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19 - Teu nome deveria ser Eva

Sento no sofá com uma xícara cheia de sorvete. Dou play no filme e pego o celular, ouvi da cozinha que tinha chegado uma notificação.

Reviro os olhos.

Ele deu para me chamar assim agora, diz que é por causa da minha paixão pela cor rosa.

Deixo o celular de lado quando percebo que estou ansiosa pela sua resposta.

Encaro a barra de notificação, não querendo responder de imediato. Eu sei que isso é meio idiota, mas é estranho demais tudo isso.

Gustavo e eu convivemos bastante por causa de Hellen, no entanto, antes de começamos essa... coisa, não tínhamos o hábito de troca mensagem. Era muito raro.

Mas agora nos falamos todos os dias. Às vezes são fotos sobre as marcas que acabamos deixando um no outro — ele tem se divertido com isso, sempre deixa chupões em lugares pouco visíveis, o último foi na bunda. Eu nem lembro em que momento ele fez aquilo. Também deixo marcas nele, mas são meras retaliações, e eu acho que ele adora.

Voltando ao assunto mensagens. No início a maioria era sobre essas marcas, mas já virou hábito conversarmos sobre nossos dias, trabalhos, ou apenas trocar memes. Já estamos a quase um mês nisso e simplesmente não consigo tentar resistir, já joguei a toalha e aceitei que enlouqueci.

Suspiro rendida e respondo.

Encaro um pouco a mensagem, pensando se não fui meio grosseira. Por fim, completo:

Largo o celular no sofá e termino o sorvete. Volto para o cozinha e pego uma xícara maior, daqueles que parecem as da série Friends, foi Hellen quem comprou, adorava tomar sopa nessas xícaras. Encho de sorvete, para não ter que vir aqui uma quarta vez, e volto para a sala.

Após terminar, largo a xícara sobre o balcão, pego a caixa de chocolate, escolho um e encaro a tela, tentando decidir se assisto um Dorama que já assisti ou escolho um novo. Ambos estão lado a lado nas sugestões da Netflix e fico intercalando entre ver a prévia de um e do outro.

Dez minutos depois, metade dos chocolates da caixa já se foram e ainda não consegui decidir. Abro um novo bombom e a campainha toca. Encaro a porta com a testa franzida, desejando que ela me diga quem está do outro lado sem que eu precise levantar.

Se fosse minha mãe ela estaria gritando e espancando a porta. Hellen tem a chave, JP sempre grita “sogra” quando chega, apesar de também ter a chave. Paty nunca vem sem me avisar e Letícia foi passar o fim de semana em João Pessoa, então só pode ser...

— Gustavo? Tá fazendo o quê aqui?

— Vim assistir contigo, ué. Eu disse que vinha e trouxe pizza — ergue a mão com três caixas, duas grandes e uma média. — Tem uma deliciosa de calabresa, uma portuguesa — faz careta — e aquela abominação de chocolate que você adora.

Rio.

Gustavo é a pessoa mais apaixonada por chocolate que já conheci, ele come qualquer coisa que tenha o doce, a única exceção é a pizza desse sabor. Na verdade ele odeia qualquer pizza doce. Já experimentou sabores diferentes em estabelecimentos diferentes e sempre odiou. Acha uma “abominação anti-natural”.

— Iaí, vai me deixar entrar?

Abro passagem e fecho a porta.

— Achou que eu não vinha?

— É. Tu mandou mensagem há quase uma hora.

— Tive que esperar a pizza ficar pronta, né?!

Me entrega uma sacola e vai em direção ao sofá.

— O que é isso?

— Abre.

Abro a sacola, não consiguindo conter o sorriso.

Chocolate. Muito chocolate.

— Tá tentando me matar com uma overdose de açúcar? — Brinco.

— Ouvi dizer que chocolate ajuda no período menstrual também, principalmente aqueles com maior concentração de cacau.

