Capítulo 6 Roda da morte
Amber Dellarusso
Ouvi um estrondo no andar de baixo enquanto consegui encontrar um escritório totalmente fechado, talvez possa ser de boa ajuda por enquanto.
Os segundos se passaram lentamente, junto com as batidas do meu coração. Lento também como a adrenalina em minhas veias...
Passos arrastados e o som tão conhecido preenchem o andar de baixo, eles estavam perto!
Tento novamente virar a maçaneta e empurrar a porta, agora com mais força. Acabo desistindo, suspiro me preparando para ter que enfrentá-los, deixo a bolsa no chão e procuro por angumas facas que consegui guardar comigo.
O primeiro aparece... Um homem alto com o maxilar fora do lugar, os olhos negros me olhando e estudando todos os meus movimentos, atrás dele aparece uma garota com os cabelos e o couro arrancados a força, aparecendo boa parte de seu crânio.
O homem dá o primeiro passo e me preparo para o ataque. Teria que ser rápida e calcular os movimentos, ele se aproxima lento, está faminto pelos sons graves que saia do fundo de sua garganta.
Seguro a faca com mais firmeza, corro em sua direção e o ataco diretamente no pescoço atravessando as duas lâminas, girando para a esquerda termino o corte fazendo com que sua cabeça se separe do corpo.
Os respingos de sangue negro atingem meu rosto e um pouco da parede. A garota me olha e sinto o frio na espinha, minha respiração está acelerada quando ela ataca.
Seus movimentos se tornam em câmera lenta, ela solta um grito antes de poder me jogar contra a parede me fazendo derrubar as facas no chão, segurei em seu pescoço com o braço robótico apertando, com a outra mão consegui alcançar a arma no cos da calça.
Ela tentava me morder quando ergui a arma mirando em sua cabeça e apertei o gatilho fazendo o cérebro respingar por todo o local, principalmente em mim.
Cheiro podre invadia o local, não seguro e acabei vomitando tudo o que tinha conseguido comer no dia.
Mal me recupero e noto mais transformados vindo pelo corredor, porém agora eram mais do que poderia lutar sozinha, por isso recorri a pistola.
Mirei no primeiro e atirei fazendo seu corpo cair, avancei mais pra frente do corredor e atirei em outro que vinha correndo.
"Não posso falhar!"
Os tiros teriam que ser precisos, principalmente por que não sei quantos são e a munição não irá durar por muito tempo.
Virei o corredor me deparando com mais dois transformados perto das escadas que dava para o andar de baixo.
Um deles veio pela minha direita e o outro pela esquerda, eles estavam cerca do sua presa, que no caso seria a mim.
Os transformados haviam se adaptado no seu estilo de caça, eram espertos e usavam a linguagem corporal para detectar algum sobrevivente e até mesmo usavam técnicas de caçadas em bandos... Literalmente como os animais faziam.
Como em todos os bandos o mais forte sempre se sobresai dentre os outros, o que manda no bando, aquele que dita os ataques...
E ele estava a minha frente. Tento normalizar minha respiração ao notar um homem alto e careca andar atrás dos outros dois transformados que pararam para esperar alguma ordem.
De suas cordas vocais ressonou um gemidos rouco e forte fazendo com que os outros dois se aproximassem, mirei no primeiro que pulou em cima de mim e atirei bem a tempo dele cair sobre meus pés.
O outro gritou e avançou, suspirei e apertei o gatinho também o caertando, quando se precisa sobreviver, nada pode te abalar. Porque a natureza é assim ou você mata e sobrevive ou morre virando comida do mais forte.
Ele me olhava com intensidade, analisando os dois corpos sobre o chão com a cabeça estourada. Senti pela primeira vez o medo me dominar quando seus olhos voltaram para os meus.
— Grrrrrraaaaa! — Ele gritou avançando, morei em seu rosto e apertei o gatilho, ele era mais rápido e desviou do tiro.
Me afastei quando senti que teria que ser mais esperta. Ele avançou de forma rápida me prensando na parede e apertando meu pescoço. No processo acabei deixando cair a arma que estava em minhas mãos.
Seus dentes estavam afiados e escorria sangue podre deles. Tentei alcançar a outra pistola em minha roupa, mas seria tarde quando senti suas presas cravarem em meu ombro.
Meu grito saiu estridente ao sentir seus dentes afiados ultrapassar minha pele e o veneno ser instalado no local.
Fechei meus olhos sentindo a dor aumentar quando ele colocou pressão na mordida e arrancou um pedaço engolindo de uma vez.
Abri os olhos podendo ver os dele me analisando, talvez aprovando o sabor de meu sangue em seus lábios ao passar a língua ali , sinto ele me soltar e aproveito a oportunidade e pego a arma e mirei em seu rosto e apertei o gatilho.
Seu corpo cai causando um pequeno tremor, noto mais alguns transformados entrarem, meus olhos ficam embaçados, sem foco.
Minhas pernas fraquejam, os músculos tremem e a dor começou a se tornar insuportável. Deixo meus joelhos caírem no chão, já não seria necessário lutar.
Pois tudo estava acabado, eu seria devorada com uma única lembrança vivida, o passado conturbado que me atormentou por anos...
Escuto tiros enquanto tentava manter minha respiração calma, antes de me encontrar com o chão eu o vejo.
Um homem forte, alto de cabelos escuros espetados em um corte militar, ele usava roupas pretas e seus olhos eram de um azul penetrantes, me olhava de forma séria.
A respiração se torna pesada e meus músculos relaxam, ele vem até a mim e retira algumas mexas dos cabelos de meu rosto.
***
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