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Capítulo 67: POV Sebastian Regen

Foi só quando saímos do helicóptero que eu me lembrei de quem era e do tamanho do problema que era eu ter ido sem ter avisado ninguém. Meu pai tinha ligado para o prefeito de Kent e pedido todos os guardas da cidade para nos ajudarem a chegar na casa de Nina a salvo enquanto guardas reais não chegavam. Eu me sentia incomodado em ter que fazer tanta gente se preocupar só comigo, mas sabia que não tinha escolha. Era a maldição de ter nascido na família real.

Tivemos que esperar dentro da prefeitura enquanto eles se certificavam de que todo o caminho até a casa dela estava vazio e seguro. Nina se sentou na cadeira do meu lado no escritório do prefeito. Ela olhava para todos os lados, mas seus olhos nunca caíam sobre mim. Eu teria conversado com ela, mas ainda estava tentando me recuperar do voo. Só minha cabeça já estava me matando.

Quando saímos, ela andou na minha frente, quase saltitando de novo. Parecia bem feliz de estar de volta à sua província. Eu mesmo nunca tinha estado ali. Pelo menos pelo caminho que fizemos, parecia ser uma das mais ricas. Ficava relativamente perto de Angeles, então isso era de se esperar. Passávamos por uma praça, fazendo o contorno em volta dela, quando Nina se inclinou em cima de mim, apontando o dedo para a janela.

"Aquela é a loja do meu pai," disse, animada. "Ah, que saudades da loja! E dos clientes! Ai meu deus, é a senhora Lockhart! A senhora Lockhart está ali!"

Eu olhei para fora e reconheci rapidamente a sua loja. Tinha 'Marshall' escrito bem grande na janela e algumas peças na vitrine. Nós passamos devagar o suficiente para eu poder ver, mas não paramos para descer.

"Desculpa," Nina disse, voltando ao seu lugar. "Sabe como é, saudades."

"Eu entendo," falei, sorrindo.

Já estava me sentindo melhor, apesar de o carro não estar me ajudando muito com o enjoo.

A vizinhança foi ficando cada vez mais simples até que paramos na frente da casa que ela disse ser dela. Era amarela e suas paredes já estavam um pouco sujas. Nina parecia incomodada, diferente de como tinha sido com a loja de seu pai. Eu imaginei que para uma Quatro, sua família provavelmente não gastava muito dinheiro em reformas da casa.

Esperamos no carro até que os guardas tinham entrado na casa e se certificado de que era segura. Já tinham feito isso antes, mas agora comigo, era diferente.

Conforme o tempo foi passando, nosso silêncio foi ficando mais desconfortável.

"Está animada?" Perguntei, mas a resposta já estava em suas mãos, que se esfregavam sem parar.

"Um pouco," disse, olhando pela janela.

De pouco em pouco, foram chegando paparazzi e pessoas da mídia. Mais de uma emissora de televisão apareceu, cada repórter fazendo a introdução para as câmeras antes mesmo de nós sairmos.

"Ai meu deus!" Nina soltou, quando um fotógrafo colocou a sua câmera tão perto da janela, que a assustou.

"Não se preocupe," eu disse, vendo-a cobrir o rosto com as mãos. "Não dá para ver. O insulfilm é suficiente."

"Mesmo assim," ela falou, soltando seu cinto e se virando de costas para a janela, consequentemente, de frente para mim. "Ainda é esquisito."

Seus olhos encontraram o meu e eu senti um impulso para lhe falar uma coisa que eu tinha estado pensando desde que o primeiro fotógrafo tinha aparecido.

"Você vai precisar se acostumar com isso para quando virar princesa," falei, observando com cuidado sua reação.

Ela arregalou os olhos, um pouco de esperança crescendo neles. Depois olhou para baixo e balançou a cabeça. Se pelo menos eu soubesse o que aquilo significava!

"Não vou virar nada," ela disse, desanimada. "Não existe nenhuma chance de Charles me escolher. A não ser que alguma coisa muito drástica aconteça com todas as outras selecionadas."

"Está planejando um ataque terrorista?" Brinquei, mas ela mesma ficou assustada.

"Não! Claro que não," ela disse, dando de ombros. "Não adianta, ele não me quer."

"Não, ele não te quer mesmo," falei, bem baixinho.

"Oi?" Ela perguntou, mas o jeito que me olhou me deixou a impressão de que tinha entendido, só queria ter certeza de que não tinha imaginado.

"Nada," eu disse, lhe sorrindo triste.

E por sorte do destino, um guarda bateu na janela naquela hora.

Nós saímos do carro e andamos até a porta da sua casa com todos os guardas que podíamos em volta de nós. Depois nos viramos para falar com a mídia.

Não foi difícil. Meu irmão era melhor naquilo do que eu, mas as pessoas sempre gostavam mais de mim. Eu era o brincalhão, que não levava nada a sério. Era eu quem aparecia mais nos tabloides, porque era eu quem fazia coisas interessantes da minha vida.

Pelo que eu conhecia da Nina, achava que ela fosse ficar muito tímida. Estava até me preparando para salvá-la quando ela falasse alguma besteira. Mas parecia que alguma coisa tinha ligado nela, quando ela se virou para as câmeras. Ela simplesmente começou a falar, super articulada, sobre como era incrível meu irmão ter lhe dado a oportunidade de estar ali para o aniversário dos seus irmãos. Falou e falou sobre como estava honrada de ter entrado para a Seleção e o conhecido, como ele era tão maravilhoso como ela tinha imaginado.

Eu fui ouvindo aquilo, me falando na minha cabeça que era bem o que ela tinha mesmo que falar. Mas também era a última coisa que eu queria ouvir dela.

Quando entramos de vez na casa dela, ela foi primeiro e logo foi atacada por dois meninos de cabelo tigela que a agarraram pelas pernas e não a deixaram andar direito.

"Nini! Nini!" Eles gritavam agudo, tentando pular ainda abraçados nela.

Ela sofria para dar cada passo, aguentando o peso deles.

"Hamish, Hubert, ia perguntar se vocês estavam bem, mas acho que isso responde a minha pergunta!" Falou, rindo e passando a mão pelos cabelos deles.

"Meninos, arrumar a cama, agora!" Uma voz grossa falou do outro cômodo. "Senão eu vou mandar sua irmã de volta para o castelo."

Os irmãos entraram em pânico, soltaram de Nina e saíram falando, "Não!", pelo corredor. Isso só a fez rir mais.

O dono da voz grossa foi até a sala, colocando seus braços grandes em volta dela e levantando-a do chão.

"Ah, menina. Nem acredito que você está aqui," ele disse, enquanto a esmagava em seu colo.

"Nem eu, pai," ela falou no seu ombro.

Ele a colocou de volta no chão, mas não a soltou. Bem o contrário, ele afundou o seu rosto no ombro dela, a abraçou mais forte.

Eu fiquei meio encabulado. Foi quando eu lembrei que nós não estávamos ali só pelo aniversário dos irmãos dela. Também era pelo dia em que sua mãe tinha morrido.

"Nós vamos vê-la antes do pôr-do-sol?" Nina perguntou, se afastando devagar dele.

"Claro," ele disse, sorrindo triste para ela.

Os dois pareciam fazer o máximo que podiam para consolar um ao outro com seus sorrisos e seus olhares compreensivos, mas era difícil se certificar de que qualquer um deles tinha tido sucesso.

Eles continuaram como as únicas pessoas no mundo, até que os olhos de seu pai caíram em mim. E ele arqueou as sobrancelhas, abriu a boca, o que me fez pensar que ele não estava me esperando.

"Alteza," ele disse, se distanciando de Nina e me fazendo uma reverência. "Não sabia que contaria com a sua presença, se soubesse, teria arrumado melhor a casa."

"Não, senhor, não se preocupe," eu falei, me sentindo culpado por incomodar do jeito que fosse um homem que já parecia no limite da tristeza. "Sua casa é muito bonita e eu me sinto honrado de ter sido convidado para conhecê-la."

Ele ficou ainda mais surpreso com aquilo, mas não me questionou.

"Desculpa eu não ter te avisado, pai," Nina disse, indo se sentar em uma cadeira na frente da ilha de sua cozinha. "Esse é o Sebastian."

"Eu sei," ele disse, se virando para mim. "Vossa Alteza deseja alguma coisa?" Ele perguntou todo formal.

"Uma só," eu falei, sorrindo para ele. "Que não me chame de alteza."

Ele ficou um pouco mais relaxado com aquilo. "Está bem," disse. "Mas gostaria de beber alguma coisa?"

Olhei dele para Nina, que estava apoiada no seu cotovelo na bancada.

"Água?" Falei e ele concordou com a cabeça, se virando rápido para ir buscar para mim.

Eu o segui e me sentei do lado da Nina, enquanto os guardas ficaram na porta. Dessa vez, era eu que estava formal demais. Em minha defesa, eu não sabia muito bem como agir ali. Eu precisava que seu pai e seus irmãos gostassem de mim. Eu precisava deles do meu lado. Eu só não sabia como conseguir aquilo.

"Como está a loja?" Nina perguntou, fazendo seu pai esfregar a nuca, preocupado.

"Está do mesmo jeito," disse, se virando para nós e colocando um copo à minha frente.

"Muito obrigado," eu falei, baixo o suficiente para não atrapalhar a conversa deles, mas alto o suficiente para ele me ouvir e me fazer um pequeno aceno com a cabeça.

"E a coleção nova? Nada ainda?" Nina continuou, brincando com uma migalha de pão que estava na bancada.

"Não, Nina, não temos ainda como bancar," ele disse, se apoiando com as duas mãos na nossa frente. "Mas eu te prometo que nós vamos lançá-la, quando for."

Ela suspirou de leve. "Tudo bem," ela disse. "E o resto? E os meninos?"

Seu pai abriu um sorriso, enquanto eu ficava na minha, só observando por trás do meu copo d'água.

"Eles estão bem. Estão muito orgulhosos da irmã deles estar morando no castelo," falou, animando Nina um pouco. "Eles contam para todo mundo, o tempo todo. Mesmo que as pessoas já saibam. E nós estamos recebendo muito mais visitas. Até sua avó nos ligou."

"Nossa," ela soltou, me deixando curioso para saber porque a avó dela ligar era uma coisa tão incrível. A minha nos visitava todo mês.

"Pois é!" O pai dela falou. "Se pelo menos cada visita rendesse uma joia vendida, estaríamos feitos."

Seu olhar caiu em mim e ele se endireitou.

"Os convidados vão chegar daqui a pouco," ele continuou, se ocupando com a louça na pia. "Me ajuda a arrumar as coisas?" Pediu para Nina.

Ela deslizou de seu banco e foi até ele. Mas depois resolveu ir se trocar.

"É um prazer tê-lo aqui," seu pai me falou quando ela desapareceu pelo corredor.

Ele claramente não sabia sobre o que conversar com um membro da família real.

"Vocês então são donos de uma loja de joias?" Eu perguntei, tentando ajudar.

"Sim," ele disse, orgulhoso. "Começamos com penhores, mas meu pai resolveu vender um pouco do que tínhamos e cada vez mais fomos deixando de penhorar e nos empenhamos em criar nossas próprias peças."

"E vocês estão tendo problemas para conseguir vender?"

Ele pareceu um pouco desconfortável, mas me contou mesmo assim.

"Lady Emma era de Kent," explicou. "Mas era uma Três. Sua família comprava muito da nossa e de outras lojas da vizinhança. Depois que ela foi eliminada e Nina continuou, ela usou sua influência para diminuir as vendas da nossa loja."

"Mas isso é loucura!" Eu disse, logo quando Nina voltou para a cozinha.

Ela usava calça jeans e uma camiseta tão simples e fina, que eu não consegui deixar de notar como ela se agarrava ao seu corpo, ressaltando suas curvas.

"É loucura, mas é assim que funciona as coisas," o pai dela disse, me fazendo voltar os olhos para ele. "Sua família é amiga de quase todas as Dois aqui de Kent, que eram quem comprava mais mesmo."

"Está falando da Emma Lockhart?" Nina perguntou, juntando todo o seu cabelo no topo da cabeça e o amarrando com uma fita.

"Sim," seu pai falou, tirando algumas coisas da geladeira e começando a cozinhar.

"Eu vi a mãe dela na frente da loja," Nina disse, indo até a pia.

Ela se virou de lado para mim, mas era o suficiente para eu ver a sua nuca. Seus cachos caíam no começo de suas costas, roçando de leve na sua pele quando balançavam com seu movimento. Eu tive que me concentrar no copo vazio na minha frente para não ficar olhando demais para ela.

O pai dela está aqui, eu pensei. Não seria nada legal ficar olhando para ela daquele jeito com ele logo ali.

"Olha, sem querer ser indelicado," ele disse, enquanto abria um saco enorme de salgadinhos e despejava em uma vasilha, "mas por que você veio com a Nina e não seu irmão?"

Ela se virou para me olhar e eu fiz o mesmo.

"Ele não podia," falei.

"Não foi uma coisa planejada," ela disse.

Seu pai olhou de mim para ela e de volta para mim, como se estivesse tentando ler nas entrelinhas. Mas não tinha nada para ler. Era verdade. Eu estava ali porque ela tinha pedido no último segundo. E meu irmão não podia.

Ele não podia, porque não era ele que faria qualquer coisa para poder dar a ela tudo que ela queria. Era eu que precisava estar ali, do lado dela.

Não que eu fosse explicar isso para o seu pai, mas mesmo assim.

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