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provoque-o jogando água.

Setembro — Quinta-Feira

— Ficou sabendo que o grêmio estudantil está organizando o Baile de Inverno? — Savannah contou a notícia alegremente para seu amigo. — Vai ser tão lindo... Já pensou em quem vai ser seu par? Falta pouco tempo.

— Hum, não. Provavelmente a Hina. Sei lá. — Ao chegar no armário 08, aquele que lutou desde o começo do ano para pegar-lo por causa de seu número, Krystian o abriu e pegou seu livro de biologia em seu armário, já que sua próxima aula seria da matéria. — Estou cagando.

Olhou para seu armário e viu três cartinhas, bufou e pegou todas. Quase todos os dias eram assim, cartinhas e mais cartinhas em seu armário, todas elas eram de declarações ou pedidos para um encontro com o chinês, todas juntamente com o número de telefone da pessoa. Wang podia se gabar por isso, mas ele não gostava. O rapaz ignorava todas, jogava no lixo ou simplesmente deixava em um canto, sem ao menos anotar o número de telefone da pessoa. Não por ignorância, e sim por falta de interesse, já que "namorava" e que a maioria eram cartinhas de garotas.

Será nunca iriam perceber que prefiro o mesmo que elas preferem?

Não, elas nunca iriam perceber. A história de Krystian era muito mais complexa do que a imagem que ele retratava na escola. Enquanto sua popularidade crescia como o capitão do time de basquete e seu relacionamento falso com Hina, uma verdade profunda e dolorosa permanecia oculta. Krystian era gay, mas ele tinha medo de revelar isso aos seus colegas de escola, especialmente porque já enfrentava muitos problemas em casa.

Desde muito cedo, Krystian sabia que era "diferente". Seus sentimentos por outros meninos o assustavam e confundiam. Ele cresceu em uma família tradicional, onde a homossexualidade era considerada um tabu. Os padrões rígidos impostos pelos pais só aumentaram a pressão sobre Krystian para esconder sua verdadeira identidade.

Quando Krystian começou a namorar Hina, ele viu uma oportunidade de mascarar sua orientação sexual. Namorar a capitã das cheerleaders o ajudaria a manter as suspeitas longe, pelo menos na escola.

À noite, quando todos acreditavam que Krystian estava aproveitando sua popularidade, ele estava lutando com seus próprios demônios. Essa solidão o consumia lentamente, afetando seu desempenho no basquete e sua relação com seus colegas de equipe.

Krystian desejava profundamente poder viver sua vida autenticamente, mas o medo de perder o apoio de sua família e ser marginalizado na escola era esmagador. Ele passava noites insones, tentando entender como equilibrar suas verdadeiras emoções com as expectativas impostas a ele.

À medida que o tempo passava, Krystian percebeu que não podia continuar vivendo uma mentira. Ele sabia que eventualmente teria que enfrentar sua verdadeira identidade e ser honesto consigo mesmo e com os outros. No entanto, o processo de aceitação e revelação seria uma jornada dolorosa e desafiadora.

— Qual é, Krystian? Deixa de ser ignorante. — Cruzou os braços na altura do peito. — Pare de tratar a Hina assim.

Krystian fechou o armário e suspirou pesado, olhando sério para a australiana.

— Desculpa, só estou de cabeça cheia. — Desabafou e olhou para o lado, onde Bailey estava conversando com um pequeno grupo de garotas, qual só faltavam derreterem feito gelo no sol enquanto o May conversava com elas.

Coitadas.

Savannah percebeu o olhar em reprovação do Krystian sobre o Bailey, que entregava folhetos do baile, já que também participava do grupo estudantil e balançou a cabeça negativamente.

— Eu juro que queria entender essa implicância com ele. O Bailey é uma pessoa tão gente boa.

Krystian suspirou novamente. A princípio não respondeu nada, apenas terminou de pegar suas coisas em seu armário.

— Qual é, Savannah? Vai ficar defe-... — Foi interrompido.

Bailey aproveitou a oportunidade que estava conversando com Savannah no corredor e se aproximou deles com um sorriso confiante.

— Krystalzinho. — Em instantes, o assunto se aproximou e chamou Krystian por seu apelido dado por May. — E aí, Vannah? — Deu um hi-five na amiga.

Era intervalo entre duas aulas, então Bailey May estava no corredor movimentado da XIX High School, segurando um monte de panfletos coloridos com informações sobre o tão esperado Baile de Inverno organizado pelo Grêmio Estudantil. Como membro ativo do grêmio, era sua tarefa distribuir os panfletos para promover o evento.

— Me diga o que você quer e vaza. — Falou seco e cruzou seus braços. Savannah o olhou e balançou a cabeça negativamente.

— Bom... — Pausou e pegou mais um convite entre as centenas deles em sua mão. — Já ouviu falar sobre o Baile de Inverno? Aliás, no final vai ter uma pequena apresentação minha e de alguns alunos. — Bailey começou, estendendo um panfleto em direção a ele.

Krystian pegou o papel e rasgou em frente de Bailey.

— Isso é o que eu penso do seu baile. — Krystian respondeu com um olhar desafiador, lançando os pedaços de papel rasgado no chão.

May ficou chocado com a atitude ousada de Wang, mas não deixou que isso o abalasse.

— Olha, você é realmente direto, Krystian. Mas acredito que você mudaria de ideia se soubesse o quão incrível será o Baile de Inverno. E, quem sabe, talvez eu possa convencê-lo a ir comigo. — Deu um sorriso de lado.

Algumas pessoas olhavam e ouviam a situação. A princípio, Savannah ficou chocada e confusa. Como assim "ir comigo"?

Krystian riu sarcasticamente.

— Você está sonhando alto, May. Eu nunca iria a um baile com você. — Riu ainda mais alto. — Primeiro que eu namoro, segundo que é você, um homem.

— Achei que namoro não fosse um problema para você. — Bailey falou com um olhar baixo, dando uma risada. — E nem sexualidade...

Enquanto os dois trocavam olhares desafiadores, os amigos de Krystian e outros alunos a observavam com surpresa. Era claro que algo estava acontecendo ali, algo além da simples rivalidade.

— Cala a boca...

Krystian ainda o encarava sério, arrancando uma risada debochada de Bailey. Alguns alunos do corredor olhavam em direção a eles e cochichavam. Bailey se virou, decidiu continuar sua distribuição de panfletos.

O chinês, por outro lado, assistiu Bailey se afastar com uma mistura de raiva e confusão. Não demorou muito para Krystian sair do corredor, Savannah foi logo atrás do garoto.

— O que foi isso, Krystian? — Krystian a ignorou. — Precisava disso? Isso foi ridículo.

— Vai lá defender o Bailey, Savannah. — Entrou na sala de biologia.

— Estou defendendo mesmo! O que você fez foi muito idiota. — Wang revirou os olhos e se sentou em sua carteira, a carteira da turma do fundão. — Você vai pedir desculpas para ele.

— Quê?! Por quê?! Não ofendi ninguém ali.

Ao sinal bater, foi possível ver os alunos começarem a entrar na sala e se sentarem em seus devidos lugares. A explicação entediante do professor começou e por incrível que pareça, todos ficaram focados para ouvi-lo.

Depois de longos minutos, Savannah se aproximou mais de Krystian, com determinação.

— Krys, precisamos conversar sobre o que aconteceu com o Bailey e o panfleto do Baile de Inverno. — Sussurrou perto do amigo.

— Savannah, você sabe como me sinto em relação a ele. — Krystian ergueu uma sobrancelha, não muito entusiasmada com o assunto.

Nesse momento, Savannah viu Bailey pela janela, treinando sozinho na quadra de basquete durante sua aula vaga. Uma ideia ocorreu a ela, e ela sorriu com malícia.

— Pede para o professor para ir no banheiro e vai pedir desculpas para o Bailey, ele está treinando. — Sussurrou para Krystian, que sentava ao seu lado, enquanto escrevia algo em seu caderno. Eram divididas em estrofes, então Savannah imaginou que fosse algum poema ou até mesmo uma canção. E era, uma música do BLACKPINK.

— Sava-...

— Não vou pedir outra vez. — Falou em um tom sério. — Não custa nada, Krystian. Por mim! — Krystian suspirou, derrotado. — E não adianta mentir porque eu vou perguntar para o Bailey depois, e se ele falar que você não foi vou ficar muito chateada com você.

— Por Deus, Savannah...

Krystian bufou e se levantou. Pediu licença para que pudesse sair da sala e com a permissão do mais velho, foi à caminho do campo do colégio.

Com nenhuma pressa em seus passos, Krystian caminhava, virando cada corredor até chegar na enorme quadra do colégio. Ele torcia muito para que Bailey não estivesse lá, assim ele teria essa desculpa. Onde já se viu pedir desculpas para alguém por algo besta? Mas era tudo por Savannah, não queria chatear a australiana, e também aquilo não iria o matar profundamente.

Ou iria.

Não demorou muito para que Krystian se aproximasse do local. Chega até o portão que levava até a quadra, local onde geralmente era muito barulhento, já que sempre havia torcidas barra garotas que crushavam Bailey, Krystian e os outros jogadores, mas lá estava silencioso por justamente estar vazio. Nem mesmo o treinador estava lá, tendo apenas uma única pessoa na ponta de quadra, que associou ser May, já que estava meio longe.

Fechou o portão atrás de si e ouviu o barulho emitido pelo contato da bola com o chão mais alto ainda. Se aproximou mais e viu Bailey correndo atrás da bola para pegar e arremessar ela novamente.

— Pirralho. — A voz grossa de Wang escoou logo após Bailey fazer uma cesta e retirar sua camisa, por conta do suor.

Bailey olhou para o outro lado da quadra e avistou o garoto que usava a tão famosa e desejada jaqueta do time de basquete, juntamente com seu uniforme escolar por baixo. Deu um pequeno sorrisinho de canto e correu até o chinês. Os músculos de Bailey foram rapidamente confiscados pelos olhos do mais velho, estes que chamava muito a atenção dos alunos do colégio.

O jogador jogou seus fios levemente molhados para trás, dando a visão da testa do filipino. Caminhou até Wang e o mesmo o olhou de cima para baixo. Bailey ficava tão sensual com apenas seu short de time, e com seus fios umidos. Isso nem Krystian e nem ninguém podia negar.

— Gosta do que vê? — Perguntou, fazendo Krystian sair de transe.

— Eu... — Ignorou a pergunta anterior, cruzou seus braços e desviou o olhar antes de pedir desculpas. Desviou o olhar justamente para não ter que encarar aquele corpo de Bailey May. Ah, ninguém é de ferro. — Queria pedir desculpas por ter sido rude. — Falou tão rápido que Bailey quase não entendeu.

Bailey acabou rindo com o pedido, tendo a certeza absoluta de que Krystian havia sido obrigado por isso.

— Hmm, será que você merece? — Passou os dedos em seu queixo, tornando-se pensativo.

— Bailey, eu não estou de brincadeira. — Reclamou em um tom de tédio. — E quer saber? Foda-se.

Pela segunda vez no dia, Bailey riu em sarcasmo com a fala de Wang. Krystian saiu do local sem ao menos se despedir e Bailey voltou ao que estava fazendo.

★★★

A sala do diretor estava fria e austera quando Krystian e Bailey entraram, ambos exibindo expressões de irritação. Era a enésima vez que haviam sido expulsos da sala de aula por brigar.

— Krystian e Bailey. De novo. Vocês dois nunca cansam de ficar perturbando o outro e atrapalhando a aula do professor, não? — Perguntou o diretor, já cansado de receber sempre os mesmos alunos da direção por sempre o mesmo motivo.

Não seria nenhuma novidade se dissessem que Krystian Wang e Bailey May estavam na sala do diretor. O motivo? O de sempre, provocações, o que resultou um soco no canto da boca de Bailey na horário da aula da professora Yonta.

— Senhor, ele — Aponta para Bailey, que permanecia quieto e com os braços meio cruzados. — é quem sempre começa. Eu acho que o Bailey deveria ser expulso. Eu não tenho culpa se esse infeliz é um infantil do caralho que não perde uma oportunidade de querer chamar a atenção.

— Primeiramente, não pense que está na sua casa para ficar soltando esse tipo de palavriado na minha sala, e segundo, você retrucou e aparentemente Bailey foi o único que apanhou. — Respondeu o diretor, fazendo Bailey segurar o riso enquanto segurava uma bolsa de gel no canto de sua boca, já que provavelmente o local ficaria inchado por conta do soco bem dado de Krystian. — Acho que vocês já são grandinhos demais para ficarem brigando desse jeito nas salas de aula, não acham? Dezoito e dezenove anos exigem muito mais maturidade do que a de vocês. — O diretor permaneceu sério. — Se vocês continuarem desse jeito, vou começar a dobrar a punição de vocês dois. — Ameaçou, enquanto olhava a sua papelada que havia em cima de sua mesa.

— Perdão, diretor. Isso não irá mais se repetir. — Murmurou, mas era óbvio que suas palavras não eram verdadeiras, Krystian apenas queria sair daquela sala e continuar seus afazeres, bem longe de May. E por mais que levasse advertência, ele não estava nem aí, era apenas mais uma entre várias outras. Incluindo das vezes que deu um jeito de ligar o alarme de incêndio no meio da prova de química para que a prova fosse cancelada, quando mergulhou a cabeça de um novato folgado na privada do banheiro ou até mesmo quando Krystian fez coisas inapropriadas dentro do vestuário feminino das líderes de torcida com Hina, a capitã das cheerleaders. Bom, o último caso só foi descoberto porque Jeong Heyoon, colega de quarto de Hina, fofocou para o diretor. Wang e Jeong não se davam muito bem.

O silêncio reinou por apenas por um curto período, até o diretor terminar de escrever algo em seu caderno e se pronunciar novamente.

— Vocês irão ficar sem intervalo, vão ficar na sala de teatro antiga e limpar o palco de lá, terão detenção depois do colégio e também os dois vão levar uma ocorrência no sistema. — Disse o mais velho, tendo como resposta um par de olhos arregalados. — Os produtos que vocês irão precisar já estarão na sala, podem ir.

— Quê?! — Krystian gritou. — Diretor, hoje o time treina o basquete no intervalo. — Bailey sorriu.

— Menos mal.

— "Menos mal"? — Krystian olhou incrédulo para o May.

— Claro, até porque a culpa é toda sua, e é você quem deveria ser suspenso. — Deu de ombros, Krystian estava pronto para retrucar, mas antes dele, o diretor continuou.

— O colégio dá permissão de faltar em algumas aulas para vocês treinarem para o time do colégio, além de que vocês têm a tarde inteira para treinar. — Diz e suspira. — Por favor, se retirem, tenho muito o que fazer e quero aquela sala limpa em instantes. — Disse por fim.

Enfurecido, Krystian se levantou, logo Bailey fez o mesmo e caminharam em silêncio até a sala de teatro, já que a mesma não ficava nem um pouco longe da sala da direção. Os dois garotos trocaram olhares de desdém enquanto se dirigiam à sala de teatro. O local estava coberto de poeira e abandono, com cortinas desbotadas e cadeiras empilhadas.

Ao chegar no destino, fizeram uma careta ao olharem para a situação do lugar.

— Pode começar, eu estarei aqui te auxiliando, Krystalzinho. — Falou, se sentando em uma das poltronas da plateia e colocou seus pés na poltrona da frente.

— Você quer levar outro soco nessa sua cara feia? — Respirou fundo e fechou seus olhos. — Não me estressa, pirralho, vamos logo limpar isso, não quero ficar muito tempo contigo e nem olhar para essa sua cara.

O rapaz mais novo revirou os olhos e se levantou. Os dois pegaram os esfregões e o balde e subiram até o palco, para que pudessem começar o serviço. Bailey e Krystian começaram a limpar o palco, sem nenhuma provocação ou palavra, o que estava sendo um alívio para Krystian e um incômodo para Bailey. O mesmo olhou para o chinês, que estava limpando sua parte do palco normalmente e então pensou em algo para o provocar. Pegou seu esfregão, mergulhou metade dele na água suja que havia no balde para limpar o palco e jogou para que molhasse o outro.

— Filho da-... Argh! Você tem problemas, seu imbecil? — Gritou e jogou seu esfregão no chão. Krystian não se molhou muito, mas foi o suficiente para ficar bravo. — Essa é minha jaqueta do basquete!

Bailey começou a rir com a reação e o estado do outro. Krystian ficou vermelho de raiva e agarrou outro balde, jogando água de volta em Bailey. Começou uma espécie de pega-pega improvisado, com os dois correndo pela sala e lançando água um no outro. O chão ficou escorregadio com a água derramada, tornando a brincadeira cada vez mais perigosa.

— Boa mira, Krystalzinho. — Ainda rindo, se aproximou do menor. Krystian odiava isso, Bailey o perturbava, Krystian ficava bravo e como resposta, May agia de forma debochada.

Krystian pedia para que o outro parasse de correr, mas Bailey como não é nada bobo, não parou de correr, obviamente. Demorou um pouco, mas finalmente Krystian conseguiu pegar a gola de Bailey e puxa-lo para perto, mas auge da confusão, Bailey escorregou no chão molhado, caindo por cima de Krystian.

— Ai, seu pirralho, minha per-... — Pausou ao perceber a proximidade de ambos. Muito perto.

Bailey sentiu o coração do Krystian mais rápido.

Eles ficaram cara a cara, a respiração acelerada, e um silêncio tenso se instalou entre eles. Krystian estava nervoso com o contato físico inesperado, e Bailey percebeu isso.

O seu ponto fraco.

— Krys! — Gritou ao abrir porta da sala de teatro. O diretor foi comunicado de que os treinos coletivos eram de extrema importância, então acabou cedendo e liberou Krystian da limpeza, à pedido de Noah, para que assim pudesse treinar.

— Noah? — Krystian levantou-se rapidamente, sua expressão se endurecendo, mas Bailey já havia percebido a vantagem que ganhara. A rivalidade entre eles estava longe de acabar, mas agora Bailey sabia que tinha um trunfo para usar contra Krystian em suas futuras provocações. — C-Calma. Não é nada do que você está pensando!

— O diretor liberou vocês por causa do treino. Eu falei com ele. — Noah, que já estava com seu uniforme do basquete, se aproximou de Bailey e Krystian. — Depois vocês terminam os beijinhos. — Brincou, rindo. — Todos estão te esperando, inclusive a Hina.

Bailey comemorou com uma dancinha estranha, dando um sorriso e Krystian continuava com sua mesma expressão de antes, uma expressão raivosa, mas no fundo estava agradecendo aos céus.

— Vai se foder, seu-...

— Ei, não precisa xingar. — Colocou o indicador no lábio do outro, fazendo com que Krystian não terminasse.

Wang e May desceram do palco e pegaram seus pertences para que pudessem deixar a sala e cada um ir para seus vestuários, para que se trocassem e se encontrassem no receio.

★★★

— Se eu não chegasse naquele momento, já estariam gritando o nome do outro, se é que me entende. — Noah brincou, enquanto andava pelos corredores em destino ao vestuário juntamente com o seu amigo. — Vocês brigam tanto, até parece aqueles romances clichês, onde os dois se odeiam e no final eles acabam juntos. É sempre assim?

Bailey riu, tentando parecer indiferente.

— Nah, não é bem assim. Somos apenas competidores naturais. Além disso, eu sou hétero, então nada de romance por aqui. — Bailey falou, sorrindo.

Noah arqueou uma sobrancelha, como se duvidasse um pouco da explicação de Bailey, mas não pressionou o assunto. Em vez disso, eles seguiram em direção ao vestiário.

O vestiário era amplo e iluminado por luzes fluorescentes brilhantes. Os armários alinhavam as paredes, com portas de metal refletindo a luz. Bailey abriu seu armário, número 09, que estava cheio de roupas esportivas e tênis. Pegou o seu uniforme reserva para que não ficasse usando aquele todo molhando e fedendo a produto de limpeza.

Assim como todos armários de todos os alunos — ou quase —, o armário de Bailey havia alguns mimos além de suas tranqueiras, uns tinham adesivos ou imãs de algum anime, mini pôsteres do Justin Bieber e outros tinham até foto de mulheres seminuas, mas o de Bailey apenas tinha uma fotografia sua de 5 anos atrás em sua primeira aula de basquete, que estava fixada no metal do armário com um imã em forma de bola e várias outras fotos recentes de Bailey quando ganhou alguma medalha. Nada muito uau.

O vestuário se encontrava completamente vazio, já que aquele não era o horário de treino de basquete, então Bailey não se importou, se despiu, tomou uma ducha rápida e vestiu na frente de Noah mesmo, até porque, os dois tinham a mesma coisa e eram amigos. Noah não disfarçou e olhou, Bailey tinha um corpo muito bonito para não ser reparado.

— Para de me secar, eu sei que sou gostoso, mas disfarça.

— Eu já te disse que se você não fosse "hétero", — Fez aspas com os dedos. — eu te pegava? — Falou com uma cara provocadora, enquanto ainda analisava o corpo definido de May.

— Sim e eu até te pegaria também, na brotheragem. — Vestiu a calça de seu uniforme. — Mas você é muito galinha. Eu tenho sentimentos e ficaria com ciúmes.

Noah riu e Bailey terminou de se vestir, logo saindo do vestuário e indo em direção  quadra de basquete que ficava perto da cantina.

Conforme andavam pelos corredores, Bailey observava as paredes dos mesmos que haviam os murais do jornal do colégio e pôsteres recém-colocados que chamaram bastante a atenção e despertaram uma certa curiosidade em Bailey.

— Olá, Noah e Bailey. — Uma garota parou os meninos e deu um sorriso simpático. Noah a conhecia, mas Bailey não. — Aqui está o panfleto do nosso próximo evento dos esportes. Acho que vocês vão gostar. — Estendeu um pequeno panfleto e logo deixou os dois para trás, indo em direção de outros alunos para que pudesse distribuir mais panfletos.

— Quem é ela?

— Mélanie Thomas do Terceiro D. É uma das líderes de torcida do basquete, uma das responsáveis pelo jornalzinho do colégio e uma das amigas da Heyoon. Gata, né? — Falou com suas mãos em seu bolso, Noah já sabia do que se tratava no folheto. — Saiu um boato de que ela estava querendo ficar com você e o Krystian. — O cutucou com o cotovelo e riu.

— Gata é apelido. — Falou sem pensar, já que sua atenção estava para o que estava em suas mãos. — Mas ela não faz o meu tipo, então ela pode ser todinha do Krystian.

Bailey olhou para o panfleto e notou que era o mesmo que havia visto colado nas paredes, porém em um tamanho menor. Viu que se tratava de um evento esportivo onde o time de basquete e as cheerleaders teriam que trabalhar juntos em uma competição.

— Isso é interessante. Pode ser uma ótima oportunidade para mostrar a Krystian que podemos trabalhar juntos. — Disse com um sorriso travesso.

— Tenho certeza de que vocês vão se divertir muito trabalhando juntos. — Noah olhou sugestivo.

Bailey e Noah continuaram a caminhar pelos corredores, com o panfleto em mãos e um plano travesso em mente. A rivalidade entre Bailey e Krystian estava prestes a atingir um novo patamar. Enquanto isso, Noah parecia estar se divertindo com a situação, ciente de que algo intrigante estava prestes a acontecer.

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