Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

XIII - Pandora Duncan

Pandora Duncan

— De quem é esse casaco? — minha mãe perguntou.

Eu nem mesmo tinha percebido que ainda estava com o casaco de Frederico em meu corpo.

— De um amigo — comentei, percebendo que o aroma do casaco ainda era dele. Completamente Frederico Bertolini.

Sorri com o pensamento, porém o sorriso não durou muito.

— Daniel? — minha mãe tentou adivinhar.

— Não — respondi secamente, recebendo uma sobrancelha levantada dela.

— Tudo bem, então — ela me olhou, tentando imaginar outro nome que conhecia.

Eu alonguei o músculo tenso de minhas costas, esperando minha mãe terminar o que estivesse fazendo.

Então ela me mostrou uma longa faca pontiaguda.

— Respire fundo, Pandora, muito fundo. Prenda a sua respiração e imagine que está em outro lugar — minha mãe me instruiu enquanto fazia um pequeno corte em meu dedo indicador, pois ela sabia que eu tinha um estômago frágil.

Eu senti a fina e pungente dor.

— Você tem certeza do que está fazendo? — minha mãe perguntou.

Não deveria ser o oposto?

— Eu só... não quero machucar as pessoas que eu amo por não conseguir me controlar — eu respondi, sentindo meu corpo menos pesado — eu só quero fazer a vovó se orgulhar de mim e ver que o sobrenome será carregado com honra.

Menos triste.

— Tem mesmo certeza? — ela tentava fazer com que eu mudasse de ideia, optasse por outros rumos, criasse novas esperanças.

Era em vão.

— Faça.

Olhei para o meu dedo e percebi que não havia uma marca do local em que a faca o furou, porém o sangue ainda escorria por ele em uma linha escarlate.

— Apenas saiba que o que eu estou fazendo não significa nada — ela disse com a voz trêmula, rouca — você ainda é a minha menininha medrosa...

Não estava preparada psicologicamente para isso.

Minha mãe pegou o anel que meu pai me deu e deixou exatamente uma gota de sangue cair em cima da pedra, fazendo-a escurecer no mesmo instante.

Ela hesitou, seu olhar ficou sombrio e ela respirou fundo.

— Tire seu casaco, por favor — ela pediu e eu a obedeci — o que é isso em seu ombro?

Olhei para onde ela encarava.

Ah, sim minha queimadura.

— Frederico acabou me queimando com seu cigarro hoje.

— De propósito?

— Acidentalmente.

— Ah sim, não sabia que ele fuma.

— Finalmente um aspecto negativo para você não gostar dele.

— Eu ainda gosto dele — ela sorriu para mim — na sua idade eu também fumava.

— Por que vocês duas sempre gostaram tanto dele? Ele é só mais um babaca da faculdade que dorme com todas as garotas que ele quer. Por que vocês sempre o enxergaram como uma pessoa melhor do que ele é?

— Isso é maior do que você pensa.

— Esclareça, por favor, então — eu pedi já prevendo a resposta negativa.

— Não posso.

— Por quê?

— Porque eu não sei, Pandora. Não é como se minha mãe tivesse um relacionamento aberto comigo! É uma jornada solitária, ela dizia.

— Vovó disse que eu teria companhia.

— Sim, mas não a minha.

— De quem? Aponi?

— Não, Aponi não deve se envolver nos nossos problemas — ela comprimiu seus lábios.

— Bem direta.

— Tudo o que eu sei, é exatamente o que eu já te disse.

— Sabe um pouquinho a mais e é egoísta a ponto de não compartilhar a informação!

— Quer saber quem tem as informações? Vá à Lúcifer! — ela vociferou, nunca vi minha mãe tão... furiosa comigo antes.

Ela largou a faca com força e marchou para o armário da sala — o armário com chave — e retirou algo de lá, um embrulho muito bem guardado em um tecido felpudo vermelho — eu me encolhi, a cor vermelha nos últimos tempos me lembra de sangue e sangue... sangue me lembra de meus sonhos.

— Como eu desejei outro destino para você, filha — ela me entregou o tecido e eu o peguei quando senti seus braços me envolvendo.

Mamãe nunca foi uma pessoa emotiva, então provavelmente aquilo era realmente algo grandioso.

Eu a abracei de volta e fechei meus olhos. Só queria escapar desta sensação que me rondava. Este aperto no peito de que algo extremamente errado estava prestes a acontecer.

— Era isso o que sua avó queria lhe entregar — ela sussurrou — o objeto mais valioso de nossa família. Cuide dele como se sua vida dependesse disso, pois, verdade seja dita, ela depende.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro