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Capítulo 4 - O Anjo

- Morta? - Perguntei para mim mesmo.

Assim que Bot0 me disse que a garota na foto já estava morta, ela me bloqueou, o que eu já esperava, mas ainda assim foi bastante ruim. Bot0 com certeza sabia quem aquela garota era e talvez que lugar fosse aquele da foto, ela pode até mesmo ter mentido sobre a morte da garota, mas ela com certeza à conhecia. Se a garota da foto estivesse realmente morta, um número ainda maior de dúvidas iriam surgir e uma das mais importantes era: essa foto também veio do futuro?

Por causa do "Sorriso", é normal que todos esperem que toda foto do Purson venha do futuro, mas se for assim, o propósito deles se torna algo ainda mais vago. Qual seria o motivo para simplesmente mostrarem a foto de alguém que já morreu? E então me lembrei das palavras de Bot0.

"É impossível que seja ela na foto".

Mas se a foto foi tirada antes dela morrer, isso não seria impossível, não é?

- "Se eliminarmos o impossível, todo o resto, mesmo que improvável, deve ser a verdade". - Repeti para mim mesmo.

Talvez fosse realmente a foto de alguém morto, talvez trago de volta à vida pelas pessoas responsáveis do Purson, afinal, ninguém sabia o limite deles, o que me fez lembrar... O que é "Purson"?

Alguns sites com nomes estranhos possuíam algum significado por trás do nome, seja uma homenagem à alguém, uma piada, ou até mesmo uma referência à um ser maior. Alguns meses atrás, vi o site de uma loja de roupas que parecia completamente normal, mas quando vi o nome e analisei um pouco, percebi que na verdade se tratava de um símbolo de um culto pouco falado pelo público, supostamente, o dinheiro que aquela loja ganhava ia direto para esse culto. Duas semanas depois, alguns dos "servos" desse culto foram presos, pois haviam pego três crianças para servirem como sacrifício para algo. Algo tão perigoso assim estava na cara de todos, mas ninguém percebia, afinal, era "apenas o nome de um site".

A pesquisa do nome Purson não parecia ser muito longa. Havia uma banda com o mesmo nome, mas claramente, algo mais interessante me chamou a atenção. Purson é o nome de um demônio.

Um homem com cabeça de leão, carregando uma serpente em sua mão e montado em um urso, era a descrição que uma enciclopédia online dava do demônio Purson. É dito que ele sabe a resposta de todos os segredos do mundo, assim como também sabe de tudo sobre o passado, o presente e o futuro. As informações sobre ele eram bastante limitadas, já que o assunto de "demonologia" é tratado como taboo até os dias de hoje.

Pesquisei rapidamente sobre o emoji que havia no site, mas sem sucesso. Pesquisar por coisas com três olhos era quase impossível, visto o número imenso de coisas que apareciam e pesquisar diretamente a imagem, não me levou para lugar algum.

Eu não conseguia saber se o nome do site havia sido inspirado no demônio de mesmo nome, mas eu não podia negar que a ligação parecia um pouco real. O demônio em questão falava sobre o futuro, o que me lembrou do "Sorriso", assim como ele também fala do passado, o que me fez pensar nessa garota que a Bot0 disse já estar morta, estar em uma foto do site. Era uma possibilidade.

Já devia ser perto das 3 da madrugada, mas eu ainda não havia analisado a coisa mais importante de tudo isso. "O Anjo".

Há um motivo para eu não ter analisado ela de imediato. Algumas perguntas mais importantes ainda estavam na minha cabeça, como o caso das notificações e a verdade por de trás do que a Bot0 tinha dito, mas o maior motivo, era que na foto, já era manhã.

Naquele momento eu já estava decidido sobre o que eu faria.

Como na foto já era de manhã, se aquilo fosse mesmo algo do futuro - o que poderia não ser verdade, se considerarmos o que Bot0 disse - eu teria tempo o suficiente para analisar a foto, sem ser pego de surpresa igual foi com "O Sorriso".

Olhando rapidamente para a foto, já dava para perceber uma diferença clara entre "O Anjo" e "O Sorriso". "O Sorriso" estava em um local público, rodeado de pessoas em volta, já "O Anjo" estava sozinha, não havia mais ninguém na foto.

O local da onde ela estava caindo não parecia tão alto quanto a minha escola, por exemplo, mas com certeza à mataria - caso ela já não esteja morta. O sorriso dela era diferente do "Sorriso", esse parecia algo mais sincero do que doentio, era como se ela estivesse grata por algo. Não havia relógios na foto, nem TVs para que eu pudesse descobrir o horário da foto, na verdade, eu nem ao menos sabia que lugar era aquele. Talvez nem fosse no mesmo país em que eu estava, mas mesmo assim, eu queria descobrir onde era aquilo, eu queria... Poder fazer algo.

