Na manhã do dia seguinte, Sooyoung foi ligar para um veterinário. O maior problema era que ela não tinha a indicação nenhuma, porque tinha se mudado a pouco tempo para cidade.

Sequer conhecia pessoas com pets para pegar dicas!

Quer dizer, até conhecia, mas seria muita humilhação ligar para o vizinho maldito pra perguntar: ''oi, qual o veterinário que você leva o seu cachorro safado? Pois é, vamos marcar uma consulta''

Sem possibilidade alguma daquilo ser real.

A morena bufou e resolveu procurar na internet, avaliações de veterinários boas e de rpeferencia com localização perto do prédio. Não queria ter que pagar transporte para se locomover até lá, e o seu vizinho também não parecia muito disposto, já que ambos eram desempregados.

Procurou por avaliação, e achou vários cinco estrelas. Alguns tinham recomendações de pessoas, com cinco estrelas. Mas como confiar sua cachorrinha, que era praticamente sua filha a palavras de pessoas desconhecidas na internet?

Olhou para a bolinha de pelos brancos, que estava estirada no sofá, e sentiu seu coração apertar só de pensar que poderia levar Hatnim em algum profissional equivocado. E além dela, outras vidas pequeninas, já que naquela posição a pequena barriga ficava em evidencia.

Vencida pelo medo, ela então interfonou no temido apartamento, que para sua (in)felicidade, não demorou muito a atender.

— Oi. – Surpreendentemente a voz era feminina.

Seria a namorada dele, talvez?

— Hmm, Oi. – Ela demorou um tempo para retomar a fala. – Aqui é a vizinha Park Sooyoung, do 602.

— Ah, a dona da cachorrinha que engravidou do Mickey. – A mulher falou. – Sinto muito pelo o que o meu cachorro fez!

— Então o cachorro era seu?

— Na verdade é do Hoseok também. – Ela confessou. – O problema é que ele não cuida do cachorro quando eu não to em casa.

Sooyoung abafou uma risada. Era bom ouvir alguém falando mal dele, ainda que de modo leve e brando.

— Bom, já que você é uma das donas, posso falar com você mesmo. – Sooyoung relaxou os músculos, porque gostava da ideia de evita-lo. – Em que veterinário você leva o Mickey?

— Ah, é na doutor Kim. – Ela falou sincera. – Levo o Mickey nela há anos.

— E ela fica aqui perto?

— Sim, sim... – Falou a mulher. – Se quiser, posso te oferecer uma carona.

Sooyoung concluiu que, Hoseok era bancado por uma sugar mommy. Com sorte, ela poderia ate mesmo pagar a consulta .

— Eu agradeceria muito. – A morena falou no interfone. – Só vou tocar de roupa e já vou pra aí.

— Ah sim, não precisa se apressar tanto. – A mulher falou. – Vou acordar Hoseok pra ele ir também, afinal ele que deixou o Mickey escapar.

— Certo... – Sooyoung concluiu. – Vou me trocar e qualquer coisa espero aí, com a Hatnim.

— O nome dela é Hatnim? Que gracinha... – Ela falou com a voz embargada. – Vou adorar conhecer a mae dos meus netinhos.

— Ela é muito fofa, mas também... agitada. – Ela deu uma olhada na cadelinha.

— Não é muito diferente de mickey. – A mulher riu. – Pode trazer ela aqui pra brincar... já que o que tinha que acontecer já aconteceu mesmo.

— Não sei se ela vai querer brincar hoje, mas vou levá-la no transporter mesmo. – Sooyoung falou. – Vai ser bom p'ro pai ver o andamento da gestação.

— Mal posso esperar pro reencontro do casal. – A outra falou. – Até daqui a pouco.

— Até. – A morena falou antes de desligar o interfone.

[...]

Sooyoung Decidiu colocar uma roupa confortável, porque 1) não era um encontro, 2) Hatnim dava muito trabalho quando saia pra apassear.

Com esse look básico, ela pegou sua cachorrinha e apareceu na porta do apartamento do vizinho maldito. A rapidez com que ela se arrumou surpreendeu a própria garota, que esperava que enrolar um pouco mais paras air de casa.

Mas a ideia de conhecer a mulher que morava com ele pareceu atraente, e ela não hesitou em bater logo a campainha do apartamento.

— Ah, sooyoung né? – A mulher falou da fresta da porta. – Fique a vomtade.

Quando a mulher abriu a porta da sala, a Park não sabia se efetivamente olhava para a sala ou pra mulher asua frente, que era simplesmente deslumbrante! Tinha o cbaelo cor caramelho, e uma pele de bebê, tao bem cuidada que parecia daquelas de propaganda de revista.

— Oi, eu sou a Jessica. – A mulher cumprimentou. – irmã do Hoseok.

— Irmã? – A morena engasgou. – Céus, você é muito bonita.

— Está ensinuando que o meu irmão não seja? – Ela arqueou uma sobrancelha.

— Não, não é isso... – A Park engasgou. – Ele é bonito também, mas você é tao elegante.

— Ah sim... temos estilos diferentes, mas acredito que irmãos saõ assim. – Ela sourriu. – Até porque seria chato não ter com quem brigar.

— Estão falando mal de mim, é? – Hoseok surgiu no corredor, com uma calça sarouel e uma camiseta tie dye.

— Muito mal. – Jennisca ensinuou. – Agora solta o Mickey um pouco, pra ele participar ativamente do seu dever de pai.

— Ah, vocês vão querer levar o Mickey também? – Ele pareceu confuso. – Acho que ele vai atrapalhar...

— Não, seu bocó. – Jessica se apoiou no batente da porta. – Só quero que ele veja um pouco a mãe das crianças e participe do seu dever de pai.

— Ah... – Hoseok balançou a cabeça e se virou para Sooyoung. – Oi, vizinha... desculpa a bagunça.

A park não sabia se ele estava falando da bagunça inexistente da sala (que é uma desculpa que todos dão) ou se foi da briga de irmãos que aconteceu na sua frente. Mas de qualquer forma, não havia motivos pra se desculpar com ela.

Já com os vizinhos da frente... realmente, teria muito o que se desculpar, já que era a segunda vez na semana que havia uma discussão com porta aberta no apartamento.

— Imagina... – A morena assentiu. – Posso levar a Hatnim pra dentro.

— Ah sim, pode entrar... – Ele apontou pra cozinha. – Ele ta no cercadinho dele...

Mal a Park entrou na cozinha que o barulho de latidos encheu o ambiente. Ainda bem que ela segurava o transport com força, senão a caixa teria voado de suas mãos com o impulso da cachorrinha.

— Meu Deus, hatnim! – Ela repreendeu de leve. – tenha modos!

Até porque ficar daquele jeito por causa de macho era deplorável.

— Ah, olha como eles parecem apaixonados... – Jessica riu ao meu seu cachorro pulando no cercadinho. – Vão dar um bom papai e mamãe.

— É, ela melhorou só de vê-lo. – Sooyoung confessou.

A morena colocou a caixa no chão e tirou Hatnin de lá. Ainda que tivesse passado raiva com a gravidez do seu pet, era muito fofo ver o amor (ou ao menos atração) até mesmo na forma animal.

O jeito como Hatmin latia e cheirava o Mickey, e o modo como o cachorro de pelo mesclado abanava o rabo ao vê-la, era uma imagem realmente acolhedora.

— Acho que você vai ter que trazer ela aqui mais vezes. – Jessica concluiu.

— Pois é... – A morena falou sem jeito antes de se levantar. Estava unida com aquela família para sempre.

Ou ao menos por um bom tempo.

N/A: Peço de antemão que desculpem se algum erro tiver escapado da revisao... porque hoje é meu aniversário e eu quis presentear vocês com a fic mais good vibes que tenho. Quero agradecer quem me desejou aniversário, além de quem sempre me apoia e tira um tempo pra ler, comentar e votar nas minhas histórias.

Tudo que conquistei até hoje foi por causa de vocês, fica aqui minha gratidão. Até o próximo!