XIV. 𝑾𝒊𝒏𝒕𝒆𝒓 𝑹𝒐𝒔𝒆
VERENA VIROU OUTRO corredor de pedra escura das criptas. As paredes estavam quentes, devido as fontes termais que aqueciam todo o subterrâneo e o próprio castelo de Winterfell.
Os inúmeros olhos dos Stark de pedra já á muito tempo mortos a encararam, ela se sentiu fria de repente, pelo visto, os Stark de pedra não gostavam muito da sua presença em seu lugar de descanso. Ela virou em mais um dos corredores, seus cabelos prateados estavam soltos e balançavam conforme ela andava.
Verena gostava de explorar, em seus primeiros dias em Pedra do dragão ela descobriu as enormes bibliotecas com manuscritos e livros antigos, tudo a lembrava de Asshai, ela poderia não visitar a cidade desde que terminou os estudos, mas ela sentia falta da cidade e das pessoas, principalmente da sua professora favorita, Melisandre.
Melisandre era uma sacerdotisa vermelha e servia o deus do fogo, a mulher era uma grande amiga de Lysander, seu pai, e foi a responsável por ensinar tudo o que Verena sabia. Ela parou em uma das estátuas da cripta, era uma mulher, o nome estava parcialmente apagado, forçando os olhos ela conseguiu ler o nome talhado na pedra Alarra.
— Alarra Stark!
Ela notou uma flor azul em cima do que deveria ser o local de descanso da Stark, ela estava bem fundo nas criptas, e Alarra parecia estar morta á tempos, então, quem seria o vistante misterioso? Ela se aproximou mais do túmulo, Verena notou bem atrás da pedra, uma pilha de livros cobertos por uma camada de poeira. Verena pegou o primeiro deles, a capa era de veludo vermelho escuro, não tinha título ou enfeites na capa. O livro era velho, as páginas estavam amareladas e quase se desfazendo. Verena abriu a primeira página, lendo em uma letra fina e delicada:
"Eᥙ ᥎ᥱj᥆ Vᥲᥣίrιᥲ ᥲrdᥱr ᥱ꧑ ᥴhᥲ꧑ᥲ᥉, ᥆᥉ ᥎ᥙᥣᥴ᥆̃ᥱ᥉ ᥲ᥆ rᥱd᥆r dᥲ ιᥣhᥲ, ᥆᥉ ꧑ᥱ᥉꧑᥆ qᥙᥱ ᥒ᥆᥉ dᥱrᥲ꧑ ᥒ᥆᥉᥉᥆᥉ ᥲ꧑ᥲd᥆᥉ drᥲg᥆̃ᥱ᥉, ᥉ᥱrιᥲ꧑ ᥲ ᥴᥲᥙ᥉ᥲ dᥲ ᥒ᥆᥉᥉ᥲ ρᥱrdιᥴ̧ᥲ̃᥆"
Bem no fim da página na mesma letra estava escrito "Dᥲᥱᥒᥡ᥉ Tᥲrgᥲrᥡᥱᥒ". O que aquilo estava fazendo ali?
— Alarra, você acabou de ficar muito mais interessante. – Verena fechou o livro, o segurando contra o corpo.
Verena voltou a andar pelos corredores de pedra da cripta, voltando para seus aposentos. Ela queria ter ficado junto de Jace, principalmente com a tal Sara ao redor, mas não seria apropriado. Se soubessem tudo o que ela e o príncipe já fizeram que era considerado não apropriado.
Verena abriu a porta de madeira, nenhum guarda estava no corredor, ela deixou o livro de capa vermelha em uma das mesinhas do quarto e foi até a janela, já era noite, Canibal que havia sumido o dia todo, provavelmente caçando, tinha voltado e estava próximo ao castelo, Vermax também, Cregan receberia um monte de reclamações do povo do norte por causa dos dois dragões, ela tinha certeza.
Ela tirou a capa de pele ficando apenas com o vestido vermelho que usava por baixo, ela faz um penteado simples nos cabelo prateados e colocou o colar de aço valiriano que Jacaerys havia a presentado no dia seguinte ao pedido de casamento, Cregan organizou um jantar para os convidados e ela estava atrasada.
