| g a b r i e l e | (30)
Ola galerinha linda do meu coração quem estava com saudade do Leão e da megerinha ai levanta a mão 😆? Então gente foram muitos problemas em cima das amigas autoras, doença na familia e eu estive bem doente também mas graças a Deus já está tudo bem . Então... sem mais delongas hehe vamos ao cap. Boa leitura nao se esqueçam das estrelinhas e comentários bjo no coração suas lindas e lindos
ALGUMAS SEMANAS DEPOIS
"Nossa Gabriele como você forte!"
Ultimamente tenho ouvido muito isso. Quem me vê assim em pé não sabe tudo que já tive que passar. Ao longo dos meus vinte e cinco anos eu ja tive que ver minha mãe sendo estuprada, tive que matar o desgraçado que fez isso com ela e quando estava aqui levando minha vidinha ao lado das pessoas que eu amava, vi a Diana corromper minha irmã e a levar ao mal caminho. Ao ponto dela se prostituir e pior, vender minha irmãzinha a um monstro estuprador, em muito pouco tempo eu quase vi meus dois irmãos morrerem. Se eu me acho forte? A resposta seria: eu sou uma sobrevivente. Dividindo meu tempo com os cuidados dos meus dois irmãos eu não me esqueço de agradecer a Deus por te-los guardado com vida, porque como dizia a minha mama, enquanto há vida há esperança e os dois estão vivos e toda essa turbulência vai passar. Fiquei sabendo pela tia Lili que a Diana está morta. O mesmo tendo acontecido com o maldito monstro que maltratou meus irmãos. Também soube que a Samantha foi submetida a um castigo. pelo que a tia Lili me disse o castigo foi até leve, ela me disse também que ela foi mandada a um lugar onde meu pai mantem os prisioneiros, membros de outras máfias. Soube que lá, as mulheres são submetidas a todo tipo de punições. Uma delas é que ela seria estuprada diariamente. Talvez ele tenha feito isso para ela perceber o que ela fez com a irmãzinha. Não vou ser hipócrita em dizer que tenho pena, por tudo que ela fez com a Nella a vendendo a um sádico e com o Toby que ela deixou na chuva pra morrer, embora me preocupe com a criança que ela carrega. Toby estava indo bem e Nella apesar do silêncio e antipatia pelo toque encontrou na pintura uma fuga. Ela passava horas e horas desenhando e ao mesmo tempo que seus desenhos mostravam tanta cor, existia uma certa melancolia neles. Através disso ela nos permite chegar mais perto, acredito que nossa relação se tornou ainda mais próxima e eu estou disposta a fazer qualquer coisa por ela.
Está sendo difícil lidar com tudo e há dias que fingir que está tudo bem cansa, no entanto é nesses dias que eu sei o quão abençoada eu sou. Dimitrious nunca saiu do meu lado, ele é o alicerce que me mantém em pé. Se penso em fraquejar ele esta lá segurando -me para nunca cair. Cada dia fica mais explícito o amor que sinto por ele, e agora é um desses momentos.
É tarde da noite, e nos dois estamos deitados na cama que ele fez questão de colocar no quarto de hospital que praticamente se tornou nossa segunda casa.
Meu corpo ainda esta febril, suado e saciado. Acabamos de fazer amor. Seus dedos brincam com meus fios, enquanto meus olhos estão presos a seu perfil imponente.
Sou pega em flagrante o venerando, quando o mesmo inclina o rosto para baixo e me encara. Ele sorri apaixonadamente e meu coração se derrete mais um pouco.
— O que foi megera? Achei que estivesse dormindo. Estava tão calada! — murmurou roucamente.
Enrubeço
— Hum, Estava apenas te observando. — fechei os olhos quando seus dedos acariciaram minha bochecha e lábios. — Eu gosto de silêncio. — o que eu não digo é que o silêncio é bem vindo, uma vez que minha mente é barulhenta demais.