Explica tudo sem me olhar. Inclina o corpo e deposita as caixas de pizza sobre a mesinha de centro.

Encaro suas costas.

Gustavo já fez isso antes. Quando, de alguma forma, descobria que eu estava de TPM ou no período menstrual me dava chocolates. Também já fez isso com Letty e Hellen inúmeras vezes.

Então eu não entendo...

Não é a primeira vez que ele faz esse gesto, não é a primeira vez que faço essa piadinha e não é a primeira vez que ele me dá essa resposta, mas é a primeira vez que meu coração acelera.

Foi um gesto simples e gentil, típico de Gustavo. Ele é um menino de ouro. Sempre solicito, atencioso. Sempre disposto a ajudar alguém ou agradar as pessoas de quem gosta.

Sempre admirei isso nele.

Sempre pensei quão sortuda seria a mulher que conseguisse conquistar seu coração de ouro, agora só consigo pensar que gostaria que fosse eu.

É loucura, eu sei.

Mas é inevitável não pensar assim quando tenho sobre mim o peso de suas brilhante esmeraldas, me mirando com tanto carinho.

Quando sorri para mim desse jeito destruidor de corações, sinto que entregaria o meu para ser quebrado sem hesitar um único segundo.

Valeria a pena enquanto esse sorriso fosse apenas meu.

Meu Deus! Olhas as loucuras que estou pensando.

— Por que está me olhando assim? — Pergunta, confuso.

Estou assustada demais com meus pensamentos para falar qualquer coisa coerente.

Corto a distância entre nós e junto nossos lábios. É um beijo curto, calmo, mas com um toque de saudade. E olha que nos vimos segunda-feira, cinco dias atrás.

Faço igual ele e finalizo com um selinho.

— O que foi isso? — Sorri com os lábios ainda colados nos meus.

Me afasto e ergo a sacola.

— Obrigado pela gentileza.

Faz um gesto com a mão, dispensado o agradecimento, como se não fosse nada demais.

Acho que para ele realmente não é. Gustavo não deve perceber o quanto é gentil, afinal, é algo da personalidade dele. É natural.

— Senta aí, vou pegar... Merda!

— Quero merda não.

— Ha ha ha, engraçadinha. Droga! Sabia que tava esquecendo alguma coisa. Tu tem refrigerante?

— Não, mas tenho suco.

— Em pó?

— Da fruta. Tem de acerola e de goiaba.

— Tá, escolhe ali alguma coisa pra a gente assistir que vou pegar o suco e os copos. Acerola ou goiaba?

— Acerola.

Gustavo vai buscar o suco e eu volto a zanzar pela Netflix, tentando escolher algo. Quando ele volta, estou lendo a sinopse de um k-drama.

— Vincenzo! — Olha para a tv com interesse e animação.

— Conhece esse dorama?

Assente animado.

— Mari e eu assistimos juntos antes dela ir pra Paris, ano passado — me entrega o copo de suco, deixa a jarra sobre a mesa e senta ao meu lado.

Encaro-o, incrédula.

— Tu assistia dorama com tua irmã?

— É. Quando a melhor amiga dela se mudou pra Bahia e o babaquinha do Victor terminou o namoro, ela ficou meio solitária. Tive que bancar o bom irmão e acabei pegando gosto, mesmo a maioria sendo uns romance bem bestinha. Sei lá, é bom pra passar o tempo.

— E gostou de Vincenzo?

— Sim, um dos melhores que já assisti. O legal é que ele é um mafioso e foge um pouquinho do clichê, tem umas cenas de assassinato e tortura que não são explícitas, mas são chocantes em um dorama. Não ser como eu esperava foi o que me fez gostar mais da série.

— Tá afim de reassistir?

— Claro.

Sentamos lado a lado no tapete da sala. Dou play no primeiro episódio — legendado porque normalmente odeio a dublagem dos doramas — e atacamos as pizzas.

