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Capítulo 121: POV Beatriz Biersack

"Começarmos o quê logo?" Sophie perguntou, indo se sentar na sua cama.

Mas será que ela não entendia que nós não tínhamos muito tempo? Não tínhamos nem tempo para conseguir explicar, nem para ela se sentar.

"A investigação!" Eu falei, como se fosse óbvio para ela. Eu só não conseguia pensar em outra explicação mais rápida para dar.

"Investigação de quê?" Ela perguntou, me fazendo só revirar os olhos.

"Do quarto da Amélie, é claro!" Eu completei, só a deixando ainda mais confusa.

"Nós temos que aproveitar que ela estava ocupada para vasculhar o quarto dela," Charles explicou.

"Mas por que nós temos que vasculhar o quarto dela?" Sophie perguntou.

Naquela hora eu percebi que ela só empacaria todo o processo. Ela seria o peso morto que Charles e eu teríamos que carregar.

"Nós precisamos começar de algum lugar! Eu exclamei.

"Começar o quê?" Ela perguntou, como o peso morte que era.

Charles estava calmo com ela. Mas eu, eu não estava mais aguentando. Ele começou a falar, mas eu o interrompi e fui me sentar na frente dela. Eu a peguei pelas duas mãos e olhei bem em seus olhos.

"Querida, seguinte," eu falei, "você disse para Charles que estava disposta a ajudar a acabar com esse casamento do Sebastian com a Amélie, certo?" Eu esperei um segundo para ela responder, mas ela não falou nada. "CERTO?!" Perguntei mais dura e ela concordou com a cabeça assustada. "Ótimo. Então nós vamos vasculhar o quarto da Amélie por alguma prova que ajude a adiar esse evento horroroso."

"Por que você se importa?" Ela perguntou quando eu me levantei.

"Porque de todas nós aqui, a Nina é a que mais merece ter alguém lutando por ela," eu falei sem pensar, só percebendo o quanto aquilo era verdade quando as palavras saíram da minha boca.

Sophie sorriu, mas continuou sentada.

"Esse chá-de-panela pode acabar a qualquer segundo," eu falei. "Vamos?"

"Vamos," ela disse, se levantando.

Charles passou por nós para abrir a porta e nós os seguimos.

"Posso fazer uma pergunta?" Sophie perguntou, enquanto nós subíamos os degraus da escada tentando não fazer muito barulho.

"Shhh," eu fiz para ela.

"Não precisa ficar em silêncio," Charles disse, olhando para trás para nós.

"Ah, desculpa," eu falei. "Sei lá, esse clima de fazer coisa errada parece que precisa de silêncio."

"Nós não estamos fazendo nada de errado," ele disse assim que chegamos no andar dos cômodos reais. "É meu direito trazer as selecionadas que eu quiser para o meu quarto."

"É, mas nós não estamos indo para o seu quarto," Sophie disse, fazendo-o olhar para ela com cara de quem precisa lembrá-la de que aquilo era segredo. "Quer dizer, estamos sim. Estou louca para conhecer seu quarto. Sempre foi um sonho meu."

"É, meu também," eu concordei. "Eu só nunca imaginei que você convidaria outra garota para se juntar a nós," na hora que Charles se virou para me olhar, eu lhe pisquei um olho só, fazendo-o rir.

Sophie só revirou os olhos. Nós andamos por guardas e acenamos com a cabeça toda vez que alguma criada também passava por nós. Não falamos mais nada até Charles chegar a uma porta e a abrir para nós.

"Esse é o quarto dela?" Sophie perguntou, olhando em volta.

Eu estava me perguntando a mesma coisa. Tudo ali era azul escuro e bem masculino.

"Não, esse é o meu," Charles disse, fechando a porta atrás dele.

Sophie se virou para olhá-lo, completamente surpresa. Ela tinha estrelas em seus olhos, conforme virou o rosto de volta par ao quarto e foi percebendo cada coisa ali.

Para mim, a magia daquele quarto tinha acabado quando Charles me disse que eu não tinha mais nenhuma chance com ele.

"O que nós estamos fazendo aqui?" Eu perguntei para ele.

Mas ele já andava até uma outra porta que ele abriu e nos deixou passar.

