RHAENA SE VIRA para ela, os lábios erguidos em um sorriso.

— Mas e o Jace? – Rhaena perguntou enquanto trançava o cabelo de Verena para trás.

— O que tem ele? – Verena perguntou olhando para a garota através do espelho. Baela riu.

Verena e as gêmeas estavam nos aposentos de Rhaena. Daemon cismou que levaria os meninos para um treino com espadas. Verena até tentou ir ver o treinamento e rir dos irmãos mais velhos, mas as gêmeas a puxaram para um dia de meninas.

— Pare de se fazer de boba, todos nós sabemos que vocês se atacam quando podem. – Baela diz, jogada em sua cama, Abraxos estavam enrolado ao seu lado.

— Não sei do que falam. – a garota deu de ombros.

— E o que são aquelas marcas no pescoço dele? – Rhaena perguntou.

— Ele deve ter batido em algum lugar. – Verena deu de ombros.

— Claro! – Baela riu, se levantando e indo de encontro a sua gêmea.

— O que vão fazer mais tarde? – Verena perguntou para as duas.

Rhaena terminou o penteado.

— Dormir? – Baela a encara.

— Sem graça. –Verena cantarolou. — Você é incrível Rhaena, ficou lindo, obrigada!

— E o que sugere, bruxinha? – Baela cruzou os braços na frente do corpo.

— Sugiro irmos até o vilarejo, estou entediada.

— Vamos! – Baela deu um pulinho animado, arrancando uma risada animada de Verena.

— Vocês duas ficaram doidas? – Rhaena cruzou os braços em frente ao corpo.

— Não acabe com a festa, Rhae. – Verena foi até a garota, girando ela pelo quarto. Baela se juntou as duas.

Rhaena revirou os olhos.

— Vamos lá, é só um passeio inocente pelo vilarejo, não vai acontecer nada. – Baela diz a sua gêmea.

— Tudo bem, mas vamos voltar cedo, prometi passear com o Luke pela praia.

— Com o Luke é? – Verena e Baela disseram juntas.

— Parem com isso, ou não vou para lugar nenhum.

[...]

— Daemon quer que eu me case com uma das filhas de Borros Baratheon. — Jacaerys disse baixo, sentado em uma das pedras de monte dragão.

Verena estava muito entretida tentando arrumar a cela de seu dragão. Canibal não gostava de celas e não gostava do príncipe herdeiro, o dragão selvagem abria a boca e mostrava os dentes toda vez que o príncipe se aproximava muito. Verena virou o olhar para o príncipe, Jacaerys sentiu a pele arrepiar com o olhar da garota.

— E você vai se casar com ela? – Verena olhou nos olhos do garoto. Canibal, aproveitando que a sua montadora não estava olhando, bateu asas e voou de volta ao seu ninho. — Dragãozinho teimoso.

— Ele é igual a você. – Jacaerys se levantou, batendo na roupa para tirar a poeira.

— Você não me respondeu. – Verena caminhou até o príncipe.

— Claro que não. – Jacaerys puxou a garota pela cintura. — Não quero me casar com uma Baratheon, sou metade Targaryen. — o príncipe sorriu. — Os Targaryen casam entre si.

Verena levantou a sobrancelha, um sorriso ladino enfeitava seus lábios.

— Já arranjou uma Targaryen para você?

— Você brinca muito, sabia disso, bruxa?

Verena desceu o olhar para a boca do príncipe, todos em pedra do dragão desconfiavam que os dois estavam envolvidos. Lucerys e as gêmeas já fizeram tantas provocações com o príncipe herdeiro que alegravam o dia de Verena. Os gêmeos e Aleksander estavam empenhados em fazer da vida de Daemon um inferno na terra. Sempre elogiando a beleza de Rhaenyra, Rhaena e Baela, tirando Daemon do sério. O Targaryen chegou a ameaçar os filhos de Saera mais de uma vez, ganhando muitos silvos de ameça de um Abraxos que também não gostou muito do príncipe consorte. Os jantares em pedra do dragão eram muito animados, Verena tinha que admitir.

— O que vai fazer mais tarde? – Jacaerys perguntou.

— Noite das meninas. – ela deu de ombros. — E você?

— Nada de importante. – Jacaerys sorriu.

[...]

Baela riu baixinho quando Rhaena arregalou os olhos para a entrada do estabelecimento. Sair do castelo foi fácil e agora as três estavam no vilarejo de Pedra do dragão.

— O que estamos fazendo aqui? – Rhaena perguntou para Verena.

A garota deu de ombros.

— Conhecendo o vilarejo. – ela responde.

