c a m e r o n

Saio do banheiro e Ebony está sentada no bar tomando mais doses. Acho que ela já chegou no limite de álcool por hoje.

Ao chegar perto do seu corpo, seus lábios se juntam aos meus desesperadamente, correspondo na mesma intensidade.

Suas mãos descem para meu membro, o apertando, retiro-a de lá sutilmente. Ela volta a repetir o ato e eu faço a mesma coisa. Não entendo porquê tanta insistência! Tento desgrudar nossos lábios mas ela não me deixa afastar.

— Ebony, o que está acontecendo?! — me distanciei por estar cansado dessa brincadeira. — Por que está forçando isso, eu já disse que não quero! — digo firme e assisto seus olhos se avermelharem gradativamente.

Pegou uma garrafa de bebida do balcão e saiu dali em passos largos. O que está havendo com ela?!

Pago sua bebida e corro para fora do estabelecimento, tentando encontrar seu corpo bêbado pelo escuro. Encontro-a andando tropeçando nos próprios pés, grito seu nome mas parece não escutar.

Seu corpo frágil se entrega ao chão, abraça os próprios joelhos e chora insesavelmente, corro até ela e me agacho ao seu lado, envolvendo-a em meus braços o mais forte que consigo.

Eu sei o que ela está sentindo e é horrível, meu coração se aperta só de pensar no que pode estar passando pela sua instável mente.

A pego no colo e levo até o carro, suas lágrimas continuam descendo e eu não sei o que fazer para retirar essa dor dela. Também entro no carro e dou partida o mais rápido possível.

— Desculpa Cameronnnnn. — sua voz está bêbada e manhosa.

— Tá tudo bem, Eby.

— Desculpa, desculpa, desculpaaa. — passa a falar coisas sem sentido até adormecer ao meu lado.