r e b e k a h . n o v e ©
Rebeka
Quando vi Thierry na porta de casa eu ainda tentei piscar duas vezes pra ver se não era efeito do vinho que tinha tomado com Erin e Alfredinho. Mas infelizmente eu estava diante do homem que vinha ameaçando minha sanidade. Eu não havia me dado conta de que ele seria o homem que seis anos atrás me levou as estrelas e tirou minha virgindade. Também não imaginei que ele se lembraria de tudo . Tentei ser grossa e não convida-lo para entrar mas não funcionou , então eu não tive alternativa a não ser convida-lo pra entrar. Tentei fazer com que a conversa fosse o mais breve possível mas pareceu notar e levou a conversa o mais longe que pode. Ele pareceu notar que eu tinha pressa em que ele fosse embora. Quando finalmente ele se foi eu pensei poder respirar aliviada, ledo engano. Ouço a voz de Agnella conversando alegremente com alguém.
Sorrio de satisfação, a minha filha é muito comunicativa e inteligente. só quando identifico a voz de quem está falando com ela que eu corro porta a fora e sem pensar eu me ponho na frente de Agnella como uma leoa que defende seu filhote, o que causa estranheza a Thierry . Ele
fica de pé na minha frente sem entender muito bem o que está acontecendo. de repente e leva as mãos a cabeça como se tivesse feito uma grande descoberta. Eu me finjo de desentendida. Na verdade eu tenho esperança que ele não esteja imaginando nada sobre Agnella. Então , é quando a realização e compreensão me batem , Thierry está pensando que Agnella é filha dele. Seria cômico se não fosse trágico.
—Clary, será que você poderia levar sua afilhada lá para o apartamento? — peço sonelemente a ela—por favor?
—Está bem, mas estarei aí dentro, se precisar é só gritar.—Fala olhando pro Thierry com ar de desafio. — Vamos rabisco, você tem que tomar banho pra jantar.
—Podemos pedir pizza? Por favor mamãe, Só hoje. —Minha filha intercepta e clama calorosamente .
—Sim! Peça para sua madrinha pedir.— cedo .
Agnella emiti um gritinjo eufórico .
—Oba!!—se vira para Thierry que permanece estatico e diz —Tchau moço!
Clary a puxa para dentro. Minhas pernas mal conseguem me sustentar, tudo que eu mais temi a minha vida toda estava acontecendo. A minha frente com uma cara de furioso Thierry Tiger,a última pessoa que poderia saber da existência Agnella. Não sei se para bem ou para mal mas ele entendeu que por conta do que houve no passado Agnella seria filha dele. Confesso que se fosse as coisas seriam bem mais simples.
—Então achou que poderia esconder a criança de mim para sempre? —indaga em um tom raivoso .
—Eu realmente não sei do que o senhor está falando. O senhor não é o pai dela senhor Tiger.—Acho que a minha voz saiu ligeiramente trêmula.
Como um felino ele se aproxima ,encuralando-me contra a parede fria e, deixando -me sem ação.
—Sabe Rebekah, existem duas coisas que me deixa muito irritado. Uma é que mintam para mim, a outra é que desafie minha inteligência. Eu sei que essa menina é alguma coisa minha, se não for minha filha, é de algum parente meu. Seja lá o que for eu vou descobrir cedo ou tarde, melhor que seja por você. — a ameaça é amarga.
Engulo em seco ,assentindo.
—Senhor Tiger.—tento parecer firme —Creio que o senhor está sendo um pouco apressado em afirmar que tem algum parentesco com a minha filha, apenas porque tivemos uma aventura no passado. O senhor está tirando conclusões precipitadas. Eu posso ter tido aventuras com outra pessoa, ou mesmo outras pessoas. —Vejo ele meio que titubear mas logo se recupera.
—Primeiro: nós não tivemos uma aventura; nós nos encontramos e fodemos feito loucos. —eu emito um som desagradável e ele continua. —Mas você tem razão, eu agi por impulso. Me perdoe senhorita Stewart. —A seriedade dele me deixa preocupada. —Se me dar licença ,eu preciso ir. —fala se afastando .
Quase consigo respirar normalmente ao vê -lo caminhar elegantemente para o elevador . Assisto as portas de metais se fecharem levando Thierry. Eu gostaria de acreditar que essa é a ultima vez que o vejo. Mas acho que isso está só começando, ele aceitou o que eu falei fácil demais.
—Amiga o que foi isso? O que é aquele homem? Ele é mesmo quem pensamos que é? Pelo amor de Deus Rebekah! Se ele for você tem que sair daqui com a rabisco. Eu liguei para o meu irmão mas ele não atendeu. —Clary aparenta estar mais agitada que o normal .
—Clary calma! Não precisa entrar em pânico, na verdade ele nem suspeita do que tememos, mas eu não vou poder viver fugindo para sempre. Vou ter que resolver isso—Chego a conclusão.
Mãos geladas cobrem as minhas .
—Mas não fica preocupada amiga! Ninguém vai tirar a nossa rabisco.— quero acreditar no que ela diz , no entanto meu coração fica apertadinho.
—Mudando de assunto, você não me parece muito bem, está abatida, aconteceu alguma coisa?— questiono vendo-a pálida , com o semblante fadigado.
—Não é nada! Só um mal estar passageiro, mas já estou bem. Deve ser alguma coisa que comi.— despreza minha preocupação com um abano de mão .
Já a algum tempo estou desconfiada que a Clary está sofrendo de algum distúrbio alimentar. Eu espero estar enganada porque essas doenças são sérias. Seguro as duas mãos dela nas minhas.
—Você me promete que se sentir alguma coisa vai pedir ajuda?—Ela meneia a cabeça que sim.—você sabe que estou aqui pra você sempre que precisar não é? —sua resposta é un um lindo sorriso.
Clary é linda !Há alguns anos atrás se arriscava nas passarelas , entretanto ela chegou a conclusao que não era a profissão que queria , a minha cunhada amava moda e para se manter neste universo optou por se tornar uma designer de moda, e ela era uma das mais populares de Londres. Seu ateliê era um dos queridinhos da alta sociedade inglesa .
—Para com isso Rebeka! Não está acontecendo nada comigo, desencana Comadre! Se eu ficar mal eu te aviso.— me abraça forte .
—Se acontecer alguma coisa com você, eu nem sei o que vai ser de mim e da rabisco. A amamos demais você sabe. —sou sincera ao dizer em um tom choroso.
—Eu sei amiga mas estou bem mesmo, deve ser algo que comi no shopping. —faz uma careta .
—Então está bem, confio em você .—Ela se dirige a cozinha para tomar água. —Ei! Será que você pode ficar mais um pouco com Agnella? É que tem um lugar que preciso ir e não posso leva-la. —peço envergonhada.
—Posso sim, mas onde você vai? Já está tarde pra entrevista de emprego. —pergunta olhando a hora no relogio de pulso.
—Mas essa eu não preciso marcar horário, já está tudo certo. Eu só preciso aceitar e assinar o contrato. —Ela me olha assustada.
—Vai aceitar a proposta do Tiger? Rebekah, logo agora com essa nova informação, Melhor ficar longe desse homem. —roga aflita.
—Já ouviu aquele ditado que diz: mantenha seus amigos por perto e seus inimigos mais perto ainda? Pretendo aceitar a proposta dele e também vou contar toda história de Agnella. Ele não pode continuar pensando que é o pai dela. —exclamo nervosa.
—Como é que é? —ela arregala seus olhos . —Como assim ? Para ele ter essa suspeita, você tem que ter... precisava tê-lo conhecido o Tiger á mais tempo, mas se você não andava com a Nay, como conheceria ele?— Ela para e pensa m pouco —Você não me contou que existia essa possibilidade!
—Calma Clary! Respira! Eu vou te contar tudo. Mas por favor não me julgue, e principalmente não conte ao seu irmão. Eu quero eu mesma contar. —imploro .
— Sim eu prometo! — faz uma cara séria e põe a mão no peito. Tenho que rir do jeito dela. —Vai me conta logo!
