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XXXV - Pandora Duncan

Pandora Duncan



Meu peito não ardia nem queimava como antes, contudo ele apenas estava agitado, agitado como se algo estivesse sendo... costurado ali dentro.

Esta chance é única, pois eu sei que tu tomarás a decisão mais sensata, mas ah, quem sou eu para falar de sensatez quando me apaixonei por um mortal? — alguém falava comigo, porém eu não fazia ideia de onde esta pessoa vinha.

Levantei minha mão sentindo meus olhos se enchendo de lágrimas. O rosto de Daniel, seu sorriso, seu beijo e minha morte eram as únicas coisas que eu conseguia pensar no momento.

Nada mais me importava. Nada mais era concreto, afinal ele realmente partiu meu coração.

Como eu devo seguir em frente?, perguntei a mim mesma, sem acreditar em meus lábios para pronunciarem uma só palavra sem que eu sucumbisse em desespero e...

Daniel enfiou uma faca em meu peito e eu ainda estou viva?

Eu ainda estou viva?

Abri meus olhos e me senti cega com tanta claridade, voltando a fechá-los com força.

Pandora Duncan, filha da magia, Viajante escolhida, protetora do Portal, o mundo está em tuas mãos — uma voz, a voz que eu escutei quando estava visitando a história da relíquia, ecoou pela minha mente, forçando-me a abrir meus olhos.

O que está acontecendo?

— Você morreu e eu estou te dando outra chance de viver — ela argumentou e eu coloquei a mão em meu peito, sentindo-o inteiro.

Respirei fundo e abaixei a gola da blusa de Frederico observando a cicatriz que ali havia, era na forma de um T.

O que eu faço agora?

A jornada começará quando encontrares a Viajante desleal.

Amara?

— Sim, Amara, aquela que ficou cega por poder e não percebeu que a magia estava consumindo a vida de Joseph.

O que eu tenho que fazer para acabar com isso? Eu sei que tem um jeito!

— Ah, sim, há uma maneira, porém eu não posso contá-la, tu tens que descobri-la sozinha.

Como?

— A Aurora Boreal possui grandes propriedades mágicas. Amara estará lá para mudar o passado e tu precisas enfrentá-la.

Eu posso fazer isso, porém como saberei onde encontrá-la ou como derrotá-la?

— Tu tens uma ligação inquebrável com sua relíquia e possuis a magia correndo em tuas veias, siga teus instintos e poderás encontrar até mesmo a tua família.

Mas...

Antes que eu pudesse retrucar e perguntar um pouco a mais, o clarão desapareceu e eu me encontrei flutuando no lago da Convergência.

Pandora! — pensei ser mais alguma voz do além, contudo era apenas Frederico jogando-se no logo e nadando até mim.

— Fred! — eu berrei em retorno e nadei em sua direção.

— Pensei que você tivesse morrido — ele olhou para mim, para o meu peito e colocou a mão ali, como se não pudesse acreditar que depois de ser apunhalada no peito por uma adaga, eu ainda estivesse viva.

Nem mesmo eu conseguia acreditar naquilo. Era impossível, até mesmo para uma Duncan.

Driblar a morte nunca fez parte do meu CV.

— Eu estou viva! Oh, meu Deus! Eu estou viva — eu o abracei e afundei minha cabeça em seu ombro deixando lágrimas de alegria escorrerem por meus olhos.

— Você — ele limpou a garganta — está.

— Você está chorando? — eu perguntei afastando-me dele para olhar o seu rosto.

— Eu? Chorando? Homens não choram — ele revidou com seu sorriso irônico, porém eu conseguia ver o alívio em seu semblante.

— Não tem problema se você quiser chorar — eu comentei, voltando a abraçá-lo, sentindo que, de repente, a água do Alasca não era tão gelada quanto eu imaginava.

— Eu não choro, Pandora — ele comentou, voltando a me abraçar, com nossas pernas em uma dança constante para não afundarmos.

— Eu sei, só estou dizendo que se você quiser chorar, pode chorar — murmurei, sabendo que eu estava provocando-o e, ao mesmo tempo, dando-lhe certeza que eu estaria ali por ele.

— O que aconteceu? Quem...? — ele tentou perguntar, contanto parou assim que percebeu que o assunto era delicado.

Eu sabia o que ele queria saber. Sabia o que ele queria saber.

— Daniel — meus olhos se encheram de lágrimas — o meu...

Ele me soltou com o olhar assombrado por ter imaginado a cena, algo que eu desejaria ter me esquecido assim que abri meus olhos, mas não.

Não.

Eu me soltei dele e nadei para a margem do lago, apoiando-me nas rochas e as utilizando para sair daquela água, tentando me esquecer de que um dia eu nadei ali, pois foi naquela mesma água que eu caí quando morri.

Eu morri.

Eu morri e vivi.

Eu vivi.

Coloquei a mão em meu peito, ajoelhando no chão e deixando lágrimas desamparadas escorrerem por meus olhos, então eu avistei a roupa que eu estava usando anteriormente.

— Pandora? — ouvi a voz de Frederico um pouco distante de mim, como um eco em uma sala escura, infiltrando-se em minha mente.

Peguei minhas roupas, sentindo-me suja por usar a blusa de Frederico, e andei um pouco, afastando-me dele, encontrando algumas árvores que pudessem me esconder enquanto eu me trocava.

Quando coloquei minha blusa, eu passei minha mão sobre a minha cicatriz e percebi que meu anel, aquele anel que era de meu pai e minha mãe havia feito uma bruxaria nele, brilhou um pouco mais forte, como se reconhecesse que para eu viver, uma magia extremamente poderosa havia sido feita.

— Pan?

Olhei pra trás quase em desespero quando percebi que Frederico estava fora do lago e olhava para mim com piedade e compaixão.

Não, não era este o problema, não era a sua compaixão ou piedade, era bem mais profundo. O que realmente estava me atormentando era que ele queria me consolar e eu sabia, dentro de mim mesma, que se eu o deixasse me consolar, não resistiria mais a ele — não quebrada do jeito que eu estava.

Assim, sem nenhuma racionalidade ou objetividade, eu me levantei e saí correndo no meio da neve, sentindo o gelo invadir o meu ser para me deixar mais lenta, porém eu era uma bruxa, então isso não deveria ser um problema.

Fechei meus olhos e prendi minha respiração, sem parar de correr, desejando intensamente que eu me secasse, um fogo amigo, um calor interno, algo que afastasse de mim todo esse sentimento de solidão — então o gelo sobre os meus pés começou a derreter e eu quase escorreguei.

Não parei de correr e eu corri como nunca havia corrido antes, deixando para trás apenas a lembrança de meus cabelos, minhas pegadas mal marcadas e o rastro de lágrimas que me acompanhavam a cada passo.

O que Frederico deveria estar pensando de mim? O quão fracassada ele deveria achar que eu era? O quanto ele estava enojando por, depois de tudo, ainda morrer pelas mãos de Daniel?

Ele não poderia me odiar. Eu não sobreviveria a isso.

Eu corri até não aguentar mais, até me perder na escuridão da lua, até pensar que eu havia conseguido retirar de minha mente a traição que meu coração cometeu comigo; a dor de ser apunhalada, literalmente, de frente por Daniel; a vergonha de ter me apaixonado por alguém como ele — que não pensou duas vezes em me matar.

O meu peito doía, parecia que meu coração estava martelando cada vez mais forte em meu tórax, parecia que a adaga ainda estava cravada nele e que esta ferida jamais seria cicatrizada, não completamente.

Eu nunca...

Eu nunca quis...

Por que ele fez isso comigo?

Será que tudo o que ele me disse, todos os momentos a sós e os beijos, foram apenas para me enganar?

Por que eu ainda estava sofrendo por ele? Por que eu ainda o deixava me atingir?

Daniel era amigo de Miguel, isso eu poderia entender, contudo saber que ele era um Guardião do Caos... isso ia bem além do que eu poderia acreditar. E ele me mat...

Pandora, por céus! — senti as mãos de Frederico ao redor de meu corpo e eu tropecei meu meus pés, levando-o abaixo comigo.

— Solta! — berrei ainda sentindo as lágrimas escorrerem de meus olhos.

— Olha para mim! — ele me apertou ainda mais contra o seu peito e não aguentei, assim apenas chorei.

Virei meu corpo em direção do seu e chorei em seu ombro, deixando que meu soluço fosse a sinfonia de nossa noite e que o som do meu coração se partindo fosse ofuscado por essa nova canção.

Ele não disse mais nada, apenas me deixou chorar ali, e eu não sei se foi pela falta de palavras ou pelo calor de seu corpo, porém eu deixei que Morfeu me abraçasse para, enfim, dormir.



A/N:

Mais um capítulooo! Ele é bem curtinho, então prometo que amanhã ou hoje de tarde ainda posto mais um, já que viajarei novamente semana que vem hehehe

Mas Espero que estejam gostando e com o coração na mão assim como Pandora!

O que estão achando? Gostando? Amando? Odiando? Opiniões são sempre bem vindas hehehe

Boa Leitura

Beijinhos


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