Ao ficar novamente sozinho, Henrique caminhou para o espelho e terminou de ajeitar o nó da gravata, logo em seguida vestiu o paletó e estava pronto para seu casamento.

Ficou um tempo se olhando no espelho e pedindo a Deus que tudo desse certo E que mais uma vez encontrasse a felicidade ao lado de uma mulher, ele e suas filhas mereciam. Cansado da nostalgia que já estava chegando, Henrique resolveu ir ao quarto onde Helena estava arrumando as meninas.

O noivo sai do quarto e começa a caminhar em direção do outro, no caminho passa em frente ao quarto destinado a Beca. Para. Sua vontade no momento era abrir aquela porta para vê-la, e então arrebata-la em seus braços, beijar aquela boca carnuda e linda que sua noiva tinha. Mas se contem, pois ele sabe que ao abri aquela porta apanharia com certeza das madrinhas loucas que a Beca tinha arrumando.

"Melhor será espera-la linda no altar"

Henrique começa a andar de novo, quando de repente a porta do quarto é aberta, ele como é sabido tenta ter um vislumbre de sua noiva, mas quando Raquel, sua irmã, percebe que seu cunhado está parado em frente a porta, ela rapidamente fecha a mesma para evitar que ele veja a Beca no vestido de noiva antes do casamento.

- O que o senhor quer? – diz sarcástica.

- Nada apenas passando.

- Sei. Pode ir andando, pois você não verá a Beca antes do casamento.

- Não custa tentar, né cunhadinha?

- Tchau, vá embora. – Diz empurrando-o para longe da porta, sua vontade era fica e perturbar mais sua cunhada, porem para o bem estar do seu casamento desiste. Mais antes ele grita.

- BECA, EU TE AMO.

- TAMBÉM TE AMO. – É resposta dada por Beca.

Com um sorriso no rosto, Henrique continua seu caminho, feliz por ter tomado a decisão certa de casar com sua noiva.

Ao chegar ao quarto das meninas, Henrique vê Helena tentando arrumar mais uma vez o cabelo da Mile, enquanto a babá estava com a Anne nos braços brincando.

- Oi princesas.

- Papai eu estou terminando de me arrumar. Mas a Anne fica só tirando as presilhas do cabelo. – Diz virando-se para o lado, onde seu pai estava.

- Ok princesa eu cuidarei da Anne, enquanto sua tia termina seu cabelo. – Ela balança a cabeça confirmando.

Henrique vai até sua filha mais nova, toma ela em seus braços. Ao ver seu pai, a bebê imediatamente para de puxar os enfeites dos cabelos e fica tentando sair dos braços da babá para ir até seu pai. Ele pega sua filha e diz:

- Não pode Anne, neném tem que ficar bonita.

- Neném. – É a resposta que ela dá.

Esperando que chegasse a hora do seu casamento, Henrique fica brincando com suas filhas. Logo depois a cerimonialista Emilly Portiê, entra no quarto com sua prancheta nas mãos e confere se tudo está correndo com o planejado, pois ela não permite que nada der errado nos casamentos que organiza.

- Pronto, Senhor Henrique. Vamos descer? A noiva já está pronta. 

Ao ouvir a frase da cerimonialista o rosto de Henrique iluminou-se. "Graças a Deus estava chegando o momento", mas sua ansiedade que antes estava controlada veio com tudo e as famosas perguntas começaram a assaltar: Será que ela vai fugir? Vai me abandonar do altar?

"Para ela falou que te ama então ela não fara isso tomo uma respiração abro um sorisso e me viro para as meninas"

- Vamos? – Diz virando-se para suas filhas.

- Sim papai eu estou tão ansiosa para levar você a igreja, eu treinei foi muito para não cair.

Com suas filhas, Henrique desceu as escadas da mansão e vai em direção ao jardim onde tudo estava organizado, em todo o trajeto Mile não parava de falar um só minuto, fazendo assim seu pai se acalmar um pouco.

No jardim era visto vários assentos de madeira clara, um tapete branco estava desposto, em se final um altar improvisado se destacava, colunas de vidros sustentavam os arranjos de flores do campo, salpicadas de rosas alvas como a neve.

A cerimonialista posiciona Henrique com suas filhas em frente tapete. Quando ocorreu o planejamento do casamento, foi discutido quem entraria com o noivo, pois sua mãe já havia falecido. Ao ver essa questão ser discutido ele simplesmente disse assim:

"Entrarei com minha filhas, tem coisa melhor que isso?"

E assim seria. Beca achou a ideia maravilhosa e super apoiou.

Com sua filha mais nova no braço direito, e pegando a mão de Mile com a esquerda, Henrique esperou a Emilly confirmar sua entrada. Ao receber a resposta positiva, olhou para frente e lentamente começou a entrar.

Todos os convidados, amigos, familiares e conhecidos, se levantaram ao vê-los entrar.

Ao chegar ao altar Dona Rosa, mãe de sua noiva, pega as meninas. Anne logo começa a chorar querendo novamente o colo de seu pai. Mas sua sogra como mulher experiente, logo conseguiu acalenta-la.

Assim Henrique se posiciona no altar e espera sua noiva entrar. Primeiro entram os padrinhos, seguido da daminha de honra que era sua sombrinha.

Após muita expectativa Henrique ver Beca, acompanhada de seu pai começando a andar no tapete, a cada passo que ela dava seu coração perdia uma batida.

"Será que eles não poderiam andar mais rápido?" Essa era a pergunta que ficava martelando sua cabeça.

Como estava muito impaciente, antes que Beca chegasse ao altar, Henrique lhe encontrou. Seu pai Seu Antônio, entregou a mão de sua filha ao noivo dizendo:

- A faça feliz, meu filho.

- Eu irei, senhor.

Seu Antônio deu um beijo em sua cabeça e foi para lugar designado. Assim Henrique levou sua noiva o restante do caminho ao altar.

O casamento foi lindo, com direito a juras e promessas de amor. Ali naquele altar, Deus selou uma união de dois apaixonados e abençoou.

O momento mais feliz ocorreu quando o padre perguntou:

- Rebeca você aceita esse homem como seu esposo, para ama-lo, respeita-lo até que a morte os separe?

- Sim. – Respondeu a noiva.

Naquele momento toda a emoção que Henrique estava segurando durante todo o casamento, não conseguiu aguentar e lagrimas começaram a escorrer no seu rosto quando finalmente sua noiva disse sim.