—Está bem curiosa. —recebo um revirar de olhos —Quando acabei a faculdade, sai uma noite com umas amigas da faculdade pra comemorar algo que na verdade nem me lembro. Só sei que era uma boate luxuosa em que até as garçonetes vestiam roupas de grife. Eu estava usando uma roupa simples porque queria passar despercebida. Queria apenas dançar e me divertir, vários homens se aproximaram e eu consegui me desvencilhar. Até que percebi em meio a outros homens em uma mesa, um par de olhos verdes que não paravam de me seguir. Devido a ter bebido um pouco, eu comecei a dançar e esse homem me seguiu até a pista e começamos a dançar e logo ele me convidou a sair dali, até porque o barulho era alto no local e impossibilitava qualquer tipo de conversa.
—Vai me dizer, que saiu da boate com um desconhecido lindo só para conversarem? Me poupe cunhada! —deduz com um certo deboche como se não acreditasse .
—Eu não vou te dizer isso Clary, até porque fomos pro apartamento dele e la, eu tive a noite mais fantástica da minha vida, não foi uma noite de amor , foi só sexo mesmo. Ao amanhecer eu sai de fininho do quarto dele e nunca mais fiquei sabendo sobre o mesmo , até porque eu não sabia o nome dele— Paro um pouco e olho a expressão dela, afinal eu namoro o seu irmão—Nunca mais até ontem naquela festa. Ele me reconheceu e por isso veio hoje aqui, por pura ironia do destino, a Nay se envolveu com alguém dessa família. Não sei se com ele próprio ou com alguém ligado a ele. Mas devido o que aconteceu entre nós dois no passado e acreditando que Agnella é minha filha, ele agora acha que ela também pode ser filha dele.—Ela ouve tudo atentamente fica parada, acho que processando tudo que ouviu.
—E o que você pretende fazer? Vai contar a ele a verdade sobre a rabisco ? Será que não seria mais viável deixar ele pensar que Agnella é filha dele? Porque se disser que é filha da Nay; eles podem dizer que querem cuidar dela,pelo parentesco. — a possibilidade me dá aflição.
—Sinceramente? Se ela for filha dele com a Nay,o que eu não acredito porque disseram que o companheiro da Nay, morreu com ela no acidente. Não acho que ele faria isso. Thierry me parece ser um homem idôneo. De acordo com informações que tive dele. Thierry é querido por todos,desde funcionários a amigos. Eu vou apostar no meu instinto e vou contar pra ele toda a história, E dependendo da resposta dele, eu vou arranjar um advogado, eu tenho a carta assinada pela Nay, isso deve me dar o direito de criar Agnella.
— Rebekah, se ele for o pai, com certeza tem também seus direitos. Não é melhor arranjar um advogado antes de falar com ele? —sugere mordendo as unhas perfeitamente pintadas de vermelho .
—Eu acho melhor falar antes, até porque já está bem tarde. Converso com ele e amanhã arranjo o advogado. Me deseje sorte amiga. —imploro e Clary me abraça .
—Boa sorte amiga! Apesar que acho que devia deixar pra amanhã. —expõe sua opinião ao me soltar.
—Eu não conseguiria dormir essa noite Clary. Por favor fica só mais um pouco com Agnella para mim? Prometo te recompensar depois. —ela rir .
—Precisa nem pedir, eu amo ficar com rabisco. Pode ir sossegada,ela vai fazer a lição, tomar banho e jantar.Sei que não vai ser exatamente nessa ordem mas no fim da certo.—tranquiliza-me
—Obrigada Clary, por tudo !—peguei minha bolsa e antes de sair lhe enviei um beijo .
O trajeto até a Louis & Join eu faço tão preocupada que quase passo do lugar. o porteiro hoje não é o Alfredinho, eu queria muito que fosse.
—Boa tarde! Preciso ir no andar da diretoria. Poderia me anunciar. —peço nervosa e ao recepcionista que me olha de cenho franzido .
—A senhorita tem hora marcada? Os diretores só atendem com hora marcada.— Tinha me esquecido desse detalhe. Quando vou abrir a boca pra argumentar alguém fala atrás de mim.
Viro-me e sou e cara com um belíssimo homem louro ,de incríveis olhos azuis escuro ,em um terno claro .
—Pode deixar que eu cuido disso Pedro —Olá, eu sou Stephen, um dos diretores, em que posso ajuda-la?— estende a mão.
O louro Alto de barba bem aparada embora lindo , me passa um mau pressentimento. Algo nele me incomoda, eu não sei porque.
Aceito sua mão e digo ;
—Eu sou Rebeka Stewart. Vim pra falar com o senhor Tiger.— Me apressou em explicar.— É sobre a proposta de emprego que ele me fez. Devido que vou aceitar e...
—Ah sim acho que já ouvi falar de você, bom infelizmente a senhorita não deu sorte —diz com pesar.— Houve uma contratação hoje mais cedo .
Nem tenho tempo de lamentar pois um grito fino e extremamente eufórico irrompe no momento .
—Amigaaa!! Que bom que apareceu, eu já estava com saudade de você minha pantera— Alfredinho vem em meu socorro , e ignora totalmente Sptephen que ostenta uma expressão de desgosto —Me diz ai Pedro, se ela não parece uma pantera negra? E olha que nem fui o primeiro a notar.
—Alfredo!! —o cara quase grita.— Quantas vezes já não foi dito pra não chegar desse jeito? E que intimidade é essa com a senhorita Stewart ? Você sabe que ela é arquiteta não é? Portanto recolha-se a sua insignificância e se comporte como o porteiro que você é !—o cara é igualzinho Ashley,o que só comprova meus instintos.
—Pois fique sabendo que a intimidade foi ela mesma que me deu ,e quanto a insignificância.. Eu conheço pessoas bem mais insignificantes e que se sentem importantes quando na verdade não passam de... —interrompo-o deste momento embaraçoso.
—Não tem importância Alfredinho, você pode me chamar como quiser,até porque pra mim não existe essa tal de hierarquia. Somos todos iguais. — Os lábios de Stephen crispam em hostilidade ,e ele parece discordar totalmente.
Ele olha para Alfredinho com nada além de desprezo .
—Bom senhorita, vou subir porque tenho muito mais o que fazer do que ficar dando conversa pra essas bichas descompensadas. —diz baixo ,mas eu sou capaz de ouvir e nao me contenho ao dizer .
—Você não pode falar com ele desse jeito, se ele te processar eu serei a primeira testemunha dele.—ignorando-me ele se me dá as costas e se vai.
Noto Alfredinho visivelmente triste , e isso me intristece também. —como permite que ele fale assim com Você?
—Deixa pantera! Não se preocupe com ele, fruta podre cai sozinha. Um dia... Ah quer saber esquece. Você veio falar com o tigre não é ?—me pergunta e eu assinto—Uma pena ele já foi pra casa, saiu mais cedo hoje. Na verdade acabou de sair. O Fernando também já se foi com a rainja ,só restou o boy magia negra. Mas esse não apita muito aqui não, sabe como é, ele apenas representa o outro bofe. —eu quero perguntar qual bofe ele representa mas achei melhor me calar.
— Que pena! Também a vaga de arquiteto já foi preenchida, logo agora que eu tinha me decidido a aceitar. — Alfredinho faz uma careta .
—Quem disse que a vaga foi preenchida? Ainda hoje eu ouvi o Thierry falar pro Fernando que iria convencê-la a aceitar. —diz confuso.
—Foi o Stephen. Ele me disse que eu deveria voltar pra casa que a vaga já havia sido preenchida. Estranho , porque será que ele não quer que eu trabalhe aqui? —indago.
—Tinha que ser ele ! O Stephen e a vaca de sangue azul, são unha e cuticula, é provável que ela tenha pedido pra ele fazer com que você não aceitasse a proposta do tigrão. Com certeza ela já viu o clima de tesão que rola quando você e o tigre estão no mesmo ambiente. agora que eles terminaram, ela deve estar cuspindo bala de trinta e oito para tudo que é lado—de tudo que Alfredinho diz eu sou consigo pegar a parte do rompimento .
Essa é novidade pra mim, mas porque meu coração bateu mais forte com essa revelação?
— Bom, já que o senhor Tiger não está eu volto amanhã.
—Queria falar comigo senhorita Stewart? —Quase dei um pulo tamanho susto que tomei.
—Sim mas o Alfredinho me disse que o senhor já havia saído. —murmuro o olhando .
