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3- Nem oração, nem poemas, nem música, nem televisão

Didi estava abraçada às próprias pernas ainda sobre a cama de Leo depois de uma transa feroz que lhe destroçou a alma. Como pudera chegar àquele ponto? Bisbilhotou mais uma vez o corpo adormecido do homem ao seu lado, apenas para confirmar que ele ainda estava entregue ao sono profundo dos bêbados mal-amados. A jovem suspirou e procurou por seus óculos em volta da cama. Sua visão estava embaçada sem eles e aquele simples contratempo devido ao problema oftalmológico que a afetava desde a infância poderia servir como analogia para a atual condição em que se encontrava. Sua visão a respeito de Leo e a amizade de ambos tornara-se embaçada depois de perder os óculos de sua dignidade ao permitir-se ser usada como válvula de escape.

De certa forma a culpa era mais dela do que dele. Estava mais consciente e deixou-se levar pela carência feito uma adolescente iludida. Leo não a amava da mesma forma que amou a vagabunda da Alice, isso não era segredo. Didi era a melhor amiga, o braço direito, o ouvido, alguém para quem o rapaz abria a alma sempre que necessário e ela lidava muito bem com isso até que ele foi destruído por uma intensa decepção amorosa.

- Deus... - Ela falou baixinho. - Sei que não sou sua preferida, talvez não seja também a filha mais desejada em sua casa...

O coração da jovem doeu.

- Preciso da sua ajuda, se puder fazê-lo melhorar te prometo que vou ser mais fiel. Amém! - Os dados estavam lançados e a barganha feita.

Didi fungou baixinho antes de escorregar para fora da cama de Leo e esgueirar-se até o banheiro. Uma folha de papel rabiscada que estava sobre um cesto de roupa chamou atenção da moça, que puxou a folha com cuidado e pôde contemplar a letra firme e torta do amigo.

“... Ressuscita-me ainda que mais não seja, porque sou poeta e ansiava o futuro. Ressuscita-me, lutando contra as misérias do cotidiano, ressuscita-me por isso. Ressuscita-me, quero acabar de viver o que me cabe, minha vida, para que não mais existam amores servis... ” - O amor, por Vladimir Maiakovski

Um poema. Parte de um poema incrivelmente lindo e profundo que falava sobre o amor. Didi não fazia ideia de que Leo apreciava este tipo de literatura. Recolocou o papel no lugar em que estava, fazendo uma nota mental para procurar o poema na íntegra depois no Google. Talvez o problema de Leo fosse mais sério do que ela imaginava, e só queria poder ajudar.

A jovem olhou para o espelho e notou que estava completamente decomposta. Ajeitou-se como pôde e roubou uma blusa de Leo que estava pendurada atrás da porta do banheiro, já que a sua camisa fora danificada na noite anterior. Depois de vestida e com os óculos de volta ao lugar correto, voltou para perto do amigo. Ele estava acordado, tinha ligado a TV e o rádio, mas parecia alheio a tudo, mudando os canais freneticamente com o controle remoto e sem sequer perceber que sua música preferida do Frejat tocava naquele instante.

- Barulho constante para preencher uma cabeça vazia. - Leo disse subitamente. - Eu desci mais um degrau rumo ao fundo do poço.

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