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85; I'm here, love

e b o n y

Me despedi de Cameron com um longo selinho e sai do carro, me preparando para entrar em casa. Respirei fundo e entrei.

Meus pais estavam esperando na sala, bom, não aparentemente me esperando já que só estavam vendo televisão, como se eu não estivesse sumida por vários dias. Não esperava mais...

— Olha se a vadia não voltou! — meu pai disse em falsa alegria.

— Você só saiu para transar com aquele garoto do carro não é? Drogas e sexo, é realmente uma vadia! — agarrei meu braço, desconfortável com suas frias palavras.

— N-Não fizemos isso! — minha voz saiu levemente trêmula, o jeito que ele está me olhando me assusta.

— Claro, claro, você deve ter transado como uma cadela no cio, bebido até cair, como naquele dia. Você não aprende garota? — caminhou em passos fortes até meu corpo e segurou minha mandíbula com agressividade, senti o local ficando dolorido. Eu não conseguia fazer nada a respeito.

— Aquilo foi um acidente! — minha voz quase não saía.

— ACIDENTE? Como deixar seu irmão afogando até a morte pode ter sido um acidente? Você estava lá, poderia ter feito algo! — a cada palavra seu dedos forçavam mais sobre minha pele.

— Eu estava bêbada! — meus olhos avermelharam e estavam queimando pela vontade de desabar ali mesmo. Por que eles fazem questão de me lembrar disso a cada segundo?

— Isso é decepcionante para um pai, uma garota chapada como uma prostituta qualquer, você foi um erro Ebony, nunca devia ter nascido, um arrependido que precisarei carregar. — derepente estilhaços de vidro estavam espalhados pelo chão, a destra de meu pai que me erguia do chão já não me segurava, fazendo meu corpo cair de joelhos no chão. Minha mãe estava com os olhos arregalados por ver o que havia feito, mas não esperavamos que ele levantaria.

Meu pai foi para cima da mulher como um predador, começou a distribuir socos pelas suas costelas e eu me desesperei. Pulei em suas costas tentando derruba-lo, mas foi em vão.

Minha mãe desmaiou após inúmeros socos e meu pai segurou seu corpo, a levando até o quarto e eu fiquei ali. Parada. Vazia de qualquer sentimento.

As lágrimas escorriam quentes e minha boca tremia. Meu corpo não aguentou tudo isso e caiu outra vez de joelhos, eu estou destruída.

Pego meu celular com as mãos trêmulas e disco o único número que vem em minha mente.

— E-Eu preciso d-de você. — sussurrei baixo pelo celular.

— Eu estou aqui, amor.

4/5

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