Capítulo 3
Era dia de Natal, e Tommy correu pelas escadas o mais rápido que pôde.
Ele não sabia por que estava tão animado, depois de ter se passado meses desde que o seu pai tinha sido extraordinariamente cruel, ele achou que provavelmente não haveria presentes. Ele nem viu seu pai no dia de seu aniversário de oito anos, e nos últimos dias ele estava indo à escola caminhando.
Para sua surpresa, o seu pai estava parado em frente à porta do porão, um sorriso em seu rosto terrivelmente envelhecido. Seu pai parecia diferente; Sua barba tinha crescido significativamente e seu cabelo estava adelgaçando.
- Thomas, tenho um presente para você.
Os olhos de Tommy se iluminaram instantaneamente. Ele deu um salto no ar e quase gritou, feliz que seu pai não tinha esquecido do Natal. Era como nos velhos tempos!
Ele deve ter colocado a árvore lá embaixo. Ele não tinha visto o porão desde a noite em que descobriu o que aconteceu lá embaixo, então ele imaginou que provavelmente havia uma árvore com brinquedos embaixo dela.
- Você fez a árvore de Natal? - Tommy perguntou, seu sorriso grande.
Seu pai acenou com a cabeça, e tomou seu pulso duramente entre seus dedos enquanto abria a porta do porão.
No instante em que a porta se abriu, um odor assustador invadiu o ar ao seu redor. Tommy amordaçou. Seu pai se divertiu quando seu filho começou a vomitar.
- Seja Homem, Thomas. - Ele ordenou, e ele apertou seu punho no pequeno pulso do filho enquanto o fazia descer os degraus.
Os olhos de Tommy se encheram de água com o cheiro terrível da sala, ele teve que esfregar os olhos enquanto abria apavoradamente os passos restantes.
Seu pai se moveu na frente dele e começou a rir quase maniacamente. O riso fez Tommy se lembrar de um vilão que os super-heróis iriam lutar, como Superman ou Batman. Mas seu pai não era um vilão, ele era um herói.
Quando abriu os olhos, encontrou uma mulher adulta amarrada a uma cadeira sentada à sua frente. Ela estava chorando, seus olhos cheios de medo e sua maquiagem previamente aplicada manchada em todo o rosto. Seus gritos eram abafados pela força da fita adesiva.
- Esta, com toda a certeza, é a minha boneca favorita. - Seu pai disse animadamente. - E é todo seu.
E Tommy sabia por que ela era sua favorita. O cabelo de cor escura, os olhos azuis bebês, e a figura delgada e pequena pareciam exatamente com os de sua mãe. Se ela tivesse passado pelo seu quarto enquanto ele estivesse brincando distraidamente, ele certamente acharia que era a sua mãe.
- P-Papai ... - Tommy disse, suas palavras trêmulas e cheias de medo. Seu pai olhou para ele e rapidamente se corrigiu. - Eu ... eu sinto muito ... S-senhor, por que ela está aqui?
- Por que está me olhando assim, Thomas, você acha que está viva ou algo assim? O que há de errado com você? - Ele repreendeu. - E estou dando isto à você, é seu próprio boneco, você pode fazer o que quiser com ele.
Tommy franziu as sobrancelhas, olhando para os olhos vidrados da menina sofredora na frente dele. Talvez ela não estivesse viva, mas por que ele viu que ela estava?
Ele foi sacudido de seus pensamentos quando a menina começou a choramingar na fita, balançando a cabeça e balançando seu cabelo úmido para cada lado. Seu pai passou os dedos pelos cabelos dela e puxou-a bruscamente, fazendo seus gemidos pararem.
Tommy olhou para o chão, confuso demais para processar qualquer outro pensamento.
- Não, eu ... eu não a quero - Ele recusou timidamente. Ele estava tão apavorado com a reação de seu pai, que não conseguia tirar os olhos do chão sujo do porão.
- Você é uma criança ingrata - Disse seu pai, calmamente. - Se você não quer fazer um, você pode ser um. É a sua decisão.
Tommy não pôde conter as lágrimas que deslizavam por suas bochechas enquanto olhava em volta para os bonecos realistas que pendiam do teto em filas ao lado dele, liberando o odor mais voraz que Tommy tinha experimentado em seus oito anos de vida.
Todos eles pareciam tão fascinantemente realistas, ele não achava que ele seria capaz de fazer um olhar tão real.
Tommy não respondeu. Ele olhou para a menina sem entender, enquanto ela usava os olhos para pedir clemência. - S-Senhor, ela é real.- Tommy disse calmamente. - Ela não é uma marionete.
Com isso, seu pai o empurrou para o chão com tanta força que bateu a cabeça. Sua visão encheu-se de manchas pretas e escuras e quando se levantou do chão, seu pai lhe entregou um cinto.
Ele podia ouvir a garota chorando, gritando na frente dele e os sons eram tudo o que ele podia processar em sua mente.
- Bata nele - Ordenou seu pai.
- Não, pare com isso, papai, por favor - Suplicou ao seu pai. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, e ele não conseguia impedir que elas caíssem, não importa o que ele fizesse. Se ele tentasse piscar, seria pior. Ele se sentia tão vulnerável e fraco na frente de seu pai.
Seu pai, por outro lado, não hesitou em bater o cinto ao seu lado. Ela gemeu de dor, e algo se iluminou nos olhos de seu pai. Ele continuou a bater nela, e Tommy lamentou em resposta. Era como se sua mãe estivesse sendo espancada bem na frente dele.
- Pare com isso, papai, ela parece com a mamãe! Pare! - Tommy implorou.
Seu pai largou o cinto, virando a cabeça para Tommy. Tommy observou seus olhos escurecerem e seu rosto não era mais iluminado pela luz fraca; Ele foi totalmente engolido pela escuridão.
- Por que, meu lindo Fantochezinho. O que quer dizer 'Mamãe'? Você é meramente um boneco. - Seu pai riu cruelmente. - Você não tem mãe, nem pai.
- O quê? - Tommy perguntou, seu lábio tremendo. A cada passo seu pai se aproximava dele, Tommy se afastava no chão, tentando se afastar.
- Sim, é isso mesmo, Fantochezinho. Você é apenas uma das minhas criações. - Disse seu pai, e a cada passo mais perto, o coração de Tommy batia com mais força dentro de seu pequeno corpo.
- Papai, você está me assustando. - Tommy sussurrou, olhando para seu pai com visão nebulosa.
- Eu não sou seu pai, as crianças são criaturas repugnantes, por que eu teria uma? Eu sou seu criador, e confesso que você é uma das minhas melhores criações. - Os olhos de seu pai brilhavam enquanto ele estava sobre seu filho trêmulo.
Um sorriso enjoativo rastejou até os lábios de seu pai, e eles soltaram as palavras que Tommy certamente nunca esqueceria.
- Você vai ser uma adição maravilhosa para esta linda família de bonecos, Fantochezinho. Já posso senti-la.
***
Eu sei que é muito pesado ler sobre uma criança passando por tudo isso, e eu sei, confie em mim. É difícil escrever sobre uma criança sendo cruelmente maltratada. Eu não gosto da ideia de alguém passando por abusos, especialmente um inocente de oito anos de idade. Isso é apenas uma visão sobre a infância do homem - se você não gosta, não leia! É bastante simples :) você não precisa ler isso! Estou escrevendo esta obra apenas para as pessoas que têm uma profunda curiosidade e interesse sobre O Homem do Fantoche, e muitas pessoas me perguntaram sobre ele!
Enfim, muito obrigado por classificar esta história # 50 em Terror! Isso é incrível, vocês são os melhores!
Rodrigo // LusRodrigo
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