Assim como na primeira foto, nada estava muito óbvio naquela foto, então talvez eu precisaria analisá-la mais. Ela parecia ser um pouco mais nova que eu, mas mais velha que minha irmã. Ela tinha o cabelo curto e loiro e usava óculos, fazendo com que a sua aparência fosse de alguém ainda mais nova. As mãos e as pernas dela não estavam visíveis na foto, então havia a possibilidade dela estar sendo segurada por alguém, visto que os braços dela pareciam bastante esticados. As lágrimas dela haviam marcado o rosto, então ela já devia estar chorando à algum tempo, talvez ela foi feita de refém por alguém e forçada à ser jogada de lá. Ela estava com o que parecia ser um pijama, uma camisa preta com o desenho de uma borboleta. Ao redor dela não havia muito: um prédio do outro lado da onde ela estava caindo, de acordo com as janelas que eram possíveis ver, ela estava na altura do 10º andar, então não era possível ver o chão muito bem. Pareciam haver duas coisas no chão, algo como sacos de lixo ou coisa do tipo. Não havia nada que mostrasse o horário ali, o mais próximo seria a luz do sol, mas não tinha como entender algo assim só com aquela foto. Também não havia como eu saber que local era aquele, afinal, quantos prédios de 10 andares existem no mundo todo? Fora tudo isso, uma coisa me chamou a atenção: os braços dela. Como os braços estavam bastante esticados, era fácil de ver os inúmeros cortes nos punhos dela. Com certeza não eram recentes, então duvido que haviam sido feitos por quem quer que tenha "sequestrado" ela.

Olhando novamente para os cortes e para a expressão de gratidão dela, uma nova possibilidade havia surgido: suicídio. Claro que talvez essa possibilidade não seja real, mas mesmo assim, não posso negar que isso ficou na minha cabeça.

Mesmo analisando tudo, não havia encontrado nada que me desse o horário ou o local daquela foto.

"É impossível que seja ela na foto".

Então talvez aquilo já aconteceu? A garota realmente já caiu e morreu, como Bot0 disse? Se fosse realmente isso, procurar por horário e local seria inútil, mas em contrapartida, procurar por qualquer caso em que uma adolescente caiu de um prédio, poderia me ajudar à encontrar a verdade por trás daquela foto.

Após uma hora de pesquisa, não encontrei nenhum caso em que aquela garota da foto havia se envolvido. Vários casos de suicídios, ou até mesmo de pessoas caindo de prédios, todos ao redor do mundo, mas nenhum tinha uma garota nem sequer parecida com "O Anjo".

Minha cabeça já estava doendo bastante, eram quase 4 horas da manhã e eu ainda estava na frente do computador pesquisando sobre tudo isso. Uma coisa me leva para outra e quando acho que consegui uma resposta, descubro que para isso duas perguntas foram criadas. A cada informação nova, eu revia todas as outras, eu criava novas teorias na minha cabeça, analisava ainda mais à fundo as coisas, mas perguntas surgiam, mais dúvidas, mais dor. Mesmo estando nessa situação, eu não queria parar, eu queria investigar mais, descobrir mais, ter mais respostas... Saber a resposta do porque Dave morreu.

Quanto mais eu pensava, mais as coisas se enrolaram na minha cabeça. Não como nada desde que a Camila estava aqui, o pouco de água que bebi foi de uma garrafa que eu já havia deixado no meu quarto. Aos poucos, tudo isso começou a pesar. Por mais que eu não quisesse, eu precisava de uma pausa, eu tinha que sair da frente do monitor e parar de achar mais informações.

Decidi ir até a cozinha um pouco, fazer um lanche rápido e comer algo, nem mesmo peguei meu celular. Eu precisava tirar um tempo para que eu organizasse os pensamentos e todas as informações que consegui hoje.

Eu estava tentando ser silencioso, pois não queria que minha mãe descobrisse que eu estava acordado naquele horário, mas mesmo assim, decidi ficar na mesa da cozinha, pois eu sabia que se eu voltasse para o meu quarto, eu não pararia de investigar. Eu tinha certeza absoluta disso.

Enquanto eu preparava um lanche, comecei a perceber algo estranho.

- Por que estou me esforçando tanto por isso? - Cochichei para eu mesmo.

Claro que eu sabia que estava fazendo aquilo pelo Dave, mas eu não estava exagerando? Dave havia morrido algumas horas antes, mas mesmo assim, até parece que eu já superei e tudo que me importo agora é a investigação. Sim, estou curioso sobre tudo e realmente quero descobrir a verdade, mas o modo que estou fazendo isso, não parece pouco natural? Em todas as outras vezes que Dave e eu investigamos algo, eu nunca ia tão adentro assim, muito pelo o contrário, eu desisti várias vezes e era forçado a continuar porque Dave me ameaçava de algum modo.

