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Capítulo VI

Diana estava cada vez mais próxima de Rodolfo Borges, e isso deixava Anabete com mais tempo de tranquilidade. Ela olhou pela janela da biblioteca e viu a Srta. Montez passeando pelo jardim de braço dado com o Sr. Borges. Sorriu diante da cena e voltou os olhos para a carta sobre a mesa; a carta em que xingava seu patrão. Anabete a pegou e se preparou para rasgá-la, porém não conseguiu. De algum modo, ela adorava ficar lendo sobre Robert, por mais que estivesse falando mal dele. Anabete gostava de ficar pensando em todos os defeitos que ele tinha e acabava rindo sempre que lembrava de como sua testa ficava enrugada ao ficar chateado.

Ela então dobrou a carta para ler novamente mais tarde e pegou um papel em branco para começar a escrever outra. Dessa vez, uma menos agressiva. Pegou a pena e a molhou na tinta preta.

Sr. Hamilton,

Em minha última carta fui um pouco grosseira e acabei me deixando levar pelas primeiras impressões que tive do senhor. Ainda continuo o achando arrogante, porém sei que tem um coração e que já amou alguém além de si mesmo. Sinto muito que a mulher que teve o privilégio de receber o seu amor não tenha zelado por ele. Ela com toda a certeza não o merece. Trai-lo e ainda mentir sobre a paternidade de uma criança em seu ventre é totalmente inadmissível. Imagino o quanto deve ter sofrido e agora entendo o porquê desse seu humor tão difícil.

Sr. Hamilton, só o escutei rindo uma vez, na noite do baile em que nos encontramos no jardim, e acho que o senhor deveria rir mais vezes, garanto que não vai lhe fazer mal, pelo contrário, fará muito bem. Mas quem sou eu para poder lhe dar conselhos? Apenas sua empregada que tornou-se dama de companhia e agora senta-se à mesa junto do senhor. Nunca poderei ser alguém para dar conselhos a sua pessoa, já estou falando bobagens.

Enfim, só quero desculpar-me por ter sido totalmente indelicada na carta anterior. Prometo não desrespeitá-lo nunca mais.

Afetuosamente,
Anabete Moreira.

Anabete soltou a pena e leu a carta que acabara de escrever. Ao terminar, levantou da cadeira, pegou um dos livros e guardou as cartas entre as páginas amarelas do romance. Se a primeira carta já era constrangedora, imagine a segunda.

~•~

O livro onde Anabete guardava as cartas para o Sr. Hamilton ficava debaixo do fino colchão de sua cama. E todas as noites ela fingia lê-lo quando na verdade estava relendo as cartas. Era um desejo estranho e ninguém poderia desconfiar que uma simples dama de companhia estava admirando as qualidades escondidas de seu patrão.

Durante uma manhã de domingo, Diana teve a ideia de que todos fossem cavalgar, e como não iria trabalhar na fábrica de perfumes, Robert se viu obrigado a aceitar o convite da moça.

Nos estábulos, Rodolfo e Maurício Borges escolhiam seus cavalos, enquanto Diana explicava a Anabete como deveria montar o animal.

- Nunca cavalguei, Diana. - Anabete olhou para a égua marrom que Diana escolhera para ela.

- Não é tão difícil. Basta manter o equilíbrio. - falou lhe entregando as rédeas. - Pegue. Se familiarize com o animal.

- Mas... - Anabete hesitou por um momento até que teve coragem de acariciar o pelo macio e escuro da égua.

- Peça ajuda do Sr. Borges. Lembre-se de meus conselhos. Use o charme. - sussurrou a Srta. Montez.

- Creio que não seja uma boa ideia continuar insistindo nisso. - disse, lembrando-se da cara não muito boa que o Sr. Hamilton fez ao vê-la jogando croquet com Maurício.

- Claro que é uma boa ideia. O Sr. Borges é um bom homem, tem muito a lhe oferecer e pode lhe dar uma boa vida. Não desperdice essa oportunidade. - Diana montou em seu cavalo de forma elegante, sentada de lado, depois ajeitou a saia e segurou as rédias com firmeza. - Vou deixá-la a sós com ele. A vejo lá fora. - pôs o cavalo para trotar e se aproximou de Rodolfo.

- Podemos ir? - o mais novo dos Borges perguntou à Diana, montado a sela de seu alazão.

- Claro.

Eles saíram dos estábulos e Anabete ficou sozinha com Maurício. Ele lançou um olhar caloroso para a moça e foi para o lado dela.

