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Capítulo 53: POV Valentine DeChamps

Ah, eu finalmente entendia porque minha irmã falava tão bem do castelo em suas cartas! Quando acordei, tinha criadas já arrumando o que eu ia vestir para o café da manhã. Aproveitei cada minuto delas me vestindo e maquiando, me sentindo uma princesa.

Tá, eu não fazia parte da Seleção e seria só uma passagem. Mas talvez eu devesse me acostumar com aquilo. Quem sabe minha irmã não se casava com o Príncipe Charles e eu não entraria para a família real?

Até o cheiro do perfume da minha penteadeira era encantador. Me admirei um pouco no espelho, todo aquele quarto no fundo. Era como se fosse outra pessoa na minha frente. Mas não de um jeito ruim, pelo contrário. De um jeito ótimo. Eu encaixava ali. Estava em casa.

Estava ainda me olhando que ouvi alguém bater à minha porta. Uma das criadas foi abrir e Arya entrou com sua irmã, Lua.

"Bom dia," falei, me virando para olhá-las.

"Valentine, você está linda!" Lua disse, andando até mim.

"Você que está!" Falei, rindo do elogio.

"E aí, prontas para um café da manhã real?" Arya perguntou, sorrindo.

"Sim!" Falei, me levantando. "Pena que depois teremos que ir embora."

Lua torceu o nariz, tão desanimada quanto eu.

"Então vamos aproveitar enquanto vocês estão aqui!" Arya disse, tentando nos animar.

Quando andamos pelos corredores, percebi que o clima estava um pouco pesado. Devia ser cansaço. Ninguém ali estava preparada para ter que enfrentar o sol depois da noite passada.

E que noite! As selecionadas realmente sabiam curtir! Elas não paravam de dançar, rir, beber. Pena que brigaram com elas quando elas decidiram dar um mergulho.

Quando estávamos chegando na escada, vimos o Príncipe Sebastian sair de um quarto, com a camisa quase inteira aberta e seus cabelos indo em mil direções diferentes. Ele não parou para falar nada, apesar de ter nos feito parar de andar. Ele só subiu as escadas correndo e nos deixou ali, com cara de assustadas.

Nós fomos as primeiras a chegar à sala de jantar, sem contar com os criados que estavam nos esperando para nos servir. Foi muito incrível mesmo ter alguém ali, pronto para encher minha xícara de café quando eu a levantasse. Estava me divertindo de verdade! Até tinha faltado maple syrup nas minhas panquecas e pedi para uma criada buscar para mim.

Ela parecia feliz de me ajudar e eu ainda mais agradecida. Era um mundo completamente novo e tudo mesmo que eu imaginava.

A noite tinha sido boa mesmo, porque a maioria das selecionadas não apareceu para o café. E as que apareceram, pareciam que ainda queriam estar dormindo.

"O que vocês acharam do castelo?" Perguntei para uma menina na minha frente uma hora.

Ela pareceu divertida com minha pergunta, de certo modo até surpresa.

"Eu gostei," ela disse, sorrindo.

"Eu também, estou encantada," falei, olhando o cômodo até que meus olhos voltaram para ela. "Eu sou Valentine," disse.

"Ruta," ela falou.

"Você é irmã de alguma selecionada também?" Perguntei, dando uma grande mordida em minha bolacha.

"Não, eu sou Princesa da Escandinávia," ela disse, dando de ombros como se não fosse nada.

Tenho certeza de que meus olhos arregalaram, pois ela riu com a minha reação.

"Desculpa por não saber," disse, me perguntando o que eu deveria fazer com alguém da realeza de outro país.

"Não se preocupe," ela disse. "Não é sua obrigação."

Sorri de volta para ela, mas já não sabia que tipo de coisa eu poderia falar para ela. E pensar que o seu castelo deveria ser ainda mais incrível! Em um lugar onde provavelmente nevava quase o ano inteiro. Quem dera eu morar em um lugar assim.

As selecionadas que vieram não ficaram muito tempo. Até Arya teve que ir com elas sei lá fazer o quê. Logo depois de elas saírem todas, uma menina muito bonita de pele branca e delicada se sentou do meu lado. Ela estava separando morangos quando a reconheci.

Tive que abafar um grito quando finalmente percebi de quem se tratava. Eu tinha passado a minha vida inteira ouvindo minha mãe falar de sua mãe. Era como se fossemos já amigas, quase primas. Ela só não sabia disso.

"Desculpa," falei, sentindo que talvez estivesse passando de todos os limites impostos pela sociedade, "mas você não é Amélie Hollande?"

Ela parecia completamente irritada com a minha pergunta e eu me arrependi completamente de tê-la feito. Mas me respondeu.

"Sim," ela disse, sem olhar para mim.

Esquece, Valentine, pensei. Fala com a Ruta que é muito mais legal.

Mas tinha alguma coisa no seu tom irritado que me soava mais triste do que qualquer outra coisa. E se ela fosse minha prima de verdade, eu tentaria ajudar. Honestamente, eu tentaria ajudar qualquer pessoa.

"Aconteceu alguma coisa?" Perguntei.

Ela suspirou e se virou para me olhar. Mas antes que seus olhos chegassem até mim, eles pararam na mesa da realeza.

"Aconteceu," ela falou, ainda olhando para lá.

"Quer conversar sobre isso?" Ofereci, fazendo-a finalmente me mirar.

Ela hesitou, pensou, considerou a minha proposta. Seus olhos se desviaram para Sebastian, que passou pela nossa mesa em direção à porta.

"Quero," Amélie falou, finalmente. "Mas não aqui."

Combinamos de nos encontrar na sala de dança do castelo. Era perfeita! Era enorme, tinha espelhos por duas paredes e barras em uma delas. Eu não precisava de mais nada, poderia passar o resto da minha vida ali, mesmo vestida como estava. Foi quando uma outra selecionada, Annabel, me mostrou o armário de lá. Quase tive um infarto, sério. Mais ainda quando ela me falou que eu poderia usar o que quisesse, que só ela mesmo de todo o castelo usava aquela sala. Ela não pôde ficar, mas parecia feliz de me deixar ali. Afinal, eu provavelmente era a única menina dali que entendia o quão incrível que era uma sala daquelas.

Bom, eu e a Lua, que nem sabia o que estava fazendo, mas estava determinada em tentar aprender a dançar ballet sozinha ali. Ela disse que a única coisa que tinha lhe faltado a vida inteira para se tornar uma grande bailarina era o tule certo. Eu concordei, rindo.

Não hesitei em me vestir com o collant mais bonito que tinha ali, meia calça rosa claro e até um tule incrível que tinha glitter na ponta. Eu via pelo espelho, mas mesmo assim pude perceber que deixava um efeito maravilhoso.

Estava tão encantada que demorei para perceber quando Amélie entrou na sala.

"Oh," soltei, deixando minha pirueta morrer. "Desculpa, não te vi."

Ela não falou nada, só andou até o sofá e se jogou. Lua ainda estava se esticando, então eu fui até a princesa.

Ela foi a primeira a falar.

"Você não é uma das selecionadas, é?"

"Não," falei, ajeitando para não amassar o tule quando me sentei. "Tenho 14 anos, não poderia participar nem que quisesse."

Ela me observou por um segundo. "Por que você está aqui?"

"Minha irmã," expliquei. "Ela sim é da Seleção. E, pelo que ouvi, é uma das preferidas de Charles."

Ela sorriu meio triste e seu olhar se perdeu no chão.

"Ela tem sorte," falou. "Quem ela quer, quer ela de volta."

"Quem você quer não te quer?" Perguntei sem pensar e ela só balançou a cabeça. "Tá brincando, né?"

Ela levantou o rosto para me olhar, confusa.

"Olha para você," falei, apontando para ela. "Você é perfeita!"

Ela riu. "Não sou perfeita."

"É sim! Você é a princesa mais linda que eu conheço. E olha que eu conheci algumas ontem."

"Quem dera se isso fosse tudo," disse, dando de ombros.

"Me conta, o que ele fez?"

Ela ficou em silêncio mais alguns segundos, provavelmente se perguntando o que poderia me contar, se deveria me contar afinal.

"Sabe que a minha mãe odeia a Rainha America?" Ela disse, completamente inesperado.

"O QUÊ?" Perguntei, um pouco alto demais. Ela só concordou com a cabeça.

"Ela sempre foi apaixonada pelo Rei Maxon," continuou e eu só deixei minha boca cair. "Mas ela insiste em sempre vir para cá, para visitá-los. Fala que é para manter as relações da França com Illeá, mas eu sei que na verdade é só para vê-lo," concordei com a cabeça para ela continuar me contando. "De qualquer jeito, eu meio que cresci com os príncipes. E eu achava que tinha alguma coisa entre o Sebastian e eu."

Eu senti minha boca querendo cair de novo, mas achei melhor guardar a minha surpresa para mim. Não queria desencorajá-la de me contar tudo que podia.

"E ontem," continuou depois de um suspiro, "eu achei que finalmente tinha conseguido meu final feliz."

"An-hã," falei, incentivando.

"Mas aí hoje de manhã ele simplesmente foi embora! Sem nem me falar nada direito!"

Ai. Meu. Deus. Do. Céu. Ela estava mesmo me contando o que eu achava que estava? Ela estava mesmo tão desesperada para contar aquilo para alguém que ela escolheria uma menina de quatorze anos que não conseguiria guardar um segredo para salvar a vida dela? Tá, ela não sabia dessa parte, mas mesmo assim!

"Eu sei que ele tava bêbado," ela continuou, definitivamente não percebendo pela minha expressão o que eu estava pensando de tudo aquilo. "Eu sei disso, eu também estava. Mas sabe, quando eu bebo, minha vontade é de fazer tudo aquilo que eu não tinha coragem de fazer sóbria, sabe?" Concordei com a cabeça de novo. "Então! E eu achava que ele tinha feito o mesmo. E tá, não quer me dar um bom dia de verdade, tudo bem. Ele tava atrasado e tals. Entendo! Mas ele nem me olhou direito! Não existe um mínimo de respeito que ele deveria ter por mim? Depois do que aconteceu?"

Honestamente, eu não tinha a menor ideia. Mas a consolei como pude. Até que um guarda apareceu na porta e disse que os convidados estavam sendo chamados no Grande Salão. Amélie suspirou alto e já foi para lá. Lua e eu tivemos que nos trocar.

E enquanto nos trocávamos, ela me contou que tinha ouvido tudo e que a gente precisava contar para alguém. E eu sabia exatamente quem.

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