O motivo das duas fotos terem viralizado tanto também era um imenso mistério. Claro, "O Sorriso" era uma foto do futuro, mas nem todos sabiam isso no momento em que ela começou a viralizar. Haviam compartilhamentos dela logo nos primeiros minutos em que ela havia sido postada e isso era completamente anormal. "O Sorriso" não foi a primeira "foto do futuro" que apareceu na internet, mas mesmo assim, todos a trataram como algo verídico desde o momento em que ela foi postada, isso realmente é estranho.

"O Anjo" é um outro mistério. Para "O Sorriso", a motivo para ter viralizado, pode ter sido o fato dela ter vindo do futuro, mas isso não se aplica ao "Anjo", em que mal haviam dicas alguma na foto, mesmo assim já estava viralizando. Quando cheguei na escola ontem cedo, todos estavam falando sobre "O Sorriso", absolutamente todos. Uma coisa é algo viralizar na internet, outra é viralizar no mundo real.

E uma pergunta que está na minha cabeça desde que descobri que "O Sorriso" havia vindo do futuro ainda estava na minha cabeça: Aquela foto era interessante o suficiente para que todos falassem dela?

Pouco depois que Dave e eu nos tornamos amigos, conversamos um pouco sobre algo parecido. E tudo começou com o meu nome.

- Luis Titor. - Dizia Dave enquanto jogávamos cartas na casa de Camila. - É um nome bastante estranho.

- Obrigado. - Eu respondi enquanto prestava atenção no jogo.

- Eles não combinam entre si. - Dave dizia. - E também... Titor não era o nome daquele cara que veio do futuro?

- Um cara que veio do futuro? - Mike perguntou enquanto era a vez dele.

Expliquei resumidamente para Mike o caso de John Titor. Ele foi um homem que apareceu na internet uns anos atrás dizendo que havia vindo de 18 anos no futuro. Ele aparecia sempre em um certo fórum da internet, onde ele contava sobre coisas que aconteceram no tempo dele, como uma Terceira Guerra Mundial ou sobre bombas atômicas. Diferente de muitos outros "viajantes no tempo" que já apareceram na internet, ele tinha bons argumentos. Ele explicou como a máquina do tempo dele foi feita, usando cálculos físicos reais, tanto que alguns físicos de verdade analisaram as anotações de Titor e disseram que as anotações faziam mesmo sentido, só não eram possíveis de se colocar em prática, pois não existe energia atualmente que suportaria tudo aquilo. Titor explicou que no futuro, aquele tipo de energia era raro, mas foi o suficiente para que ele voltasse alguns anos. Ele também fez algumas previsões menores, acertando algumas e errando várias, o que faria ele ser provado como fake, se não fosse por sua última postagem em seu fórum favorito:

"Eu acertei algumas coisas. Coisas que nenhum humano dessa época acertaria, mas mesmo assim, preferiram prestar mais atenção nos meus erros. Eu ter errado significa apenas uma coisa: eu não fui o único que voltei para essa época".

Infelizmente, a fama de Titor já estava baixa na época em que ele fez essa postagem, então ninguém deu muita bola e aos poucos, "John Titor" foi um assunto que foi ficando cada vez menos falado na internet, até poucos meses atrás.

Alguns fãs da história de John acabaram descobrindo o lugar onde "John Titor" morava. Chegando lá, a magia foi desfeita. "John Titor" era um nome falso de um escritor pouco conhecido. Ele admitiu ter inventado tudo aquilo, pois queria ver a reação de algumas pessoas caso alguém do futuro aparecesse.

- Foi desapontante. - O escritor disse.

Ele reclamou que aquilo tudo foi muito menor do que ele esperava.

- "John Titor" havia vindo do futuro, isso mudaria tudo que conhecemos hoje em dia como "real". - O escritor reclamou.

Por mais que "John Titor" havia se tornado conhecido na internet, era algo ainda muito pequeno e de um grupo específico de pessoas. Fãs de ficção-científica até hoje adoram a história de "John Titor" e sua máquina do tempo fisicamente possível.

- E eu nunca ouvi falar nele. - Disse Mike, após fazer sua jogada.

- Eu menos. - Disse Camila.

- Como eu falei, foi algo conhecido mais para quem participa de fóruns e coisas assim. - Eu dizia. - Já para o resto das pessoas, foi algo bastante ignorável.

- Eu entendo a revolta do escritor. - Mike dizia enquanto trocava algumas cartas. - Um ser do futuro mudaria muita coisa! Como algo assim não viralizaria?

- Não importa de que tempo a pessoa tenha vindo. - Eu dizia largando as minhas cartas. - Um "viajante no tempo" nunca causará medo nas pessoas, por isso não viraliza.

Todos me olharam com caras de dúvida. Eu já imaginava que pediriam que eu explicasse isso, por isso larguei minhas cartas, não daria para explicar e jogar ao mesmo tempo.