- Precisa de ajuda para montar a égua?

- É... Sim. - admitiu.

- Afaste-se deste animal, Borges! - a voz do Sr. Hamilton fez com que olhassem para o lado e o vissem caminhando com passos largos até estar próximo dos dois. - Ela não está acostumada com estranhos, pode acabar se assustando. Eu ajudo a Srta. Moreira.

- Como quiser, Hamilton. - ele segurou na cela de um cavalo preto e o montou rapidamente. - Sua propriedade, suas regras. - o fitou por um momento e saiu galopando.

Quando já estavam em silêncio, sozinhos, Robert olhou para Anabete e disse:

- Nunca cavalgou?

- Não, senhor. - ela prendeu uma mecha de cabelo atrás da orelha.

- Garanto que é uma ótima atividade. - ele acariciou o pelo do animal. - O nome dela é Lady Afrodite.

- Lady Afrodite? - Anabete sorriu e passou a mão pelo focinho da égua. - É um lindo nome.

- Ela não gosta de cavalheiros desconhecidos, mas se dá bem com uma dama. Temi que ela ficasse assustada com a presença do Sr. Borges. É melhor que eu a instrua como montá-la.

Anabete afirmou com a cabeça e Robert pegou uma pequena escada de madeira com apenas três degraus e que mais parecia um banquinho. Colocou a escada ao lado da égua e estendeu a mão para a Srta. Moreira a fim de ajudá-la a subir os degraus. Os dedos de ambos tocaram-se levemente e quando Anabete já estava de pé sobre a madeira, suas mãos foram afastadas e ele segurou sua cintura magra.

- Permita-me. - a levantou somente o bastante para colocá-la sentada de lado sobre a sela de Lady Afrodite. - Segure as rédias.

Ela o fez e manteve as costas eretas como Diana.

- Isso. Mantenha a postura ou então cavalgará mal. - Robert sorriu sem mostrar os dentes. - Eu a acompanharei durante o passeio. A senhorita pode precisar de ajuda para controlar o animal e não quero que se machuque.

- Obrigada, Sr. Hamilton. - Anabete tentava não ficar trêmula todas as vezes em que Lady Afrodite se movimentava. - Não queria causar tanto incômodo. Eu disse a Srta. Montez que seria melhor não montar, mas ela...

- Está tudo bem. Não será incômodo. Garanto. - ele se virou e chamou por um dos criados que limpava o local cheio de feno. - Sr. Luíz, traga Duque para mim. É bom que já esteja selado!

O empregado correu para abrir uma das portas de madeira e tirou de lá um cavalo forte e escuro, com somente algumas manchas cor de barro.

- Aqui está, senhor. - o criado se aproximou com o animal. - Pronto para o passeio.

- Obrigado. - Robert montou Duque e olhou para Anabete. - Me acompanhe.

Já fora dos estábulos, Diana e Rodolfo se afastavam em um ritmo considerável enquanto Maurício ainda esperava pela Srta. Moreira. Foi então que Gilberto Montez apareceu.

- Cheguei a tempo de acompanhá-los no passeio?

- Claro. - o Sr. Hamilton permaneceu ao lado de Anabete. - Sr. Borges, ajude o Sr. Montez com a sela.

- Eu pretendia acompanhar a Srta. Moreira. - Maurício falou calmamente.

- Eu a acompanharei. Como eu disse, minha égua não está acostumada com estranhos, é melhor que eu fique por perto.

O Sr. Borges mordeu o lábio inferior por um momento e enfim concordou em ajudar Gilberto, sentindo uma súbita vontade de derrubar Robert de cima daquela criatura só para gargalhar dele o quanto quisesse.

- Vamos, Srta. Moreira. - o cavalo de Robert trotou manso e Lady Afrodite o seguiu.

Saíram lado a lado e adentraram por entre as árvores da trilha da propriedade Hamilton. Porém, olhando pela janela da casa, estava a condessa de Montez, e ela não ficara nem um pouco feliz com a proximidade entre Anabete e o Sr. Hamilton. Sem demora, a velha pegou papel e uma pena e ao molhá-la na tinta, começou a escrever uma carta para a irmã de Diana.

Se a neta mais nova não conquistara Robert Hamilton, a do meio conseguiria fazer isso num piscar de olhos. E a condessa não deixaria que uma simples dama de companhia atrapalhasse seus planos.

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