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XXIII - Pele de sapo, língua de lagartixa

Pele de sapo, língua de lagartixa




Então Frederico estava de volta à faculdade com um olho roxo, um pulso estirado, três costelas luxadas e os lábios rachados. De acordo com sua mãe aquilo poderia ter sido bem pior, porém ele não queria pensar daquela maneira. Ele só deixava ecoar pela sua mente que finalmente a perseguição havia acabado.

Elena não falava mais com ele, assim como metade da população feminina que antes estava aos seus pés, agora o ignorava como se ele fosse a peste encarnada. Mas era temporário, ele sabia, pois elas não resistiam a ele.

— Você está destruído — Gabriel comentou assim que encontrou seu amigo.

Frederico deu um sorriso irônico e continuou caminhando, pois não queria perder tempo em comentar sobre a maior fofoca da cidade.

Sua mãe também o estava ignorando. Talvez a única pessoa do sexo feminino que não o estivesse evitando era Elisabeth, porém ele sabia que para ela, Frederico não era um imã-sexual ambulante, ele estava mais para um irmão brincalhão e irritantemente autodestrutivo — as vezes, em raros momentos, ele tinha a impressão que ela o usava para substituir o lugar vazio de seu irmão William.

Bem, Elisabeth não teve uma vida fácil. Ao menos ela estava viva. E ela tinha Jason.

— Quem é o próximo alvo? — Leonardo se aproximou dos dois amigos após conseguir o telefone de mais uma caloura — fiquei um pouco decepcionado com o desaparecimento das Duncan...

— Você quer dizer da Duncan e da Tate — Gabriel o lembrou, como se aquilo fosse uma informação essencial para o entendimento da conversa.

— Essas mesmas. Agora que Pandora não está mais com Travler e Aponi terminou com o Dessen... elas desaparecem. Até parece que é proposital — Leonardo resmungou enquanto sacava o celular da mochila para responder uma mensagem.

— Claro, o destino conspirou para que você, e toda a população masculina desta faculdade, não colocasse as mãos naquelas duas.

— Não estou descartando as possibilidades. Nunca se sabe o que vai acontecer daqui dois minutos — ele deu de ombros sorrindo.

Frederico já estava alheio a conversa, sem prestar atenção, apenas sentindo um arrepio em sua nunca, porém poderia ser apenas um efeito colateral do anestésico que tomou ontem depois de esperar algumas boas e longas horas no hospital.

— Ei, Fred, fiquei sabendo que você deu uma carona inesperada depois da festa para uma tal de Pandora, confirma? — Gabriel perguntou em seu tom brincalhão, dando um empurrão no ombro do amigo já que uma cotovelada poderia ser mortal naquele momento.

— E as más línguas continuam colocando meu nome na boca do povo — ele deu de ombros quando suspirou.

Ele gostava daquela atenção, os holofotes, das garotas e os mimos, porém era tudo tão falso que ele se sentia sufocado.

— E como você simplesmente omitiu esse fato?

— Pelo simples fato de eu não ter encontrado com vocês há alguns dias.

— Quase três semanas para ser mais preciso.

— Tanto faz, eu só não achei que era algo importante.

— Não é algo importante dizer que você, o amiguinho de Pandora Duncan, já a levou para casa na noite em que terminou com o seu pseudonamorado? — Leonardo fez um som de desdém — você já mentiu melhor para nós, colega.

— Como você mesmo esclareceu, somos amigos, e eu conheço a família dela, não faz sentido termos algum relacionamento.

— Já conheceu a família? Está tão sério assim?

— Não, apenas fui em uma consulta, queria saber do meu futuro.

— Algo interessante? Quando eu fui, Luna disse que eu precisava desapegar dos bens materiais para ser mais feliz — Leonardo comentou.

— Ela me disse que eu tinha que olhar para o futuro, e não para o passado. Que eu tinha que aprender a perdoar — Gabriel mencionou olhando em expectativa para seu amigo.

Frederico considerou por alguns segundos o que deveria dizer e omitir, pois, verdade seja dita, ele tinha receio de pronunciar as palavras das Duncan e elas simplesmente perderem seu poder.

— Elas falaram que eu tenho o mundo em minhas mãos — ele disse concordando consigo mesmo que aquilo era o melhor a ser feito, pois todos perceberiam que ele estava plantando uma bela mentira e apenas ririam.

— Claro, claro, e agora você é o renegado da faculdade — seus amigos gracejaram.

— Tenho que pegar alguns livros para as aulas que eu perdi, encontro com vocês mais tarde?

Eles se despediram brevemente enquanto o garoto conseguia apenas se concentrar na sensação incômoda que o estava perseguindo, guiando-o até a biblioteca — veja bem, Frederico Bertolini se gabava por estudar lá há um ano completo e nem ao menos saber o caminho até tal lugar.

Agora, naquele exato instante, ele caminhava firmemente, como se passasse por aquele corredor todos os dias.

~*~

Ele não tinha certeza do que fazia ali, principalmente depois que uma garota, que estava quase criando raízes naquela biblioteca de tanto tempo que estava lá, — ou seja, uma garota do tipo que ele normalmente dispensava — o menosprezou.

Aquele foi o começo do seu fim. Ou o fim do fim. Ou o fim de seu começo. Não poderia ficar tão pior assim.

Ele apoiou sua cabeça contra uma estante e ouviu murmúrios no fim daquele corredor infindável de livros, então nem se prestou a querer saber sobre o que eles falavam, apenas continuou frustrado na posição em que estava.

Levantou sua cabeça e percebeu que o livro em que havia se apoiado era a Divina Comédia, um clássico, e, possivelmente, o único livro que Frederico havia lido em toda a sua vida — se as revistas em quadrinhos que ele já leu também contassem, então o número cresceria razoavelmente.

Ele o pegou e folheou um pouco, deixando seus dedos arrastrarem-se pelas páginas de escrita italiana que ele tanto gostava, principalmente por ter uma parte dele que era descendente de italianos.

E então, lá estava, a descida para o Inferno, o começo da história que conseguiu eriçar os pelos de seu braço sem nem mesmo seus olhos terem tocado as palavras em si. No entanto ele já as conhecia.

— Por mim se vai à cidade dolente. Por mim se vai à eterna dor. Por mim se vai à perdida gente. Justiça moveu meu alto Criador. Que me fez com divino poder. O saber supremo e o primeiro amor. Antes de mim, coisa alguma foi criada. Exceto coisas eternas, e eterno duro eu. Deixai todas as esperanças, oh, vós que entrais! — ele recitou quase de cor em um só murmúrio, fechando o livro e o colocando de volta à prateleira.

Por algum motivo isso fez com que as pontas de seus dedos coçassem, aqueles machucados estranhos que ele não se lembrava exatamente de como os havia conseguido ardessem.

Os murmúrios no final do corredor estavam mais agitados e ele se prestou a olhá-los, percebendo que na verdade apenas avistava uma pessoa. Uma garota.

Oh, ele pensava que a conhecia.

Andou na direção dela e, assim que ela percebeu que a haviam notado, ela andou no caminho oposto do dele, fugindo.

Ele correu atrás dela, ou ao menos andou tão rápido quanto seus machucados lhe permitiam.

— Espere — ele sibilou com raiva.

— Fred? — a voz surgiu da estante de trás dele.

Ele olhou para os livros e retirou um deles de sua frente, vendo uma fresta de cabelos castanhos de tom já bem conhecidos.

Ele retirou mais três e ali estava o rosto de Pandora Duncan.

Ela estava com um gorro sobre seus cabelos e óculos escondendo suas íris, porém ele a reconheceria em qualquer lugar.

— O que você faz na biblioteca? — ela perguntou em um sussurro curioso.

— Não posso vir aqui?

— Não é comum.

— Sou imprevisível.

— Não esperava tanto.

Eles compartilharam um sorriso.

— Por onde você esteve? — ele perguntou olhando para os lados e se aproximando mais da estante que os separava.

Ela abriu os lábios para responder, olhou para baixo e os fechou logo em seguida. Respirou fundo e voltou a olhar para ele, retirando seus óculos.

Seus olhos estavam avermelhados.

Oh, ele sabia o que precisava falar.

— Eu sinto muito por sua avó, mas por que...?

— Não — ela pediu colocando a mão sobre seus lábios para que ele entendesse e parasse de falar — eu não posso falar disso aqui.

— Mas quer falar sobre isso? — ele indagou, havia muitas perguntas a serem respondidas.

— Preciso — os olhos dela brilharam — eu juro que faria tudo diferente se eu pudesse, mas... só conheço essa maneira de tentar fazer o certo.

— Do que está falando?

— Primeiro, precisamos sair daqui.


A/N:

Esses dois <3 ai ai

hehehe

próximo capítulo teremos reencontros intensos. Tentem adivinhar com quem será.

Beijinhos!!

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