Desde que a internet foi criada, várias coisas bizarras e misteriosas começaram a aparecer e se tornarem mais populares. Algumas um pouco menos conhecidas, como John Titor e outras mais famosas, como o caso da streamer que achavam ter sido sequestrada. Há uma diferença gritante entre os dois casos: um fala de algo "impossível" e outro de algo "possível". Muitas pessoas tem vergonha de compartilharem notícias com a manchete: "Viajante no tempo é encontrado em um fórum da internet!" pois é algo completamente surreal. Já uma manchete "Streamer grava vídeos mesmo estando sob cativeiro", mesmo que soa tão absurda quanto a primeira, ela ainda é algo humanamente possível.

Pessoas tem medo de serem julgadas, por isso, elas filtram bastante o que elas acreditam ou não na internet, com base se aquilo será bem aceito ou não socialmente. Resumindo, somos mais propensos à compartilharmos coisas que não fará ninguém nos chamar de loucos, mas mesmo assim, há um tipo de vídeo que sempre se sobressai em compartilhamentos: vídeos de terror.

Vídeos feitos para assustar pessoas existem desde o início da internet. Nós quatro já havíamos caído no clássico vídeo do carro descendo uma ladeira, para então uma criatura estranha aparecer na tela, assustando qualquer um que estivesse assistindo. Normalmente, quando caímos em um vídeo desses, uma das coisas que mais fazemos é compartilhar ele com amigos. Quando se é enganado por algo assim, quando você se assusta, você sente a vontade de compartilhar isso com alguém, pois não quer passar por aquilo sozinho. Não há porque se assustar com o carro descendo a colina sozinho, é divertido que façamos com que mais alguém assista e também se assuste.

- Lembro bem quem me compartilhou esse vídeo do carro... - Disse Mike me encarando.

- Não reclame comigo! - Eu disse tentando segurar o riso. - Foi a Camila quem me enviou primeiro.

- Foi exatamente como você disse... - Camila dizia enquanto sorria. - Eu me assustei e não queria ficar sozinha naquela.

- Quando eu vi aquele vídeo pela primeira vez... - Dave dizia olhando para baixo, tentando não encarar nenhum de nós. - Eu fiquei querendo saber se aquela criatura era real ou não, então depois re-assisti várias vezes, até que percebi que era uma pessoa com maquiagem apenas.

Após rirmos bastante da cara de Dave, continuei explicando.

Histórias como a de John Titor não causavam medo à ninguém, então quase ninguém compartilharia só para assustar o amigo, desse jeito, acabou não viralizando. Em outro caso, um pouco semelhante com o de John Titor, um vídeo apareceu no maior site de streaming ano passado. O nome do vídeo era uma combinação aleatória de letras e números, ele havia sido postado em um canal que não havia nenhum outro vídeo. O vídeo era simples, tinha 2 minutos de duração e mostrava por esse tempo todo, um homem vestindo uma máscara igual as que doutores usaram para lutar contra a peste negra antigamente, por causa disso, o vídeo ficou conhecido como "Máscara Negra". Não haviam palavras no vídeo, apenas esse homem com o braço estendido para a câmera com a mão aberta, de fundo haviam alguns sons que pareciam aleatórios e era apenas isso.

- Desse eu me lembro, também foi você quem me mostrou. - Mike disse reclamando. - Precisa parar de me mandar essas bizarrices.

- Esse foi bastante conhecido, até mesmo apareceu na TV. - Camila comentou. - Apareceu também nos meus pesadelos, me lembro bem.

Admito que também tive sonhos com o "Máscara Negra"... E não foram sonhos muito bons.

- Esse eu assisti antes de viralizar. - Dave contou. - Acabei achando por acaso no site, mas desde o início eu não gostei tanto.

- Você não gostou de algo assim?! - Mike estava espantando. - Por que?!

- Porque ele é muito normal. - Respondi.

John Titor era um homem que voltou no tempo com uma máquina que ele criou, já Máscara Negra era só um homem com uma máscara e alguns barulhos estranhos, nada realmente surreal, mas mesmo assim... Era assustador.

- Pensando agora, eu realmente compartilhei esse vídeo com algumas pessoas do meu curso. - Camila comentou. - Eu não queria ser a única com pesadelos!

- Eu mostrei para alguns amigos também, porque era muito misterioso... - Mike disse.

E esse fator "mistério" foi muito importante para que ele se viralizasse. Era um vídeo tão sem conteúdo exato, que muitos começaram a teorizar sobre ele. Alguns diziam que aquele vídeo havia sido gravado em um manicômio abandonado. Outros diziam que decodificando aquele som, era uma mensagem dizendo sobre uma doença que atacaria a Terra nas próximas semanas. Inúmeros canais de streaming se aproveitaram disso e fizeram vídeos para falar dessa nova "sensação". Até mesmo canais de TV tentaram decifrar o mistério. Eram inúmeras teorias...

- Para no fim ser apenas marketing de um filme. - Dave completou. - Por isso eu nunca me interessei por aquele vídeo, eu sabia que era normal demais.

- E o filme de verdade foi menos assustador que o vídeo que fizeram para o marketing. - Mike disse com um sorriso no rosto.

- Mas resumindo, é por isso que alguns mistérios são mais conhecidos que os outros. - Eu finalizava. - O tanto de medo que o mistério em si passa, sendo humanamente possível, como sequestradores ou uma pessoa de máscara, ao invés de um homem que veio do futuro.

Minha cabeça voltou para minha cozinha. Eu não fazia ideia de quanto tempo eu fiquei parado ali. Eu nem ao menos havia mordido o meu lanche ainda.

Lembrar de tudo aquilo me fez pensar no quanto medo "O Sorriso" passa. Fora o sorriso podre dele, que parecia um pouco bizarro, nada naquela foto realmente não passava medo algum. Eu não sou um cara muito medroso, mas com certeza eu não era muito corajoso, vide o meu caso com o "Máscara Negra". De todo modo, eu não achava que nada naquela foto passava algum tipo de medo, muito menos a foto do "Anjo". Ou talvez havia algo a mais naquelas fotos que passava medo, algo que eu não estava percebendo...

O fato de não terem citado nada sobre Purson, ou sobre a foto do "Sorriso" na TV ou em nenhum site que pesquisei sobre a explosão me preocupava. Era improvável que ninguém que trabalhasse em alguma mídia não soubesse daquelas coisas, mas então... Por que estavam evitando falar disso? Talvez estavam evitando falar sobre aquilo, porque talvez nem eles tenham informações precisas sobre Purson, sendo assim, era melhor não acabar assustando os telespectadores e os deixar curiosos sobre tudo isso.

Ficar parado apenas tentando organizar meus pensamentos não estava mais funcionando, estava pensando cada vez mais, então resolvi que era melhor eu ir dormir. Muita coisa aconteceu nessas últimas 24 horas, eu precisava descansar, só assim para todas as perguntas na minha cabeça finalmente se calarem.

Quando voltei para o quarto, prometi para eu mesmo que não veria mais nenhuma outra informação, nenhuma notificação, só desligaria o computador e iria dormir. Eu não podia me dar ao luxo de pesquisar nada mais, eu precisava daquele descanso, e eu podia tê-lo, afinal, a foto do "Anjo" mostra que foi tirada de dia, então não era como se algo fosse acontecer... Eu esperava.

Quando fui desligar o computador, percebi que havia uma mensagem nova. Eu iria ignorá-la, mas olhei quem era o remetente: Bot0. Eu ainda estava bloqueado, mas ela deve ter me desbloqueado rapidamente enquanto eu havia ido comer algo. Eu realmente tentei evitar olhar a mensagem, mas não resisti.

A mensagem era simples e direta: um endereço. Para minha surpresa, o endereço era da minha cidade, mas eu não tinha certeza exata da onde ficava aquela rua em questão. O endereço citava um "prédio desativado", mas haviam vários do tipo na minha cidade. Sem pensar duas vezes, joguei o endereço na internet e vi onde aquilo era. Era cerca de 20 minutos da minha casa, mas para uma surpresa ainda maior, era o prédio exatamente ao lado do prédio onde Mike mora. Procurei por imagens de satélite e mesmo com a qualidade um pouco baixa, comparei com o que dava pra ver dos prédios na foto do "Anjo"... E eram os mesmos.

Bot0 não só mesmo conhecia a garota da foto, como também sabia onde a foto havia sido tirada, mas como ela havia me bloqueado novamente, não tinha como eu perguntar mais coisas para ela, mas eu não reclamaria pela informação.

Eu já fui naquele prédio algumas poucas vezes. Alguns prédios desativados foram para a prefeitura, como é o caso da minha escola, outros foram comprados por empresas diferentes por preços bastante abaixo da média. Esse prédio serve como uma extensão do prédio em que Mike mora, tendo nele algumas salas de lazer e alguns outros quartos para locação. Pessoas normais não podem entrar nele, há não ser com alguém do prédio principal, como o Mike, mas mesmo assim, a burocracia para poder usar as salas de lazer eram bastante complicadas. Precisava de horário marcado, ser em um dos horários disponíveis pela empresa, coisa que mudava sempre e um menor precisava estar na presença de um maior responsável. De todas as vezes que tentamos ir lá, apenas em uma delas pudemos ir para o salão de jogos, graças à ajuda do irmão mais velho de Mike, Rick. Se tudo isso não estiver "O.K.", nem ao menos poderíamos subir para o primeiro andar, isso quando não nos ameaçavam sair à força.

Se eu mandasse mensagem para o Mike agora, para que ele tentasse marcar um horário para nós não seria tão útil, pois nem sabemos se "O Anjo" irá realmente aparecer lá, já que a garota estava morta, de acordo com Bot0.

Naquele momento, eu tinha que descobrir qual o horário em que aquela foto havia sido tirada, para que assim eu pudesse bolar um plano para o dia seguinte, mas assim que eu abri o site Purson de novo... Eu adormeci.

Acordei no outro dia com Emília me cutucando.

- Se não acordar logo, a mamãe vai vir e perceber que você deixou tudo ligado. - Emília cochichou no meu ouvido.

Mesmo ainda sonolento, eu a agradeci e desliguei tudo o mais rápido possível.

- Eu sei que você quase virou a noite acordado. - Emília dizia. - Eu ouvi você na cozinha hoje de madrugada.

- E se fosse um bandido? - Perguntei, arrumando minha cama para que eu deitasse um pouco mais.

- Eu ouvi o barulho da geladeira e do ármario, se fosse um bandido, ele devia estar morrendo de fome. - Emília disse rindo. - De todo modo, é melhor que você durma um pouco mais, já que você não terá aula hoje.

Ela me ajudou a me cobrir. Estava bastante claro o meu cansaço e o meu sono.

- Só achei uma coisa estranha... - Emília dizia enquanto se dirigia à saída do meu quarto. - Naquele site que tava aberto...

Antes que ela pudesse terminar de falar, acabei adormecendo de novo.

Nessas duas vezes que cochilei, não sonhei nenhuma vez, mas por diversas vezes, eu achava ter ouvido a voz de Dave contando suas velhas histórias "impossíveis". "Queria que fosse real", era o que ele mais dizia todas as vezes que provamos que algo era falso.

Acordei de uma vez. Não sabia que horas eram, mas acordei com a impressão de que eu havia dormido por muito mais tempo que o esperado. Percebi que eu havia dormido só 5 horas, mas já não era mais tão cedo, então era melhor eu levantar de todo modo, assim minha mãe não desconfiaria de nada.

Eu estava lembrado de que eu precisava agradecer Emília de modo correto, pois antes eu estava quase fora de mim mesmo. Precisava também me desculpar, pois havia dormido enquanto ela falava algo. Tentei forçar minha memória para lembrar o que ela tinha dito e depois de um tempo, achei ter entendido:

"Naquele site que tava aberto, porque o horário da postagem estava errado?"

Assim que me lembrei disso, agarrei meu celular e entrei no site Purson, pois era o site que eu havia deixado aberto antes de acabar cochilando. Procurei pela postagem do "Anjo" e olhei diretamente onde ficava o horário e a data da postagem. Estava diferente de ontem. O horário antigo era 19:02 do dia 21 de Abril. O novo era 11:23 do dia 22 de Abril. A data havia mudado e só havia um motivo no qual eu acreditava ter sido o que fez aquela mudança. Aquele era o horário em que a foto do "Anjo" havia sido tirada. Eu não tinha tanto motivos para dizer que aquele horário era o horário da foto, mas era a única coisa que parecia fazer sentido naquele caso.

Olhei rapidamente para o relógio do celular e percebi que já eram 10:13. Pouco mais de uma hora a menos que o horário da postagem e possível horário em que a foto será tirada. Eu tinha que me acalmar e fazer tudo na ordem. Primeiramente, pedir para o Mike tentar marcar horário para nós no prédio da foto.

Mike não demorou para me responder, mas quando respondeu, foi só um "Tá". Resolvi não avisar Camila sobre aquilo, ela com certeza se preocuparia e tentaria me parar... E eu não podia parar ali.

Desde o momento que vi a foto do "Anjo", eu me decidi: na primeira chance que eu puder, eu quero ir até o local de uma dessas fotos e encontrar o fotógrafo. Encontrar a pessoa que está fazendo tudo isso e como ela está fazendo tudo isso. Descobrir o porque tanta gente teve que morrer na explosão do "Sorriso".

Agora que sei que "O Anjo" está ao meu alcance, farei de tudo para que eu possa ver o fotógrafo e talvez até salvar a garota da foto, se ela ainda estiver viva.

Me arrumei o mais rápido que eu pude, peguei apenas meu celular e saí correndo até à casa de Mike. Minha mãe não estava em casa, então tive que deixar Emília sozinha, que entendeu completamente o meu motivo e me apoiou. Ela disse que bolaria uma mentira para minha mãe, caso ela fosse pegar muito no meu pé. Uma irmã perfeita.

Tentei ir correndo até a casa de Mike, mas estava muito quente e eu não tive fôlego o suficiente, então tive que parar no meio do caminho para que eu pudesse descansar e recuperar o fôlego. Nessa pequena pausa, mandei uma mensagem para Camila, não sei se ela entenderia muito bem na hora, mas sei que ela seguiria bem minhas instruções, ela não iria me deixar na mão, assim como não deixei o Dave.

