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Capítulo 122: POV Abigail Neumann

A minha própria voz começou a encher o quarto. Começou baixinho e eu nem me incomodei. Mas foi aumentando, aumentando, até que eu tive que abrir os olhos e girar na cama até estar olhando para o teto.

"O que é isso?" Eu perguntei, presumindo que alguém estivesse ali.

"Sua nova música," ouvi a voz de Andre responder. "A que gravamos a voz na segunda-feira. Acrescentamos mais alguns violinos. O que achou?"

Eu tentei prestar atenção no ritmo, mas a minha voz chamava a minha atenção demais.

"Acho que eu preciso regravar isso," falei, depois sentei na cama. "Ou você precisa encontrar um produtor novo que consiga fazer bom uso do auto tune."

Andre estava sentado em uma poltrona perto da janela. Assim que meus olhos o encontraram, eu me lembrei do dia em que tinha me vestido de garçonete e assistido Duck festejando com todas as meninas que ele conseguia.

"Argh," falei, me deitando de novo.

"O que foi?" Andre pausou a música, provavelmente achando que era isso que me incomodava.

"Tem como nós cancelarmos os testes de hoje?" Eu perguntei, esfregando meus olhos.

"Não," Andre disse. "Se tivesse, não acha que eu já teria cancelado?" Eu ouvi quando ele se levantou e fiquei esperando que ele chegasse perto da minha cama, mas quando ele falou de novo, sua voz continuou longe. "Eu imaginei mesmo que você fosse odiar a ideia de Duck participar dos testes."

"Por que ele tem que participar?" Eu me sentei de novo para encontrar Andre olhando para fora da janela.

"Porque ele é o dono do hotel," ele disse, sem se virar para me olhar. "Falei com Vanessa e ela insistiu que seria muito ruim recusá-lo. Ainda mais com você morando aqui," nessa hora ele olhou para mim. "Se você quiser, eu posso falar com Duck eu mesmo-"

"Não!" Eu o cortei, de repente sentindo a energia necessária para eu me levantar. "A última coisa que eu quero é que ele saiba que isso me incomoda."

"Acho que ele já deve ter percebido," Andre disse, só para me irritar. "E por que mesmo que ele te incomoda tanto? Vocês mal se conhecem. Ou eu estou errado?"

Eu lhe sorri, andando até a mesa onde ele estava. Peguei o controle do rádio, voltei a dar play.

"O quê?" Ele perguntou. "Não quer me falar?" Eu o ignorei, continuando meu caminho até o banheiro. "Vai, Abbie. Pode me contar. O que ele tem que te incomoda tanto?"

Quando estava passando pela porta, aumentei o volume do rádio o máximo que dava, fazendo a música ficar tão alta que eu não conseguiria ouvir Andre falando comigo nem se quisesse.

E até que a música estava boa.

Depois de tomar um banho rápido, eu encontrei Andre na sala, onde ele estava sentado em uma mesa, esperando algumas criadas o servirem. Ele lia o jornal, todo distraído, parecendo meu pai. Eu me sentei na frente dele, já desanimada, me apoiando nos meus cotovelos.

"Quando você quiser me contar," ele disse, "estarei aqui, pronto para ouvir."

"Ouvir o quê?" Eu perguntei.

"Porque você se importa tanto com esse Duck," Andre disse, abaixando o jornal só o suficiente para me olhar.

A criada que servia a minha xícara de café percebeu o nome dele, mas se recompôs logo e nos deixou sozinhos.

"Muito obrigada por isso," eu falei, já mirando meu café.

"Isso o quê?" Andre voltou a ler seu jornal.

"Ficar falando na frente de todo mundo que eu me importo com o Duck," eu disse, o nome dele me fazendo torcer o nariz. "Eu não me importo com ele. É só que ele é um idiota e eu não quero idiotas na minha vida."

"Ah, querida, então vamos ter que pedir para todos os seus amigos pararem de falar com você," ele dobrou o jornal e o colocou na mesa ao seu lado. "Sem contar que, em cinco anos de carreira, você nunca namorou um não-idiota. Nem o seu primeiro namorado, quando você tinha 14 anos, não era idiota."

"Muito obrigada por isso também!" Eu falei, depois de dar um gole do café.

Andre ia falar mais alguma coisa, mas a criada apareceu e ele se segurou. Ela nos serviu com croissants, manteiga e vários frios. Depois ela saiu. Mas logo outra apareceu, carregando uma vasilha com várias frutas diferentes. Ela nos informou que assim que terminássemos os salgados, ela traria os doces. E logo desapareceu também.

"Eu não quero mais idiotas na minha vida," disse de novo. "Chega, não é? Já foi o suficiente."

"Mas o que esse Duck tem de tão idiota?" Andre perguntou, me fazendo bufar. "Desculpa, mas eu o achei bastante razoável."

"Razoável!" Eu repeti. "Eu tenho cara de quem merece alguém simplesmente razoável?"

"Não," ele disse, sorrindo para mim. "Mas eu só não vi nada de errado nele."

"Sabe o que tem de errado nele?" Eu perguntei, mordendo um pedaço do croissant. Andre balançou a cabeça, mas teve que me esperar engolir para eu continuar. "Ele tem mil meninas atrás dele. Eu não quero ser só mais uma."

Ele concordou com a cabeça, pensativo. "Mas é só isso?"

"Isso é o suficiente!" Eu praticamente gritei. "Acho que você, de todas as pessoas do mundo, sabe que eu posso ser um pouco ciumenta."

"Só um pouco," Andre disse sarcasticamente.

"Exato," falei. "Imagina se eu tivesse que lidar com mil meninas atrás dele. Eu não aguentaria!"

"Sei lá," Andre terminou todo o café dele. "Acho que você pode estar sendo um pouco precipitada."

"Que seja," eu dei de ombros, me concentrando em meu croissant.

"Não, Abbie, pensa," ele disse. "Você nem deu uma chance para esse cara. Você não sabe se ele é só assim agora ou se ele seria assim com vocês namorando."

"Pelo amor de deus, não pense em nós dois namorando!" Eu pedi, soltando o croissant e levantando as mãos no ar.

"Desculpa, mas é sério," ele se inclinou de volta no encosto da sua cadeira. "Eu acho que você podia pelo menos tentar antes de falar."

"Eu não preciso tentar," eu balancei a cabeça. "A irmã mesma dele me disse que ele é assim. Eu acredito nela."

Isso fez Andre ficar quieto, mas só por pouco tempo. "Quantos anos ele tem?" Ele perguntou, mas eu só dei de ombros. Bem nessa hora, uma das criadas apareceu com alguns doces. "Com licença, mas você sabe quantos anos Duck Knout tem?"

Ela pareceu bastante surpresa de ter sido abordada, mas logo sorriu. "Acredito que 25, senhor."

"Vinte e cinco!" Andre repetiu, se virando para mim. "Ele pode estar percebendo agora que quer uma vida mais calma, que quer uma menina só."

"Eu não vou ser o experimento dele," eu disse, já atacando o primeiro cupcake que vi. "Ele que vá descobrir como é um relacionamento sério com outra menina."

Na hora em que as palavras saíram da minha boca, eu senti um arrepio nas minhas costas. Não, eu não queria que ele descobrisse o que era um relacionamento sério com outra menina. E se desse certo? E se Andre estivesse certo e logo eu o visse com outra menina, praticamente casado? Ai, meu deus, e se ele se casasse com a próxima menina que ele namorasse?

"Você está bem?" A voz de Andre me fez sair do meu transe.

"Sim," eu disse. "Eu só preciso de um pouco de ar." Assim que falei isso, uma das criadas foi até a janela. "Eu não sei, eu não entendo porque eu me importo tanto assim com ele. Não sei se é porque ele meio que cuidou de mim assim que me conheceu, se é porque ele me desafia, não sei. Só sei que quero muito odiá-lo."

"Amor à primeira vista, então?" Andre riu sozinho.

"Não, não foi amor à primeira," eu disse, cruzando meus braços. "Não foi nada à primeira vista. Confesso que pensei que poderia ser alguma coisa, mas agora eu sei que ele só corre atrás de mim, porque ficar comigo faria dele famoso."

A criada atrás de mim fez um barulho esquisito, e Andre tirou os olhos de mim para mirá-la. Eu só fiquei esperando que ele voltasse a me olhar.

"Não sei não," Andre disse, se levantando devagar e indo até a janela.

Eu bufei, revirei os olhos, depois me levantei.

E quando eu me virei, vi porque ele também tinha ido atrás da criada. Os dois olhavam para a janela, onde ela tinha acabado de abrir a cortina. A manhã estava calma, fria, nublada. Contrastando completamente com a foto no outdoor que praticamente inundava a minha vista.

"Eu não-" eu comecei a falar, mas não conseguia me concentrar direito na frase, estava ainda tentando entender se aquilo era verdade.

"Pronto." Andre leu. "Acho que ele não quer ser só famoso."

Eu balancei a cabeça, sem conseguir tirar os olhos da foto de Duck e eu, ali, estampada para qualquer um ver. Não era uma das fotos do nosso ensaio, não todas tinham sido bastante profissionais. Nós tínhamos ficado completamente longe um do outro, realmente fazendo fotos de negócios.

Aquela era outra. Era a foto de quando eu e ele conversamos depois do ensaio. Tinha sido uma conversa tão comum, eu tinha praticamente me esquecido de que era ele. Ele só tinha vindo me perguntar se eu estava gostando do hotel, se tinha alguma coisa que ele poderia fazer por mim. Eu tinha achado estranho, mas agora eu entendia. Ele só queria conseguir umas fotos como essas.

E por que eu parecia tão hipnotizada por ele nessa droga de foto? Eu não podia estar falando nada além do chuveiro maravilhoso e de amar os travesseiros! Por que meus olhos tinham insistido em brilhar desse jeito?!

"Você não vai falar com ele?" Andre perguntou, ainda bastante satisfeito.

Eu concordei com a cabeça, sabendo que não conseguiria falar nada naquela hora, mesmo se quisesse. Mas logo várias coisas começaram a se formar na minha cabeça, uma raiva começou a ferver no meu peito, me apressando a sair de lá para ir gritar com ele.

E o pior de tudo era que, embaixo da nossa enorme foto, vinha escrito:

'Pronto. Agora todos estão olhando para mim. E eu continuo olhando só para você.'

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