— Acha que eu não sei disso? —questiona. — Qualquer outra pessoa passaria despercebida diante de tanto serenidade entretanto para mim é impossível não notar sua presença. — confessa, olhando dentro dos meus olhos. Mordo o lábio e nego com um aceno rápido. — Sei que seu silêncio não é intencional, Ele me acalma e trás paz! Antes de você eu andava perdido, mas agora eu sei exatamente o que eu quero. —Eu já estou chorando. — Eu amo você, Ágape!
Meu coração floreia e não há retidão quando as palavras rolam de minha boca;
— Eu também te amo, Dimitrious! — os olhos dele se arregalam, e eu não lhe dou tempo de pensar.
Selo nossas bocas, beijando -o com amor, calma e delicadeza.
— Diz de novo, megera... — implorou ao quebrar o beijo. Lábios dormentes e olhos baixos. Sorrio, encarando -o com amor e alegria. — Diz que me..
O corto.
— Eu amo você ! —
Digo com a voz embargada. Não quero nunca mais me privar disso. De dizer o quanto o amo — Eu tenho te amado desde sempre, te mostrei isso. Mas estou cansada demais de so mostrar, eu quero poder verbalizar as palavras, por isso lhe digo. Eu amo você Dimitrious!
A comoção de sentimentos é tanta que apenas nos fitamos em silêncio. Um silêncio mais que bem vindo e adequado para o momento. Havia amor em cada ação minha, no entanto eu sabia que Dimitrious precisava ouvir as palavras.
— Te amo tanto — reforço.
— Ah, minha megera, Eu também . — emocionado, eu juro ver seus olhos brilharem.
Rolando sobre mim, ele se encaixa outra vez entre minhas pernas. Seus olhos estão nos meus e sua boca rapidamente segue o mesmo percurso. Nos beijamos, apaixonadamente, e intensamente.
— Amo você, Gabriele — Diz me penetrando com delicadeza me venerando a cada estocada .
E eu o sinto não somente dentro de mim, mas em meu coração.
(.. )
Na manhã seguinte quando eu acordo Dimitrious já não esta na cama, sei para onde ele foi, por isso tomo banho, me troco e vou em busca dele.
Me aproximo do quarto em que Toby está internado e ouço ruidos de brinquedos e risadas. Abro a porta e me deparo com Dimitrious, Sebastian e pasmem!
Meu pai.
Isso mesmo o poderoso Lorenzo Moretti com carrinhos na mão, em cima de uma mesinha do hospital a qual as enfermeiras usam para depositar os medicamentos, está montada uma mini pista de corridas, Toby está com sua miniatura de MacLaren e os outros eu não sei identificar as marcas. Nenhum deles notam minha presença. Estão entretidos demais em sua brincadeira.
Quando os carrinhos são postos na pista e devidamente ligados, começa uma gritaria dos adultos e até a Nella bate palmas torcendo. No fim o carrinho do Toby vence e do meu pai fica em segundo. Dimitrious e Sebastian se entreolham desconfiados enquanto meu pai e Toby se cumprimentam com as mãos em punho.
Não contenho o riso quando vejo o bico que o Dimitirious faz.
Definitivamente ele não está acostumado a perder.
Ainda rindo eu vou até Toby e beijo o topo de sua cabeça, faço o mesmo a Nella, ela sorrir e toca meu rosto rapidamente. Lhe dou uma piscadela e caminho até meu menino grande, que está emburrado. O beijo calidamente e sussurro em sua orelha.
— Seu biquinho é tão grande que esta quase ocupando toda sala. — brinquei, enquanto ele enlaçava minha cintura . — Pare com isso, Dimitrious.
Sinto -o vibrar, ele está rindo.
— Só se você disser que me ama. —negocia e eu não posso deixar de sorrir.
Beijei-lhe o lóbulo da orelha e murmurei.
— Te amo, amore mio. — seus olhos vêem até os meus, e o brilho neles é inigualável. — Agora me diz, o que está acontecendo aqui? Mais parece um autódromo . — pergunto curiosa.
—Como eu havia prometido ao Toby que o levaria a pista de kart e como nós não fomos autorizados pelo chato do doutor Sebastian, resolvi trazer a pista até aqui. —ele fala rindo.
— Mas parecia que vocês estavam se divertindo tanto ou mais que ele. —comento e todos riem.
