No dia seguinte a festa de quinze anos de Ana Paula, a jovem percebia um clima pesado no ar e não pôde aguentar sem saber o que estava acontecendo.

Ana Paula: O que está acontecendo? Desde a minha festa estou notando vocês estranhos e hoje o papai nem foi trabalhar. (Olha para os pais).

Eladio: Princesa, acontece que minha mãe não está morta como eu pensava e ao que parece tenho uma irmã e uma sobrinha pouco mais velha que você.

Ana Paula: Que? (Surpresa). Então eu tenho uma tia?

Eladio: Ao que parece sim.

Ana Paula: Demais, sempre quis uma tia, já que eu nunca pude conhecer a tia Zayra.

Alba: Ai, por favor, por demais temas nós temos para tratar para que o nome dessa mulher venha à tona. (Olha a filha um pouco chateada).

Ana Paula: Tranquila, mami! Entre a senhora e a sua irmã prefiro mil vezes a senhora. (A abraça).

Alba: Te quiero mucho, hija, mas o que me incomoda agora é que a sua vó não gostou de mim. (Corresponde o abraço da filha).

Eladio: Você está imaginando coisas, mi amor.

Alba: Não estou, bastava ver como ela me olhava dos pés a cabeça e vice versa.

Rosa: Chegamos em um mau momento? (Entra com a filha e a neta).

Eladio: Digamos que sim.

Ana Paula: A senhora é a minha abuela?

Rosa: Sí mi hijita, su abuela Rosa. 

Ana Paula: Então você é...

Paloma: Sua tia, mi amor, me chamo Paloma.

Ana Paula: Que máximo. (A abraça).

Júnior: Mais mulheres na família. (Se esconde atrás do sofá).

Eladio: Aquele é o Júnior.

Rosa: Pelo visto ele não gosta muito da ideia de ter muitas mulheres na família.

Petra: Ninguém vai me apresentar, então eu mesma me apresento, Petra Willians.

Júnior: E por que você não leva o sobrenome da sua mãe?

Petra: Porque eu a odeio, queria estar junto com o meu pai. (O assusta com uma careta).

Eladio: Por Dios! Isso não é jeito de tratar a sua mãe e o seu primo.

Petra: Você não é ninguém para me dar sermão, nem ao menos te reconheço como tio. (Se retira).

Eladio: Que afrontosa. (Contrai o maxilar).

Paloma: Ela é assim, desde que o pai dela e eu nos divorciamos quando ela tinha treze anos. (Cabisbaixa).

Alba: No que eu puder ajudar, conte comigo, cuñada. (Segura a mão dela e sorri).

Rosa: Para apoiá-la já basta eu que sou a mãe dela. (Separa as mãos delas). Mas agora eu quero encontrar o meu outro filho.

Eladio: Então, o Franco e eu conhecemos o nosso irmão.

Rosa: Vocês encontraram aquele bastardo? (Irritada).

Eladio: MEU IRMÃO NÃO É UM BASTARDO. (Grita furioso). Enquanto a senhora viver sob o meu teto o que será temporário terá que respeitar meu irmão e a família que eu formei junto a Alba. (Vai até a amada e segura sua mão).

Rosa: Não te reconheço.

Eladio: Claro que não, pois nem ao menos me criou.

Enquanto isso, Nando estava em casa com a esposa e o filho aproveitando o fim de semana como era o costume da família.

Vicente: Mamãe, nós três vamos ir à Acapulco nas férias? (Agitado).

Julia: Tudo para te fazer feliz, meu presente lindo. (Sorri).

Nando: E vamos nos divertir muito, filhão.

Julia: Ai! (Começa a sentir mal).

Vicente: Mamãe, o que foi? (Preocupado).

Julia: Não me sinto bem.

Nando: Filho, vamos ter que levar a sua mãe para o hospital. (Pega a amada nos braços).

Na residência Santoro, o clima entre Franco e Juliana estava tenso e ele não queria isso, pois queria curtir cada segundo da gravidez da amada que seria a última.

Juliana: Love, por favor, eu não quero que o nosso casamento vá para o espaço por causa do retorno do pai biológico da Mi. (Olhos marejados).

Franco: Eu também não, mas a reaparição do seu ex me deixa com o sangue fervendo, pois é óbvio que ele quer você e a nossa filha de volta. (Abraça a amada). Quero poder cuidar de você e do bebê, por isso, preciso te ajudar a ficar tranquila pelo bem de vocês.

Juliana: Esse é o Franco que eu conheci. (Sorri).

Franco: Eu te amo, Juliana. (Acaricia o rosto da amada).

Juliana: E eu amo você, Franco.

Franco: Permita que eu te leve de volta para o quarto para que descanse. (Pega a amada no colo com cuidado e a leva para o quarto).

No hospital os médicos examinaram Julia e a conclusão deles devastou a família, ela estava gravemente doente e com a doença um tanto avançada, o que tornava o tratamento improvável de curá-la.

Mais tarde na fazenda Gómez Luna, Eladio deixou a amada descansando e saiu para tomar um ar e enquanto caminhava acabou encontrando a irmã sentada perto do chafariz.

Eladio: Sem sono? (Se aproxima dela).

Paloma: A minha filha saiu sem me avisar e fico preocupada.

Eladio: Eu não fazia ideia de que tinha uma irmã, ainda mais tão encantadora como você.

Paloma: Sou fruto de uma inseminação artificial que a nossa mãe fez e que acabou em um erro, por isso o seu pai não me quis.

Eladio: Você não é filha do meu pai?

Paloma: Sou filha de um desconhecido.

Eladio: Mas ainda assim você é a minha irmã. (A abraça). Vou te apoiar, Paloma.

Paloma: Obrigada, Eladio. (Corresponde o abraço). Nossa mãe não gostou da sua mulher e fará da vida dela impossível, sinto confusão a caminho.

Eladio: A Alba e eu já enfrentamos coisas piores e vencemos, então não será diferente agora.

Fase de escrita 12/5 e 13/5/22