Era uma loucura afirmar mais , Thierry parecia ainda mais bonito agora .Seu casaco havia sido substituído por um sobretudo e um cachecol ao redor do seu pescoço .Era uma proteção para os dias de frio intenso em Londres.
—Eu voltei para pegar uns papéis no escritório, ainda quer falar comigo? Se quiser podemos ir até minha sala.
—sugere .
—Sim se não for atrapalha-lo. Eu... posso voltar outro dia. — digo com incerteza
—Voltar outro dia nada! Você não queria falar com o bofe mulher? A hora é essa! Vai lá com ele!—Alfredinho fala e Pisca maliciosamente pra mim. Eu só queria que a terra se abrisse e me engolisse.
— Talvez o senhor tenha algum compromisso, eu não me importo de voltar depois. —tento argumentar
—Se você veio até aqui, é porque o que tem a dizer é importante, por favor vamos até minha sala. Ele faz um gesto com a mão indicando o caminho. Eu sopro um beijo pro Alfredinho e o acompanho.
No elevador vamos em total silêncio e como um bom cavalheiro, Thierry me permite ir a frente . Antes me indica uma sala ladeada por vidros, e ao abrir a porta me deparei com um ambiente de extremo bom gosto .
Ele afasta a cadeira para que eu sente e eu não me faço de rogada .O silêncio só é cortado quando Thierry está atrás de sua mesa , me analisando com seus deslumbrantes olhos verdes.
— Estou surpreso que esteja aqui Rebeka, eu estava inclusive indo outra vez a sua casa. Não quero que pense que sou uma pessoa chata, apenas que você não conseguiu me convencer que não tenho nada a ver com aquela menina . Não sei explicar mas a ligação que senti com ela foi muito forte.
—Eu vim aqui pra esclarecer essa situação. E também, porque pensei bem e resolvi aceitar sua proposta de trabalho, preciso trabalhar e a sua proposta foi a melhor que recebi. É claro se ainda estiver disponível. —Me apresso em dizer eu o vejo olhar para o relógio como se estivesse apressado. —Se estiver com pressa podemos continuar outro dia.
—A vaga está disponível e sim. Tenho um compromisso portanto por favor não fuja do assunto, essa menina é minha filha ou não?—Curto e grosso, muito grosso aliás.
—Não ela não é sua filha! —controlo minha voz para não gritar e ele permanece impassível.—E nem minha se você quer saber. Vejo sua expressão mudar.
—Eu não estou entendendo. Eu a vi te chamar de mãe e a forma como você saiu quando eu estava falando com ela. Parecia que você queria evitar que a menina e eu nos aproximassemos. —acusa .
— A verdade é .. que eu passei os últimos seis anos tentando evitar qualquer tipo de aproximação com a família Tiger.—Ele me olha sem compreender e eu continuo. —Eu tenho uma irmã, ou melhor dizendo. Eu tinha uma irmã o nome dela era Nayrien Stewart. —Thierry estreita os olhos como se para se lembrar de algo. — Ela se envolveu com coisas erradas, pessoas erradas e se afastou da família, meus pais tentaram de tudo. Pagaram dívidas dela, tentaram tudo pra ela mudar de vida mas ela não quis, então nossos pais morreram atropelados e ela quis voltar a viver comigo na casa que pertencia a eles , só que eu havia descoberto que a nossa casa estava hipotecada, meus pais fizeram isso para pagar dívidas dela mesmo. Então eu já trabalhava e paguei as parcelas atrasadas e aluguei a casa e com o dinheiro do aluguel eu pagava a hipoteca, até acabar de pagar pra não perder a casa que meus pais lutaram tanto pra comprar. Aluguei um apartamento pra mim e não permiti que ela morasse comigo. O que fez com que minha irmã se afastasse de vez de mim.
— Você nunca mais soube dela? Sabe eu conheci uma Nayrien. A história que ela contava, era que a irmã mais velha havia vendido a casa que era dos pais e que pertencia a ela também, ela dizia que a irmã fez ela assinar um papel onde ela abria mão da herança dos pais. Que ela teve inclusive que morar nas ruas, tudo por culpa da irmã. —Meu coração quase sai pela boca, então foi ele, Agnella é mesmo filha dele.
—Meu Deus! A história não foi bem assim, a Nay sempre foi problemática meus pais fizeram de tudo como eu disse, mas chegou um momento que eles desistiram, quando ela apareceu com outra dívida de drogas, meu pai disse a ela que daria o dinheiro, mas com a condição que ela assinasse um papel desistindo de tudo. Resumindo meus pais a deserdaram. Eu e ela sempre fomos amigas, E mesmo depois disso ainda continuamos amigas, até a morte dos nossos pais, quando ela só apareceu para escarnecer dos nossos pais mortos e pedir pra morar na casa, eu não deixei porque tinha que alugar pra pagar a hipoteca. Então eu nunca mais tive notícia dela. Até seis anos atrás quando dois policiais apareceram na minha porta com uma criança e uma carta onde ela me pedia pra criar a criança e a mantivesse longe da família do pai dela. OS TIGER. Foi a única informação que tive. Que a família Tiger era uma família de pessoas terríveis e iriam querer me tirar a criança.—Tento respirar mas parece que na minha garganta tem uma bola impedindo que o ar passe. Sinto que vou desmaiar e vejo ele me segurar meus braços e levantar dá cadeira . Consigo enfim respirar; ele me conduz até o sofá.
—Está bem? Vou pegar uma água pra você. —Ele vai até a copa e trás um copo com agua — Toma devagar, então a criança tem mesmo algo a ver com minha família. Por isso me identifiquei tanto com ela.—Ele diz.
—Sim, deve ter sido a voz do sangue. Eu me apaixonei por ela Assim que a vi, quando ela segurou meu dedo eu sabia que não poderia mais viver sem ela. Na carta ela dizia para ter cuidado com a família do pai, que quando ficaram sabendo da existencia dela já queriam tomar. Falo e olho pra ele.
—Isso foi devido a sua irmã e o meu irmão serem dois irresponsáveis— Eu olho pra ele espantada. Como assim irmão? Como assim não era ele o pai da minha rabisco? Não sei se estou aliviada ou frustrada.—Quando a Didi eu ficamos sabendo que a Nayrien estava grávida, nosso primeiro pensamento foi ficar com a criança já que o Calvin, meu irmão que é o pai da criança.
—Agnella— Ele me olha sem entender. — O nome dela é Agnella, quem é Didi? —pergunto.
—Lindo nome você deu a ela. A Didi é a única família que nos sobrou depois que meus pais morreram, ela ajudou meus pais a nós criarem. A temos como uma segunda mãe. Pois bem, no início ela aceitou a nossa proposta, eu dei dinheiro a ela para se manter e quando tivesse a bebê ela me entregaria. Eu e a Didi iríamos cuidar dela, mas ela pegou o dinheiro e caiu outra vez no mundo com o Calvin, até que ficamos sabendo da morte dela e do parceiro. E também da criança— É bem a cara da Nay fazer isso. —Por isso quando a vi em sua casa, eu achei que era nossa, já que achava que o filho ou filha do meu irmão tinha morrido E a gente tinha.. .Bem, foi só uma noite mas foi muito intensa, você á de concordar comigo. —Sinto meu rosto queimar, acredito estar mais vermelha que tomate.
—Então seu irmão também não a queria? Eu vim aqui hoje achando que você era o pai dela. Vocês enterraram o corpo do seu irmão? Porque eu não tive sequer a oportunidade de enterrar minha irmã, quando vieram me avisar que ela morreu, ninguém soube me informar onde havia sido enterrada.
—Meu irmão não morreu Rebeka. Ele está bem vivo. Mas não se preocupe que ele não vai reivindicar a paternidade da criança. Mas por via das dúvidas, vamos deixar ele continuar acreditando que a criança morreu junto com sua irmã, Agora... quanto a mim, eu quero conviver com a criança. Com Agnella e leva-la pra conhecer a Didi. Não vou abrir mão desse laço, nem que pra isso eu tenha que fazer meu irmão assumir o papel de pai. E acredite em mim você não iria querer isso. portanto nós vamos fazer Com que idos acreditem que Agnella é minha filha... Ele faz uma pequena pausa significativa e eu tenho medo do que ele vai dizer. __ e sua.
Continua...
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