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³|Vizinhos

     Encaro Anthony, sem acreditar nas palavras que saem da sua boca:

      — Isso é uma coincidência estranha. Acabei de me mudar para esse apartamento. 

     Então a realidade bate em mim.

     — Parece que seremos vizinhos — digo com uma tranquilidade fingida, quando na verdade não consigo parar de pensar “que porra é essa?”.

      Ficamos nos encarando, ambos sem saber o que falar. Certamente não falaremos daquele beijo, ou do que teria acontecido se meu telefone não tivesse tocado.

     Pigarreando, trago minha mente de volta para o presente, forçando um sorriso.

     — A gente se vê por aí, então.

     — Claro.

      Sem mais uma palavra, abro a porta do meu apartamento e a fecho assim que entro.

     Fico encarando a maçaneta por um momento, ouvindo enquanto Anthony entra no próprio apartamento.

     Quais as chances? E como eu nunca vi ele aqui antes?

     Ele disse que “acabou de se mudar”, então é recente, mas também faz duas semanas que me mudei.

     Essa, aliás, foi uma das decisões mais arriscadas que eu já tomei, e eu não sou do tipo que se arrisca, mas para mim pareceu impossível permanecer no apartamento que Patrick e eu compramos juntos. Depois do divórcio, ainda conseguia viver normalmente com as boas lembranças que construímos. Mas agora que ele se foi… Eu não fui capaz de permanecer lá. De acordar todos os dias na cama que compramos e que fizemos amor tantas vezes. Não tive maturidade emocional o suficiente para isso.

     Acordei há duas semanas e sabia que precisava encontrar um apartamento o mais rápido possível. Esse foi o que  mais atendeu minhas expectativas, que sinceramente não foram muitas, porque não estava com muita cabeça para fazer exigências.

     Uma delas, penso ao finalmente sair do meu estupor e caminhar para o meu quarto, seria verificar quem são os meus vizinhos. Mesmo que há duas semanas Anthony ainda não estivesse morando aqui.

     Enquanto tiro meus acessórios – acabei de chegar da casa dos meus pais – tento lembrar se as meninas chegaram a falar algo sobre a mudança de Anthony. Isso com certeza é algo que elas mencionariam, mas não consigo me lembrar, o que não é uma surpresa considerando que tenho agido no automático para certas coisas ultimamente.

     No banheiro, encaro de volta a mulher de aspecto cansado no espelho. Hoje foi um dia especialmente exaustivo no trabalho e após o expediente, tudo o que eu queria era minha cama e com sorte umas quatro horas de sono, mas minha mãe e meu pai insistiram que eu fosse jantar na casa deles, e como raramente digo não a eles, acabei precisando tomar dois copos de café sem açúcar  e treinar meu sorriso no carro antes de ir encontrá-los.

     Amo meus pais, mas eles estão excessivamente preocupados. Eu os entendo. Porém, Patrick e eu nos conhecíamos há quinze anos, apesar de só termos nos casado há nove. Foi muito tempo juntos.

     E, mesmo assim, não sabiam tudo um do outro… Ou pelo menos as coisas importantes.

🍸  

          — Bom dia, Srta Keen! — Giulia, minha assistente, cantarola assim que saio do elevador. Eu nunca descobri como ela sabe o exato momento em que chego na empresa, mas não questiono porque gosto da sua agilidade. — Todos já estão esperando por você. Preparei uma pasta com tudo sobre a reunião de hoje.

     Pego o café e a pasta da sua mão antes de entrar na sala de reuniões da Blackburn Empire. A conversa cessa quase na mesma hora. 

     — Bom dia a todos — cumprimento, recebendo um coro de respostas enquanto coloco meus materiais sobre a mesa de vidro. Em seguida, viro-me para o quadro digital. — Nosso foco hoje é criar estratégias para fortalecer nossas colaborações e nos aproximar do público-alvo. Quero ouvir as ideias de vocês.

     Giulia anota as sugestões enquanto eu analiso. Até agora, três propostas foram apresentadas, mas a de Dimitri chama minha atenção.

     — Dimitri, explique melhor sua ideia.

     Ele endireita a postura, contendo a animação.

     — Podemos expandir nossa presença digital, integrando influenciadores de tecnologia e lifestyle. Parcerias estratégicas e vídeos curtos mostrando o processo de criação das nossas joias tornariam a marca mais acessível e moderna, sem perder o luxo.

     Paul resmunga antes de intervir.

     — Blackburn Empire é exclusividade. Nossa marca não combina com essa coisa de influenciadores. Não queremos parecer populares.

     Cruzo os braços, tentando manter a calma.

     — Você já reparou como grandes marcas de luxo, como Gucci, abraçaram as mídias sociais sem perder a exclusividade? Seremos seletivos. Não estamos falando de qualquer influenciador, mas de pessoas que representem o estilo de vida da nossa marca.

     Paul revira os olhos.

     — Mesmo assim, isso me parece marketing massivo. E influenciadores errados podem prejudicar nossa imagem.

     Bebo um gole do café antes de responder.

     — Por isso seremos estratégicos. Escolheremos um influenciador por mercado, alguém que já consuma nossos produtos ou se alinhe com a nossa proposta.

     Paul hesita, mas antes que ele prossiga, Janette intervém.

     — Nosso público não é mais apenas tradicional. Há jovens com alto poder aquisitivo que buscam algo novo.

     Aproveito o gancho.

     — Podemos inovar com exclusividade. Pense em um leilão de NFTs colecionáveis ou em uma experiência imersiva de personalização em realidade virtual.

     Paul suspira.

     — Ainda acho que devemos ser cuidadosos com isso.

     — E seremos — garanto. — Mas ignorar essas tendências seria um erro maior.

     Olho ao redor. Todos concordam, menos Paul, mas ele já não tem tantos argumentos.

     Pelos próximos minutos, discutimos as outras ideias, avaliando todos os fatores para que possamos tomar uma decisão assertiva. Apesar do estresse ocasional, tenho uma boa equipe, desde que Enrico, na época que ainda era o CEO, me concedeu carta branca para formar minha própria equipe. Desde então só trabalhamos com os melhores.

     No entanto,  meu foco é desviado da reunião quando sinto algo errado. 

     Murmuro uma licença e vou ao banheiro, meu coração disparado durante todo o trajeto até as cabines.

     E, ao entrar em uma delas, não demoro para confirmar minhas suspeitas: minha menstruação veio… O que significa que não estou grávida.

     O aperto que toma meu coração me deixa sem ar.

    Eu falhei. Mesmo não usando os métodos tradicionais de concepção, eu falhei. 

     Por que isso está acontecendo? O que há de errado comigo?

     Faço essa pergunta a mim mesma pelos próximos minutos,  horas ou talvez dias em que fico nesse banheiro,  lamentando a perda de algo que nem cheguei a ter.   

💚

Eu sei. Esse capítulo tá muuuuito pequeno. Tô me desprendendo de ter que escrever capítulos muitos longos sem necessidade pq isso acabava me desgastando muito. Então, desde que eu comecei a fazer escaletas para me ajudar no planejamento, alguns capítulos vão acabar ficando pequenos demais para oq vcs estavam acostumados.

Mas vejam pelo lado bom: qnd tiver capítulos muito pequenos, irei postar um extra, oq significa que amanhã ou domingo terá outro.

Tenho mais uma coisinha para falar desse capítulo: apesar da interação entre a Lola e o Anthony ter sido pouca, eu quis trazer um pouco da rotina da Lorelei para vcs, para terem uma base do que ela faz. Amamos protagonistas inteligentes e independentes aqui, mas entendo se algumas pessoas tenham achado o capítulo chato.

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2bjs, morês!

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