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XXI - Dente de cavalo, orelha de boi

Dente de cavalo, orelha de boi

Mais um cigarro era tudo o que Frederico pedia. Apenas mais um. Somente mais um deles entre seus lábios e ele poderia ficar bem.

Na verdade, ele ficaria muito bem.

Ele só não possuía mais nenhum em seus bolsos, afinal o seu último maço havia sido consumido em questão de horas, quando ele apreciou a natureza e se perguntou o que haviam colocado em sua bebida para que ele simplesmente tivesse aparecido no meio da floresta sem memória de como havia parado ali.

Era realmente desconcertante.

Ele colocava as mãos no bolso com constância, mesmo sabendo que pelo estado de seus machucados, o melhor seria não fazê-lo, contudo não conseguia conter seu impulso de ficar analisando-os minuciosamente — então apenas enfiava as mãos no bolso e tentava ignorar a dor que estava sentindo.

O que ele fez ontem?

Ah sim, ele estava fugindo do Delegado.

Lambeu seus lábios tentando impedi-los de tremer, não pelo frio.

Deu mais alguns passos para frente e começou a tossir a seco, alto, sentindo seu peito doer a cada tossida, sentindo como se seus pulmões quisessem se expelir do seu corpo.

Ele sabia que sua tosse estava piorando, sabia que fumar não melhoraria muita coisa e também tinha noção de que estava encurtando sua vida quando fazia o que estava fazendo, fumando o quanto fumava, porém, naquele exato minuto, não conseguia controlar o seu vício.

Era como se o único remédio dele fosse desconhecido.

Era como se a única razão para ele não ter fumado tanto em seus poucos anos de vida, não existisse mais.

Mas o que realmente estava acontecendo com ele?

Seu celular começou a tocar.

Oh, sua mãe lembrou-se de verificar se o Delegado já o havia castrado ou não.

— Estou vivo — ele comentou com a voz rouca.

Sua mãe não sabia e jamais poderia imaginar que seu filho fumava, principalmente depois de seu avô ter morrido por este mesmo motivo. Jason até mantinha este segredo de Elisabeth, sendo que eles contavam tudo um para o outro, por causa da história dela.

Ah sim, Frederico Bertolini tinha em posse os livros autografados de Estilhaços e Trincos por cortesia da melhor amiga da escritora. Ele jamais admitiria, pois era algo que apenas uma garota leria, mas a história era mesmo de arrepiar, principalmente Trincos.

Ele jamais poderia se imaginar em uma situação de vida ou morte tão tênue quanto a que ela sofreu.

— Oh, que grata notícia, terei que desmarcar com a funerária então — ela disse com tanto sarcasmo que ele achou desnecessário, e Frederico era um devoto ao sarcasmo humano — você deveria dar mais notícias aos seus pais, você sabe, apenas para deixá-los menos preocupados.

— Eu sinto muito, ainda estou meio enrolado.

— E com isso você quer dizer que está matando aula? Fugindo de um pai que quer matar o garoto que desonrou a filha dele? Ignorando a mãe por não querer escutar os sermões? — ela fez uma pausa dramática sabendo que ele não responderia — você ao menos se importou um pouco com a garota?

— Mãe, eu...

— Meu Senhor, que sua alma seja poupada no seu julgamento após a morte, pois o Sr. Lovacar não o perdoará em vida — ela exclamou com tanto fervor que Frederico se encolheu — onde eu errei para você ser assim?

— Você não errou, eu só sou assim!

— Esse é o problema! Você é egoísta. Quando você achou que tirar a virgindade de uma garota seria algo leviano? Que você poderia deixá-la alguns dias depois?

— Foram mais do que dias.

— Mas você a descartou de qualquer maneira como uma camisinha usada.

Oh! Como ele odiava aquela expressão!

— Vai voltar para a faculdade — ela constatou sem deixá-lo responder — não me importa que você não esteja pronto para lidar com a situação, mas filho meu não é covarde. Agora converse com seu pai.

