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10 - I can't take my eyes off you

Lágrimas preenchem meus olhos quando a vejo parada em frente ao espelho. O vestido branco de tule e renda deixa sua aparência mais jovem e angelical. A metade de cima do cabelo está presa e o resto solto, o penteando valoriza seus cachos e flores brancas o enfeitam por todo o comprimento.

— Está tão linda.

Vira para mim sorrindo.

— Fiquei bonita, não é?

Sorrio me aproximando.

— Bonita você fica quando acorda de cara amassada, filha. Você está maravilhosa. Está perfeita. A noiva mais linda que já vi.

— Obrigada, mainha.

Me envolve em um abraço desajeitado, se afasta um pouco, me olhando de cima à baixo.

— A senhora também está linda. Maravilhosa.

Enxuga meus olhos.

— Não chora.

— Você também tá chorando.

— Vou casar. Estou feliz e assustada, sempre vivi sob sua proteção e agora vou ter que sair da barra da sua saia e enfrentar o mundo por mim mesma.

Sorrio entre as lágrimas.

— Não importa o que aconteça, você sempre terá a mim. Sempre. — enxugo suas lágrimas. — Estaremos a menos de uma hora de distância, você sempre terá meu colo para chorar ou meu abraço pra comemorar as conquistas. Casada ou não, sempre será minha bebezinha.

Balança a cabeça fungando.

— Eu te amo, mainha. Obrigado por ser uma mãe tão incrível e por ter me criado com tanto amor. Obrigada por ser minha melhor amiga, por me apoiar quando estava certa e me corrigir quando estava errada. E por me abraçar quando eu tava errada também, e isso aconteceu muitas vezes. Muitas mesmo — sorrimos. — Eu te amo muito mesmo.

— Eu também te amo muito, minha princesa.

Me afasto dela, pegando lenços de papel na escrivaninha. Relutante em sair de casa, Hellen optou por se arrumar aqui, é uma forma de se despedir do quarto que a pertenceu durante os últimos cinco anos.

— Graças a Deus é tudo a prova d’água — comenta risonha, o corpo inclinado sobre a penteadeira enquanto seca cuidadosamente  as lágrimas.

— Tem certeza que vai mesmo fazer isso? Ainda dá tempo de fugir — a voz brincalhona chega até nós.

Olho para baixo com o cenho franzido.

— Você enlouqueceu? — questiono em tom baixo, porém indignado, para meu coração louco que ousou acelerar apenas por ouvir a voz desse pirralho.

Ao olhar para o lado, vejo Hellen dar um tapinha no braço dele sorrindo. Gustavo, por sua vez, também tem um sorriso gigante no rosto.

Carinhoso, puxa minha filha para seus braços, apertando-a entre eles. Beija sua testa e se afasta.

— Ainda te acho jovem demais pra casar, mas estou feliz por você. Muito. Muito mesmo. E não se preocupe, já avisei a JP que se partir teu coração eu parto a cara dele.

Sorrio.

A frase é dita em tom brincalhão, mas sei que ele não hesitaria em cumprir a promessa caso meu genro partisse o coração da minha garotinha.

— Obrigado por ser o melhor amigo do mundo. Mas espero de verdade que não seja necessário.

— Eu também espero, as festas de família ficariam mais infernais.

Hellen da risada e ele beija sua testa mais uma vez.

— Passei aqui rapidinho porque estava ansioso pra te ver, mas já vou indo. Te vejo novamente no altar, serei o mais bonito dos padrinhos.

Ela sorri, voltando a ficar de frente para o espelho.

Gustavo para ao meu lado sorrindo galante.

— Beatriz, você está deslumbrante. Será a segunda mulher mais bonita da festa.

Sorrio, revirando os olhos.

— Obrigado, mas vá jogar seu charme em uma daquelas meninas fogosas que se deslumbram fácil com seus olhos verdes.

— Você fala como se fosse velha.

— E não sou?

— Nem de longe.

— Vou fingir que acredito. Agora vaza daqui que preciso de mais uns momentos a sós com minha bebê.

Pisca um olho, todo sedutor, e sai.

Com o coração apertado e a garganta ardendo, me aproximo da minha menininha.

— Eu sei que já falei, mas preciso repetir, você é a noiva mais linda que já vi.

— E a senhora é a mãe mais babona.

Sorrio.