Cheguei na rua de Mike exatamente às 10:55. Novamente eu estava sem fôlego, mas eu pude avistá-lo na frente do prédio dele. Eu puder ver que ele estava com o irmão dele, provavelmente para ele ser o nosso "maior responsável".

- Precisamos ir rápido, temos que chegar lá antes... - Antes que pudesse terminar de falar, Mike me deu um soco no rosto.

- Não ache que eu vou te ajudar com essa idiotice. - Mike disse.

Nenhum de nós dois era muito forte, mas mesmo assim, um soco no rosto sempre dói.

- Eu esperava algo diferente de você. - Eu respondi segurando o lado do rosto que ele bateu.

- E eu também de você! - Mike disse com um tom de voz mais alto que antes. - Não acredito que mesmo depois do que aconteceu com o Dave ontem, você ainda quer tentar bancar o detetive!

- Eu entendo que você ache isso...

- Pessoas morreram, Luis! - Mike começou a gritar. - Todos com amigos, com família, mas agora estão mortos! Acha que o Dave sentiu alguma dor na hora? Tudo aquilo explodiu exatamente onde ele estava, ele não sentiu dor... Quem sentiu fomos nós.

Eu devia ter imaginado que Mike estaria assim, ontem ele estava ainda mais alterado que Camila ou eu. Dave e Mike se tornaram mais amigos perto do fim do ano, quando Mike precisou ajudar Dave com algumas matérias da escola. Desde então, eles estavam sempre fazendo piadas juntos e em algumas vezes, Mike até nos ajudou a investigar algumas coisas, mesmo sendo inicialmente contra.

- E porque você me mandou essa merda de foto do Purson? - Mike me deu outro soco. - Acha que é engraçado? Acabamos de perder um amigo por causa de uma dessas porcarias de fotos e você ainda me manda uma? Qual o seu problema?

- Eu... eu não...

Eu ainda estava sem fôlego de tanto correr, então estava difícil de falar. Eu tenho certeza absoluta que não compartilhei nenhuma das duas imagens com ninguém, então do que ele estava falando?

- Você pensou nisso tudo? - Mike estava ainda mais alterado, eu podia ver que ele estava tremendo. - Você quer encontrar o fotógrafo e aí? Vai matar ele? Até onde sabemos, ele consegue ver o futuro, então como você acha que um humano de merda que tudo que sabe fazer é analisar algumas coisinhas vai parar ele? Eaí, pensou nisso?!

- A vida... de uma pessoa... corre perigo. - Eu disse com dificuldade.

- Sim! - Mike gritou. - A sua! Não é você quem analisa tudo? Ou não percebeu que o nome da postagem naquele site de merda é "2"? Da outra vez "59" havia sido o número de vítimas, o que te faz achar que dessa vez não será o mesmo?

O irmão de Mike se aproximou um pouco, mas não parecia que iria fazer o irmão se acalmar.

- Eu não sei o quão insensível você consegue ser, mas eu me importo com todos vocês! - Mike parecia que começaria a chorar. - A morte do Dave me machucou de uma maneira muito forte e eu jurava que teria sido pior pra você, mas pelo visto não foi... Não irei te ajudar a entrar lá, se aquela garota for mesmo cai, prefiro que ela morra ao invés de você.

Mike se afastou sem olhar no meu rosto e voltou para o seu apartamento.

- Toma um pouco de água. - Disse Rick, o irmão de Mike, me entregando uma pequena garrafa. - Eu pretendia fazer caminhada depois de tudo isso, mas você está precisando dessa água mais do que eu.

Aquela água veio em boa hora, eu estava realmente precisando respirar e Mike não me ajudou muito.

- Não ache que estou te ajudando porque fiquei com dó. - Rick disse. - Na verdade, acho que meu irmão bateu pouco até, mas mesmo assim, eu entendo o seu lado...

- Entende? - Perguntei.

- Certa vez na escola, fiquei sabendo do boato de que uma garota da minha turma tinha sido levada para uma sala abandonada por alguns caras do último ano. - Rick sempre foi uma pessoa que fala tudo na cara das pessoas, mas mesmo assim, sempre se preocupou muito com seu irmão e conosco. - Eu não acreditei e fui para casa. No outro dia, descobrimos que aquela garota havia sido estuprada por outros quatro alunos. Uma semana depois, ela se matou.

A expressão de Rick não mudou em nenhum momento enquanto ele contava essa pequena história, ele estava sempre sério e olhando para as nuvens, mas ele com certeza estava contando a verdade.

- Por pelo menos uns 3 anos, fiquei me perguntando o que eu poderia ter mudado, se eu tivesse ido conferir a sala abandonada. - Rick olhou para mim. - Ter a chance de salvar alguém e à desperdiçar pode ser a coisa mais dolorosa da sua vida...

Rick começou a andar em direção ao outro prédio.

- Pelo o que Mike havia me dito, parece que você tem pouco tempo, não é? - Rick continuou andando na minha frente. - Então vamos logo, eu tento abrir espaço pra você e eu vou logo depois, afinal, não posso deixar alguém mais novo que eu ir numa missão tão perigosa assim.

Antes mesmo que eu pudesse agradecer, Rick disse:

- Não se esforce em me agradecer, afinal, Mike irá me matar quando souber que estou te ajudando nisso. - Rick parecia um pouco triste. - Ele chorou a noite toda por causa do Dave, eu sei muito bem porque ele te bateu, foi exatamente porque ele não queria sentir aquela dor de novo... Mas não concordo sobre ele ter dito que é melhor que ela morra do que você. Se há uma chance de salvar uma vida, vale a pena tentar.

Assim que recuperei meu fôlego, segui Rick. O nosso plano era simples: já contávamos que não conseguiríamos ter acesso aos outros andares do jeito certo, então Rick iria tentar distrair a pessoa da recepção e eu subiria até a cobertura pelas escadas, pois pelo elevador seria muito fácil de ser pego. Depois que ele "percebesse" que eu saí do saguão, ele daria uma desculpa de que iria me buscar e viria atrás de mim. Já eram 11:15, eu teria que subir o mais rápido possível, mesmo com o fôlego ainda ruim.

A aparência de Rick fazia com que as pessoas o tratassem com mais respeito que o normal, desse modo ele conseguiu a atenção de todos na recepção facilmente, o que facilitou para que eu subisse sem ninguém perceber.

Tentei ir o mais rápido que pude, mas estava difícil. Bebi um pouco mais da água que Rick me deu para tentar me ajudar, mas estava cada vez mais complicado. Minhas pernas doíam, meu fôlego estava horrível e minha dor de cabeça de hoje de madrugada ainda não tinha passado por completo, mas eu precisava chegar até a cobertura. Eu tinha que chegar.

Chegando no oitavo andar, me lembrei da mensagem que eu havia mandado para Camila quando parei para descansar hoje:

"Eu sei que é repentino, mas eu farei uma stream hoje ás 11:20. Assista e bem, você sabe o que fazer".

Eu precisava gravar o que eu veria ali, caso eu visse o fotógrafo mesmo. Qualquer coisa diferente, já ajudaria se Camila também visse e gravasse. O que Mike disse estava certo, o número na postagem do Purson provavelmente seria o número de mortos dessa vez e como na foto havia só uma pessoa, a outra pessoa poderia ser qualquer outra... No caso, poderia ser eu.

Comecei a stream eram 11:21 e pude ver que Camila já estava assistindo. Eu estava no último andar, prestes à chegar na cobertura e percebi que ainda não havia sinal algum de que Rick estava vindo atrás de mim. Talvez estão segurando ele até agora.

11:22 e eu estava na porta que dava para a cobertura. Meu batimentos cardíacos estavam absurdamente rápidos, não sei se por causa das escadas ou pelo nervosismo da situação.

Nem ao menos pensei em recuar, apenas abri a porta.

Jamais esquecerei meu primeiro contato com ela.

De costas para a porta, havia uma mulher alta com roupas negras e um longo cabelo preto. Em uma de suas mãos eu pude ver o que parecia ser uma câmera e na outra mão... Havia uma garota.

Não sei da onde tirei fôlego naquela hora, mas meu corpo se moveu sozinho e saí em disparada em direção à elas. Era aquele momento em que a foto aconteceria. O momento que "O Anjo" caí. O momento em que ela morreria.

Quanto mais me aproximava, mais a mulher de longos cabelos pretos ia desaparecendo, como se fosse feita de névoa. Seu corpo ia se desfazendo conforme o vento passava. Até que nada mais dela podia ser visto. Era 11:23.

No momento em que a mulher de cabelos pretos desapareceu, "O Anjo" foi solta, mas consegui segurá-la de imediato. Eu conseguiria salvá-la. A aparência dela era idêntica à da foto. Ela ainda chorava enquanto sorria e usando minhas últimas forças, puxei ela de volta para a cobertura.

- Ei! Você está bem?! - Gritei para ela, que estava deitada no chão. - Consegue falar algo?

Sua expressão ainda era a mesma. As lágrimas não paravam de cair ao mesmo tempo que ela não parava de rir. Sutilmente, ela fez um sinal pedindo que eu me aproximasse dela, ela parecia estar sem voz, talvez de tanto chorar ou de tanto rir.

Quando cheguei perto o suficiente, ela me segurou pela camisa e me puxou para ainda mais perto dela. Quando meu ouvido estava na altura da boca dela, ela cochichou com sua voz rouca:

- Bang.

E um som de tiro foi ouvido.

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