Ele esperou até que a linha se estabilizasse novamente para respirar aliviado. Não era como se tivesse a esperança que sua fuga fosse eterna e o Delegado jamais o encontraria, porém ele tinha este sonho... ah ele tinha.

— Ela já foi, estava bem irritada, o que você aprontou agora? — seu pai atendeu o telefone com mais calma.

Uma lixadeira automática era a trilha sonora de fundo de sua conversa.

— Eu acabei sendo um pouco impulsivo, duplamente, e magoei a filha do Delegado.

— Ah, por isso não têm dormido em casa... tudo faz mais sentido agora. Ah, por isso a polícia passou por aqui... e seus amigos perguntaram de você... e Elena gritou obscenidades na porta de casa... — tudo era tão mais fácil quando ele falava com seu pai. Não precisava de tanto estardalhaço quanto as mulheres faziam.

— Pelo jeito todos até mesmo esqueceram-se do caso Duncan — ele mencionou e sentiu um calafrio.

O que aconteceu?

Olhou ao seu redor, mas ainda estava sozinho, porém ele se sentia acompanhado, e não de uma maneira boa... ele se sentia vigiado.

Andou mais um pouco e chegou até a cidade, finalmente, quem pensasse até acharia que ele estava no meio de uma floresta — o que ele realmente estava pensando estar, contudo estava apenas na divisa das cidades, um lugar razoavelmente abandonado por todos, menos pela família das bruxas, que preferia manter sua casa mais afastada, longe dos olhares curiosos.

E foi naquele lugar que ele parou. Bem em frente a casa abandonada delas.

Desaparecidas da noite para o dia. Toda a mobília e pertences ainda guardados. Tudo intacto, apenas os seus moradores que não mais...

Por que elas foram embora?

Ele coçou sua nuca e sentiu o coágulo de seus dedos coçar também.

E como coçava!

— Nem tanto, Jason passou aqui semana passada para deixar algumas peças para nosso novo projeto e nos informou que Elisabeth havia sido encarregada de cuidar deste novo caso — seu pai comentou.

— Pensei que ela cuidasse dos casos mais... perigosos.

— Se por perigosos você quer dizer os casos com potenciais riscos a uma ou duas mortes no percurso e alguns serial killers, então sim, ela cuida desses, porém acharam que seria bom retirá-la de sua zona de conforto um pouco, já que os outros detetives estavam ocupados.

Zona de conforto? Em ter que analisar autópsias? Em perseguir assassinos? Em entrar em quartos de pessoas moribundas?

Ele não pretendia seguir a mesma linha que ela. Na verdade ele queria estar é bem distante de tudo aquilo.

— Bem, Jason tem um gosto particular — o pai comentou e o filho concordou — e se eu puder apenas fazer um comentário sobre a sua atual situação...

— Eu vou ouvir outro sermão?

— Não, apenas um comentário.

E pela voz, Frederico acreditou nas intenções de seu pai.

— Só queria que você soubesse que eu te amo, mesmo você sentido um deflorador profissional que me impedirá de ver meus netos, eu te amo. Apenas cuidado com as suas escolhas.

— Quais escolhas?

— Aquelas que você nem percebe que está tomando.

A lua... é cheia.

~*~

Pandora não hesitou quando saiu da caverna ao lado de Lúcifer como um gato negro e esbelto.

Ela apenas colocou sua mão na testa e respirou fundo. O aroma silvestre lhe lembrava de casa, contudo a lembrança de sua casa não lhe causou uma sensação tão acolhedora quanto deveria ter sido.

— O que eu tenho que fazer agora? — ela se perguntou

— Bem, você sabe que os Guardiões estão atrás de você.

Guardiões! Isso era tão irônico em sua mente que ela jamais teria imaginado um grupo de bruxos do mal que se denominavam os Guardiões... principalmente por eles pregarem por algo que se resumia em espalhar o caos pelo mundo a fora.