Verena desceu as escadas, o som de música estava preenchendo o salão de jantar, ela entrou pela porta de madeira, notando a maioria das pessoas a olharem, inclusive Cregan, que estava na mesa principal ao lado de Jacaerys. Ela caminhou entre os nortenhos, chamando a atenção de todos para si, ela sorriu para o noivo, que se levantou, oferecendo sua mão para a garota.
— Está muito bonita, senhorita. – Cregan elogiou, bebendo de sua taça.
— Obrigada! meu lorde. – ela respondeu simples, se sentando ao lado do príncipe, que tinha o maxilar travado.
Verena se serviu do vinho que estava na mesa, notando a falta de alguém. olhando ao redor ela viu Sara sentada em uma das mesas do salão com algumas outras mulheres.
— Por que ela não está sentada aqui também? – Verena perguntou baixinho para Jace.
— Que ? – Jacaerys perguntou confuso enquanto colocava comida no prato da noiva.
Ele havia pegado esse hábito em pedra do dragão, e as vezes nem percebia que fazia, como agora.
— Sara.
— Ela é bastarda, bastardos não se sentam na mesa principal. – o príncipe respondeu no mesmo tom.
Verena olhou para a garota sentada do outro lado do salão.
— Senhores de Westeros. – Verena soltou um som de desgosto com a garganta.
— Eu sou um senhor de Westeros, bruxinha.– Jacaerys riu, olhando para a noiva.
— Você é diferente, principezinho. – ela sorriu. Jace sorriu junto dela.
Ao decorrer do jantar, Cregan conversou animadamente com os dois, chegando a entrar em uma competição de quem bebia mais com Jacaerys, onde Jace ganhou a primeira rodada e Cregan as outras duas.
— Você me lembra meu irmão mais novo. – Cregan diz, a língua enrolando no céu da boca.
Jacaerys sorriu para o homem, por um momento, ele até esqueceu o motivo de estar no norte. Quando a melodia passou a ser mais animada, Jace puxou Verena para o centro do salão.
— Ninguém está dançando. – Verena disse para o príncipe em tom risonho.
Jacaerys a rodopiou no salão no ritmo da música.
— Você está linda. Você sempre está linda. – disse o príncipe, a puxando pela cintura.
— Jacaerys , estamos em público. – Verena susurou e Jacaerys ficou muito próximo de sua boca.
— Somos noivos. – ele diz óbvio, a língua também meio embolada pela bebida.
— Eu sei, principizinho. – ela riu.
— Você está usando o colar. – Jacaerys levou a mão a peça em seu pescoço. — Eu gosto dele em você, eu gosto de você.
— Você está bêbado meu amor, precisa se deitar.
— Eu gosto muito de você!
— Eu também gosto muito de você! – Verena disse para o príncipe.
Jacaerys sorriu, a puxando novamente. Os dois dançaram ao ritmo da melodia animada, algumas outras pessoas seguiram o exemplo dos dois e foram para o meio do salão. Jacaerys riu baixinho, abrindo a porta dos aposentos de Verena, a garota riu quando o príncipe quase foi ao chão pela décima quinta vez.
Verena deixou que Jacaerys fosse até a sua cama, e foi em direção a penteadeira, tirando o colar e desfazendo o penteado de seu cabelo.
— O que é isso? – Jacaerys perguntou, chamado a sua atenção.
— O que? – Verena perguntou se virando calmamente para o príncipe.
Jacaerys egurava uma única flor azul, a mesma que ela tinha visto no túmulo de Alarra.
— Quem te deu uma rosa do inverno?
— Uma o que?
— Rosa do inverno, Cregan disse que elas florescem nos jardins de Winterfell. foi o Cregan que te deu? eu o mato.
— Não sei, a rosa não estava aqui quando desci para o salão. – Verena olhou em volta, notando que o livro de capa vermelha ainda estava do mesmo jeito que ela havia deixando quando voltou das criptas. Ela franziu as sombrancelhas.
★̶̲ Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro