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Capítulo 9 - Orion

CAPÍTULO 9 - Orion

Olho para os temperos ao lado da panela de macarrão com queijo enorme, tentando lembrar se não faltava nada. O dia já está entrando no meio da manhã, porém sinto que poderia ser o fim da tarde pelo tempo fechado que se formou em nem uma hora direito.

Sei que macarrão não é exatamente um café da manhã equilibrado, mas realmente meus horários são levemente trocados.

– Orion.

Me assusto com o chamado baixo no fim do corredor, perto do banheiro. Havia esquecido que não moraria mais sozinho por um tempo...

– Sim?

– Como abro o chuveiro? – Uriel pergunta, a cabeça pendendo para fora da porta larga e os cabelos pretos balançando abaixo.

Desligo o fogo e tampo a panela, dando a volta pela ilha desnecessariamente grande. Passo por ela para dentro do banheiro mediano, pisando dentro do box molhado.

– Tentei abrir a torneira esquerda, porém estava fria. Então, tentei a direita e estava fria também, as duas juntas continuou frio...

Ela parece uma criança frustrada, as sobrancelhas apertadas e os lábios se retorcendo, contrariados.

– É porque precisa mudar aqui em cima – Aperto o regulador de temperatura, levando o pino para o quente – Gosto de tomar banho gelado.

– Ah... entendi.

As bochechas sobem um milímetro em um sorriso discreto, logo sumindo conforme me olha esperando que eu saia.

– Bom banho – falo, saindo e voltando para a cozinha atrás de dois pratos.

Ouço o barulho do chuveiro, pensando como vou precisar fazer alguns bicos extras para equilibrar nas mãos as contas futuras. Colocando os pratos um do lado do outro na bancada lisa, espero o chuveiro ser fechado alguns minutos depois para encher as louças de comida.

Puxo um refri pela metade da geladeira, enchendo dois copos e aguardando.

Uriel sai com os cabelos enrolados na toalha e minhas roupas sambando em volta do seu corpo que, por mais que tenha um quadril largo, não preenche minha camisa ou a calça de moletom que emprestei.

O tom branco do conjunto se destaca totalmente na sua paleta preta.

– Depois de comer eu durmo um pouco, por causa do horário que eu volto do trabalho. Imagino que queira cochilar também, mas se não quiser posso por uns filmes para você assistir enquanto eu durmo. Ou, não sei, pode... ler. Tem alguns livros que eu ainda não peguei no meu quarto.

Ela assente, agradecendo minhas sugestões, mas não escolhendo nenhuma atividade ainda. Nos sentamos e começamos a comer. Depois de dar umas três garfadas, olho para Uriel e noto que ela coloca sua primeira porção na boca avermelhada, mastigando bem vagarosamente.

Seus olhos estão um pouco arregalados, mirados no prato à sua frente.

– Isso é muito bom! O que é isso?!

Sorrio, singelamente surpreso pela sua reação.

– Macarrão com queijo, só isso. Fiz porque é mais rápido.

Uriel me fita com os olhos amarelos brilhando pela primeira vez desde que a encontrei (não que tenhamos nos visto com muita frequência após o ocorrido) e come em uma velocidade que poderia fazer mal.

Termino o meu prato ainda com fome e seu olhar desejoso sobre a panela ainda pela metade me faz levantar e por mais comida em ambos os pratos, que ela recebe de bom grado.

Comemos mais uma vez e quando ela bebe o refrigerante seu rosto se retorce em uma careta engraçada e seguro o riso.

– Uhm, é azedo e cheio de bolhinhas.

– Prefiro o outro também.

Lavo a pouca louça do "almoço", informando que iria dormir agora e que me chamasse se precisasse de algo.

– Também vou dormir. Estou me sentindo um pouco cansada.

Nos fechamos cada um em um quarto e deito sobre minha cama espaçosa, muito quentinha, depois de fechar a janela. O comodo estava escuro, até mesmo a luzinha do sensor na televisão suspensa na parede foi tampada a bastante tempo.

Sinto minhas pálpebras baixando na quietude da casa, os cobertores me rodeando como uma enorme nuvem fofa e por um segundo penso que enfim consegui dormir, porém um barulho no canto do quarto me faz abrir os olhos de novo.

Um homem me olha de onde o som veio, trajado com roupas comuns e, mesmo que soe estranho, é como se uma película amarelada o cobrisse por completo.

Sento devagar na cama, olhando em volta para tentar saber de onde ele veio ou se há mais alguém com ele. Tento tatear meu telefone para poder chamar a policia, não retirando a vista dele, mas não sinto nada além de coberta.

As janelas estão um pouco abertas, iluminando parcialmente o quarto e a porta segue fechada.

Por onde ele veio e como me livrarei dele?

– Não se preocupe, não machucaria você.

O homem fala, sua voz tão grave como um trovão retumbando numa tempestade. Seus braços estão cruzados às costas, a postura impecável e com teor respeitoso.

– Quem é você e como entrou em minha casa?

– Precisei que cuidasse dela, Orion – ignora minhas perguntas, me deixando nervoso tanto por não respondê-las quanto por saber meu nome – Por isso seu nome estava lá, foi a segunda pessoa a ter contato com a humana que ela é agora, depois daquela menina garçonete. Mas coitada, ela mal se sustenta sozinha...

Continuo observando os arredores atrás de uma possível arma. Sei me virar sozinho, entretanto não quando um homem do tamanho dele surge de repente no meio do meu quarto assim. Ainda mais falando coisas sem sentido.

– Do que está falando?

– Ela precisa de orientação para algo maior do que você imagina. Acredite quando ela disser o que é de verdade, quando necessitar que a acompanhe. A conhecendo como conheço sei que achará uma forma de executar seus serviços...

O sorriso que desponta em seu rosto é visivelmente recheado de familiaridade.

Cerro minhas sobrancelhas sentindo uma vontade imensa de dormir, começando a ficar nervoso com o relaxamento involuntário do meu corpo contra os travesseiros nas minhas costas, meus olhos pesando e minha respiração diminuindo.

– Não lembrará dessa conversa por inteiro, contudo permanecerá a sensação de cuidado que tem com ela.

Minha consciência se esvai gradativamente e o homem some junto a ela, me deixando no escuro e estranhamente calmo sob a situação atual.

Meu celular tocando é o que me desperta por completo, com a sensação incômoda de ter alguém me observando no canto do quarto. Ao olhar para ela não há absolutamente nada ou ninguém, mas não consigo deixar ir o sentimento curioso sobre aquele canto.

Mais um toque alto da ligação me faz ignorar tudo no momento e pegar o aparelho entre meu travesseiro, olhando no visor a hora; quase três da tarde.

Dormi o bastante e ainda assim me sinto cansado...

– Alô?

– Graças a Deus tá vivo! Pensei que aquela menininha tinha matado você e comido suas bolas.

Esfrego os olhos com a mão livre, me recostando na cabeceira da cama e olhando o teto ainda pensando que há algo faltando na minha cabeça.

– Nao chama ela de menininha, isso é estranho. E não, ela comeu macarrão. Estávamos dormindo.

– Juntos?! – O grito de Maria sai totalmente estourado direto para o meu ouvido e afasto o celular por um segundo – Eu jurava que cê era gay!

– Em quartos separados, ela no de hospedes e eu no meu, mulher...

Ficamos conversando sobre algumas coisas da casa dela e dos filhos que foram morar em outro estado por causa da faculdade.

– Tenho que ir, fazer umas coisas antes de começar o plantão. Vou orar por sua alma, criatura.

Agradeço, mesmo não acreditando em qualquer divindade superior, porém ainda assim sabendo que ela fazia isso por nossa amizade. Quase irmandade, até agora.

Enrolo alguns minutos enquanto uma chuva grossa começa a cair lá fora, pensando seriamente em ficar até amanhã deitado. Mas lembro que tenho farinha, leite e ovos, então me levanto com preguiça para fazer alguns bolinhos de chuva e passar o restante do dia jogado no sofá assistindo alguma série que não terminarei. 

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