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L - Maçã podre, metal enferrujado


Maçã podre, metal enferrujado




Pandora jamais voltaria, essa foi a grande conclusão que Frederico teve ao perceber que estava na hora da aula e ela não havia chegado. Desencostou-se do armário dela e seguiu para a sala — algo que já havia virado um hábito seu nos últimos meses.

Ele andou pela faculdade com um olhar perdido, sem realmente saber o que fazer, pois, verdade seja dita, ele só queria ter pedido para que Lúcifer apagasse suas memórias.

No entanto ele não o fez. Não o fez, pois não quis se esquecer de como ela o havia salvado, e isso só tinha uma explicação...

Era difícil ser abandonado pela garota que ele amava, principalmente por não saber se ela o amava em troca — ele apenas tinha suposições.

Quando ele voltou da sua longa e louca viagem, sua mãe o abraçou, disse que estava contente por ele ter voltado e fez um bolo de abóbora. Seu pai, por outro lado, pegou a mão dele e o levou ao seu escritório, colocou-o sentado na bancada, e começou a explicar para quem ele e Jason trabalhavam. Foi um choque.

Para a sua surpresa, seu pai não trabalhava com o governo ou alguém tão poderoso quanto ele, na verdade eles trabalhavam com um pequeno e seleto grupo de pessoas que queriam construir mais com menos.

Jason fornecia as peças e o seu pai montava o produto final. Eram sempre invenções tecnológicas nunca antes vistas no mercado, por isso de tanto sigilo.

Seus amigos o receberam com aplausos, algo desnecessário, em sua opinião. A faculdade inteira sabia que ele havia saído com Pandora, pois Daniel e Miguel — que também não haviam retornado — haviam espalhado que ela estava traindo Daniel com Frederico.

Até mesmo uma novela mexicana teria menos drama.

Ele passou a mão no rosto e estalou seu pescoço.

Hoje era o último dia do prazo mental que ele deu a Pandora para aparecer. Se até a meia noite do dia de hoje ele não a encontrasse, então ele pararia de pensar nela, pois ele não estava mais vivendo uma vida saudável. Horas eram desperdiçadas no computador, a procura de informações, a procura de alguém que pudesse tê-la visto, porém ele nunca encontrou mais nenhuma informação sobre Pandora Duncan.

Uma pessoa trombou nele e os dois pararam de caminhar, tentando reestabelecer o equilíbrio perdido. Era Aponi Tate, essa sim havia retornado à cidade com sua mãe.

— Oi — ela sussurrou, nervosamente.

Desde o dia que ela o havia matado, seus olhos não encontravam os dele, ela não pronunciava uma só palavra na direção dele e sempre que podia, ela o evitava.

— E a sua irmã? — ele indagou, enfiando as mãos dentro dos bolsos da calça e apoiando o peso de seu corpo contra uma de suas pernas.

— Eu sinto muito — ela negou com a cabeça enquanto se afastava e ia embora.

Ele não sabia se aquilo era um "eu sinto muito" de não querer compartilhar as informações, de não poder compartilhar, se ele jamais a encontraria novamente, ou se era um "eu sinto muito" atrasado por ela o ter matado.

Por mais doloroso que fosse, a quarta opção era sempre a que ele mais desejava ser verdade.

Depois de suspirar, frustrado, voltou ao seu caminho e assistiu as suas aulas, percebendo que, não importa quanto tempo tenha se passado, ninguém ousava sentar-se no lugar de Pandora Duncan.

~*~

O dia passou como qualquer outro. Muita matéria a ser aprendida, muita fome a ser saciada, uma longa caminhada até a sua casa e mais um dia indo embora. E foi embora.

Frederico estava caminhando pela sua rua, com as mãos enterradas em seus bolsos e um sorriso confuso nos lábios enquanto se lembrava da professora de termodinâmica tropeçando na sala e derrubando todo o seu café no chão. Talvez não fosse uma das cenas mais engraçadas de todas, porém, para ele, ela era suficiente.

Ouviu uma buzina e olhou para trás, um carro de polícia o estava seguindo. O que havia feito agora?

Uma longa e pouco provável lista começou a se formar em sua mente, porém ele tinha certeza que ela não era possível, afinal a polícia não iria prendê-lo por ter jogado um chiclete na rua — e ele tinha Elisabeth Marshall ao seu lado, o que era algo que poucos possuíam.

Falando na mulher, era ela quem estava dirigindo o veículo policial, sorrindo e acenando na direção dele.

— Entre, temos que conversar — ela comentou, destrancando a porta e entregando a ele dois envelopes.

— Oi para você também — ele respondeu pouco animado, sentando-se no banco de passageiro enquanto ela voltada a dirigir — estou bem, e você? Sim, faz muito tempo que não conversamos. Se eu não aceito um chá...?

— Cale a boca — ela disse com seriedade e ele engoliu a seco, pois Elisabeth normalmente era mais calorosa.

Ele parou para olhá-la e percebeu coisas que normalmente não teria percebido, porém, como ele tinha tempo, acabou notando: Os cabelos dela estavam oleosos, sujos, malcuidados; seus olhos eram quadros vazios, enquadrados em duas molduras arroxeadas e cansadas; sua voz estava rouca, ríspida e sem vida; E, talvez o detalhe mais importante entre os outros, ela não usava mais a aliança de noivado que Jason havia dado a ela.

— O que aconteceu? — um arrepio sobrenatural percorreu sua coluna.

— Eu vou dirigir, você procurará uma rádio boa e nós ficaremos em silêncio até eu ter certeza que não atropelarei ninguém com a minha direção — ele percebeu duas lágrimas escorrendo pelos olhos dela.

Sem mais uma palavra, ele a obedeceu, ligando e procurando alguma música que não falasse de corações partidos, amor eterno ou relacionamentos em geral. A única coisa que encontrou foi uma rádio decadente de músicas alternativas e eletrônicas, então deixou nela e olhou para os envelopes em seu colo.

O convite de casamento estava pronto, Frederico notou. Era simples, branco com dourado, o nome dos dois em relevo e com letra cursiva. Havia um laço de cetim brilhante que mantinha o envelope fechado, e dentro havia as especificações do casamento, marcado para alguns meses — dois meses sendo mais preciso.

Várias perguntas atropelaram-se em sua mente, contudo ele conseguiu guardá-las para mais tarde, sabendo que aquele assunto, Jason Wright, era algo que não seria facilmente trabalhado com aquela mulher.

Depois de algumas esquinas viradas, ela parou bem na frente de um café que ele pouco conhecia, porém sabia que era renomado pelo seu bolo de abóbora.

— Bom dia, tia Cecília — Elisabeth a cumprimentou com o máximo de um sorriso que ela conseguia dar, o que não era muito — pode preparar um bolo para nós?

— Acabei de retirar uma remessa bem quentinha do forno, logo trago — a senhora de cabelos castanhos puxados para o ruivo comentou, limpando suas mãos no avental e beijando a bochecha da garota que falava com ela — já falou com Carrie?

— Não, ainda não, Gabriel disse que ela estava ocupada com suas aulas de regência.

— E como ele está?

— Namorando a companheira de dormitório dela.

Namorada? — a senhora perguntou, um tanto surpresa, ao levantar suas sobrancelhas.

— Ele não se pronunciou sobre o assunto, mas acho que não dura muito.

— Por quê?

— É o Gabriel.

— Ah... você acha que é sobre William?

— Talvez, assim como Vanessa, mas ela é diferente.

— E Jenny? Tem falado com ela?

— Não muito, ela disse que está trabalhando em um projeto e precisa se concentrar.

— Ela parou de pintar seus cabelos, não usa mais maquiagem e entrou para aulas de ballet.

— Jennifer Vicelli? Minha Jenny? Quando isso aconteceu?

— Desde que você se mudou para cá.

Houve um pequeno silêncio entre elas, como se estivessem se mandando uma mensagem que ele não pudesse ouvir, porém estivesse óbvia entre elas.

— Nós vamos nos sentar ali, então, obrigada — Elisabeth agradeceu, sendo a primeira a quebrar o contato visual, chamando a atenção de Frederico para a mesa que ela havia apontado.

— Fiquem a vontade e mande um beijo para sua mãe.

Os dois sentaram-se a mesa e olharam o menu de bebidas quentes, depois o de geladas, e discutiram um pouco sobre qual deveriam escolher — Frederico descobriu que Elisabeth, aparentemente, era uma amante daquele lugar — até que Cecília voltou com o bolo e eles pediram o que iriam beber.

— Vocês se conhecem? — ele perguntou quase não aguentando a curiosidade crescendo dentro dele.

— Ela é quase como uma mãe para mim. Eu cresci com a sua filha — Elisabeth respondeu, olhando para suas mãos.

Frederico entendeu, naquele momento, que ela não falaria se não fosse incentivada, então arriscou o primeiro passo.

— Como vão os preparativos do casamento? — ele decidiu que aquele era o melhor jeito, afinal, ele não tinha certeza se os dois haviam terminado ou não.

— Não vão — ela suspirou — quero dizer, eles vão, mas não sei se adianta de alguma coisa se os noivos estão em conflito.

— O que aconteceu?

— Frederico, eu tenho recém completados 24 anos e namoro Jason desde os meus 18, isso são seis anos ao lado da mesma pessoa, fazendo as mesmas coisas e pensando do mesmo jeito. As vezes, eu até fico me perguntando se os meus planos futuros são meus ou se são nossos... eu sinto que caí na rotina viciosa e não sei como me salvar.

Ele ponderou o que ela disse, pesou sua resposta e decidiu que se ela estava mesmo em uma crise como aparentava estar, então não havia outra alternativa além de dizer tudo de uma vez, uma terapia de choque para ver se ela deixava suas inseguranças de lado.

— Ele te ama mais do que qualquer outra coisa.

— Eu também o amo! Nem Deus sabe o quanto eu o amo, mas isso não significa que eu não tenho medo! — lágrimas brotaram dos olhos dela — eu tenho medo de ter sido bom enquanto namorávamos e, agora, com a responsabilidade de um casamento, tudo acabar em lágrimas.

— Não vai acabar, Elisabeth.

— Como sabe? Você nunca se apaixonou, então como pode saber o que vai ou não durar?

— Um nome: Pandora Duncan.

— Você se apaixonou pela bruxa?

— Improvável, não?

— Nem tanto — ela sorriu, limpando as lágrimas de suas bochechas — eu tinha a sua idade quando me apaixonei por Jason.

— Acho que é um sinal.

Ela parou de sorrir e fungou algumas vezes antes de olhá-lo.

— Eu tenho medo de que ele esteja se casando comigo por causa de nossa história, e não por me amar, porém, ao mesmo tempo, eu tenho medo de que ele esteja pensando apenas no amor e se esquecendo de que um casamento precisa de muito mais do que isso — ela pegou um guardanapo e assou seu nariz — faz sentido?

— Surpreendentemente sim — ele parou e pensou em tudo o que passou nos últimos tempos por causa de Pandora — sabe, eu morri por causa da garota que eu amava.

— Eu também já quase morri, não há muito crédito nisso, tem que vir algo maior.

— Não, Elisabeth, você não entendeu. Eu morri, e ela me trouxe de volta a vida, arriscando a vida dela por mim.

— Agora, isso sim é valioso — ela se aproximou — as vantagens de se apaixonar por uma bruxa — ela gracejou.

— Mas, agora, ela está longe — ele começou falando, em parte querendo desabafar sobre os seus problemas, e a outra parte apenas para tentar fazer Elisabeth enxergar o óbvio — ela decidiu que queria desaparecer, então eu não sei nem mesmo se ela está viva.

— E por que ela foi para longe? — ela indagou, começando a tomar interesse pelo assunto do garoto, caindo em sua armadilha de distraí-la, tanto que nem percebeu quando Cecília levou os bolos — o que você fez para ela?

— Eu? Eu disse que a amava — ele deu de ombros, comendo e deliciando-se com a textura daquela massa mágica.

— E ela disse também?

— Não, não disse, nem... — ele enfiou outra garfada na boca, uma com mais recheio, apenas para manter-se ocupado, forçando Elisabeth a falar mais, a refletir, a pensar.

— Eu também não disse, quando Jason disse que me amava, eu não respondi. Eu fiquei com as palavras presas em minha garganta. Nem mesmo eu sabia que o amava, e quando eu disse foi quase a força, mas não significa que eu não estava sentindo aquilo, apenas que eu... eu tinha medo de amar e me magoar, porque era isso o que o amor estava se mostrando ser para mim.

— Você acha que é isso o que está acontecendo com ela?

— Eu não sei o motivo para ela ter ido embora, mas, se ela for como eu, ela deve ter fugido por medo também.

— Fugir. Por. Medo? — ele estava quase frustrado com aquela conversa.

— Você acha que é simples... amar? Amar um garoto que saia com a faculdade inteira? Entregar seu coração a alguém que antes nem coração possuía? Você tem que entendê-la antes de amá-la, Frederico, senão não é amor.

Entender antes de amar, mas ele entendia, não entendia?

Ele... ele... nem ao menos sabia o que ela tinha passado naquele Inferno, muito menos no Paraíso, — se ele havia passado por eles, no final das contas — como ele poderia afirmar que entendia, ou não o sumiço dela, se ele nem ao menos sabia o que havia acontecido com ela?

Como ele poderia dizer que a amava?

Como ele poderia ser tão egoísta?

— Esse é o outro motivo que me fez vir falar com você hoje — ela pegou os dois envelopes de casamento que havia me entregado no carro, um que eu havia aberto e tinha o meu nome, e o outro que não possuía nome — este é o seu e esse foi o que eu teria enviado a Pandora assim que a localizei.

Aquilo fez com que Frederico cuspisse todo o café de sua boca em cima da torta, fazendo uma confusão suja em cima da mesa que acarretou uma série de risadas de Elisabeth.

— Antes que você me pergunte, sim, eu falei com ela, sim, ela virá ao casamento, sim, eu sei onde ela está e não, ela ainda não está pronta para falar com você, então não me peça para falar sobre ela, pois eu não tenho o que falar — ela disse com sua voz impessoal, profissional.

Isso calou todo o alvoroço dentro dele, acalmou seu coração e fez com que um leve sorriso surgisse nos lábios dele.

— Ela vem? — ele perguntou com uma gota de esperança prestes a cair no mar das desilusões.

— Vem, ela vem — um espelho do sorriso de Frederico se estendeu pelos lábios de Elisabeth — e é por este motivo que não posso desistir do casamento — ela parou e repensou — não é por este motivo, mas isso me incentivou a continuar, pois ela foi bem mais eficiente do que você nos argumentos.

Isso aguçou a curiosidade dele, qualquer informação, qualquer pedaço, qualquer frescor de Pandora em sua vida, ele já poderia dormir em paz. Tranquilo. Com sonhos de um reencontro.

— O que ela disse?

— Ela me disse que se eu não me casasse com Jason, então ela não acreditaria mais no amor e ninguém nunca teria amado — um riso surgiu antes do sorriso, desta vez — e que ela diria para Nicole Summers que Jason estava solteiro, já que a mãe de Nicole é amiga da tia de Becca Senes.

— Quem é Becca Senes? — Frederico tentou entender, mesmo percebendo que a conversa não chegaria até ele.

— Uma amiga — mas o sorriso dela mostrou o contrário, o completo contrário — o que importa, realmente, é que vai ocorrer casamento e eu amo Jason.

— E ele te ama.

— E ele me ama. Depois de tantos anos como namorada, acho que a ideia de ser esposa me assusta.

— E a ideia de ser a senhora Wright?

— Esse é o problema, talvez um dos, mas o maior deles — ela respirou fundo e ele percebeu que o bom humor das risadas anteriores foi embora — parece que se eu for a "Senhora Wright", eu perco a última e pequena parte de mim que um dia me ligou a Will.

— Seu irmão? William Marshall? — e ela concordou com a cabeça, virando o rosto para o lado e lágrimas escorrendo de seus olhos.

— Marshall, parece que essa única palavra me liga a ele — ela limpou seus olhos vermelhos — eu tento tanto parecer forte, parecer ter superado, mas sempre tem um pequeno detalhe que me trinca. Eu não sei se eu consigo aguentar estes frequentes baques sem quebrar.

— E daí se você quebrar? Jason não liga.

— Ele quer casar comigo, e não se tornar uma babá.

— Eu não me importaria em cuidar de Pandora todos os dias da minha vida, se isso significasse que ela me ama e quer estar comigo. E de qualquer jeito ela é a minha Pandora, quebrada ou inteira. Humana ou Viajante. De qualquer maneira eu continuarei a amá-la. E eu sei que Jason concorda comigo.

— Quem diria que precisaria de uma bruxa para encantar o seu coração.

— Não foi pela bruxa.

— Não? Então foi pelo que?

— Por que ela me viu, por quem eu era, como eu era, e não desistiu de mim. Porque ela me arrastou para o fim do mundo para me proteger e arriscou sua vida por mim e, Elisabeth, eu faria o mesmo.

— Porque você a ama.

— Porque é amor.

Os dois sorriram e voltaram a conversar sobre assuntos leves. Trabalho. Faculdade. O tempo. Elisabeth confiante em seu casamento. Frederico ansiando pelo mesmo.





A/N: VAI TER CASAMENTO SIM!

Melhor casal da história finalmente casando <3 

E será que terá um reencontro? Ou será que Pandora não aparecerá?

O que acharam das confissões de Elisabeth? Será que ela tinha razão ou estava aumentando muito?

E o Fred? Ele deu bons conselhos?

E adivinhem, fãs de Estilhaços, VAI TER REUNIÃO DE TODOS OS NOSSOS AMORES DE ESTILHAÇOS <33333333

Preparem-se para rever Jenny, Carrie, Gabriel, Vanessa, Elisabeth e Jason! Todos juntos em uma sala <3 ai que dia lindo

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