— Vamos. – Baela entrelaçou seus braços com a sua gêmea e Verena, as três entraram na casa dos prazeres.

Verena pegou uma das taças de bebida que estavam sendo servidas, algumas pessoas olharam para elas com olhos arregalados, não era sempre que se viam três garotas de cabelos prateados sozinhas, mesmo ali, em Pedra do dragão. Verena passou a taça para Baela, que deu um grande gole e depois ofereceu para sua gêmea que recusou.

— Vocês  nem sabem o que é isso. – Rhaena repreendeu.

— Depois de três dessas, você não sente mais o gosto. – Baela deu de ombros.

— Achei meio acabada. – Verena olhou em volta. — Quando Nyra estiver no trono, vou as levar para conhecer as da minha mãe em Lys, são muito melhores.

— Devemos ir embora, se isso chegar aos ouvidos de meu pai, estamos mortas. – Rhaena retrucou.

Varena puxou as gêmeas para onde deveria ser o bar. As pessoas abriam caminho para as três garotas passarem. Uma melodia obscena começou a tocar, Baela e Verena trocaram olhares cúmplices.

— Deixe Daemon com seus próprios interesses. Aposto que ele já veio aqui, inúmeras vezes antes. – Verena deu de ombros, pegando outra taça de bebida e dando para Baela e uma para ela mesma.

A garota ofereceu para Rhaena, que iria recusar, mas quando olhou para o lado viu um homem puxar uma das mulheres e a agarrar ali mesmo, as bochechas de Rhaena ficaram vermelhas de vergonha, a garota pegou a taça de bebida da mão de Verena e a virou de uma vez, fazendo careta quando terminou. Verena riu ao lado de Baela.

Uma apresentação de dança começou no centro do lugar, Verena puxou as gêmeas para verem melhor, as dançarinas estavam quase nuas e de máscaras prateadas.

— Coloquem os capuzes. – Verena diz para as gêmeas, que a obedeceram.

— O que aconteceu? – Baela perguntou.

— Daemon acabou de entrar. – Verena respondeu e Rhaena soltou um som engasgado. — Ele não está só, olha o que temos.

As gêmeas viraram os olhares para onde a garota havia apontado, elas viram o pai entrar acompanhado de Lorcan, Lohar, Aleksander, Lucerys e Jacaerys. Daemon deu um tapinha no ombro de Lorcan e caminhou até o balcão, onde pegou as bebidas para todos os garotos.

— Eu disse. – Verena deu de ombros. — Nem me chamaram, vou contar tudo para a mamãe.

— Estamos muito encrencadas. – Rhaena apertou o braço de sua gêmea.

Do lugar que estavam elas tinham uma ótima visão dos garotos, mas eles não conseguiam as ver, devido a apresentação de dança e a multidão que se formou em volta das dançarinas. Jacaerys pegou uma das taças de bebida e se sentou ao lado do padastro. Lucerys seguiu o irmão. Aleksander e os gêmeos pegaram as bebidas, Verena escutou a reclamação dos irmãos mais velhos na hora.

— Não sabia que os meninos frequentavam esse tipo de lugar. – Rhaena disse baixinho.

Baela encarava Lohar, que estava sentado em uma das cadeiras e olhava para as dançarinas.

— Aqui vocês não são princesas, aqui vocês sem liberdade para serem o que quiserem, experimentar o que quiserem, só evitem Daemon, não quero ter que o dar de alimento para Canibal tão cedo, Nyra não me perdoaria. – Verena diz para as gêmeas, se abaixando e pegando uma das máscaras das dançarinas que havia caído no chão.

— E o que você irá fazer? – Rhaena perguntou.

— Me divertir.

Baela olhou em volta, ela cobriu o rosto com o capuz e saiu da roda das pessoas, Rhaena respirou fundo e foi na direção oposta a da irmã, indo silenciosamente na direção que Lucerys havia ido. Verena sorriu, colocando a máscara prateada e desfazendo o nó do capuz, revelando o vestido de tiras roxo que ela estava usando. Quando a apresentação das dançarinas acabou, a de Verena começou.

A música que havia parado, recomeçou, Verena foi até o meio do salão, chamado a atenção de todos para si, o Velaryon reconhecia os movimentos e reconhecia a dançarina. O príncipe herdeiro se levantou, ignorando o chamado do padastro e caminhou até onde Verena se apresentava, todos os homens do lugar estavam encarando a sua garota com cobiça. Jacaerys a puxou pela cintura, escutando os resmugos e xingamentos das pessoas devido a interrupção.

— O que faz aqui?

— Faço a mesma pergunta, meu príncipe. – A garota sorriu docemente.

★̶̲ . Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay.