XXIII. 𝑫𝒓𝒂𝒈𝒐𝒏𝒔 𝒂𝒏𝒅 𝒂𝒔𝒔𝒂𝒔𝒔𝒊𝒏𝒔
DAEMON ESCUTOU DE dentro da torre de Harrenhal, o rugido de um dragão se aproximando da fortaleza em ruínas e quando olhou para os céus, notou o que não queria notar. Verena desmontava de Canibal. O enorme dragão preto voou, não antes de rugir para Caraxes, que estava deitado no descanpado ao lado do castelo.
— Olá caro sogro, como vai? sentiu a minha falta? – a voz irritante de Verena chegou até ele.
A garota entrou no castelo, os cabelos prateados presos em uma coroa de tranças no topo de sua cabeça, suas roupas de couro próprias para montaria nas cores preta e vermelha o lembravam de que a garota era uma Targaryen, sem tirar nem por. Daemon nunca havia visto Saera Targaryen em sua vida, quando ele nasceu a mulher, sua tia, já havia fugido da corte e ido para Essos, mas se a dragão negro fosse metade dos que os filhos eram, ela era uma Targaryen formidável.
— Rhaenyra mandou você? – ele perguntou com desgosto evidente em sua voz.
— Não finja que está surpreso, eu sou a melhor opção. – Verena tirou a capa, a jogando de qualquer modo no principe, que bufou. — Joffrey e Tyraxes estão no ninho, Jacaerys é o herdeiro, Baela e Moondancer são inexperientes assim como Lucerys e Arrax, Rhaena com Vermithor são uma força a ser deixada em Pedra do dragão para eventuais ataques.
— Está achando que é quem, Verena?
— É verdade que Harenhall é amaldiçoada? – ela olhou em volta.
Daemon jogou a capa no chão. Verena nem notou o que o príncipe havia feito indo ainda olhando para as torres parcialmente destruídas.
[...]
Aleksander deixou a bandeja com comida nos aposentos de Helaena, um dos gêmeos esticou a mão e Aleksander a abaixou, dando um dos bolos de limão para o garotinho, que sorriu, correndo até a irmã gêmea, que brincava no chão, com alguns dragões de madeira em volta dela. Helaena estava na janela, ela olhava a paisagem da capital logo a baixo.
— Valar Morghulis. – Helaena diz alto, de forma que fez com que Aleksander travasse em seu lugar, olhando em choque e confusão para a Targaryen.
— Valar dohaeris. – ele respondeu.
Todos os homens devem morrer, todos os homens devem servir. Aleksander se perguntava como a mulher a sua frente sabia os dizeres da guilda dos assassinos sem rosto? Ela sabia sobre ele, inferno, ele não queria ter que deixar a fortaleza, não agora, ou ter que silenciar a Targaryen a sua frente. Helaena se virou para ele, os olhos violetas da Targaryen ficaram presos a ele.
O som da porta sendo aberta fez Aleksander sair de seu estopor. O príncipe Aemond entrou no quarto, olhando para a irmã e o criado.
— Aemond, Aemond. – os gêmeos correram para o tio, que os abraçou, sorrindo para as crianças.
Aleksander abaixou a cabeça em uma reverência contida, primeiro na direção de Helaena, depois na direção de Aemond, que parou de dar atenção as crianças, para o encarar. Aleksander saiu dos aposentos de Helaena, ainda tenso. Quando o criado fechou a porta atrás dele, Aemond olhou para a irmã.
— Não acha que esse criado tem algo de estranho? – ele pergunta.
— Você não gosta de ninguém, Aemond. – Helaena sorriu mínimo para o irmão.
— Esse em específico tem algo de errado.
— Tem certeza que não cismou com ele, por outros motivos?
— Quais motivos Hela? – Aemond se sentou em uma das poltronas.
Helaena deu de ombros, voltando para seu lugar de início, na janela, olhando para a paisagem da cidade.
[...]
— Está comendo feito um dragão. – Daemon diz.
O jantar em Harrenhal estava sendo servido. Verena estava sentada na ponta da mesa, Daemon na outra. O clima ainda estava gelado entre eles.
— Você não tem nada melhor para fazer do que me irritar não? – Verena retruca.
— Não! – Daemon sorriu.
— Velho decrépito.
— Eu sou mais novo que a sua mãe. – Daemon diz em voz alta.
— Minha mãe é bonita, diferente de você.
— Por que me chamou de sogrinho, quando chegou?
— Me casei com o Jacaerys. – Verena respondeu, levando um pouco de sopa a boca. — Que negócio horrível. – ela levou a mão a boca.
— Você está mentindo. – Daemon a encarou. – Não está?
— Não, nos casamos ontem, em uma cerimônia valiriana.
Daemon negou com a cabeça, voltando a comer o seu jantar. O que ele poderia esperar desses dois? Verena era traiçoeira e Jacaerys um homem apaixonado. Verena deixou a sopa de lado, e voltou para a torta doce que estava a sua frente.
— Como é em Asshai? – Daemon perguntou.
— Uma cidade como qualquer outra. – ela respondeu.
— Claro, tirando o fato de que você é uma bruxa, uma troca peles e controla as sombras.
— Não sou bruxa.
— Por favor, todos sabem. — Daemon riu.
Verena deu de ombros.
— Asshai é a minha casa.
— Quando estive em Pentos, um mercador me contou que Asshai era regido por forças profanas.
— Claro, nós matamos dozelas e usamos seu sangue em rituais para o estranho.
— Segurm a fé dos sete? – Daemon perguntou, realmente curioso.
— O deus estranho tem um nome em cada religião, em Asshai, o chamamos de Lysander.
— Lysander não é o nome do seu pai? – o príncipe franziu a testa em sinal de confusão.
— Sim. – Verena respondeu simplesmente, pegando um dos pratos com frutas e se levantando. — Vou me deitar, se precisar de qualquer coisa, não me chame.
[...]
Em seu quarto, Verena abriu o livro de capa vermelha e a cada página lida do diário de Daenys, ela se apegava mais a Targaryen, cada relato de sua infância e adolescência em Valíria, fazia a curiosidade dela aumentar ainda mais. Ela nem percebeu quando caiu no sono e deslizou para a mente de Abraxos, que ainda estava em Pedra do dragão.
A serpente verde estava nos aposentos de Jacaerys, o príncipe dormia, agarrado a um dos travesseiros de pena. Abraxos deslizou para fora do quarto, Verena o controlou até o corredor dos aposentos dos irmãos, ela queria ter certeza de que Eros não havia feito o castelo de pedra do dragão vir a baixo. Ela viu através dos olhos da serpente, Lohar entrar nos aposentos dele, puxando alguém com ele. Quando a pessoa virou contra a luz, ela viu que era Baela, que sorria para seu irmão. Assim que viu a serpente, Lohar negou com a cabeça, fechando a porta.
Verena saiu da mente da serpente, rindo. Verena se virou na cama, agarrando um dos travesseiros de pena, e fechando os olhos novamente. Quando finalmente caiu no sono, ela pensou no irmão que estava em Lys com q mãe. Rowan era seu irmão favorito, ela tinha que admitir, ela estava com saudade das implicâncias do mais velho, certamente, quando ele descobrisse de seu casamento, ela escutaria uma enorme bronca, por não ter o convidado, assim como Saera, que falaria que Verena era muito nova para se amarrar a uma única pessoa. Ela riu com o pensamento do irmão e da mãe, sim, ela estava com saudade deles.
[...]
Nas ruas da capital, Aleksander passou por um grupo de pessoas aglomerada, que deram pouca importância para a sua presença. As pessoas em Porto Real pareciam muito mais preocupadas com o iminente combate entre os Targaryen, a tensão estava por toda a cidade.
Aleksander sentiu as mãos serem puxadas, suas costas se chocaram com a parede de um dos corredores de pedra.
— Está me seguindo, criado? – a voz rude de Aemond Targaryen soou em seus ouvidos, próxima demais de seu rosto,
— Não posso ter uma vida fora do castelo, meu príncipe? – ele pergunta em tom provocativo.
Aleksander focou o olhar no príncipe Targaryen, que tinha um capuz escondendo os cabelos prateados.
★̶̲ Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay.
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