?- Questiono, na hora do jantar.

- Ainda não chegamos a um consenso. Sua mãe que se aposentar definitivamente, mas eu quero voltar a trabalhar.

Isso gera uma pequena discussão entre eles. Cada um expondo seus argumentos sobre o que acham melhor. Ambos são ótimos advogados e sabem argumentar como ninguém, então é uma disputa interessante de assitir, apesar disso, fico um pouco arrependido de ter feito essa pergunta.

- A diferença de idade pesa nesses momentos? - Pergunto de repente, interrompendo o debate.

- Não filho, isso aqui não é sobre idade, é sobre saúde e cuidado - minha mãe responde. - Sou cheia de sal, não tenho problema em continuar trabalhando. O problema é que seu pai já teve dois problemas de saúde graves e insiste em continuar naquele trabalho estressante. Se ele ao menos aceitasse ficar apenas na parte burocrática.

- A nossa diferença de idade é um detalhe mínimo diante de tudo o que vivemos e construímos juntos. Sempre tivemos mentalidade e desejos parecidos, então nunca foi um problema. E, eu amo me formei em advocacia para ficar atrás de uma mesa o tempo todo não, Mônica.

Assim a discussão recomeça.

Ao final do dia saio da casa dos meus pais revigorado, só faltou Marina para ser melhor.

Algum tempo após chegar em casa, e já de banho tomado, deito na cama e ligo para ela.

- Oi. Aconteceu alguma coisa?

- Boa noite, pirralha, tá tudo bem, só senti sua falta.

- Me acordou só por isso?

- Te acordei? Mas estão apenas oito da noite - não disfarço o cinismo em minha voz e posso jurar que ouço ela rosnar, isso mesmo rosnar.

Minha irmã tem um metro e sessenta cravado, sempre teve pavio curto e adorava sair rosnando por aí, me lembrava os Pinscher, pequenos e endiabrados

- Tu sabe muito bem que aqui são quatro horas a mais.

- Oh, sério? Desculpe, pirralha, tinha esquecido disso - não disfarço o deboche.

Marina adora me ligar às seis da manhã sob o pretexto de ser dez horas da manhã para ela.

- Gugu, acho bom ter algo importante pra falar, ou eu juro que vou aí só pra te matar.

Suspiro, encarando o teto.

Reflito se devo ou não contar para ela sobre Bia e eu. Tenho me sentindo um pouco sobrecarregado, emocionalmente falando, não posso conversar com meus melhores amigos sobre o assunto porque eles são a filha e o genro de Beatriz e isso pioraria tudo entre nós, mas é exaustivo guardar tantas emoções, não sou acostumado a isso.

- Bia e eu nos beijamos - falo baixinho e hesitante.

- O QUÊ?!

Sobressalto, afastando o aparelho do ouvido.

- Me explica isso direito, Gustavo Alex.

Penso um pouco, não querendo revelar demais.

- Nos beijamos na noite do casamento e agora tudo está estrando entre nós.

Estou omitindo a maior parte, mas o importante é receber alguns conselhos

- NO CASAMENTO?!

- É, e para de gritar no meu ouvido.

Ouço seu suspiro frustrado.

- Por que só está me contando agora? Na verdade, por que você está me contando? Nunca me fala nada.

- Porque eu tô surtando e não posso falar sobre isso com mais ninguém. João Paulo não conseguiria esconder de Hellen e Hellen, bem... Hellen é filha dela.

- Entendi. Mas então... finalmente se declarou pra ela?

- Não, claro que não. Tá doida? Se eu fizer isso ela vai me afastar de vez e nunca mais vai olhar na minha cara.

- E vai fazer o quê, então?

- Estava torcendo pra você ter um bom conselho.

- Meu conselho é: se declare pra ela.

- Não, já disse que isso vai ferrar tudo de vez.

- Então vai se lascar e me deixa dormir. Só me liga de novo quando tiver deixado de ser frouxo.

Desliga na minha cara. Encaro o celular, indignado, como se a culpa fosse dele.

Meu celular apita com uma mensagem de Bruno sobre a festa dele no próximo final de semana. Conversamos por um tempinho, depois procuro alguma coisa para comer e por fim deito para dormir. Estou exausto e apago em dois segundos.

A semana passou se arrastando. Não vejo Bia desde o domingo passado, quando a deixei dormindo. Minha semana foi corrida, a dela foi mais ainda, e eu aproveitei esse tempo para organizar os pensamentos e decidir o que fazer em relação a nós.

Eu a amo, isso é inegável. Quero ela, quero namora-la, construir um relacionamento de verdade, quero deixar de ser o segredinho sujo que ela tem pavor que as pessoas descubram. Mas não posso exigir nada, que ela já deixou bem claro que não quer nada além de sexo casual.

Sendo sincero, tenho medo que ela nunca mude de ideia e eu acabe machucado.

Me sinto em um dilema, apara isso por aqui ou continuar tentando.

Pensar em me afastar me faz sentir uma dor quase física, no entanto, quanto mais nos envolvemos, mais me apaixono. Se ela não se apaixonar também, não restará nada do meu coração para contar história.

Meu celular apita no quarto e saio da frente do espelho para pegá-lo. Meu coração dispara quando vejo o nome de Bia.

Reajo a sua última mensagem com um coração e bloqueio o aparelho, antes de jogá-lo na cama.

Minha vontade é correr até ela, perguntar se algo a aflige, ser o que ela precisar mas, em vez disso, vou para o banheiro e termino de arrumar meu cabelo. Passo um pouco de perfume e saio.

Estaciono do outro lado do prédio de Bruno e encaro a rua mais a frente, impossível não lembrar que estou a cinco minutos do apartamento dela.

Abandono os pensamentos e entro no prédio. Do corredor já posso ouvir o barulho da música, apesar de não estar muito alto.

- E aí, cara! - Meu amigo me recebe animado, aperta minha mão e me puxa para um meio abraço.

Entrego seu presente e entro.

Aproveito o tempo com um pessoal que não vejo há algumas semanas, só depois de ouvir cinco vezes que eu desapareci, finalmente que percebo isso.

Tenho dedicado a maior parte do meu tempo livre e dos meus finais de semana a Bia, consequentemente me afastei um pouco dos meus amigos. Obviamente, não me arrependo, mas é ótimo passar um tempo com eles novamente.

Uns vinte minutos depois, Hellen e JP chegam e sentam próximo a mim. Conversamos sobre coisas aleatórias e banais, em certo momento os dois também comentam também que ando sumido e me sinto meio mal.

Eu amo passar tempo com Bia, mas preciso encontrar um equilíbrio. Não pós deixa meus amigos de lado, especialmente Hellen e JP.

- Só ando ocupado demais com o trabalho, eles gostam de mim mas tenho que ganhar meu espaço lá dentro - explico com uma meia verdade.

- Nem vem. Eu sei que é culpa da loira peituda.

- Hellen está obcecada em descobrir quem é.

Encaro meu primo.

- Devia tomar cuidado, acho que sua esposa está apaixonada por mim. Abre teu olho, hein.

Ela me dá um tapa e sorrio.

- Nem se eu fosse louca, minha cota de babacas já esgotou, esqueceu?

- Tá me chamando de babaca?

- Tô. Babacão.

Ela abre a boca para falar mais alguma coisa, mas uma das meninas da universidade a chama para uma selfie. Hellen beija a boca do marido, me mostra o dedo do meio e se vai.

- É sério, Guga, quem é ela?

- Ninguém importante.

- Ninguém importante? Está mentindo pra seus melhores amigos pela primeira vez na vida por causa de ninguém importante? Quer mesmo que eu acredite?

Suspira, resignado.

Eu sei que ele sabe que sou apaixonado por Bia. Talvez ele queria apenas uma confirmação. Mas fazer isso seria o mesmo que eliminar de vez qualquer chance com ela.

Suspiro, tomando um longo gole da minha cerveja. Faço careta por ela já estar quente, estou com ela desde que cheguei e esse é o segundo gole que tomo. Largo a garrafa na mesinha de centro e encaro meu primo.

Seu olhar especulativo de psicólogo não sai de cima de mim e decido falar alguma coisa para sanar suas desconfianças.

- Olha, se eu contar, posso complicar mais as coisas. Ela quer manter tudo em segredo. Quer apenas algo casual.

Franze a testa.

- Cara, com quem você está saindo? Eu achava que sabia quem era, mas não é do feitio dela querer apenas casualidade.

Hellen volta para perto de nós antes que eu possa tentar formular qualquer resposta. Senta ao lado do marido, me olhando com os olhos meio arregalados.

- É a Amanda? - olho em volta. - Não aqui, idiota. Sua Barbie, é a Amanda? Se for ela eu juro que vou te agredir, corno manso.

- Você já perguntou isso e eu já falei que não é.

- De onde tirou isso? - Meu primo pergunta e ela vira o celular para ele.

Seus olhos se arregalam um pouco e aproxima mais o rosto do aparelho.

- É ela?

- Umhum. Colocou silicone, pintou os cabelos de loiro e fez preenchimento labial.

- Deixa eu ver - peço curioso e ela vira a tela para mim. Está aberto no perfil da minha ex.

- Ela ficou rica de repente foi? Porque esses procedimentos são caros - meu primo questiona, encarando o celular com tanta curiosidade quanto eu.

- Não, amor, é pior: ela arrumou um Sugar Daddy.

- Sério?

- Humhum, pelo menos foi o que Olívia disse.

- Você e ela são duas fofoqueiras, e eu preciso de uma cerveja.

Entro na cozinha, mas dou meia volta quando encontro Bruno empurrando Angélica contra a geladeira. Do jeito que está intenso, acho que teremos pornô ao vivo logo, logo.

Paro um pouquinho para falar com um ex-colega da escola e, quando volto para a sala, JP e Hellen não estão mais lá. Faço careta ao encontrá-los aos beijos na varanda. Volto para a sala e converso um tempo com Adriano, um ex-colega da UFPE.

Em algum momento, minha mente viaja para Beatriz e sinto ainda mais saudade. Meia hora depois desisto, de tentar resistir e me despeço do pessoal. Bruno reclama um pouco que está muito cedo, mas não me importo. Preciso ver minha linda Barbie - que odeia o apelido - agora mesmo.

Em menos de cinco minutos toco sua campainha.

- Gustavo? Tá fazendo o qu...

A silencio, colando meus lábios aos seus. Uso esse beijo para tentar expressar todos os sentimentos que ainda não posso declarar em voz alta.

- Estava com saudades - confesso, ofegante.

Seu sorrio me ilumina. Causa caos dentro de mim, ao mesmo tempo que coloca no lugar toda a bagunça que virei nessa semana evitando-a.

- Também estava - puxa para dentro e volta a me beijar.

Mais tarde, estamos deitados na sua cama seminus, recém saídos do banho e assistindo uma comédia romântica que ela adora. Fito seu lindo rosto e tudo dentro de mim vira aquele caos gostoso.

Eu sou um idiota e simplesmente não consigo desistir dela, não agora que já tenho tanto. Que já me aproximei tanto.

De qualquer maneira, não é como se se eu pudesse supera-la facilmente. Amei-a em silêncio por mais de três anos, sem um toque e sem a mínima esperança, depois disso que vivemos, esquecê-la será quase impossível. Principalmente para mim, um idiota apaixonado e emocionado.

Não posso me declarar, como Marina sugeriu, também sou incapaz de desistir dela, então preciso encontrar uma maneira de fazê-la perceber que está tudo bem ficar comigo, que não é errado nem doentio.

Como fazer isso? É exatamente o que preciso descobrir.

_______________

Hey, babys!

Finalmente um capítulo novo.

Estou demorando a postar porque estou com um leve bloqueio criativo, eu já tenho 35 capítulos escritos mas, mas sempre mexo em algumas partes, por isso tenho demorado a publicar. E, infelizmente, esse final de semana só vai ter a publicação desse capítulo, vou ver se na semana que vem consigo voltar a liberar 2.

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