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Capítulo Um

"Antes era só eu, mas agora existe mais alguém aqui. Alguém que luta comigo todo o tempo. Alguém que quer roubar minha vida. Será que alguém é capaz de entender?"

***

Mais uma daquelas manhãs assustadoras em que eu agradeço por acordar, e espero estar aqui o dia inteiro. Eu evito ao máximo dormir, porque ele vem enquanto eu durmo, me veste, e então não sou mais eu. Acordo sempre em alguma sarjeta, machucada, sem dinheiro, sem dignidade.

Ninguém parece acreditar em mim.

EU NÃO ESTOU LOUCA!

Eu tinha uma vida. Trabalhava numa doceria. "Ela tem mãos de fada" eles diziam. Diziam também que eu era tão doce quanto os doces que fazia. Eu era feliz!

Numa noite de sábado saí com minhas amigas para me divertir. Nos enfeitamos e fomos dançar. Eu não queria ficar com ninguém aquela noite. Nem cheguei a beber. Apenas dancei como se não houvesse amanhã. Aquelas luzes, a música, os sorrisos de todos... era mágico. Por mais que todos ali tivessem problemas, era um momento onde todos éramos felizes.

Dancei até não me aguentar mais os saltos, e então me despedi de minhas amigas penduradas em ombros de caras estranhos, e fui embora. Enquanto esperava o táxi um cara apareceu. Era alto, charmoso, bem bonito. Em outro dia eu adoraria dançar com ele, beijar aquela boca, e o que mais nossos corpos pedissem; mas naquele dia não. Aquele dia era meu, e só meu!

Mas ele não entendeu.

Disse que era pra eu estar agradecida por um cara como ele me querer. Disse que com aquela roupa eu tava pedindo. Disse que eu era... Ele disse muitas coisas. Me arrastou para o beco ao lado da boate, me jogou contra a parede e começou a me beijar à força. Segurou minhas mãos no alto da cabeça pra que eu não pudesse me defender, e enfiou a mão por baixo do meu vestido. Aí, subitamente eu apaguei. Quando acordei estava com um pedaço de pau na mão, e o cara estava no chão com a cabeça coberta de sangue.

Alguém deve ter ouvido e chamado a polícia, porque logo depois uma viatura apareceu. A luz do farol me fez atentar para a realidade, e eu soltei a madeira que estava em minha mão. Dei graças a Deus pelos policiais, finalmente estava segura. Mas eles me seguraram, me algemaram e me puseram no carro. Eu contei a eles o que aconteceu. Eu contei. Mas eles não me ouviram, não acreditaram. Eu fui presa.

Durante minha estadia na prisão, ele apareceu algumas vezes. Eu notei porque dormia na cela, e acordava na solitária. No dia seguinte sempre tinha alguém me olhando com cara de medo.

Até que não era ruim ter um protetor naquele lugar. É claro que o mal comportamento dele me atrapalhou muito, e até aumentou minha pena, mas, eu não tinha o que fazer. E por mais que eu dissesse que não era eu, ninguém acreditava.

Após cumprir minha pena, eu tentei voltar à trabalhar. Minhas amigas intercederam por mim na doceria e eu fui aceita de volta. Mas, ele começou a aparecer mesmo quando eu não precisava. No meio do expediente, no meio da madrugada, e eu fui perdendo tudo aos poucos. Um a um, os amigos me deixaram. Perdi meu emprego, e só não virei moradora de rua porque o apartamento era meu, e como o prédio não tinha nem elevador, não cobravam condomínio.

Não se como farei para pagar as contas, mas, tenho esperança que alguém acredite em mim, e me ajude. Droga... meus olhos estão se fechando. Faz dois dias que não durmo. Não posso dormir. Não posso dorm...

Oi. Tem alguém aí? Finalmente a donzela dormiu! Ela não sabe quem eu sou, mas se eu não existisse, quem a protegeria? Ela me acusa de tentar tomar o controle, mas, eu só faço isso pra protegê-la. Ela é muito ingênua, acredita demais nas pessoas, precisa de proteção.

Eu sei que só deveria aparecer quando ela estivesse em perigo, mas é muito chato ficar preso na cabeça dela. Eu também quero viver. Mas ela não entende. Ela não consegue me ouvir como eu a ouço, por isso acha que eu faço por mal. É só que eu não suporto esses sanguessugas do trabalho dela, sempre exigindo tanto. Eles a exploram! E esses homens? Esses nojentos. Quem pensam que são? Não... ela não sabe se virar sozinha. Ela precisa de mim!

Ah.. eu adoro a cidade à noite. A brisa, as luzes. É muito bom caminhar pelas ruas vazias. Hoje o clima está melhor que nunca. O sereno deixou a rua com um tapete brilhoso. E esse ar frio entrando em minhas narinas. Noite perfeita!

  - Olá gracinha! - diz um cara cheirando a cigarro. Ela odeia cigarro, eu também. - Fazendo o que na rua a essa hora, hein? - continuou ele, andando em círculos à nossa volta - Sabe.. pode ser perigoso! - e soprou a fumaça em nossa direção.

  - Eu não te devo satisfações. Me deixe em paz. - eu nunca uso de violência sem argumentar antes, faço isso por ela.

  - Ah... mocinha rebelde. - ele retruca, e eu percebo que a noite vai terminar mal. - Vou te ensinar a respeitar um homem! - e veio pra cima, já tentando me empurrar para um beco qualquer. Se fosse ela não teria defesa, mas sou eu que estou aqui, e não vou deixar que nada aconteça.

Enquanto ele tenta me encurralar, dizendo coisas nojentas, eu o jogo no chão com toda força. A raiva toma conta de mim, e então eu começo a chutá-lo em todo lugar possível. Ele desmaia depois de alguns chutes na cabeça, e então tudo fica vermelho. Droga... minha noite está no fim. Ela vai voltar. Preciso ao menos levá-la de volta para casa.

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