"Você tem dois quartos?" Sophie perguntou conforme nós entramos no outro cômodo.

"Não, esse é o do Sebastian," Charles explicou, indo dessa vez até outra porta.

"Todos os quartos aqui são ligados?" Eu perguntei, seguindo-o.

"Sim," ele disse, mas tirou uma chave do bolso e a colocou na fechadura. Quando ela não serviu, ele pegou a próxima. "Se você tiver a chave certa, todos os cômodos reais são interligados."

"Por que mesmo?" Eu perguntei, e Sophie chegou até nós.

"Porque sim," ele disse, tentando a terceira chave, que funcionou. Aí ele se virou para nos olhar. "Agora sim," ele falou, baixando sua voz, "nós precisamos fazer o máximo de silêncio possível."

"Esse é o quarto dela?" Sophie perguntou, cochichando. Ela já se curvava para baixo, como se aquilo fosse ajudá-la a ficar sorrateira.

E o engraçado era que tanto Charles, quanto eu também fazíamos a mesma coisa.

Ele concordou com a cabeça como resposta à pergunta dela, depois se virou de novo para a porta e começou a abri-la.

"Espera!" Sophie pediu, no mais alto que um cochicho conseguia chegar. Charles se assustou, mas fechou a porta de novo.

"Quê?" Ele perguntou.

"O que exatamente nós estamos procurando?" Ela perguntou.

"Fotos, cartas, qualquer coisa que possa ser relacionada a outro cara," eu falei.

"Okay," Sophie disse. "Espera, no que isso ajuda a cancelar o casamento?"

Eu dei de ombros. "Dá uma dúvida. Pelo menos dá para adiar."

Ela concordou com a cabeça. Charles começou a abrir a porta de novo.

"Espera!" Ela pediu de novo, assustando Charles e eu.

"Que foi?" Eu perguntei, talvez um pouco alto demais para quem tinha que estar cochichando.

"E se a gente não encontrar nada desse tipo?" Ela perguntou.

"A gente procura o que der," eu falei. "Será que dá para a gente ir agora?"

"Espera!" Ela pediu uma outra vez, me fazendo revirar os olhos e perder quase todo o nervosismo daquela situação.

Charles já tinha se endireitado e praticamente largado a maçaneta.

"O que foi agora?" Ele perguntou, na sua voz normal.

"E se alguém nos encontrar?" Ela mordeu o lábio, como o peso morto que eu imaginava que ela seria. "E se ela entrar?"

"Faz o seguinte," Charles disse, sendo tão decidido quanto eu precisava que ele fosse. "Volta para o meu quarto e vai para as escadas. Finge que a gente brigou ou alguma coisa, vai se sentar nas escadas do corredor. Se alguém aparecer, você vem nos avisar. Mas vai e vem pelo meu quarto."

Sophie pareceu pensar naquilo por um segundo, mas depois concordou e foi até o quarto de Charles. Quando ela estava para fechar a porta atrás dela para entrar lá, eu lembrei de uma coisa.

"Ei," eu falei, chamando-a por um cochicho. "Não é para ficar no quarto dele, hein?"

Ela revirou os olhos para mim, mas eu pude ver que gostava da ideia. Depois que ela tinha desaparecido, eu me virei para o Charles.

"Agora nós temos menos tempo," ele disse. "E eu nem sei quanto tempo."

"Não se preocupe," eu falei. "Comigo aqui, você nem vai precisar de tanto tempo."

Ele sorriu, depois abriu a porta devagar.

Todo o nosso sigilo pareceu bastante tonto quando nós entramos e demos de cara com três criadas. Eu entrei em pânico e senti um impulso de voltar correndo para o quarto de Sebastian, mas Charles não pareceu se importar.

"Kelsey, Lana," ele disse, baixinho. "Vocês conseguiram achar alguma coisa?"

Eu parei de andar na hora. Espera aí, elas sabiam do que nós estávamos fazendo?

"Não, Alteza," elas disseram juntas.

A mais loira continuou falando. "Princesa Amélie carrega essa bolsa com suas coisas pessoais, mas eu não consegui achar nada que possa ajudar."

Ele concordou com a cabeça, um pouco desanimado. Mas as agradeceu mesmo assim.