Quer dizer, eu ataco a pizza de portuguesa, porque não gosto muito de calabresa, e ele ataca a pizza de calabresa porque acha nojento ovo em pizza. Todo cheio de frescura.

Faz careta para minha pizza de chocolate e finjo um gemido de satisfação, com uma pitada de erotismo.

Eu sempre fico surpreendentemente ousada perto dele, parece que Gustavo achou o botão que ativa aquela mulher que joguei para escanteio muitos anos atrás.

— Ah, Bia. Não faz isso comigo. Não seja malvada, não me atiça se não pode resolver o problema.

Sorrio ao ver o volume em sua bermuda jeans e volto os olhos para a TV.

— Controle seus hormônios, Gustavo.

— Se você geme desse jeito fica difícil.

Sorrio ainda mais, mordendo outro pedaço da minha abominação de chocolate.

Apenas no quarto episódio é que me dou conta da hora. Encaro Gustavo incrédula, sem acreditar que passamos umas cinco horas nesse chão divididos entre assistir, comer e conversar.

— Já são quase duas da manhã!

— Sério? Uau, nem percebi o tempo passar — me olha. — Você decide meu destino.

— Eu?

— Sim. Se não me expulsar da sua casa, vou passar a noite aqui. Decida: vou dormir na minha cama ou na sua?

— Gustavo, eu estou...

— Red day, eu sei! Tô falando de dormir mesmo, ou continuar assistindo. Tá com sono?

Nego.

— Então pronto! A gente pode continuar assistindo, se tu quiser. Posso ficar?

Penso um pouco.

Ele já dorme aqui com frequência mesmo, então por que não?

Confirmo com a cabeça, fazendo-o abrir um sorriso gigante. Olha em volta, para as muitas embalagens vazias.

— Se soubesse teria trazido mais gordices.

Sorrio.

Esse garoto é mais formiguinha do que eu.

— Na última prateleira da geladeira, tem uma vasilha retangular, pega lá.

— Tem o que lá?

— Você vai ver quando pegar.

Levanta para fazer o que peço.

— Cupcake!

Rio ao ouvir sua animação genuína.

Parece uma criança.

Não que ele esteja longe de ser uma.

Meu sorriso morre.

 Isso tudo é tão complicado.

Eu estou me acostumando a ser atormentada por ele, e tenho gostado do que está acontecendo entre a gente, mas... Merda! Me sinto ridícula toda vez que lembro que Gustavo tem apenas vinte e dois anos.

Droga! Ele mal saiu da adolescência.

Jogo a cabeça para trás, bufando frustrada. Sinto quando ele senta ao meu lado, no entanto, mantenho os olhos fechados

Estremeço quando planta um beijo suave em meu pescoço.

— Está tudo bem? Sente dor ou alguma coisa?

Nego com a cabeça.

— Quer que eu vá embora?

Sua voz hesitante me faz abrir os olhos.

Erro meu.

De olhos fechados conseguiria dizer que sim, que quero que ele vá porque é melhor para nós. Mas com seus olhos gentis e carinhosos sobre mim, fica difícil pedir para ele ir, porque a verdade é que não quero que vá.

— O que eu quero é um cupcake com recheio de morango.

Um sorriso aliviado estica seus lábios.

Pega a vasilha e me entrega o doce com cobertura de glacê rosa e um morango no topo.

Mordo o doce sob seu olhar atento.

— Tá tudo bem, mesmo?

Confirmo com um leve balançar de cabeça e dou play, desviando sua atenção para a tv.

Observo o rosto adormecido.

Gustavo é muito bonito. Tem traços bem marcados, apesar de o maxilar não ser muito quadrado. A pele é lisinha, sem nenhum sinal de barba, tem algumas sardinhas, que só é visível se vistas de perto. Os cílios são longos e volumosos e as sobrancelhas são grossas. A boca é carnuda e rosada, uma tentação. Ele todo é uma tentação.

Uma tentação a qual não tenho muita resistência, toda vez que ele começa seus joguinhos e eu cedo. Sempre cedo.

O mais estranho é que, conforme os dias passam, a culpa que sinto por nosso envolvimento fica cada vez menor. Ainda existe, ainda incomoda. Porém, não sinto mais como se estivesse fazendo algo muito errado.

Gustavo é maior de idade, dono das próprias vontades, e foi ele que começou a me infernizar. Se não me olhasse daquele jeito de que vai me virar do avesso, eu nunca teria o olhado diferente.

Seu braço se aperta ao meu redor, me dando consciência da nossa posição. Sou acostumada dormir sozinha, então sempre durmo de bruços, e ele sempre dorme de lado. Nunca tínhamos dormido abraçados, ele já dormiu aqui umas cinco ou seis vezes, mas sempre fica cada um no seu canto.

Mas de madrugada eu deitei no sofá e ele deitou atrás de mim, me abraçou e continuamos assistindo. Não lembro em que momento peguei no sono, mas acho que foi pouco depois daquilo. Também não sei em que momento me virei, mas estou com as pernas jogadas sobre o quadril dele.

Tento levantar e seu braço me puxa mais para perto, o loiro ressona, se mexe um pouco e volta a ficar quieto.

Duas tentativas depois, consigo escapar. Tomo banho, aproveitando para lavar meu coletor, que, aliás, foi minha melhor aquisição dos últimos anos.

Visto uma calcinha sem costura daqueles modelos shortinho e uma camiseta longa da academia. Durante o período menstrual meu corpo fica extremamente sensível, qualquer roupa com elástico me apertando incomoda, e aqui não tem nada que Gustavo não tenha visto mesmo.

Quando chego na sala, Gustavo está sentado no sofá, seus olhos se fixam nas minhas coxas conforme me aproximou. Morde o lábio daquele jeito safado que faz um comichão surgir no pé da barriga.

— Não me olha assim, estou impossibilitada de fazer qualquer coisa.

Desvia os olhos para a frente sorrindo.

— Não vai trabalhar hoje? — Pergunta.

— Não. Me dei o direito de um dia de folga.

— Quer fazer algo?

Rio porque seus olhos novamente estão presos em minhas coxas.

— Quero vestir uma calça pra você conseguir falar comigo olhando no meu rosto.

— Desculpa — fixa os olho nos meus, mas é visível o esforço para mate-los aqui. — Desculpa mesmo, é que... Tu é uma coisinha dos deuses — rio, achando graça. — É sério! Acho que Deus te criou no dia de maior inspiração de toda sua eterna existência. Ele com certeza estava no ápice da inspiração.

Sorrindo encabulada, peço que pare de falar besteira e vou para a cozinha.

Encaro o interior da minha geladeira por alguns minutos, pensando em alguma coisa prática para comer. Durante esse período eu fico toda mole e preguiçosa, querendo ficar largada na cama vegetando até parar de sangrar.

— Tá fazendo o quê?

— Procurando alguma comida prática e rápida.

Aponta para uma sacola a sua frente na mesa.

— Não tem comida mais prática que pão. É só abrir, colocar uma mortadela e voi .

— Já viu que horas são? — Nega. — Já é quase meio dia, Gustavo. A gente dormiu tarde pra caramba e acordou mais tarde ainda. E não quero almoçar pão.

Fecho a geladeira e escancaro as portas dos armários. Encaro por mais alguns minutos, sem conseguir pensar em uma receita prática, fecho as portas sentando de frente para ele.

— É, acho que vamos almoçar pão — apoio a bochecha na mão. — Isso, supondo que você vá almoçar aqui.

— Se você não se importar... — balanço a cabeça negando e ele levanta. — Ótimo, então vou preparar alguma coisa pra a gente comer.

Sorrio debochada.

— Não como miojo.

