c a m e r o n

Minha cabeça repassou pela décima vez o que eu iria dizer. Minhas mãos suadas de nervosismo seguravam uma única flor. Eu pensei em comprar um grande buquê de rosas mas essa flor me encantou tanto, eu sabia que deveria ser essa.

Deixei a mochila ao meu lado já que ainda não havia ido para casa. Eu sei que não poderia esperar pra isso.

Finalmente toquei a campainha e esperei alguém vir atender. Um homem alto apareceu e imagino que seja seu pai. Agora que eu tenho um infarto.

— Hn, o-oi eu vim ver Ebony Aky, ela está? — seu rosto fechou e logo cruzou os braços.

— E você é? — perguntou ignorando completamente minha pergunta.

— Cameron Dallas. — com um sorriso no rosto ele me pediu para entrar. Parece que um sobrenome renomado pode mudar a opinião das pessoas sobre você.

— Ela está lá em cima, pode subir, fique a vontade. — como eu odeio falsidade.

Subi as escadas e de cara qualquer um já sabia qual dos quartos era o dela. Em meio a portas e paredes sem graça com cores pastéis, sua porta era inteira pintada com um azul vibrante.

Bati na porta e nada. Tentei de novo mas mais uma vez sem resposta. Adentrei lentamente e a vi deitada na cama com fones de ouvido.

Bochechas molhadas, olhos vermelhos e longos suspiros seguidos por fungadas.

Meu coração apertava em saber que causei isso a ela. É difícil ver Ebony triste e muito mais chorando. Mesmo sendo a garota sorridente, ela também tem seus pontos fracos e infelizmente eu toquei em um deles.