"Nós vamos procurar nós mesmos, mas muito obrigado," ele disse e elas sorriram juntas.

"Espera," eu falei. "Ela já chegou a falar alguma coisa que dê a indicar que tem algum outro cara em seu passado?" Eu perguntei.

As duas se entreolharam.

"Não," a mais baixa falou. "Ela tem mudanças de humor de vez em quando. Às vezes ela acorda muito deprimida, às vezes mais calma. Mas mesmo quando ela está bastante energética, ela sempre só fala do Príncipe Sebastian."

A outra concordou com a cabeça enfaticamente. "Ela só fala mesmo dele," disse. "E se recusa a falar de sua mãe."

Eu suspirei. Aquilo não ajudava muito. Era estranho ela não querer falar da mãe dela, mas no que isso poderia indicar que o filho não era de Sebastian?

Charles já tinha começado a vasculhar a bolsa pessoal de Amélie e eu o deixei continuar. Eu fui até seu closet, cheirei alguns vestidos, olhei cada uma das suas joias - que eram mais do que incríveis - mas nada ali me parecia suspeito. Eu não sabia o que procurava, talvez um anel ou algum colar com uma promessa de um amor antigo. Mas nada ali parecia que seria de grande ajuda.

Até que eu abri uma gaveta com roupas íntimas dela e, no meio de alguns sutiãs, eu encontrei uma caixa pequena fechada a chave.

"O que é isso?" Eu perguntei, pegando-a e levando até a mesa.

"Nós não sabemos," uma das criadas disse. "Ela nunca abriu na nossa frente."

Eu tentei forçar a fechadura, mas não aconteceu nada.

"Vê se a chave não está na bolsa dela," eu falei para Charles, mas ele já tinha pensado nisso e já procurava.

"Ela carrega com ela," a outra criada falou. "Em um colar."

"Eu nunca vi ela com um colar de chave," Charles falou.

"Ele é longo," a criada continuou. "Ela o guarda dentro do vestido. Tem que puxar de dentro para conseguir tirar."

"Como você sabe disso?" Eu perguntei, ainda tentando abrir a tampa pelo menos para conseguir ver o que tinha dentro.

"Nós a pegamos abrindo a caixa uma vez," a outra criada explicou.

"Vocês viram o que ela guarda aqui?" Eu perguntei animada.

As duas balançaram a cabeça juntas. "Ela não tinha chegado a abrir e nos expulsou do quarto na hora."

Eu suspirei de novo. Aquilo era muito frustrante. Eu podia sentir que o que quer que estivesse lá dentro, era importante. Tinha que ser! Ela não deixaria aquela caixa tão escondida se não fosse algo que a desmascarasse.

Não que eu soubesse com certeza de que ela estivesse usando algum tipo de máscara.

"Não tem como nós abrirmos?" Eu perguntei.

"Só se nós quebrássemos com um martelo," Charles disse, pegando a caixa da minha mão e a chacoalhando. "O que isso parece para você?"

Eu ouvi o barulho enquanto ele chacoalhava de novo. Pareciam coisas indo de um lado para o outro, como moedas, mas menos agudo.

"Joias?" Eu perguntei. "Talvez sejam coisas que ela guardou de um amor antigo!" Eu falei animada.

"Como nós temos certeza?" Ele olhou para a caixa, desanimado.

"Traz o martelo!" Eu falei, só o fazendo olhar para mim como se eu fosse louca.

"Seria ótimo podermos fazer isso sem que ela descobrisse," ele disse.

"Seria, mas como não dá," eu sorri para ele, tentando convencê-lo.

"Não, Beatriz, a gente precisa ter certeza de que é alguma coisa que ajude," ele falou. "E se nós abrirmos e não tiver nada a ver com o casamento ou o meu irmão?"

Eu torci o nariz, contrariada, e cruzei os braços.

"E uma chave mestra?" Uma das criadas sugeriu.

"É, uma chave mestra!" Eu já estava me animando de novo.

"Tá, mas eu não tenho nenhuma aqui," ele disse. "E onde mesmo eu consigo uma?"

"Seu pai!" Eu falei. "Pelo amor de deus, se o rei não consegue uma chave mestra, ninguém em Illéa vai conseguir!"

Ele concordou com a cabeça, ainda mexendo na caixa devagar, ouvindo o barulho que ela fazia.

Até que nós ouvimos alguém batendo freneticamente na porta que levava ao quarto do Sebastian.

"Sophie!" Eu falei, assim que o pânico tomava conta de Charles.

Ele empurrou a caixa para mim e eu corri para o closet para guardá-la. Abri a gaveta de lingerie de Amélie na pressa e coloquei a caixa como dava lá. Mas na hora de fechá-la, um sutiã ficou preso e ela não ficou alinhada. Só que eu só percebi na hora que saía do closet. Voltei para empurrá-lo e fechar direito.

Quando fui tentar sair de lá, eu empurrei a porta do closet e ela não se mexeu. Era como se alguém a estivesse segurando. Por instinto eu a empurrei de novo. Mas depois pensei que podia ser uma das criadas. Eu não estava entendendo porque ela não em deixava sair! Até que a voz de Amélie do outro lado da porta chegou aos meus ouvidos.

"O que vocês estão esperando?" Ela perguntou e eu parei as minhas tentativas de empurrar a porta. "Vamos, saiam!" Ela disse de novo. "Kelsey!" Ela gritou. "Eu não preciso de vestidos, saia!"

Eu ouvi a criada que tinha estado segurando a porta começar a andar e seus pequenos saltos fizeram barulho pelo chão do quarto de Amélie. E o pânico dentro de mim cresceu mais ainda quando eu ouvi os passos dela mesma se direcionando para o closet.

Eu olhei à minha volta por um lugar para me esconder, mas eu nem sabia o que ela ia fazer. E se eu escolhesse me esconder bem aonde ela pretendia ir?

Seus passos foram me alarmando e, no último segundo, eu entrei no meio de alguns vestidos dela e os arrumei para me tamparem.

A luz do quarto tomou conta do closet antes dela acender a luz do mesmo. Eu fiquei rezando na minha cabeça para ela não me ver e tentando ao máximo respirar o mais baixo que dava. Não saberia me explicar, não tinha ideia do que ela faria se ela me encontrasse ali. E eu realmente não queria descobrir.

Pelo que consegui ouvir e ver no meio dos tules, ela passou direto por mim e foi até onde eu sabia que estavam as gavetas. Eu ouvi quando ela pegou a caixa - de todas as coisas ali, ela foi direto na caixa que nós queríamos abrir! Não sabia se ela tinha tirado a chave do pescoço mesmo ou não, mas ela a abriu e eu ouvi o barulho que vinha dentro dela aumentar. Não conseguia distinguir, parecia quase como moedas dentro de um pote pequeno, mas podia ser qualquer coisa. Eu tentei me inclinar um pouco para ver, mas o mínimo de movimento que eu fiz balançou um vestido de um jeito que me assustou. Voltei a me encostar na parede atrás da arara e rezar para estar o mais encolhida possível.

Amélie suspirou alto antes de bater a tampa da caixa para fechá-la e trancá-la. Em alguns segundos, ela já saía do closet e fechava a porta atrás dela.

O problema era que eu não sabia quanto tempo teria que ficar ali até que eu tivesse certeza de que ela não estava no quarto. E ali, encostada na parede gelada, com meu nariz coçando de todo o tule dos vestidos na minha frente, eu me perguntei se valia mesmo a pena tudo aquilo.

Mas na hora em que eu me perguntei isso, eu me lembrei de Nina. Ela andava tão desanimada por aí, quase como se a vida já tivesse sido sugada dela. Ela só vagava, quando saí do seu quarto ou do da Gabrielle. Ela precisava daquilo. E eu precisava fazer alguma coisa boa naquela Seleção para conseguir valer todo o incômodo de ter ido para lá.

Eu já tinha me agachado no chão atrás dos vestidos quando a luz do closet voltou a acender.

"Beatriz?" Eu ouvi a voz do Charles me chamando e eu saí logo de lá, jogando meus braços em volta dele quando o vi. "Vamos," ele disse, fugindo do meu abraço rápido demais. "Nós temos que sair daqui antes que ela resolva voltar."

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