Abre a boca de um jeito engraçado, parecendo ofendido.

— Sua pouca fé em mim me magoa.

Observa o interior da geladeira por alguns segundos, pensativo.

— Gosta de Strogonoff? O meu é de comer rezando.

— Não vou parar no hospital com intoxicação alimentar, não né?!

Cerra os olhos.

— Tu me subestima muito, Beatriz. Vou caprichar ainda mais nesse Strogonoff, vai ser o melhor que tu já comeu na vida.

Tira camisa e ergo as sobrancelhas.

— O quê? Tá muito quente aqui — automaticamente meus olhos descem para sua bermuda jeans.

Ele ri.

— Quer que eu tire também?

— Nem pense nisso.

Esse garoto já é tentador o suficiente quando está vestido. E já é sofrido o bastante ter ele aqui e não poder fazer nada.

É... Parece que o menino me fez pegar gosto pela coisa.

Patty e ele tinham razão, eu só não tinha encontrado um cara que fizesse bom de verdade.

Pela próxima hora observo o loiro se movimentar pela minha cozinha. Ele senta para esperar a água da galinha secar um pouco e o arroz ferver e conversamos banalidades. Ele conta sobre a disputa com um colega, contratado poucos meses antes dele, por uma conta nova que a empresa conseguiu. Eu falo sobre os planos de aumentar o quadro de funcionários do buffet devido o alto número de pedidos.

Levanta para escorrer o arroz e continuamos conversando, dessa vez sobre as séries e doramas que gostamos e odiamos.

 Convivemos há quase sete anos, ele passou inúmeras horas na minha casa, mas nunca interagimos com tanta... intimidade.

É estranho.

É bom.

É isso!

É estranhamente bom.

Algum tempo depois, Gustavo coloca um prato a minha frente, me arrancando da divagações.

— Tá bonito — elogio.

O sorriso orgulhoso é tão largo que quase rasga a boca.

— Experimenta e me diz se não está tão gostoso quanto eu.

Dou risada, sem acreditar na presunção da pessoa.

— Hum... Tá gostoso — confirmo.

— Tanto quanto eu?

— Eu diria que mais um pouco.

Dá risada, pegando o próprio garfo e remexendo sua comida.

— Até parece. Nada é mais gostoso do que eu.

— Tu é muito presunçoso.

— Não, presunçoso não, sou consciente da minha gostosura, é diferente.

Rio, comendo mais um pouco.

— Como ninguém sabia desse teu talento?

— Mas todo mundo sabe.

— Todo mundo, quem?

— Todo mundo que me conhece.

— Sério?

Assente, levanta para pegar um pouco de suco e serve nós dois. Como mais um pouco, realmente impressionada com sua habilidade.

— Como eu não conhecia esse teu talento?

Dá de ombros.

— Acho que só não ocorreu de eu cozinhar pra você. Mas já fiz comida pra Hellen, JP e até Letty.

— É sério? E eu achando que tu vivia a base de miojo, fast food e comida congelada.

Ri.

— Não está totalmente errada, não. Eu tenho um imenso estoque daquelas lasanhas congeladas que tem gosto de papel. Quando chego em casa cansado ou estou com preguiça, o que acontece praticamente toda noite, eu descongelo uma. Não são gostosas. Na verdade umas marcas não têm gosto de nada, outras têm gosto de papel, então sempre uso muito katchup e mostarda.

Franzo os lábios, fazendo uma careta.

— Nem um pouco saudável.

— Não, mas pelo menos não morro de fome.

— Pode acabar morrendo por outro motivo. Essas comidas normalmente têm muito sal e gordura pra parecer gostoso. Além de ser utilizada carne de baixa qualidade.

Agora ele é quem faz careta.

— Não tente me traumatizar, preciso dos alimentos congelados pra viver. Além do mais, sempre vou pra academia após o trabalho e chego varado de fome.