—Seria bem mais divertido se o seu pai não manipulasse o jogo, ele sempre está chegando em segundo, só perde pro Toby. — O risinho no canto da boca do meu pai pode ser bem irritante.
Revirei os olhos para ele. Meu pai era como Dimitrious não gostava de perder, lembro -me quando era criança. Acho que foi ele que fez nascer em mim o espírito competitivo.
Dando um passo em minha frente e olhando entre Dimitrious e eu, ele cruza seus braços sob o peito coberto por seu costumeiro terno caro.
—O que acontece bambina, é que tuo fidanzato non sabe perder, capisce? É que nós somos bons demais no que fazemos non lo è bambino? —Se posta ao lado do Toby que o olha com olhos de adoração, meu irmãozinho está evidentemente apaixonado pelo papa, o que na verdade não sei se é bom ou um problema.
—Si papa! — meu coração acelera mas quando olho para o meu pai eu vejo que o sentimento é mutuo.Ele adora Toby e desde que chegou não tentou esconder isso —Nós dois formamos uma dupla imbatível. Dimitrious olha pra ele que concerta a frase. — Tão boa como a que formei com meu amigão.
Risada geral de todos. Esse menino ainda vai virar um diplomata.
—Mas que garotinho esperto você, faz dupla com os dois. Assim sempre ganha. — Finjo um certo choque e meu baixinho sorrir.
—Eu ganho sempre porque o meu carrinho é o melhor. O do papa é uma Ferrari e é o segundo melhor, o do amigão e do Sebastian são Mercedez que também são bons, só não ganharam por que somos os melhores pilotos não é papa? — ele procura o apoio do papa que acena que sim e Dimitrious faz cara de chateado.
—Nos vamos ver na pista de kart; se o seu papa tem mesmo tanto fôlego assim.
Os dois começam uma discussão de quem tem mais fôlego. Eu tenho diante de mim as pessoas que mais amo nessa vida.
—Odeio ser desmancha prazeres mas vou ter que pedi que saiam do quarto, preciso medicar meu paciente senão como vou dar alta a ele amanha? — Sebastian chama atenção.
Toby praticamente pula da cama, vibrando de alegria.
—Eu vou ter alta? — bate palminhas muito excitado —Amigão! Eu vou poder ir na pista com você e o papa. — Dimitrious o pega no colo visivelmente feliz.
__ Isso mesmo amigão! Sairemos daqui direto pra pista de kart. — Toby bate palmas outra vez. — Vai ser lindo ver seu papa comendo poeira. — provoca.
— Garoto, para sua sorte e reputação, não será dessa vez que irei lhe fazer comer poeira! — Diz sorrindo. — Preciso fazer uma viagem com urgência. — Isso chama minha atenção.
— Será que seu papa esta fugindo da corrida Toby? Mas nao faltará oportunidade para corrermos com Ele. — Fala depositando Toby na cama e lhe dá um beijo na testa . — Estarei de volta assim que o doutor Sebastian terminar os exames.
Eu me aproximo e o dou um beijo também , meu pai da um abraço apertado nele, parece querer passar muita confiança.
— Tchau Toby, mais tarde eu volto para que nos possamos pintar. — Se rastejando até sua cama, Nella promete e Toby concorda.
Correndo até mim, Nella segura minha mão e todos saímos do quarto deixando só o Sebastian e a Simone que acabará de chegar.
— Vou levar a Nella até a sua consulta com a doutora Amélia. — Diz meu pai. Nella se despede de nós e os dois se vão.
Dimitrious e eu voltamos para o quarto, para que ele pudesse resolver algo relacionado a prisão do Daemon que esta preso em um manicômio penitenciário.
Assim que chegamos, ele se vira eufórico e me abraça pegando -me de surpresa. Eu passo os braços ao redor de sua cintura sorrindo.
— Eu estou tão feliz! Nosso menino vai ter alta! Podemos fazer aquela viajem pra praia todos juntos, que tal megerinha? Ou podemos leva-los a disney que tal? — Dimitrious está tão feliz que é notório pela forma que ele faz os planos . Ao invés de me sentir da mesma forma, um sentimento pesaroso me invade. Meus olhos começam a arder e o sorriso que eu antes ostentava, vai desaparecendo aos poucos até que sem meu consentimento um soluço sai. — Gabriele... o que esta acontecendo?!
—Ele pede assustado e eu não seguro mais e choro livremente.
—Dimi.... Dimitr... —Eu gaguejo e o desespero só aumenta
— Me perdoe megera, ok! Eu disse alguma coisa errada?! Ah merda, não chore, Gabriele!! Não gostou que eu fiz planos sem consulta-la não é? Olha nós Podemos planejar juntos —Dimitrious se atrapalha e eu só queria parar de chorar, mas não consigo. Desolada me agarro a ele como se minha vida dependesse disso.
Um sentimento ruim toma conta de mim e quanto mais eu o abraço mais dor eu sinto. Não dor física e sim na alma.
— Você não fez nada, Dimitrious! Eu nem sei porque estou chorando! — Falo, soluçando. Fecho as mãos em sua camisa e imploro quando ele tenta se afastar. — Por favor, não me solte.
Ele segura meu rosto e mesmo que as lágrimas nublem minha vista eu sou capaz de vê -lo nitidamente, os olhos azuis me fitam com amor e seus polegares acariciam minhas bochechas.
— Eu nunca vou te soltar, minha pequena megera. Te amo, e minha mão estará sempre no alcance da sua. — Ele promete. — O Daemon junto a Isabel presos e com Diana morta, agora não precisamos temer ninguém . Finalmente podemos ter nossa família, uma família bem grande — e me dá aquele sorriso que aquece meu coração e é inevitável, eu sorrio em meio as lágrimas. — E já que está tudo bem com o Toby e com a Nella, será que a tia Lili e seu pai ficariam com eles para fazermos um programa de casal? Vamos sair pra jantar e depois dançar — me cutuca. — E namorar um pouco, né? ! Temos começar a encomendar nossos mini leõezinhos e megerinhas
Tudo acontece tão rápido que quando abro a boca para lhe responder nos ouvimos e vemos em choque o vidro da grande janela se estilhaçar e o barulho de bala raspando na parede.
Dimitrious me empurra fazendo que eu caia no chão. Uma enxurrada de bala é ativada. Eu tento gritar mas o medo é tanto que me falta voz, Dimitrious me cobre com seu corpo, me protegendo
— Fique quieta Gabriele, não levante a cabeça! — ordena e se eu não estivesse tão apavorada teria notado que sua voz saiu com dificuldade.
O barulho dos tiros era aterrorizante, meu maior medo era que alguém se ferisse. Meus pensamentos são interrompidos quando a porta do quarto é colocada a baixo e homens de terno o invade. Eles tem armas em suas mãos e falam através de escutas.
— Atirador localizado — um deles diz rastejando pelo chão em cima dos estilhaços até chegar próximo a janela.
— Nos iremos tira-los daqui em um minuto — outro homem de preto nos assegura, Eu olho para Dimitrious que estar fazendo uma careta de dor e só então percebo o sangue vem de seu ombro.
— Dimitrious... — o sussurro sai em forma de grito.
— Está tudo bem megera.. — tenta me tranquilizar.
Mas eu sei que não estar. Seu rosto se contorce e os tiros continuam.
— Três.. dois... um.. — o homem na janela diz antes de atirar. Não há barulho de sua arma. — Derrubado!
No mesmo instante meu pai e Ralph invadem o quarto, e vem em nossa direção. O cara que estava ao nosso lado ajuda levantar Dimitrious que desmaiou e quando meu pai me olha eu vejo o terror atravessar seu rosto. No entanto eu estou muito ocupada gritando por socorro.
— Vocês tem que tira-lo daqui!!! O Dimitrious levou um tiro! — imploro chorando. — Pai por favor.. — Eu avanço nele. — Por favor, não deixe ele morrer.
— Ei, Se acalme! Os enfermeiros já estão vindo, bambina! O Dimitrious não vai morrer — ele diz me abraçando
Porém eu me solto dele e vou até Dimitrious seguro sua mãos e balbucio
— Me perdoe meu amor é minha culpa! Você não deveria ter entrado na minha frente — choro até que sinto uma mão tocar meu rosto.
— Não tem que lhe perdoar por nada, megera! Eu sempre vou te proteger e se tiver que entrar em frente de mil balas irei fazer. — fala, seriamente. — Está tudo bem, eu estou bem olha, — aponta pro ombro e eu vejo que foi de raspão. Nem assim eu paro de chorar
— Não diga isso por favor! Eu não quero te perder.. — soluço.
— Gabriele, me dê licença por favor! Nos temos que levá-lo agora. —nem havia notado a presença de Sebastian e dos enfermeiros.
Afasto -me, mas não solto a mão de Dimitrious. Eles o põem na maca e antes de sair eu o beijo na testa.
— Vai ficar tudo bem! — tento ser forte. Ele apenas sorrir já que Sebastian injeta algo em seu braço.
Assisto eles levarem Dimitrious do quarto. Meu pai passa seus braços em meus ombros e eu tremo.
—Seja quem for, Eles queriam atirar em mim pai. Os tiros vieram em minha direção — Eu digo em um fiapo de voz.
O silêncio do meu pai diz tudo. Eu estava certa.
—Quase perdi meus irmãos pai, não posso perder o Dimitrious, se acontecer algo com ele, eu morro — falo. Meu pai me abraça.
— Vamos sair daqui, nos precisamos conversar.
Me deixo ser guiada no automático, meu pai nos leva até uma sala vazia. Dois guardas ficam na porta e ele me pede pra sentar. Olho para parede branca.
— Beba isso. — pego o copo de sua mão e tomo toda água em um único gole.
Pelo canto do olho eu o vejo puxar uma cadeira até que ele estar sentando a minha frente me olhando, de uma forma que oscila entre a preocupação e resignação.
— As crianças? — questiono.
— Elas estão bem. Felizmente o ocorrido se limitou ao andar que vocês estavam. Nada aconteceu a ninguém. —sinto -me aliviada, embora eu sinta que seja o que for que meu pai tem a dizer é sério.
Suas mãos seguram as minhas e ele pede que eu o olhe.
— Quando sua mãe partiu eu cheguei a pensar que não poderia viver com isso. Havia dias que a saudade doía como o inferno e a dor era tanta que eu me perguntava se em algum dia eu seria capaz de parar de senti-la. — meus olhos ardem. — Com o tempo eu aprendi a conviver com isso, sabe! A dor se tornou suportável, claro que as lembranças sempre estiveram presente, Mas eu me conformei porque no fundo eu sabia que era o melhor para vocês.
— Pai.. —ele me interrompe.
— Eu não queria ter que ter essa conversa com você e tampouco fazer o que eu tenho que fazer. — faz uma pausa e me encara cheio de pesar. — Gabriele, em outras circunstâncias eu jamais permitiria que isso acontecesse, não depois que eu vi a quantidade de amor que vocês sentem um pelo outro, mas bambina não existe outra saída. Eu sei mais que ninguém que você jamais se perdoaria se algo voltasse acontecer com seus irmãos e Dimitrious. Por isso, eu estou lhe dizendo que o melhor, Pelo menos por agora é partir.
Não consigo relacionar as palavras.
— O quê? — levanto -me da cadeira e ele também. — O que o senhor quer, pai!
— Quando eu matei Sean, no fundo eu sabia que seu irmão não deixaria barato. No entanto, tudo esta saindo do controle. Liam, está enlouquecido, seu consiglier conseguiu inverter a situação fazendo parecer que a morte daquele doente foi relacionada a uma troca de poderes.Não há diplomacia no nosso mundo e Infelizmente o ódio cega e nada que eu tente dizer a Liam vai parar a sua vingança contra nós! Esse território é deles, e por mais que eu tenha aliados aqui isso tudo vai se tornar uma guerra! Ele não vai parar até derrubar cada um de nós. Acredite, ele virá atrás de todos começando pelos conhecidos, inocentes morrerão . O que voce viu hoje é um aviso — estou em choque.