— E o que isso significa?

— Que eles querem a Relíquia — ele olhou para a mão dela que não havia largado da bússola com o relógio de bolso — faça a pergunta certa que eu lhe guiarei pelos caminhos certos.

Oh, ele não fazia ideia da proposta que estava fazendo a ela, pois tudo o que ela mais tinha eram perguntas, todavia já conhecia Lúcifer o suficiente para saber que ele apenas responderia aquilo que era essencial para a continuidade do futuro que ele havia visto.

E novamente ela estava presa a uma pergunta um tanto tola que assombrava cada pequeno suspiro seu.

— Por que sou amaldiçoada com estes sonhos aterrorizantes? — ela indagou frustrada, passando a mão no rosto e mergulhando nelas.

— Sua maldição não é o sonho, boneca.

— Então o que é? Ou não posso saber?

— Sua maldição está escrita no sonho. Você está apenas visualizando uma premonição...

— Alguém vai morrer? É isso?

— Sim, e você precisa ser forte para não sucumbir à perda.

— Eu já perdi minha avó.

— A morte não se sacia tão facilmente.

Pandora ajoelhou no chão e sentiu a terra contra seu rosto, havia se jogado, caído, desistido de permanecer em pé.

Mas que péssimo mês este estava se tornando.

E tudo porque ela se recusou a fazer sexo com Daniel!

Sim, era tudo culpa dele, se ela fosse analisar os fatos! Se ele não a tivesse forçado a nada, ela jamais teria despertado essa sua magia interior e sua avó não teria morrido, os Guardiões não a teriam encontrado e ela não teria que fugir.

Ah, agora tudo fazia mais sentido.

A culpa era de Daniel!

— Seja forte, sua jornada está apenas no começo.

— Eu nem mesmo sei para onde ir — sua voz abafada, a lua banhando sua silhueta, a noite escondendo seus sentimentos, toda uma vida que ninguém mais poderia saber que existia.

— Mas eu sei. Você precisa ir até Emanuelle Perez — ele anunciou.

Ela o olhou com dúvida. Este não era o mesmo Lúcifer que passou o dia lhe renegando informações por ter medo de lhe entregar mais do que poderia?

— Por quê?

— Porque ela conhece a história da sua relíquia.

— E você está me contando isso, por quê?

— As vezes as pessoas precisam de um empurrãozinho.

~*~

— Você não está muito novo para fumar tanto assim? — um senhor que estava parado ao lado de Frederico na banca de jornal perguntou assim que o rapaz pagou por seus dez maços de cigarro.

Ao menos, agora, eles não voltariam a faltar.

— Sou — o rapaz respondeu já com um na boca enquanto caçava o isqueiro em seu bolso.

Finalmente o acendeu.

Por que ele queria fumar tanto?

Ele apenas começou a fazê-lo no dia em que... no dia após ter ido a casa Duncan pela primeira vez — no dia em que ele visitou Luna e Ambrose Duncan em busca de respostas sobre o seu futuro.

Tolo, ele sabia, porém se Jason Wright conseguiu seu felizes para sempre depois de contatá-las, o que custava a Frederico Bertolini apenas uma visita inocente?

Foi isso o que ele pensou quando bateu naquela porta, naquele dia, que seria apenas uma visita inocente.

Ingênuo, pois assim que o rosto de Pandora Duncan entrou em seu campo de visão — e logo ela saiu por ter batido a porta na cara dele — ele sabia que estava fadado a encontrá-la periodicamente, apenas por encontrá-la.

Não estava apaixonado, porém não o surpreenderia se estivesse, afinal ela era uma deusa encarnada, até mesmo Afrodite a invejaria.

Neste dia ele recebeu uma prévia do seu futuro, ou algo que parecesse com aquilo, pois Ambrose e Luna acabaram em um desentendimento sobre o caminho que ele deveria trilhar. Elas estavam preocupadas, temerosas, aflitas... mas sobre o que, ele jamais soube, pois elas não contaram.

Ele apenas saiu de lá com duas frase, a primeira era de Ambrose e seu sotaque: Oh, meu rapaz, teu futuro é incerto, porém preciso. Ele indica uma direção turbulenta que nem mesmo eu me atrevo a desbravar. Temo que sou um desapontamento para ti, porém isso é tudo que eu posso te dizer.

A segunda era de Luna, que era um pouco menos vaga: Oh jovem, você é corajoso, disso eu sei, porém lhe falta discernimento e maturidade para realizar as escolhas certas. No entanto eu vejo que seu coração é puro, suas intenções são boas e você... oh, como posso dizer isso? Viva intensamente, meu jovem, nunca se sabe o que o futuro nos reserva.

E foi isso o que ele fez. Era isso o que ele estava fazendo. E seria isso o que ele faria.

Se uma bruxa estava pedindo para ele viver intensamente, quem era ele para discutir com ela?

Ele seguiu mais alguns passos rua a dentro. Queria apenas chegar em casa. Queria apenas estar em sua casa e poder descansar, dormir e, talvez mais tarde, pensar no dia que ele teve.

~*~

Ela voltou a dormir, a sonhar com o desconhecido, a procurar pelo incerto... bem, ela estava lá novamente, dentro de sua mente, porém ao menos agora ela sabia de algo: seu sonho não era a sua maldição, ele apenas estava tentando alertá-la de algo.

Do que?

Seus dedos deslizaram pelas rochas ao seu redor, vários cortes se formaram em sua pele, na verdade, ela percebeu, vários cortes haviam se reaberto em sua pele.

Talvez, no final, o sangue que havia ali era seu mesmo.

Ela olhou ao seu redor, contudo tudo estava mais escuro, apenas a iluminação da lava incandescente jogando de um pequeno vulcão a estava iluminando.

Então ela ouviu um gemido.

Então ela ouviu uma voz.

Virou seu corpo abruptamente a procura de alguém, qualquer um, contudo não enxergou ninguém atrás de si mesma, apenas uma poça de sangue fresco.

Ela se aproximou da mesma e ajoelhou ao seu lado, havia a inicial de uma letra ali

E

O que isso deveria significar? Um E?

Ela ficou inquieta e sentiu o odor pútrido do lugar queimando seus olhos, tentou coçá-los, porém isso piorou ainda mais a ardência e ela soltou um ganido de dor.

Quando os abriu, apenas captou um flash de um vulto, uma silhueta, na verdade, era um rosto, ela via as feições daquele rosto e sentia que o conhecia.

Estava prestes a perguntar quem era quando o flash surgiu mais uma vez, porém ele estava próximo demais desta vez e ela se assustou, tropeçando em seu próprio azar quando caiu e bateu sua cabeça contra as rochas.

Sim, deveria ter morrido, mas era apenas um sonho e que tipo de sonho seria este se ela apenas morresse? Então não, apenas machucou-se gravemente e sentiu gotas escorrendo pelo seu rosto.

Pingos caíam sobre ela, até que um deles caiu em seus lábios, escorregando para dentro deles. Gosto de cobre.

Ela abriu seus olhos em desespero e percebeu que, subitamente, havia uma palavra no teto que conseguia refletir a luz que emanava da lava incandescente.

— Oh não...

Era apenas um nome.

Nome e sobrenome.

FREDERICO BERTOLINI

A/N: 

lalalalalalalala

Amo essa história <3

O Fred é uma delícia de narrar e a Pan é tão ingênua de tudo o que eu planejei para ela que eu fico até mal em realmente fazer o que eu quero fazer muahahahaha

O que estão achando?

O que será que o nome do Fred tem a ver? E por que ele não consegue parar de fumar?

Perguntas perguntas hehe

Beijoos

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