— E de que adianta ir pra academia e comer essas porcarias depois? É igual enxugar gelo no sol quente.

— Adianta que eu mantenho esse tanquinho maravilhoso. Tu tava babando nele agora pouco, lembra? Além do mais, eu só como besteira a noite, sempre tomo café da manhã reforçado e almoço arroz e feijão, todo santo dia, no restaurante perto da empresa.

— Não deixa menos pior.

Continuo criticando seus hábitos alimentares e ele os defende com argumentos ridículos.

Cada um repete o almoço uma vez, tomamos banho, separados, por causa do calorão pernambucano e depois nos jogamos na minha cama e damos continuidade a maratona de Vincenzo.

— Já viu suas mensagens? — Pergunta, muito tempo depois.

— Não, por quê?

— Letty e Hellen estão querendo comprar sushi e vir jantar aqui, estão esperando só tua resposta.

Faço careta.

— Vou pedir pra marcarem para a semana que vem.

— Me quer só pra você, Barbie egoísta?

— Barbie é um apelido brega e não combina comigo.

— Você está usando uma calcinha e uma blusa rosa.

Olho para baixo.

É, acho que tenho muitas peças rosas no meu guarda-roupa.

— Ainda é brega.

— Não ligo — se inclina sobre mim, beijando minha bochecha, em seguida minha boca.

Um beijo calmo e gostoso, que ele encerra quando começa a ficar intenso. Aperta minha cintura e deixa um último selinho em meus lábios, antes de voltar a posição anterior.

Algum tempo depois, percebo seus olhos fixos em mim. Olho-o de volta.

— O que foi?

— Teu nome deveria ser Eva.

Junto as sobrancelhas, confusa.

— Por quê?

— Tu é tão linda, que só consigo imaginar que Deus te criou com as próprias mãos.

Rio.

— Deixa de graça.

Seu rosto permanece sério.

— Não tô fazendo graça — acaricia minha bochecha. — Tua beleza sempre me fascinou.

Sorrio, meio encabulada.

Seu rosto se aproxima do meu. Com calma, nossos lábios se encontram. O beijo é tranquilo, mas causa aquele reboliço, já tão familiar, dentro de mim. Um comichão sobe por meu ventre e puxo o corpo dele para cima do meu. Ele quase cai e me esmaga no processo, mas consegue se apoiar no cotovelo e sorri entre o beijo.

Eu adoro quando ele faz isso, dá a sensação de que um simples beijo meu o deixa feliz.

— Tá animada demais pra quem não pode fazer nada.

Coloco a mão entre nós e desço até o cós da sua cueca, após o banho ele decidiu ficar mais a vontade e não colocou a bermuda, já que o tecido grosso incomoda um pouco. Corro o dedo por toda a borda, o leve tremor em seu corpo me faz sorrir.

Gemo quando ele suga a pele do meu pescoço, com força o suficiente para marcar.

— Você não tem nojo de sangue, tem? — Pergunto sem pensar direito no que estou prestes a propor.

Ergue a cabeça, me olhando estranho.

— Não... Por quê?

— De nenhum tipo de sangue?

Junta as sobrancelhas, confuso. Segundos depois seu peito vibra por causa da risada.

— Não está sugerido o que acho está, não é?

— Não sugeri nada, apenas fiz uma pergunta.

— Uhum, sei... Mas, se isso fosse uma sugestão, eu diria que topo, porque não tenho nojo de nenhum tipo de sangue.

Suga meu lábio inferior, esfregando o quadril contra o meu e sorri daquele jeito safado. Aquele sorrisinho de quem vai me virar do avesso.

— Tá afim de tomar outro banho? — Questiona, sorrindo malicioso.

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Hey, babys!!!

Eu sumi e não publiquei nada no fim de semana passado, mas, para compensar, hoje terão dois capítulos e amanhã também. Então fiquem de olho, lá pras 17hr ou 18hr vou liberar mais um capítulo.

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