V. 𝑩𝒂𝒅 𝒅𝒆𝒄𝒊𝒔𝒊𝒐𝒏𝒔
JACAERYS PUXOU A MÃO de Verena arrastando a garota até o jardim de lavandas da mansão de Saera, onde Vermax já o esperava.
— Sem chances! não vou voar, Jacaerys. – Verena beteu os pés e o príncipe sorriu de canto.
— Com medo, bruxinha? – o príncipe perguntou divertido.
As sombras pareciam ficar mais fortes perto de Verena. Jacaerys entendeu o motivo dos Dothraki acharem que as pessoas de Asshai eram manipuladoras das sombras. A garota a sua frente sempre era rodeada por elas, até mesmo durante o dia. Elas sempre estavam por perto de Verena. A garota não contava muito da cidade de que veio, mas os mistérios de Asshai eram tão interessantes quanto os da antiga valíria, e isso fascinava o príncipe.
— Irei de navio, assim como Aleksander, os gêmeos e Abraxos. – Ela disse.
— Verena, a forma mais rápida de chegar em Westeros é voando. Vermax vai a aceitar.
— Se eu cair desse dragão, eu volto e puxo o seu pé. – A garota bufou.
Vermax levantou a enorme cabeça, seus olhos dourados pareciam encarar a alma de Verena. A garota nunca se imaginou voando em uma dessas feras, sua mãe nunca possuiu a ligação com um, e não parecia se importar muito com isso. Mesmo em Asshai, onde muitos acreditavam ser a origem dos dragões esses que eram o símbolo e a força da casa Targaryen, não se viam as feras a séculos, mesmo que existissem crânios e ovos que viraram pedras espalhadas por alguns dos castelos abandonados.
O príncipe puxou sua mão, a colocando sobre o focinho de Vermax e então Jacaerys colocou a sua mão por cima da dela. Vermax voltou a encarar os olhos azuis de Verena, a garota sequer piscava. A fera pareceu a aceitar, quando abaixou os olhos e o príncipe Velaryon a puxou para que subissem na cela.
Quando Vermax subiu aos céus, Verena sentiu seu coração parar na boca. A sensação do vento batendo em seu rosto era algo incrível. Ela sorriu, vendo a cidade e as pessoas ficaram pequenas do alto.
Ela abraçou a cintura do príncipe, aproveitando a sensação. Jacaerys sorriu.
— Você é Targaryen Verena. – o príncipe disse baixinho, um sorriso enfeitava seus lábios.
Verena franziu as sobrancelhas para a fala de Jacaerys. Quando criança, seu pai e seus professores sempre a diziam que ela era de Asshai, que ela era feita de escuridão, que ela pertencia as sombras.
Lysander foi um bom pai, mas um professor muito exigente. Verena deveria ser a melhor em tudo o que fazia, ela cresceu com expectativas altas colocadas sobre ela. Seu pai queria que ela fosse a mais habilidosa das feiticeiras de Asshai, então ela se tornou o que o pai queria. Mesmo com os olhares de decepção quando não atingia algum objetivo durante as aulas, ou quando alguma das outras pessoas a passavam, ela seguiu, e se tornou a mais poderosa de todos eles.
[...]
Jacaerys ajudou Verena a desmontar de Vermax. A fera subiu novamente e sumiu nas nuvens, assim que os dois pisaram na entrada do castelo de Pedra do dragão.
Aleksander e os gêmeos chegariam em alguns dias. Rowan viria se fosse necessário a ajuda dos exércitos. Saera não ficou muito feliz com os filhos se metendo em uma guerra, mas não os impediu, ela era a mãe, mas todos eles possuíam o direito de fazerem as suas próprias escolhas, assim como ela fez quando fugiu de Westeros e se tornou uma mulher poderosa em Lys.
Quando entraram no castelo, uma mulher se cabelos prateados e olhos violetas estava os esperando, ao lado de um homem, também com características valirianas. Esses deveriam ser Daemon e Rhaenyra Targaryen, a mãe e o padrasto de Jacaerys.
— Meu filho. – A mulher puxou Jacaerys para um abraço, ela beijou o rosto do príncipe, e olhou na direção de Verena.
-— Esses são a minha mãe, Rainha Rhaenyra Targaryen e meu padastro e principe consorte, Daemon Targaryen.
— Achei que Saera Targaryen fosse mais velha. – o homem disse, encarando Verena e a garota sorriu.
— Meu nome é Verena, sou a filha de Saera.
Daemon encarou Jacaerys. O enteado mordeu o lábio e ajustou a sua postura diante do olhar do padastro.
— Devemos esperar sua mãe, imagino. – Daemon voltou a falar, levando o olhar para a garota.
— Na verdade não. Como minha mãe disse a Jacaerys, ela não se envolve com o jogo dos tronos. – Rhaenyra e Daemon se encararam e Jacaerys cruzou os braços. — Mas devem esperar a chegada de meus irmãos, com alguns de nossos guerreiros, e se quiserem é claro, nossos exercitos estão a disposição, só esperando o meu chamado.
Verena sorriu, ajeitando a capa vermelha que usava. Um broche de prata com o símbolo da casa Targaryen, as três cabeças do dragão, enfeitava o tecido. Rhaenyra conhecia a roupa muito bem, era a capa que Jacaerys usava quando voou para Essos.
— Seus exercitos? – Daemon perguntou em tom quase risonho.
— Não sei se meus homens são conhecidos desse lado do mar estreito. – Verena deu de ombros. — De todo modo, as harpias, as víboras e a companhia dourada serão de grande ajuda, imagino. – Verena disse com a voz calma. — Foi por eles que foram em busca da ajuda de minha mãe, não foi?
Jacaerys abaixou o olhar, escondendo o sorriso que queria sair de seus lábios. Verena era uma víbora, ele soube disso no momento em que a conheceu.
Rhaenyra e Daemon conteram a vontade de arregalar os olhos. A fama das companhias de mercenários que a garota citou era conhecida até mesmo na muralha e Verena sabia disso. Ver a expressão de diversão de Daemon morrer aos poucos foi satisfatória para ela. Se o príncipe da cidade ou o lorde da baixada das pulgas, gostava de joguinhos, ele havia encontrado em Verena, uma oponente a sua altura.
A porta do salão foi aberta, e por ela passaram três outras pessoas. Um menino de cabelos castanhos, muito parecido com Jacaerys, e duas meninas, de cabelos prateados.
— Bruxinha... Verena. – O apelido não passou despercebido por Daemon e Rhaenyra, nem o modo que Jacaerys parecia orbitar ao redor da garota. —Esses são meu irmão, o príncipe Lucerys Velaryon e minhas primas, as princesas Baela e Rhaena Targaryen. Essa é a nossa aliada de guerra, Verena de Asshai, filha da senhora Saera Targaryen.
Verena acenou com a cabeça para os recém chegados e Jacaerys colocou a mão no ombro da prateada.
— Se já terminamos nossa reunião, mostrarei o castelo para a senhorita Verena. – O Velaryon disse na direção da mãe, que acenou em sinal de confirmação.
Verena sorriu docemente na direção da rainha e seu príncipe consorte. Assim que as pessadas portas de madeira se fecharam atrás deles, ela susurrou no ouvido do príncipe.
— Vai me levar para conhecer seus aposentos, principezinho?
★̶̲ . Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay ♡
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