— Sou mesmo — abraço ela com cuidado, para não amassar seu vestido. — Espero mesmo que você seja muito feliz, minha bebê. Você merece toda a felicidade do mundo. Que Deus abençoe muito vocês. Eu te amo e sempre estarei aqui por você. Sempre.

— Eu também te amo, mãe. Amo muito. A senhora é a melhor mãe do mundo. Fez de tudo pra não me deixar faltar nada. E ainda é minha melhor amiga, além de ser uma mãe super gata e descolada.

Sorrio.

— Você também é uma filha babona.

— Sou mesmo.

Nos abraçamos novamente e me afasto segurando suas mãos, olhando de cima a baixo mais uma vez.

— Perfeita — elogio novamente, a voz embargada pelo choro que quer voltar.

— Ah, mãe, não vai chorar de novo senão choro também.

Respiro fundo, tentado impedir que as lágrimas, que já preenchem novamente meus olhos, caiam.

— TÔ ENTRANDO! — Letícia anuncia aos gritos — Uau! — se aproxima da melhor amiga sorrindo e me afasto um pouco — Uau! Você está... Está perfeita. Linda demais, amiga. Quase desejo ser eu te esperando no altar.

Hellen ri, enquanto a amiga seca o canto dos olhos.

— Vamos logo que tô ficando emotiva e não tô afim de sair nas fotos com os olhos inchados.

Guardo meu celular, meu batom e um punhado de lenços de papel dentro da clucth. Letty pega o buquê, que estava cuidadosamente posicionado na poltrona, e saímos.

O motorista de Uber, um vizinho de Letícia, que contratamos para nos levar até o local do evento já está nos aguardando e abre a porta todo solicito. É um senhor muito simpático, passa o caminho inteiro falando sobre sua vida longa e feliz, mas não perfeita, com Lourdes, com quem está casado há trinta e sete anos.

O caminho passa rápido, rápido demais. Ele estaciona no local do evento e Letícia beija a bochecha da amiga antes de sair.

Nos olhamos por alguns segundos e aperto suas mãos.

— Pronta?

— Pronta!

 — Hellen Beatriz da Silva Mendonça, você aceita João Paulo Antunes Medeiros como seu legítimo esposo, para amar e respeitar na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe?

— Aceito.

— João Paulo Antunes Medeiros, você aceita Hellen Beatriz da Silva Mendonça como sua legítima esposa para amar e respeitar, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe?

— Aceito.

Com lágrimas nos olhos, assisto minha menininha e seu noivo trocarem as alianças. Um beijo casto vem a seguir e então palmas e assobios.

Ao final da cerimônia Hellen e JP cumprimentam todos os padrinhos e a cerimonialista começa a organizar o cortejo de saída, começando pelos pais dos noivos. Não tenho um par, por isso Adriano, pai do meu genro, me oferece seu braço e sai comigo de um lado e Luciana, sua esposa, do outro, como havia ficado combinado.

Quando passamos pelo arco florido um funcionário da equipe do cerimonial nos entrega saquinhos com confete biodegradável para jogarmos sobre os noivos. Todos os convidados já receberam os seus. Me posiciono do lado esquerdo e os pais de JP vão para o lado direito.

Os oito casais de padrinhos saem e se posicionam quatro de cada lado, formando um pequeno corredor. Me inclino um pouco e sorrio ao ver os convidados jogando os confetes sobre eles conforme passam por entre as cadeiras. Enfio a mão no saquinho, me preparando para fazer o mesmo quando atravessarem o arco florido.

Os noivos não demoram a chegar até nós e os padrinhos fazem algazarra enquanto jogam os confetes.

Após esse momento, a equipe cerimonialista nos guia até um espaço próximo, ainda dentro do Píer 31, onde será a recepção. Os noivos chegam em seguida e uma nova algazarra acontece. Os dois seguem para a pista de dança para a primeira dança, From This Moment On de Shania Twain foi a música escolhida por minha filha.

Não consigo conter o sorriso largo que molda meus lábios durante toda a música. Eles permanecem o tempo inteiro com os olhos fixos um no outro, como se não existisse nada além deles. É lindo de se ver.

Secretamente, peço a Deus que eles possam viver esse amor tão lindo e puro por muitos e muitos anos.

Ao final da música eles trocam um beijo casto, porém muito apaixonado. Uma nova música se inicia e eles convidam a todos para dançar. Vejo os pares se formando e me viro, com a intenção de ir para a mesa separada para os noivos e seus pais e irmão, não consigo dar nem dois passos antes que Gustavo entre na minha frente, aquele sorrisinho de quem vai me destruir estampa seus lábios.

— Me daria a honra de uma dança?

— Não danço bem.

Segura minha mão, já me arrastando para a pista de dança.

— É uma música lenta, Bia, não tem muito segredo.

— E vai deixar Letícia dançar sozinha? — argumento, tentando escapar.

Gustavo é solteiro, assim como Letícia, então Hellen juntou os dois como um dos seus pares de padrinhos.

— Ela que me abandonou pra ficar com Bruno — aponta com o queixo para a esquerda e vejo o casal já aos beijos.

— Ela não perde tempo.

— Certa ela.

Assinto, movimentando meu corpo ao som da música. Também é música gringa, porquê minha filha é como a maioria dos brasileiros que ignora o produto brasileiro e exalta os internacionais. Mas, não posso negar e que é uma música muito bonita. Gustavo cantarola, os olhos fixos nos meus em uma declaração difícil de ser ignorada.

You’re just too good to be true
Você é bom demais para ser verdade
Can’t take my eyes off of you
Não consigo tirar meus olhos de você
You’d be like Heaven to touch
Você seria como o céu para tocar

I wanna hold you so much
Quero tanto abraçar-te
At long last love has arrived
Finalmente o amor chegou

And I thank God I’m alive
E eu graças a Deus estou vivo
You’re just too good to be true
Você é bom demais para ser verdade

 
Can’t take my eyes off you
Não consigo tirar meus olhos de você
Pardon the way that I stare
Perdoe o jeito que eu olho

 
There’s nothing else to compare
Não há mais nada para comparar

 
The sight of you leaves me weak
A visão de você me deixa fraco

 
There are no words left to speak
Não há palavras para falar
But if you feel like I feel
Mas se você sente como eu sinto

 
Please let me know that it’s real
Por favor, deixe-me saber que é real

Não consigo desviar meus olhos.

Sua voz suave e angelical arrepia cada pelo do meu corpo. O olhar, tão profundo e verdadeiro, enfatizando cada palavra que sai de sua boca, revira tudo dentro de mim. O mundo ao meu redor some, restando apenas nós dois e a declaração que sai de sua boca.

 
 

Now that I’ve found you, stay
Agora que te encontrei, fique

And let me love you, baby
E deixe-me te amar, querida

Let me love you
Deixe-me te amar

 
You’re just too good to be true
Você é bom demais para ser verdade
 

I can’t take my eyes off you
Eu não consigo tirar meus olhos de você

Alguns trechos depois a música acaba. No entanto, seus olhos me mantém cativa por mais alguns segundos, não consigo desviar, não consigo me mover, não consigo pensar em nada além da vontade de ligar o foda-se para tudo e colar minha boca na sua.

Estou muito perto de ceder ao meus desejos quando alguma criança passa correndo e esbarra em mim. Só então percebo o tipo de merda que estou pensando e me afasto dele como se tivesse levado um choque.

Olho-o uma última vez, antes de me afastar quase correndo.

O ritmo da música muda para uma mais agitada e pouco depois é servido o jantar, após ele o pessoal do buffet, meu buffet diga-se de passagem, passa de tempos em tempos servindo comida. Tento ir dar uma breve supervisionada na cozinha, mas Paty me segura e diz que devo apenas aproveitar o casamento da minha filha.

Concordo e volto para a mesa onde estão Adriano e Luciana, os pais de JP, o irmão caçula dele, Júlio, e Carlos, um tio de Gustavo, esse último monopoliza minha atenção.

Em certo momento minha filha se rebela e diz que não tira mais uma única foto se não comer, ela e o, agora, marido sentam e comem. Depois tiram mais algumas fotos e voltam para a pista de dança.

Em algum momento da noite, minha filha consegue me arrastar para a pista de dança e acabo me divertindo como não fazia há muito tempo.

Passa das quatro da manhã quando os noivos, os últimos convidados e eu saímos da festa.

Fico incumbida de levar os noivos além de Gustavo e Marina, sua irmã que veio para o casamento do primo, cada um para seus respectivos apartamentos. Todos estão super bêbados e ficam fazendo bagunça durante todo o caminho, exceto Marina que dorme profundamente, apesar dos outros três catarem diversas músicas de Marília Mendonça a plenos pulmões.

— AGORA EU TAMBÉM SOU MENDONÇA! — Minha filha grita muito animada e ela e o marido comemoram.