— Mas.. Mas.. — gaguejo
— Eu queria que minhas escolhas não respingassem em vocês, no entanto é impossível e sinceramente eu não irei deixa-los a própria sorte! Vocês não podem mais ficar aqui na América.
— Pai, o senhor estar me pedindo para deixar toda vida que construi aqui, meus amigos e o homem que amo para trás? —inquiri na esperança que estivesse errada.
— É por um tempo, até que tudo se resolva. Até lá eu os manterei seguro, porém ninguém saberá onde vocês vão!
— Nem mesmo para o Dimitrious eu posso contar? Ele poderia ir talvez me visitar.. — insisto e ele nega.
— A primeira pessoa pela qual vão procurar vai ser ele, se Liam acreditar que ele de alguma forma é importante para você. Nossa presença aqui põem todos em perigo Gabriele.
— Eu não vou poder ligar pra ele nem mandar mensagem? Ele vai me odiar achando que o abandonei. — murmuro colocando a cabeça entre minhas mãos.
— Eu sinto sua dor, minha filha sei o quanto é difícil tomar essa escolha. — Quero lhe dizer que não existe a opção de escolha aqui. — Acredite em mim vai ser melhor assim. Quando isso acabar um dia você volta e se ele realmente sente a metade do amor que aparentar sentir ele vai te esperar. — diz.
— Quanto tempo? — questiono. — Quanto tempo temos que nós esconder? — meu pai balança a cabeça negando.
Dou uma risada irônica. Sei que é maldosa e desnecessária para a situação. No entanto, neste momento meu coração esta quebrando e em algumas horas eu terei que fazer o mesmo com o do homem que eu amo.
Essa merda é injusta!
— Você entende que, soa muito egoísta de minha parte que eu peça sem garantia nenhuma que Dimitrious me espere? — eu já estou gritando. — que é uma injustiça que depois de tudo que nós passamos eu chegue nele e diga ; olha Dimitrious, Se você me ama o bastante tem que me esperar, mas eu posso demorar um dia ou talvez dez anos?!! — sou irônica no entanto meu pai não se abala. — Não é justo! Não é!! A gente tem planos! Planos que envolvem uma família grande, muitos filhos, meus irmãos, você e a tia Lili!! — meu corpo treme com os soluços. — E agora você está dizendo que eu não posso mais ter isso, ter um futuro com alguém que eu amo tanto que faz meu peito explodir porque um filho da puta quer machucar todos aqueles que eu amo?! — Ele tenta se aproximar mais eu retrocedo o impedindo de chegar perto . — Não! Não se trata de escolha, quando obviamente eu não tenho uma!
— Gabriele.. — Sei que ele está sofrendo mas pela primeira vez na vida eu me permito ser egoísta. — Não há nada que eu vá dizer que melhore isso agora, mas quero que saiba que se houvesse outra escolha eu lhe daria.
— No entanto você não tem. — limpo as lágrimas de meus olhos. — Não se preocupe pai, eu irei fazer o que você quer, mas agora eu quero ficar só! — dou -lhe as costas.
Ele fica em silêncio, por um tempo e quando retorna a falar, se expressa com tristeza.
— Preciso resolver algo pendente, mandei a Lili arrumar tudo. Se despeça do Dimitrious discretamente. Partiremos depois da alta do Toby . — ele vem até mim, me encara até que eu desvio o olhar. Beijando meu rosto ele sussurra. — Eu sinto muito outra vez ter que lhe decepcionar, bambina. — eu não digo nada e ele sai da sala.
Sozinha finalmente eu deixo que toda dor sair. Me sento ao chão e choro. A dor dilacera meu coração. Depois de um tempo saio dali e vou para sala de emergência esperar Dimitrious sair da cirurgia. Simone ao me ver diz que preciso tomar um banho e trocar de roupa, só então noto que tenho sangue de Dimitrious em mim.
Como eu iria dizer ao homem que quase deu sua vida pela minha que eu o deixaria para trás. Já não tinha mais lágrimas e enquanto me trocava depois do banho eu cheguei na conclusão que eu não podia mostrar o quanto estava sofrendo na frente de Dimitrious, