Enfrentando o Passado
E o dia chegou. Era hoje que eu iria encarar o meu passado de frente. Estou muito nervosa. Fico andando de um lado para o outro. Edward pede para me aquietar e me acalmar que tudo iria dar certo. Mas nesse momento está impossível. Agora que sei que o peso dos meus atos, isso está me consumindo por dentro. Fico o tempo todo pensando em repensando o que vou dizer, como vou dizer e o que fazer. Meu cérebro não para. Cada minuto que passa, mudo todos os planos novamente.
– Bella, pelo amor de Deus. Se acalme! Desse jeito você terá um infarto – suplicava Edward enquanto me puxava pela cintura e me abraçava fortemente
O abraço dele era o meu refúgio, o lugar que me sentia mais calma e tranquila. Mas nem isso nesse momento estava ajudando. Me acalmei um pouco, mas ainda assim minha mente continuava agitada.
Ficamos grudados por alguns minutos, o talvez um pouco mais. No estado em que me encontrava perdi a noção do tempo. Eu já estava pronta para ir ao encontro, pelo menos fisicamente falando. Eu estava com um vestido simples florido em tons pastéis e uma sapatilha branca. A roupa não era o importante, mas como poderia ser um grande momento de celebração, não queria estar de qualquer jeito, mas também queria me sentir confortável. E as roupas que usava no tempo em que morava com eles, muitas vezes não eram nada confortáveis. Anáguas e anáguas, apertavam demais e nesse momento tudo que eu precisava era respirar. E nos colocamos em marcha em direção a minha antiga casa.
Assim que reconheci o antigo bairro onde morava coloquei um chapéu que era coberto por um lenço preto. Esse lenço cobria meu rosto e assim as pessoas não conseguiriam me reconhecer, principalmente os funcionários de meus pais.
Edward foi na frente conversar com meus pais sobre o ocorrido como havíamos combinado e eu fiquei em um terreno quase do lado de casa, que era vazio.
A espera foi terrível, o tempo parecia não passar. Eu andava de um lado para outro, estava até suando e meus batimentos estavam cada vez mais acelerados. Estava quase tendo um ataque, usava toda minha força para me controlar e me manter de pé. Queria chorar e ao mesmo tempo berrar, porém eles estavam presos dentro de mim e nada saía. Então minhas pernas que estavam arcando com as consequências. Eu continuava a andar de lá para cá e de cá para lá. Na esperança de que o tempo passasse, e o Edward chegasse. Mas parecia que meus esforços eram em vão, porque ele nunca aparecia. Até que finalmente o avistei vindo em minha direção. Meu coração chegou a sair fora da boca. Era chegado o momento de enfrentar o passado. Não havia mais escapatória.
Segui em direção a ele e me lancei sobre sues braços o abraçando bem apertado. Eu precisava de sua força para encarar tudo aquilo.
Edward foi tirando de seus braços lentamente e segurou a minha mão. Assim fomos andando em direção a casa.
Ao entrar na mansão me veio sentimentos intensos que eu não saberia como classificá-los a todos. A nostalgia estava batendo, pois me lembrei da minha infância e todas as brincadeiras e tudo que fiz naquela casa, assim com as obrigações e eventos sociais que meus pais realizavam. Escorreu uma lágrima de quando me recordei do quanto minha mãe cuidava de mim. Ela era uma dama da sociedade, culta, educada e algumas vezes fria. Mas quando estávamos apenas nos duas, ela era uma mãe amoroso que cuidava de mim. Inclusive era ela que levava chá quando estava doente e que velava meu sono. Ela deve ter sentindo muito a minha falta.
Assim fui entrando e as lembranças foram surgindo até que parei em frente a porta que nos levaria a sala de jantar. Sabia que era ali que estariam. Respirei bem fundo várias vezes, até acalmar um pouco meu coração. Girei a maçaneta e abri a porta. A hora chegara.
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