Me pergunto se devo ou não lembrá-la que ela já era Mendonça, é o sobrenome que recebeu de seu pai. Agora será também Medeiros, já que optou por assumir o sobrenome de JP. Devido ao alto nível de embriaguez, opto por não falar.

Sete minutos após deixar Hellen e João Paulo no apartamento deles, estaciono na vaga de Gustavo, uma vez que o carro é dele. Ele não queria se despedir dos amigos e fez birra, tive que tranca-lo no carro para ajudar meu genro, muito bêbado, a levar sua esposa, ainda mais bêbada, para o apartamento.

Com certa dificuldade, acordo Marina. Ela faz careta ao sair do carro e pulo para trás quando ela se curva e vomita. Faço careta ao vê-la limpar a boca com a barra do vestido e ajudo-a a entrar no elevador. Nunca vou entender porquê as pessoas bebem até chegar a esse ponto. Fiquei apenas no refrigerante, mesmo assim aproveitei a festa e com certeza vou acordar bem melhor que eles amanhã.

— Vai pra o chuveiro que vou ajudar sua irmã a não se afogar em vômito — ordeno ao loiro, apoiando Marina para não cair.

Cerra os olhos para mim e cruza os braços.

— Não fale como se fosse minha mãe — a leve cambaleada que ele dá para trás e sua voz enrolada não passam a seriedade que ele parece querer demonstrar.

— Para o banho — repito a ordem com mais ênfase.

Um sorriso safado estica lentamente seus lábios.

— Só se você for comigo.

Abre os botões da camisa devagar e caminha em minha direção. Mais uma vez a voz embolada e o leve cambaleada ao andar não passam o efeito que ele queria, nesse caso sedução.

Reviro os olhos e arrasto uma Marina menos enjoada e quase adormecida para o quarto disponível. Ela consegue tirar o vestido, mas se recusa a ir tomar banho e se joga na cama.

— É bem difícil ser a pessoa sóbria do rolê — reclamo, tirando os sapatos altíssimos dela. Ligo o ar condicionado e saio do quarto.

Encontro Gustavo adormecido no sofá. A calça social jogada ao lado do móvel juntamente com a camisa branca e os sapatos. Evito olhar para a peça preta que cobre uma parte bem específica do seu corpo.

Bebo um pouco de água na cozinha, debatendo comigo mesma se devo deixá-lo dormir no sofá ou se o acordo e ajudo a ir para o quarto. Meu lado defensivo quer deixá-lo ali, mas meu lado empático sabe que ele vai acordar dolorido, sem falar na ressaca pesada, e é justamente esse lado que vence.

Bufo, largando o copo dentro da pia e marcho para a sala. Com muito custo consigo acordar Gustavo, preciso do dobro de esforço para convence-lo a ir para a cama.

Quase caio na tentativa de levanta-lo, mas consigo. Ele passa o braço em volta do meu ombro e vamos para o quarto com ele soltando gracinhas sobre o quanto estou bonita e cheirosa mesmo após horas de festa.

Solto um gritinho quando ele se joga na cama e me puxa junto.

— Acho que tô bêbado — ri.

— Ah, você acha? — Debocho, tentando me soltar. Mas ele me envolve com as pernas, moldando nossos corpos um ao outro.

— Mas, eu juro que não te acuso de nada se você resolver usar meu corpinho embriagado.

— Não fala besteira, Gustavo.

Tento me soltar novamente, seu aperto se intensifica. Em um movimento rápido ele gira na cama, invertendo nossas posições e ficando por cima de mim.

Apenas nos olhamos por alguns segundos.

— Você, definitivamente, é a mulher mais linda que eu já vi na vida.

Sustenta o peso do corpo com o antebraço esquerdo e usa a mão livre para acariciar minha bochecha, sua mão desce mais um pouco e sua polegar acaricia meu lábio inferior.

Meu coração bate forte no peito, porém externamente não esboço reação alguma.

— Bia, você me odiaria muito se eu te beijasse? — Questiona com os olhos fixos em meus lábios.

Não consigo responder, não consigo falar em voz alta que não negaria um beijo seu. Que, na verdade, secretamente tenho desejado isso, mesmo que seja uma completa insensatez.

É, eu sei que ele está bêbado e que não empurra-lo agora é uma idiotice, mas todo mundo toma decisões idiotas às vezes.

— Eu vou te beijar.

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