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LII - Pandora Duncan



Pandora Duncan




Doce como o sol de veraneio. Amargo como uma despedida. Era assim que era o beijo deles. Lento como uma valsa. Rápido como uma onda. Era assim que os seus lábios se moviam. Gentis como uma pétala. Brutos com a força da separação. Era assim que eles se moldavam.

Sabe quando você passa uma vida inteira a procura do beijo certo? O beijo que fará suas pernas tremerem? Os fogos de artifício explodirem em seu estômago? As borboletas tomarem voo? Quando todos os dias de choro ou de tristeza vão desaparecer apenas com um toque, e restarão apenas sorrisos e alegria?

Nem mesmo eu sei o que isso significa. Não mais, afinal eu não estava beijando Frederico, apenas segurando sua mão, e esse ínfimo toque já fazia meu coração palpitar.

Não caminhei muito, não queria ficar afastada demais da igreja a ponto de não ver Elisabeth e Jason, e congratulá-los pelo casamento, afinal eu havia sido convidada quase pessoalmente pela noiva.

Parei ao lado de um banco e me joguei nele, estiquei meu corpo e apoiei minha cabeça em seu apoio de costas, assistindo Frederico me assistir.

— Oi — eu disse com um sorriso trêmulo nos lábios.

— Posso te beijar? — ele me perguntou com seriedade.

— Deve — antes mesmo das quatro letras deixarem meus lábios, os dele encontraram os meus, quase se lançando em cima de mim e nos deixando cair no chão. Quase.

Envolvi minhas mãos em seu cabelo, ele estava parcialmente duro por causa do gel, contudo eu não liguei, então enfiei minhas mãos ainda mais fundo, para ter certeza de que seus cabelos não sairiam intactos disso, assim como os meus.

Senti centímetro por centímetro de seu corpo sobre o meu, suas mãos delineando o traçado de minha cintura, seus dedos tentando transpor o pequeno e insignificante pedaço de tecido que nos separava.

Será que ele sabia sobre nós? Sobre o que eu passei no Inferno? Sobre meus sacrifícios? Sobre nós no Paraíso?

Separei meus lábios dos dele com hesitação, porém, assim que o fiz, percebi que ele também estava tentando se separar de mim a procura incessável de ar.

— Precisamos conversar — eu sussurrei, ainda sentindo seus lábios em minha pele, sobre o pé de minha orelha, em meu pescoço e descendo... — Fred, é sério.

Ele grunhiu, frustrado por saber que era verdade, por perceber que nós tínhamos mesmo assuntos pendentes.

— Eu sei, só queria primeiro ter certeza que você estava aqui.

— Não sou uma ilusão — eu toquei seu rosto e o puxei para cima, para que nossos olhos se encontrassem e nossas almas conversassem — eu estou aqui.

— Por que você foi embora?— ele perguntou, com os lábios contra minha testa, com as mãos em minha cintura, tentando me sentir, ter certeza que eu estava ali e era real, talvez fosse apenas um reflexo.

Ele não precisou se explicar muito, as vezes, em uma pergunta havia outras intrínsecas e apenas uma resumia todas as outras. Este era o nosso caso.

— Eu precisava de um tempo, Fred — respondi com o máximo de honestidade de pude, empurrando-o para cima, para que ele me desse um pouco de espaço pessoal e eu não o olhasse nos olhos quando falasse de tudo o que tínhamos que falar.

— Eu fiz algo? Eu falei algo errado? — ele se sentou do meu lado e colocou o rosto nas mãos, tentando me entender; impossível — eu não me lembro de nada, Pan. Eu só me lembro de Aponi com uma arma contra minha cabeça e um som estalado, depois disso eu apenas acordei e estava vivo, de novo.

Coloquei minha mão sobre a dele, sentindo lágrimas escorrendo de meus olhos mesmo que eu não as desejasse, pois eu não queria que ele se sentisse assim!

— Você não teve culpa de nada — eu sussurrei, sem confiar em minha voz — o problema é que você não se lembra.

— Do que? Do que eu deveria me lembrar? — ele levantou seu rosto, vermelho, e me olhou em um quase desespero — o que aconteceu de tão ruim assim?

Eu segurei o rosto dele com minhas mãos, alisando suas bochechas e sentindo sua barba contra minha palma, trazendo lembranças de uma noite que ele não lembrava e jamais lembraria.

— Não foi ruim — eu disse com força — é só que...

— O que? Você está me matando com esse silêncio.

— Mas eu estou falando, não estou em silêncio.

— Só nunca chega a um ponto.

Nossos olhares se cravaram e eu o abracei, colocando minha cabeça em seu peito, sabendo que a mãe dele já não deveria gostar muito de mim e gostaria muito menos agora que eu estava manchando com lágrimas a sua camisa, provavelmente, nova.

— Eu sempre tive medo que a minha primeira vez fosse com um desconhecido ou com alguém que não gostasse de mim — eu comecei falando, sem soltá-lo, sem olhá-lo — sempre tive medo que fosse uma primeira vez bêbada, sabe? Em que eu apenas acordaria lá e tivesse acontecido, e eu não me lembrasse de nada depois.

Senti os músculos de Frederico ficando tensos, as mãos dele em punhos estavam me assustando de tão brancas e geladas.

— Alguém te obrigou a fazer... isso? — senti-o engolindo a seco e sua respiração acelerando, na mesma medida que o seu coração já estava acelerado — para me salvar você...?

— Não fui obrigada, eu fiz, porque eu quis — retirei meu rosto de perto do peito dele e o olhei, percebendo que, desta vez, ele era quem estava evitando meus olhos — eu só acho que foi na hora errada. Só acho que deveria ter sido diferente.

— Com quem? — a voz dele parecia estar sofrida, agoniada.

— Você não sabe mesmo, não é? — duas lágrimas teimosas escorreram de meus olhos e eu logo as limpei, conquistando a atenção dele.

— Com quem? Foi por isso que você precisava de um tempo? Você estava com medo de me dizer que transou com um cara qualquer para me salvar? Ou pior... você veio me dizer que não me ama mais? Que...?

Cala a boca! — eu disse entre dentes, com medo de destrincar meu maxilar e acabar berrando com uma pessoa com tantas inseguranças quanto eu — eu não sou isso que você está insinuando!

Ele parou de falar e olhou para o chão, com as bochechas em quase chamas ao perceber as acusações que havia jogado em mim.

— Foi com você — eu disse depois de respirar fundo.

Isso o fez parar e, por um instante, eu quis poder saber o que se passava dentro da cabeça dele. Queria ler seus pensamentos, saber o que ele estava sentindo ao ter conhecimento que havia tirado a virgindade da "garota que ele amava" e ele nem se lembrar disso. Eu queria mesmo saber como ele pretendia me tratar depois disso, se algo mudaria ou se o que ele pensava que sentia por mim havia acabado ali. E eu não havia nem começado a falar.

— Eu? — sua voz falhou nesta pequena palavra de duas letras, e meu coração se partiu com todos os pensamentos maldosos e discursos infames que eu havia planejado.

— Você — eu olhei para minhas mãos, com vergonha de mim mesma — eu não me arrependo, o problema é que você não se lembra de nada disso, então parece que foi uma primeira vez bêbada, apenas... eu era a pessoa sóbria e você, a bêbada.

Ele voltou a colocar as mãos sobre o rosto, para depois passa-las até os seus cabelos, desarrumando-os de vez.

Eu respirei fundo, um pouco mais fundo, e suspirei, tomando coragem para as minhas próximas palavras, pois eram, totalmente, diferentes de qualquer outra coisa que eu havia planejado e imaginado dizer para um garoto. Principalmente para esse garoto.

— Dizem que a segunda vez dá mais sorte do que a primeira. E que a partir da terceira... é... sucesso? — eu olhei para cima, sentindo minhas bochechas queimarem e brilharem neon a ponto de até mesmo se estivessem na lua, as pessoas conseguiriam ver.

Ele começou a rir e me olhou, gargalhando, sentindo lágrimas escorrendo pelo. Aquilo era demais para a minha dignidade.

Levantei-me do banco e me abracei, afastando-me dele sem me importar se o chão não havia sido feito para saltos altos ou se eu sabia para onde estava indo, pois eu não aguentaria olhar para ele, vendo que ele riu da minha proposta indecente. Ele riu.

Não se ri de algo assim.

— Pan! Espera — ele berrou, correndo.

Em retorno, eu corri também.

Peguei o vestido em mãos e sai correndo para longe dele. Ainda bem que eu não havia falado a grande verdade da noite, que eu o amava.

Eu não queria mais ver Frederico! Eu queria minha magia de volta!

Consegui esconder-me atrás de uma árvore velha com galhos caídos, tentando camuflar-me na noite para que Frederico não me encontrasse e eu pudesse odiá-lo um pouco — pois esse foi o jeito que eu encontrei para manter meu equilíbrio e minha sanidade, amando-o e odiando-o, sempre em doses homeopáticas.

Se eu apenas o amasse, eu enlouqueceria, pois meu mundo giraria ao seu redor e eu não conseguiria suportar uma vida dependendo da vida de outro alguém, mesmo que muitos descrevessem o amor dessa maneira. Se eu conseguisse odiá-lo apenas alguns minutos todos os dias, eu tinha certeza que nós duraríamos, pois eu enxergaria todos os seus defeitos apenas para amá-lo de novo. Eu apenas precisava de um balanço, de um equilíbrio, de uma harmonia.

— O casamento já acabou? — alguém perguntou atrás de mim e eu me virei, com a mão no coração, percebendo que eu estava no escuro, sozinha, sem ouvir a voz de Frederico procurando por mim, com um estranho.

— Já — eu respondi, olhando para a rua, percebendo que as luzes estavam acesas, porém não havia ninguém por ali.

Comecei a sair dali, contudo senti a mão da pessoa segurando meu braço, sem força, apenas firmeza.

— O que foi? — eu perguntei pronta para acertá-lo com alguns golpes de defesa pessoal que eu me lembrava.

— Poderia entregar esse presente para Elisabeth, por favor? — ele colocou uma pequena caixa de veludo negra em minha mão.

— Por que não a entrega? — eu tentei devolvê-la.

— Porque ela me odeia.

Ele não parecia arrependido dela o odiar ou querer perdão, parecia apenas... perdido. E de pessoas perdidas eu bem que entendia.

— Não é uma bomba? — eu indaguei, observando a caixa e a balançando.

— Não — ele riu, primeira expressão de emoção — é apenas algo que ela deve querer.

— Posso perguntar o que é?

— Pode.

— O que é?

— Pergunte a ela quando abrir.

Eu revirei os olhos e ele me puxou para um abraço, posicionando seus lábios em meu ouvido, apertando-me contra o seu corpo.

— Diga a ela que Scott Daylight mandou suas lembranças — ele sussurrou e me soltou, indo embora antes que eu pudesse processar o nome e entender que aquele era o traficante que assassinou o irmão de Elisabeth Marshall.

~*~

Saí de trás da árvore ainda pensando no que havia acontecido e em como um simples gesto poderia mudar uma vida. Entrego ou não? Fiquei me perguntando, passando a caixa de uma mão para outra, ainda tentando entender o que Scott ganharia se eu a entregasse e o que ele perderia se eu não a entregasse.

— Pandora, por favor — senti a mão de Frederico envolvendo minha cintura, e me puxando para perto, fazendo com que eu esquecesse por um instante o motivo de eu estar fugindo dele e do meu encontro com o arqui-inimigo de Elisabeth.

Eu esperei ele falar, afinal não havia nada que eu pudesse falar que mudaria algo. Ele foi quem havia me magoado. Foi ele quem riu da ideia de estarmos juntos. Foi ele quem pediu desculpas por ter feito sexo comigo.

— Eu não ri de você — ele grunhiu — eu ri da situação.

— O que? De eu ter falado aquilo?

— Exatamente! — ele disse, exasperado — você me disse isso, e não ao contrário! Sabe como isso feriu meu orgulho? Comecei a rir por perceber que nessa história, eu sou a donzela indefesa e você é o príncipe encantado.

— E se for? E daí? — eu perguntei, parando de lutar contra sua mão em meu braço — você ainda quer tentar fazer nossa história parecer com um conto de fadas? Nós morremos, Fred! Eu fui ao Inferno e ao Paraíso! Eu pequei na droga do Paraíso! Em que tipo de conto de fadas deturpado isso acontece?

— Eu só... sempre pensei que eu fosse suficiente para proteger a garota que eu amava, mas desde o momento que eu te conheci, você vem me mostrando que não precisa de ajuda.

— Eu preciso — sussurrei, não querendo que ele continuasse com aquele assunto, senão eu falaria algo que não pretendia.

— Não precisa, você é forte e independente. Você tem sua magia, algo que eu nunca... — ele parou de falar ao perceber meu rosto pálido e a visível dor da sua frase em mim — o que foi?

— Não tenho — eu sussurrei tão baixo que nem mesmo eu havia me ouvido.

— Não tem o que? — ele pareceu confuso.

— Minha magia, eu não tenho mais minha magia — virei meu rosto, sem conseguir fixar meus olhos sem que a acusação viesse a tona — ou eu deixava o seu corpo no Inferno, ou eu deixava minha magia. Faça as contas.

Ele me soltou e se afastou, arrasado, destruído, destroçado, e eu o entendia, completamente, neste sentimento de impotência para com as escolhas dos outros que mudavam, totalmente, nossas vidas sem que nós pedíssemos.

— Não era para ser assim! — ele berrou e me olhou — não era para você perder tudo que um dia foi seu! Não por minha causa!

Eu o abracei, tentando acalmá-lo, seu corpo tremia de ódio, de raiva, de frustração por ter sido a raiz de toda a minha — decadência? Mudança? Mudança é uma palavra melhor! — mudança.

Eu sabia o que ele sentiria, mas o melhor era contar a ele o que aconteceu, antes que ele descobrisse de outra maneira, por outra pessoa, e resolvesse tirar as suas conclusões, sempre precipitadas e errôneas.

— Desde que eu aceitei buscá-lo, eu sabia que faria tudo o que fosse necessário para te ter de volta, porque eu te amo — eu olhei para ele e percebi que ele me olhava também — Eu te amo, Frederico Bertolini. E não seja babaca a ponto de estragar isso, por favor.

Ele me pegou pelo rosto e me beijou, mas não foi um beijo romântico como o primeiro beijo da noite, foi selvagem, foi feroz, estava cheio de necessidade e de quereres nossos.

Sua língua contra a minha era um teste de resistência para ver quem seria o primeiro a rasgar as roupas do outro e implorar por um quarto. Esse foi o primeiro beijo em toda a minha vida que eu tinha certeza que teria um futuro, mesmo que ele estivesse me prometendo apenas o hoje, o agora.

— Eu também — ele comentou sobre os meus lábios — eu sinto muito.

— Só não parta o meu coração — minhas mãos estavam cravadas em sua nuca, devorando seus cabelos e a gola de sua camisa.

— Só um idiota faria isso. Eu sou babaca, e não idiota — ele sorriu contra meus lábios — mas, por você, eu sou seu.

— Meu o que?

— Seu, só seu.

Seus lábios voltaram a tocar os meus, porém, desta vez, com delicadeza, em uma dança de tango quase horizontal em que nós dois sentíamos a música correr pelas nossas veias, entregando-nos um ritmo único. Um ritmo nosso.

E esse foi o melhor beijo de toda a minha vida. Sem exceções ou comparações.

Ele afastou seu rosto do meu e me olhou — admirou — um pouco, apenas afagando minhas bochechas com seus polegares enquanto seus olhos passavam por cada pequeno detalhe meu.

— Quer me contar o que eu não lembro? Até mesmo os detalhes sórdidos e sujos? — ele levantou uma sobrancelha com o convite e eu bati em seu braço com as bochechas em chamas — considerarei isso como um "mais tarde".

Eu suspirei e sorri, percebendo que este garoto fazia loucuras comigo. Loucuras inimagináveis.

— Seu cabelo está meio louco — ele comentou — eu gosto, mas acho que você não iria gostar muito.

Passei a mão pela minha trança e percebi que além de quase desfeita, ela estava bagunçava e com quase permanentes nós.

— Eu arrumo — ele me guiou até o banco que estávamos sentados antes e me fez ficar de costas para ele.

Senti seus dedos em minhas madeixas, cuidadosos, desfazendo pequenos pedaços primeiros, retirando as linhas de pérolas que um dia haviam sido de minha avó.

Ele desfez, com paciência, cada nó em meu cabelo, arrumou meus cachos e guardou as linhas em seu bolso.

— Pronto — ele disse e eu me virei em sua direção com um sorriso tímido, pois eu não queria que ele tivesse parado de me tocar.

— Ei, Pandora! — ouvi alguém chamando meu nome e me virei, vendo uma Elisabeth sorridente — pega!

E ela lançou o buquê na minha direção. Eu não estava preparada para pegar objetos não identificados atirados em cima de mim, então apenas soltei um pequeno grito e vi o braço de Frederico ficando na frente de mim e pegando o dito buquê.

Eu o olhei e ele me olhou. Pânico em nossos olhares.

— Ela jogou para você — ele me entregou o buquê como se estivesse em chamas.

— Você pegou! — eu devolvi.

— Mas era para você!

— Caiu nas suas mãos!

E ficamos trocando o buquê de pares de mãos, em pânico, tentando culpar um ao outro pela tradição do buquê ter caído sobre nós.

— Devolve! — eu disse e ele o lançou de volta para Elisabeth, forçando Jason a dar dois passos para trás para conseguir pegá-lo.

Elisabeth e Jason se olharam em confusão, sem saber o que aquilo deveria significar se o noivo pegava o buquê jogado pelo seu padrinho.

— Quer se casar comigo? De novo? — ele a olhou e deu um sorriso inocente.

— Antes que a Becca volte e tente te roubar de mim — ela comentou, abraçando seu marido e o beijando.

Observei aquela cena e fiquei com minhas dúvidas em mente, se eu deveria ou não entregar a caixa a ela, porém decidi por não. Não mudaria nada na vida dela e, se mudasse, não seria para melhor, pois se ele não havia aparentado estar arrependido para uma estranha que estava fazendo um favor a ele, ele não estaria arrependido depois.

Deixei a caixa, que ainda estava em minha posse, cair no chão, perdendo-se em mato, grama e tempo.

Frederico passou o braço ao redor do meu corpo e eu senti seu rosto de encaixando em meu pescoço, traçando uma pequena linha de beijos em minha pele, fazendo com que eu sorrisse com a suavidade e doçura de tal gesto.

— Qual o seu sobrenome agora? — ele me perguntou e eu dei de ombros, afinal eu não era mais Duncan, porém não me sentia completamente Tate, era estranho, era como se eu não pertencesse mais a nenhum lado de minha família. Um sentimento ruim pousou em meu peito e comprimiu meu coração, tentei ignorá-lo, porém ele apenas ciciava que, agora, eu não era nada — E que tal Bertolini?

Meu queixo caiu, com certeza, e Frederico começou a gargalhar com a minha reação. O sentimento ruim dentro de mim se calou e foi embora, também não tendo se preparado para tal pergunta.

Será que ele se animou ou se sentiu obrigado, após o casamento de Elisabeth e Jason?

— Estou brincando — ele me abraçou mais forte e beijou minha testa — calma, Pan, não precisa ficar nervosa.

— Babaca — eu resmunguei com as bochechas em chamas — mas eu te amo desse jeito.

— Percebeu isso no seu tempo longe de mim?

— Eu não teria feito tudo o que fiz por qualquer um.

E foi com a resposta seguinte que ele fez tudo valer a pena. Cada segundo de dor, de aflição, de incerteza. Cada desafio, prova e obstáculo. Cada decisão, sacrifício e caminho. Foram com estas palavras que ele me provou que... eu era dele tanto quanto ele era meu.

— Olhos de cigana, oblíquos e dissimulados — ele sussurrou contra meu ouvido — você talvez não tenha mais magia, mas o que você fez comigo não é normal. Deve ser mágica. Tem que ser mágica.

— Não é mais mágica, não de verdade — eu comentei, baixinho.

— Pseudomágica, chame como quiser — ele sorriu contra minha bochecha e a beijou — você sempre terá um toque de mágica, Pandora Tate Duncan.

Pandora Tate Duncan.

Eu acho que poderia me acostumar com esse nome.

A/N:

Pode acreditar ou não, mas este é o fim de PM.

Espero que tenham gostado, se divertido e até se indignado levemente com alguns personagens.

Todas as críticas serão muito bem ouvidas!

Comentem, votem e releiam se quiserem!

E dêem uma chance para meus outros projetos <3

Nos vemos por aí!

Um beijo

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