Capítulo 8 - Duas pessoas só guardam um segredo, se uma estiver morta
Ethan respira fundo tentando controlar o ritmo acelerado de seu peito. Sim ele estava com muita raiva do pai, cheio de incertezas, revolta e medo. Mas ele ainda era seu pai, o homem que lhe ensinou a rebater e a lançar bolas no baseball, que ajudava com as lições de casa, a manipular uma arma e a dirigir um carro. Por mais sombrio e horrendo que fosse aquele segredo de seu progenitor, havia ainda uma parte no garoto que se recusava a aceitar que tudo aquilo, também fazia parte do homem que o criou e amou.
Ele levanta da cama e deixa Layla ainda adormecida. Desce as escadas em direção a cozinha, quando se depara com a mãe com um semblante assustado que o abraça imediatamente.
— Ah graças a Deus! Onde você estava?
— Onde você estava? Você sabia sobre o papai? Fala!
— Do que você está falando? Eu cheguei em casa o carro tinha sumido, liguei pra você diversas vezes, te procurei pela cidade inteira!
— Eu estava na casa do papai, eu vi as coisas que ele guarda atrás do quadro. Ele é um pervertido, um maluco. O nome dele nem é Thomas! Você sabia disso? É por isso que não temos parentes? É por isso eu não me lembro de boa parte da minha infância? O que ele fez comigo? O que vocês fizeram comigo?! - Grita o rapaz enfurecido.
— Ethan... Meu amor... Ele nunca encostou em você, eu juro. Tudo que fizemos foi pra te proteger. Para que vivesse bem e feliz, a terapia, os remédios... Foi tudo pro seu bem.
— Me fala o que houve. Quem é o meu pai? O que aconteceu quando eu era pequeno? Fala! - Grita com a respiração acelerada.
— Okay, mas você precisa se acalmar, eu prometo que eu vou te contar tudo, mas fica calmo.
— Calmo? Uma garota inocente e meu melhor amigo estão mortos! Eles estão mortos mãe e a culpa de tudo isso é do meu pai! Ele transformou o Bradley num monstro. A culpa é dele!
— Ethan por favor, eu não sei o que seu pai e Bradley tem a ver com isso? Do que você está falando?
— Foi o Bradley, ele matou a Rebecca e o Jonas! E tudo porque o papai é um maldito pervertido! E você sabia disso mãe? Você deixou ele ficar todos esses anos impune.
— Seu pai nunca machucou o Bradley, ele se curou. Eu não sei do que você está falando.
— Você sabe! Você sempre soube, foi por isso que nunca gostava de falar sobre o passado? Por isso que nossa família não tem nada antes de Winchester, você e o papai são dois malucos, você encobriu ele todos esses anos!
— Ethan você tá inventando coisas na sua cabeça! Seu pai fez uma coisa muito ruim, mas ele se arrependeu e foi muito antes de virmos pra Winchester. Ethan você tem um irmão...
— O que?
— Charlie, ele é mais velho. Ele era doente. Nós tentamos durante anos, tentar curar ele, tentar transformar ele num garoto normal, mas... Ele destrui a nossa família. Ele matou crianças, nós morávamos em Chesterville. Quando todos descobriram, que foi ele, nos perseguiram, tentaram nos matar. Você era tão pequeno, você viu ele fazer a primeira vez, você viu aquela garotinha morta e ficou traumatizado, deixou de falar, não comia e depois, meu Deus eu achei que fosse perder você! Nós não tivemos escolha. Depois do incêndio, que provocaram na nossa casa, fomos colocados num programa de proteção. Nos deram novos nomes, uma nova vida.
— E porque protegeriam alguém como meu pai? Eu tenho um irmão? Porque você nunca me disse!?
— Seu pai nasceu assim, mas até onde eu sei ele nunca tinha machucado alguém. Esquecer tudo aquilo, foi uma forma de te proteger Ethan.
— Onde está meu irmão? O que vocês fizeram com ele?!
— Tá tudo bem? - Diz Layla do alto da escada.
— Está. Volta pro quarto Layla depois eu falo com você.
— Ethan...
— Layla por favor...
— Okay, qualquer coisa, eu estou lá em cima.
A garota sobe as escadas com um olhar intrigado sobre mãe e filho. Ethan volta a atenção para a mãe, quando sente seu telefone vibrar.
Ele pega o aparelho do bolso e temeroso olha a tela.
"VINCENT CHAMADO"
— Essa conversa ainda não terminou, você tem muita coisa pra me explicar. - Diz Antes de atender o telefone.
— Alô.
— Ethan, precisa vir até minha loja.
— O que foi?
— Bradley, ele te deixou um recado. Tem sangue na minha loja. Liga a TV estão dizendo que há um serial killer na cidade, um cara morreu e estão procurando pelo Bradley e pelo seu pai. Eu vou ligar pra polícia. - Diz o rapaz hesitante enquanto mira a parede.
— Eu tô indo, Vincent, por favor não chama a polícia. Bradley está com meu pai, ele vai matá -lo. Por favor... Não chama a polícia.
— Tem quinze minutos pra chegar até aqui, ou eu ligo agora mesmo pro tal detetive. Cara, minha namorada ta morta e agora tem sangue na minha loja. Vem rápido.
— Droga! - Diz o garoto ao desligar o telefone.
— O que foi? Disse que Bradley vai matar o seu pai? Ethan, me diga o que tá acontecendo?
— É você quem tem que me dizer, eu preciso sair, não deixa a Layla sair daqui.
— Ethan, não.. Filho volta aqui... Ethan onde você vai? Ethan!
O garoto deixa a frente da casa com um cantar de pneus, dirige apressado enquanto Vincent ainda está sentado admirando as palavras escritas em vermelho sangue na parede da loja.
" VOCÊ A MATOU, O TEMPO ESTÁ ACABANDO"
Ele se recosta a cadeira e confere a pistola no bolso da jaqueta de couro, destravada e engatilhada, quando escuta as batidas e a voz apressada do jovem Ethan. Ele caminha devagar até a porta, a abre e se depara com o garoto de olhar assombrado.
— O que houve? - Questiona o rapaz ofegante.
— Vem ver.
Ethan se encaminha ao interior da loja e Vincent segue atrás dele, com a arma em punho dentro do bolso.
— Você a matou.? Fala voltando o olhar pro amigo e recuando alguns passos.
— Eu não matei a Rebecca. Esse recado é pra você, é você quem tá nesse jogo maluco não?
— Olha só parece loucura, mas seja lá quem esteja fazendo isso, sabe muito mais do que qualquer um de nós. - Diz o garoto temeroso.
— Eu não matei a Rebecca. Mas menti pra você, era eu quem conhecia o Bradley, não ela. Eu comprava maconha dele de vez em quando, aí um dia, ele me disse que viu a Rebecca com um cara casado, o pai de um amigo dele, Thomas Payne. Bradley era um viciado, não acreditei, mas eu decidi conferir.... Por isso segui a sua mãe, saí com ela algumas vezes. Descobri onde seu pai vivia, o que fazia... E eu ví a Rebecca saindo da casa dele. Eu ia terminar com ela, o Bradley ficou falando coisas e ele me disse que poderia me ajudar a acabar com o caso dos dois. Eu não achei que ele fosse matá - la.
— E porque não contou isso a polícia?
— Porque eles iam me culpar, eu achei que ele ia conseguir provas, eu a amava, eu não queria que ela me deixasse por um maldito pedófilo. Não queria matá - la.
— E porque não contou isso pra mim? E como sabe sobre meu pai?
— Eu ia contar, mas aí seu amigo morreu. Ethan, eu não matei a Rebecca.
— Como sabe sobre meu pai?
— Você me contou, na escola lembra?
— Você já falou como se já soubesse há muito tempo.
— Ethan, você está paranoico. Olha, Bradley fez isso, ele tá tentando me culpar, por isso deixou a Rebecca aqui e agora escreveu isso, temos que encontrá -lo, ou ele vai machucar mais gente. Sabe onde ele pode estar?
— Não, mas eu sei quem sabe.
— Okay eu já volto vou pegar uma coisa no estoque. - Fala Vincent, finalmente soltando o gatilho da pistola.
Ethan mira a frase gravada na parede, e volta a olhar para loja. Sob o balcão há alguns papéis cópias de muitos dos documentos que encontrou no cofre do pai e discos de vinil. Um deles é intitulado Arnie 3457 e há uma mancha de sangue na capa. Vincent volta pela porta vestindo uma jaqueta mais quente e para ao ver o garoto com o disco na mão.
— O que é isso?
— Deixaram aí. Eu acho que é música clássica.
— Meu pai tinha um disco igual a esse. - Diz o garoto temeroso, vendo o amigo colocar a mão dentro da jaqueta e retirar uma pistola.
— Eu não quero machucar você Ethan, não sei o que está acontecendo, mas eu não vou deixar que você ou o Bradley machuquem mais alguém.
— Você pirou? O que? Acha que eu matei a Rebecca e o Jonas? Porque diabos eu faria isso?
— Charlie Sanders! - Grita o Rapaz. _ Ethan Payne não existe! Você não existe, você é Charlie Sanders ou é você ou o retardado do Bradley, ou quem sabe sejam os dois! Um psicopata infantil, filho daquele desgraçado do Thomas, que aliás não se chama Thomas! Vocês são uma família de doidos! Seja lá o que estão planejando eu não serei uma das suas vítimas - Diz pegando o celular enquanto aponta a arma para o garoto.
— Do que você tá falando?
— Da Rebecca, a garota ruiva, o Jonas, o prodígio dos esportes, quem vem agora Ethan? O filho do policial ou o....
— O garoto da loja de doces. - Diz Ethan quase como com um sussurro..
Ele fecha os olhos e quando os abre vê as pernas do garotinho se debatendo ao chão. Enquanto Charlie está sentado sobre ele apertando firmemente um cordão de sapatos envolto no pescoço do menino que não aparentava mais de cinco anos, até finalmente pararem completamente.
O garoto de olhos claros está ao seu lado, com os olhos arregalados.
— Charlie, você disse que não ia machucar ele. - Sussurra o garoto.
— Ele ia contar. - Diz o garoto calmamente, se levantando enquanto o pequeno Edward se encolhe temeroso.
— Estou cuidando de nós pequeno rebatedor. Vamos embora tampinha.
— Ele tá morto? Era pra ser uma brincadeira. - Fala o garoto de olhos claros.
— É uma brincadeira, estávamos só brincando. Você fez isso também.
Ele dispersa a imagem da sua mente e vê Vincent a sua frente, ainda com a arma em punho, mas distraído enquanto digita ao celular.
— Alô, por favor o agente Simons... Ele fala, enquanto Ethan vê um taco de beisebol próximo ao balcão e num movimento rápido pega o objeto e acerta com força a mão de Vincent, fazendo a arma ser lançada para longe
O rapaz tenta alcançar a arma, mas é acertado com força por um soco do amigo que o faz cair. Ele se recupera antes que Vincent alcance a pistola e avança sobre ele o empurrando por cima de algumas prateleiras. Os dois rolam no chão trocando socos, Vincent consegue se pôr sob Ethan e lhe desfere um murro no rosto, mas o jovem quase que como num reflexo acerta com o joelho entre as pernas do amigo, o fazendo urrar de dor e cair para o lado. Ethan alcança a pistola e mira na direção dele.
— Atira! Atira, seu assassino!
O jovem continua fitando no fundo dos olhos do comerciante e larga a arma no chão.
— Eu não sou um assassino, e eu até posso não saber quem eu sou ou quem é a minha família, mas eu não matei ninguém. Eu vou encontrar o Bradley e resolver tudo isso. E eu sinto muito, se sem querer te envolvi nisso. - Diz chutando a pistola pra perto do amigo e se encaminhando para a porta.
— Ethan espera. - Diz Vince, pegando a arma e de levantando do chão. _ Seja lá o que ta acontecendo, estamos juntos nisso, você precisa vencer esse jogo, ou eu vou morrer. Então é melhor a gente pegar esse desgraçado logo.
— Vai confiar em mim agora?
— Não, mas você podia ter me matado se quisesse, e talvez, você só tenha tido o azar de nascer numa família maluca. Eu espero não estar enganado, mas acho melhor me explicar tudo isso. - Diz Vincent ainda ofegante.
— Só minha mãe pode fazer isso, mas primeiro temos que encontrar o Richard. Ele deve saber onde o Bradley está.
Os dois rapazes lavam o rosto e se dirigem a casa de Richard Rochefort. Rochefort era um rapaz de pele escura e corpo esguio desde muito pequeno mostrou grande habilidade com tecnomídias, o que chamou a atenção do pai, que passou a infância presenteando o sempre que tinha condições com algum presente ou peça tecnológica, a fim de incentivar o garoto. O rapaz, apaixonado por jogos antes dos quatorze anos aprendeu a raquear contas na internet, um desafio instigante e também lhe rendeu algum dinheiro para custear a sua imagem virtual. Ele termina a campanha e abre um sorriso ao ver seu nome no topo do ranking, quando ouve batidas na porta.
— Ora, ora, quem é vivo sempre aparece, a que devo a honra dessa visita Sr Payne. - Diz num tom sarcástico.
— Tem alguém na sua casa.
— Não tô sozinho porque?
Ethan o segura pelo colarinho e o empurra pra dentro da casa, seguido por Vincent.
— Ei o que foi cara?
— Cadê o Bradley?
— Eu não sei, eu não falo com aquele retardado há semanas!
— Cadê o Bradley? Eu sei que você sabe!
— Eu não sei do Bradley, a polícia teve aqui hoje cedo. Estão procurando por ele. Se eu soubesse tinha dito a polícia. Olha só, eu não falo com ele desde que que ele ficou amigo daquele esquisitão.
— Que esquisitão?
— Eu não sei quem ele é, é um amigo virtual, ele contatou todo mundo da turma pela internet, usava um codinome chamado Arnie. Ele parecia querer entrar no nosso grupo de gamers, tinha bons pontos só que eu descobri que ele raqueou meu computador, meu pc tem um alerta contra hackers que eu mesmo criei. Achei que ele quisesse roubar nossos pontos no jogo. Mas aí descobri que ele não era americano como dizia, que tava aqui em winchester e tava investigando a gente. Eu avisei a galera, o Jonas até, todo mundo colocou meu spyware para bloquear ele, menos o Brad. Disse que eram amigos. E ele vivia falando no tal do Arnie. Que estavam planejando um grande jogo juntos. Eu achei que era mais uma daquelas besteiras dele... Cara, eu não sei onde ele está, mas posso rastrear o celular dele.
— Ótimo.
Minutos mais tarde os três rapazes estavam no quarto de Richard, o garoto raqueia um site de localização de celulares usado pela operadora e digita o número de Bradley. Minutos mais tarde a busca dá um resultado.
Minotauro Ranch Park.
— É o antigo parque de diversão. - Fala Ethan.
— Até onde sei, estavam o reformando para a festa de Halloween da cidade.
— Talvez devessemos ligar para a polícia. Esse garoto é perigoso e ele pode não estar sozinho nisso. - Diz Vincent.
— Não podemos, ele tá com meu pai esqueceu? Ele vai matá - lo.
— Perai o Bradley sequestrou o seu pai? Na tv disseram que seu pai fugiu? E aquelas coisas que disseram sobre ele... É verdade? O seu pai é? -Questiona Richard.
— Eu não sei ta bom, eu não sei de mais nada. Vamos vince. E Richard, é melhor não falar nada disso pra polícia.
— Tá doido? Acha que eu quero a polícia cheretando no meu computador?
Minutos mais tarde Ethan dirige apressado enquanto Vincent mira pela janela parecendo intrigado com tudo que o garoto acabou de relatar.
— Okay, então você tem um pai pedófilo, um assassino mirin como irmão, uma mãe que te mentiu a vida toda e te deu drogas pra você esquecer da merda que a sua família é? - Questiona o rapaz de cabelos encaracolados.
— É mais ou menos, eu acho. Não sei mais o que pensar. Eu tenho algumas lembranças, mas nào consigoentender.
— Você lembra? Do que o seu irmào fez? Pelo que li naquelas fichas ele...
— Eu não lembro. - Mente ele. Sua mente ainda estava muito confusa, mas tudo aquilo, havia desencadeado um turbilhão de lembranças desconexas. As quais ele tentava dar um sentido. Vincent continua questionando - o durante a viagem. O rapaz pergunta sobre seus pais e levanta uma intrigante pergunta.
" Como Bradley teve acessoa as informações secretas da família Payne? E quem seria Arnie 3457? Seria Charlie? Ou o próprio Jonathan Sanders? Como Charlie encontraria a família, se eles mudaram de nome? "
Ethan esforça sua mente, mas tudo que ele consegue são fragmentos.
" _ O que você fez Edward? - Ressoa a voz de Charlie em sua mente, enquanto ele observa o corpo franzindo, e o sangue se esvaindo da cabeça ruivinha manchando o assoalho, há sangue em sua camiseta e ainda mais no peso de papel que ele deixa cair assim que ouve a voz do irmão.
Ele balanca a cabeça e tenta tirar aquele pensamento.
— Você está bem?
— Acha que podemos encontrar informações sobre esse tal de Charlie?
— O seu irmão? Eu chequei o google assim que entrei na loja e vi aqueles papéis, não há nada relevante. A polícia não costuma comentar muito quando coisas assim acontecem...
— Tudo está tão confuso, eu nào sei o que pensar. - Diz quando seu telefone toca. _ Alô?
— Ethan, onde você se meteu? O que você tá pensando enh? Seu idiota, que tipo de cara faz isso com a namorada? - Grita a garota irritada.
— Layla... Desculpa. Eu só preciso de um tempo okay? Eu prometo que eu vou te explicar tudo.
(...)
Preso a uma cadeira, com o corpo dolorido e o rosto praticamente desfigurado devido ao inchaço, Thomas ainda tenta se livrar das fortes fitas adesivas que premdem seu corpo, quando o rapaz chega com o fitando com um sorriso macabro.
— Com fome? - Diz o jovem mordendo um hamburguer e em seguida arrancando a fita que cobre a boca do homem.
— Socorro! Socorro! - Grita em desespero.
— Hey não disperdisse a energia, ninguém vai te ouvir aqui em baixo.
— Por favor, por favor... O que você quer? Dinheiro? Me dz o que você quer?!
— Eu quero matar você, bem devagar. - Responde o garoto.
— Você não é um assassino Bradley! Você é só um garoto com raiva, por favor...
— Tarde demais senhor Sanders. - Diz enfiando com força as sobras do Hamburguer na boca do homem, que o fita com os olhos arregalados.
— É, eu tenho feito minha lição de casa Jonatan. E sabe de uma coisa, quando eu era pequeno e você me contava aquelas coisas sobre as estrelas e cometas, antes de me dopar e você sabe o que... Eu me senti um lixo, eu queria me matar e eu tentei, algumas vezes. Mas sabe aquele ditado de se te dão um limão você faz uma limonada? Você é minha limonada, e quando você morrer a cidade toda vai saber que eles tem que temer o "retardado do Bradley" É assim que me chamam sabia? E a culpa é toda sua.
— Eu nunca machuquei você Bradley, eu não sei do que está falando.
— Hahaha. Você devia ter aprendido com a Lizzie que nem sempre os remédios pra dormir funcionam. Só que eu fui mais esperto que ela, eu não deixei você me matar...
— Como sabe sobre a Liz? Charlie? Foi o Charlie não é? CHARLIE!? CHARLIE?!
— Cale a boca.
— Eu não sei o que ele te disse, mas ele é bom em convencer pessoas, eu não matei a Liz. Ele a matou! Charlie ele é um monstro, ele está apenas te usando, é isso que ele faz...
— Bom ele tem a quem puchar não é? Mas pelo menos ele gosta de tranzar com pessoas com a idade dele.
— Ele não gosta de ninguém...Você não o conhece.
— Nisso você tem razão, ele é meio reservado sabe, acho que talvez tenha a ver com pai pedófilo dele, ou pelo fato da mãe tê - lo abandonado e desaparecido no mundo como se ele fosse um cachorro... Mas eu tenho que ir, o haloween está chegando e tenho uma festa pra preparar.
(..)
Vincent olha pelo retrovisor do carro intrigado.
— Ethan... Parece que estamos sendo seguidos.
— É o Bradley?
— Não consigo ver. Dobra a esquerda, eu conheço um lugar, vamos pegar esse desgraçado.
O garoto dirige apreensivo, pelo caminho idicado pelo amigo. Chegam a uma fábrica abandonada e o veículo que os perseguia, parece ter desaparecido.
— Acho que não sou o único paranoico aqui. - Reclama Ethan. - Que lugar é esse?
— É uma fábica de brinquedos, Rebecca e eu costumávamos vir aqui, ficar chapados e transar. Ela achava sexy, o ar sombrio daqui.
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