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Capítulo 126: POV Charles Regen

Já fazia horas que nós estávamos ali. Eu não podia prever que Gabrielle demoraria tanto, mas tão pouco queria arriscar de não estar pronto quando ela chegasse. Nós tínhamos uma única câmera do lado de fora que Thomas vigiava. Pelo menos assim, podíamos esperar todos na luz.

Eu já tinha percorrido o Grande Salão mil vezes, já tinha dado uma entrevista para a televisão - que seria passada depois de todo o pedido. Eu já tinha falado com todo mundo ali dentro, até Beatriz, que não parecia nem um pouco feliz de estar ali. Eu já tinha andado para todos os lados mil vezes, freneticamente. E agora parecia que eu tinha me acalmado. Não sabia se eu tinha simplesmente me acostumado com a espera ou se já tinha desistido de ficar ansioso. Eu me apoiava na cadeira do lado da de Sebastian, que parecia tão desanimado quanto Beatriz.

"Nervoso?" Ele perguntou do nada.

"Não sei," falei, e era verdade. Talvez eu já tivesse mesmo superado tudo que deveria me assustar. "E você?"

"Ah, nem um pouco," ele se inclinou no encosto da cadeira. "É fácil ser enterrado. Só tenho que me deitar e deixar que joguem a terra por cima."

"Muito bonito isso," eu falei. "Talvez eu deva usar isso no meu pedido."

"Use," ele concordou, quase sorrindo. "Mas já vou avisando que vou pedir direitos autorais," ele soltou uma risada sem humor que me fez sentir um pouco culpado de estar prestes a conseguir meu final feliz.

Isso se ela me aceitar, como Thomas fez questão de apontar.

A Amélie passou por nós colocando suas mãos nos ombros dele e as deixando escorregar, sem parar de andar. Como se eles fossem mesmo um casal. Ela continuou seu caminho até o bar, e eu a acompanhei com o olhar.

Ela tinha um ar tão vitorioso, feliz pelas razões erradas. Ela não percebia que ele não a queria? Não percebia que era ela que jogava a terra em cima dele?

Sem querer, meus olhos encontraram os de Nina, que estava do outro lado do salão e também observava Amélie. Ela virou o rosto rapidamente, envergonhada. O pior é que era visível que a parte que mais agradava Amélie era poder esfregar na cara dela que ela que tinha vencido. Enquanto a Nina nunca faria isso com ninguém.

"Tudo bem aí?" Sebastian me perguntou, me fazendo voltar a olhá-lo.

"Não," Eu disse, assim que Amélie voltou até nós.

"É bom essa festa não demorar," ela disse, se colocando entre nós dois. "Nós ainda temos que rever nossos votos," ela sorriu para Sebastian e piscou um olho só, depois nos deixou para trás e foi até sua mãe.

Assim que ela passou por mim, eu vi a corrente pendurada em seu pescoço, o pingente - que eu sabia que era uma chave - completamente escondido no decote de seu vestido.

"Que que foi?" Sebastian percebeu que eu a observava.

"Eu não quero te envolver nisso," eu comecei.

"Envolver no quê?" Ele chegou mais perto de mim, baixando a voz.

"Eu realmente acho melhor você não saber," eu disse. "Sabe como é, negação plausível e tal."

"Charles, me explica o que você tá falando. Agora."

Eu engoli em seco. A verdade era que a ajuda dele seria bastante bem-vinda. Mas eu realmente não queria fazê-lo mentir. Se ele conseguisse, seria perfeito. Mas se ele não conseguisse, seria um desastre. Desastre total.

Meus olhos passaram dos dele até Nina lá atrás, que mirava a mesa à sua frente completamente desanimada. É, talvez nós já estivéssemos no desastre total.

"Eu não quero te dar esperanças-"

"Charles!" Ele insistiu, sua voz alguns tons mais altos.

Algumas pessoas à nossa volta se viraram para nos olhar. Eu sorri para elas, dando um tapa nas costas de Sebastian.

"Eu vou contar," eu falei, no meio do meu sorriso. "Mas será que dá para você ser um pouco mais discreto?" Me virei para olhar para ele, que concordou com a cabeça, revirando os olhos. "Amélie tem uma caixa secreta em seu quarto. Eu não sei se tem alguma coisa a ver seu casamento ou essa gravidez, ou o que for. Eu só sei que ela a guarda a sete chaves. Quer dizer, a uma. Que ela carrega no pescoço."

"O que você acha que é?" Ele perguntou, quase sussurrando. Aquilo não deixava a nossa conversa muito mais discreta, só mostrava que nós estávamos falando alguma coisa secreta.

"Não tenho a menor ideia," eu admiti. "Mas nós estamos nos últimos segundos do jogo. É a hora para um ave maria, não é? Eu pensei em conseguir uma chave mestra, mas o papai insiste que eu tenho que explicar para que é. Pensei em entrar no escritório dele para pegá-la hoje-"

"Não," ele me cortou. "Eu pego. Mas não no escritório dele. Eu pego com ela."

Eu tive que recuar minha cabeça para trás para olhá-lo melhor. "Tá louco?"

"Não, estou bem são," ele disse, depois deu de ombros. "Tão são quanto eu consigo estar, pelo menos. Pode deixar que eu pego. Hoje à noite. Agora."

Ele começou a andar em direção a ela. "Não, Bastian," eu o segurei pelos ombros e me coloquei na frente dele. "Será que tem como você esperar pelo menos eu conseguir tirar as câmeras daqui? E eu tenho a leve impressão de que você teria maiores chances de sucesso se vocês estivessem sozinhos."

Ele parou para pensar no que eu falei na mesma hora que eu mesmo pensei naquilo. Eu estava mesmo sugerindo a ele seduzi-la para conseguir tirar a chave do pescoço dela? Eu era tão péssimo irmão assim?

"Boa," ele disse, virando seus olhos para mim, um brilho maléfico neles. "Ótima ideia."

Naquela hora, as luzes piscaram. Era o sinal. Todo o nervosismo que já tinha fugido de mim voltou correndo. Eu nem sei para onde Sebastian foi ou o que ele fez. Foi como se um botão tivesse sido acionado dentro de mim. Eu esqueci tudo que tinha acontecido até aquele momento e fui até o meu lugar.

Um corredor de luzinhas iluminava a porta até mim. E era só isso. Eu fiquei de pé atrás das últimas, enquanto duas câmeras se posicionavam atrás e do meu lado. Assim que eu cheguei ao meu lugar, Thomas apagou as luzes. Gabrielle ainda estava saindo de seu quarto, então tive que esperar segundos intermináveis até conseguir ouvi-la do outro lado da porta.

Pânico estava tomando conta de mim, eu estava prestes a sair correndo de lá. Mas na hora em que a ouvi segurando na maçaneta, foi como se tudo à minha volta tivesse desaparecido, parado, ficado em câmera lenta. Eu não poderia nem saber se o resto do mundo existia, eu nem conseguiria dizer se aquilo era verdade ou só um sonho. Eu só sabia que era eu e ela. E tudo aquilo que eu precisava dizer.

As portas se abriram devagar e eu mal consegui ver seu rosto. Ela andou devagar até mim, enquanto Thomas tomava conta dos outros efeitos. E as luzes do salão foram se acendendo conforme ela chegava mais perto de mim. Eu a observei olhar à sua volta e ver cada uma das pessoas que estava lá. Ela sorria, maravilhada e eu sentia meu coração batendo no ritmo de seus passos. Eu estava com medo. Muito medo. Mas era estranho, porque ao mesmo tempo eu estava calmo. Estável. Como se eu já tivesse me acostumado com a minha própria loucura.

E então ela percebeu que estava chegando até mim. Seus olhos encontraram os meus enquanto eu ainda estava no escuro, somente um segundo antes de me iluminar. Ela parou de andar na hora, segurando a respiração. Eu tão pouco conseguia respirar.

"Gabrielle-" eu comecei, dando um passo em sua direção.

"Não," ela me cortou, conseguindo me fazer sentir todo o meu ser desabar no chão com uma só palavra. Ela levantou suas duas mãos no ar e segurou o nosso olhar enquanto balançava a cabeça. "Eu que te peço," ela disse, sua voz fraquejando um pouco. "Eu que te peço para me dar a honra de passar o resto da minha vida ao seu lado. Eu que te peço para tentar todos os dias te fazer feliz. Eu que vou tentar provar a cada segundo que sou digna do seu amor por mim. Eu que te peço-" a sua voz fraquejou de novo e, por impulso, eu dei um passo à frente, a pegando pelas duas mãos.

"Okay," eu sussurrei.

"Eu que te peço, Charles," ela levantou os olhos para mim, uma lágrima já escorrendo pela sua bochecha. "Eu que te peço para acreditar em mim. Eu que sou a pessoa mais feliz do mundo por ter encontrado você, mesmo que fosse do jeito mais desconfortável do mundo."

Eu ri e ela riu comigo, em meio às suas lágrimas.

"Eu que te peço para ficar comigo. Para me escolher, para ME amar," ela abriu o sorriso mais lindo do mundo e eu não consegui pensar em nenhuma resposta melhor.

Eu soltei das suas mãos para segurar seu rosto e trazê-lo para perto do meu. Eu sabia que só valeria trocar aquele sorriso por uma coisa do mundo. Suas mãos se agarraram na minha cabeça no instante em que meus lábios encontraram os seus.

Eu queria tanto poder me ajoelhar na sua frente, eu estava esperando por aquele momento em que eu me colocaria abaixo dela para mostrar o quanto eu a admirava. Mas ela não poderia me deixar ser assim. Ela tinha que me encontrar no meio do caminho. Ela seria a minha parceira, não só alguém que me guiaria, não alguém que eu teria que guiar. Seria nós dois juntos, um do lado do outro.

Eu ouvi enquanto todos à nossa volta batiam palmas e eu podia imaginar as duas câmeras focando em nós. Mas eu não me apressei. Eu precisava deixar que o nosso beijo durasse o máximo possível. Aquele momento era nosso, tão perfeito que eu o queria trazer para o mundo físico, enquadrá-lo e pendurá-lo na parede. Eu queria poder absorver tudo o que dava dele, tudo que conseguia. Eu queria aquele momento só meu e dela, nós dois juntos, independente do que acontecia lá fora. Eu sabia que passaria o resto da minha vida me lembrando daqueles segundos em que ela me beijava e me abraçava como se não precisasse de mais nada. Eu sabia que eu não precisava de mais nada.

"E é com esse final MARAVILHOSO que encerramos mais uma Seleção de sucesso em Illéa!" A voz de Gavril me chamou tanta atenção, que eu me afastei um pouco de Gabrielle. Enquanto ele continuava falando sobre como as filhas de Illéa tinham vindo para o castelo e explicava sobre como Gabrielle tinha se destacado desde o começo, eu resolvi me focar só nela.

Eu segurava seu rosto de leve perto do meu, apoiando minha testa na dela. Eu passei meu dedo de leve pela sua bochecha, enxugando uma de suas lágrimas e ela levantou os olhos para mim. Só de ela estar ali, me mirando com uma mistura de ansiedade e felicidade clara em seu rosto, eu mesmo me senti eufórico. Escorreguei minhas mãos rapidamente pelos seus ombros até a sua cintura, a segurando firme e a levantando no ar.

Ela entrou um pouco em pânico, colocando seus braços em volta do meu pescoço e se segurando bem firme a mim. E lá estavam seus olhos, me mirando assustados, mas ao mesmo tempo divertidos. Gavril ficou todo animado atrás de nós, mas eu não me importei em me virar para ele ou até mesmo ouvir o que ele dizia. Eu a baixei devagar, fazendo-a ficar na altura perfeita para que me beijasse de novo antes de chegar ao chão.

Assim que ela estava de pé sozinha, ela se afastou um pouco de mim. Mas era como se meu rosto fosse atraído pelo dela, eu não conseguia ficar longe por mais de um segundo.

"Eu te amo," eu disse só para ela ouvir, segurando seu rosto de novo com as duas mãos.

"Eu também te amo."

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