VIII. 𝑺𝒉𝒆 𝒊𝒔 𝒕𝒉𝒆 𝒗𝒊𝒍𝒍𝒂𝒊𝒏
TODOS VIRARAM OS OLHOS PARA O príncipe de cabelos prateados.
— Um de vocês tem uma dívida comigo. – Aemond disse, retirando o tapa olho e revelando uma safira por baixo do acessório.
Verena sentiu Lucerys ficar tenso em seu lugar e Jacaerys travou o maxilar. As sombras ficaram agitadas ao seu redor.
— Arranque um de seus olhos, lorde Strong, e eu os deixo ir. – Aemond jogou uma adaga aos pés de Lucerys, que retirou a espada da bainha, Aemond avançou um passo, Jacaerys se colocou do lado do irmão mais novo, em posição de arque.
— Não sob o meu teto. – Borros Baratheon diz em tom de ordem, se levantando de seu trono.
Uma risada chamou a atenção de todos, era baixa, maliciosa e cruel. Verena caminhou lentamente para a frente dos dois príncipes Velaryon. As sombras cresciam ao seu redor, apenas esperando, mas todos as sentiam, se enrolando por suas pernas, subindo por suas armaduras, nublando seus sentidos. Era viciante e letal. Um arrepio gélido se fez presente em Aemond e Borros, as filhas do senhor de Ponta tempestade se entre olharam, uma delas começou a rezar baixinho.
— Você tem uma visão de mundo tão limitada. – a voz da garota saiu dócil. Aemond a olhou irritado. — Se quer fazer mal a um dos filhos da rainha legítima, passe por mim.
Aemond sorriu, girando a lâmina da espada.
— Acha que consegue passar por mim, bastarda? A corte da vadia da minha meia irmã está cheia de vocês, não está? – Aemond riu alto.
A mesma risada preencheu o ambiente, Lucerys e Jacaerys encararam o tio, os olhos brilhando em desafio.
— Você tem uma espada, que inovador, mas e se eu... – Verena olhou para a arma e a lâmina que estava nas mãos de Aemond acendeu em chamas. Todos os presentes ofegaram em choque. Aemond largou a espada no chão, a olhando em puro horror. Verena voltou o olhar para o olho violeta do príncipe, as chamas se apagaram deixando somente o aço retorcido e parcialmente derretido no chão. – e agora, o que lhe resta?
Aemond ainda atordoado, como todos ao redor, sequer respiravam direito. Verena escutou mais de um susurro de vozes diferentes a chamando de bruxa. Seus olhos brilharam. Borros jurava que podia ver fogo neles. O homem tremeu, suas filhas estavam todas amontoados ao lado do trono do pai. Os guardas possuíam as espadas e lanças em mãos e estavam todas apontadas para ela.
Um rugido ensurdecedor foi escutado por todos dentro do salão, seguido por outros dois rugidos. Todos dentro do castelo olhavam para a garota com pavor, menos Jacaerys, que tinha um sorriso de canto nos lábios, encantado e horrorizado. O príncipe ficava cada vez mais enfeitiçado por Verena. Lucerys, embora estivesse de olhos arregalados, não parecia a temer.
— O gato comeu a sua língua? – Verena fez bico na direção de Aemond, que andou um passo para trás.
— Bruxa! – Borros desceu os dregaus do trono, todos viam suas pernas tremerem.
— Me chame disso só mais uma vez. – As sombras ao redor do lugar ganharam vida, tomando formas variadas, uma mais aterrorizante do que outra. O ar parecia denso, uma das filhas de Borros gritou, era pura magia.
— Você queria um acordo, não queria? Jure lealdade a rainha legítima dos sete reinos e em troca, eu o deixo ficar com sua vida. – Verena caminhou para o meio do salão, os guardas a seguiram, apesar de cautelosos. — Mas se quer continuar apoiando o usurpador, com um pensamento meu, sua fortaleza irá queimar.
— É de pedra – disparou Borros.
Verena riu.
— Você não é. – O homem tremeu.
Quando perguntassem para Borros Baratheon e o restante das pessoas na fortaleza, o que havia acontecido, e por qual motivo o senhor de Ponta tempestade escolheu apoiar a rainha, Borros diria que via em Rhaenyra mais chances de se ganhar a guerra que se aproximava, mas qualquer outra pessoa que estava presente, diria que uma bruxa, a pior de todas as crias da escuridão, prometeu uma coisa caso recusassem reconhecer Rhaenyra como rainha, fogo e sangue.
Aemond nunca havia visto nada como aquela garota. Nada importava, ele a queria, e ele a teria, ele passaria por cima de todos, mas ele teria Verena se Asshai para si.
Quando Verena, Jacaerys e Lucerys subiram aos céus de volta para Pedra do dragão, eles o fizeram, sabendo que haviam conquistado Ponta tempestade para a causa dos pretos.
[...]
Verena afundou na piscina de água quente que havia em Pedra do dragão. A viagem de volta foi relativamente normal e calma, Luke havia dito que o caolho do Aemond ficou apavorado, arrancando uma risada do irmão mais velho e da garota.
Som de passos chamaram a atenção de Verena que olhou para a entrada, ela viu Jacaerys chegar distraido e quando notou que não estava sozinho as bochechas do garoto ficaram vermelhas.
— Desculpe, não sabia que estava aqui. – ele diz, pronto para se virar e ir embora.
— Não fique com vergonha, principezinho, eu não mordo, só se me pedir. – Verena sorriu, afundando novamente na água.
Jacaerys companhou o movimento, quando Verena apareceu na superfície, seu rosto estava molhado, gotas de água escorriam pelos seus ombros, pelo colo de seus seios.
Verena o olhou, esperando pelo próximo passo do príncipe. Jacaerys retirou a blusa de linho que usava, a jogando em algum lugar nas pedras, ele chutou as botas de montaria e a calça de couro preta, ficando apenas com a roupa íntima. Jacaerys entrou na água, afundando até metade de seu peitoral e Verena nadou até ele, sorrindo quando notou as bochechas ainda vermelhas do príncipe.
— Não canso de dizer o quanto eu te acho maluca, sabia disso, bruxinha. –Jacaerys levou a mão ao rosto de Verena afastando o cabelo prateado que havia grudado em seu rosto.
— Admita, você gosta. – ela sorriu, levando a mão ao pescoço do príncipe, arranhando levemente. Jacaerys suspirou com a sensação.
O príncipe levou a boca as lábios da garota, dando um leve selar e Verena o puxou, aprofundando o beijo, o Velaryon levou a mão a coxa dela, a apertando. A garota entrelaçou as pernas no quadril do príncipe. As costas de dele bateram na borda de pedra da piscina. Jacaerys estava viciado na sensação dos beijos dela, ele estava viciado em Verena.
★̶̲ . Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay.
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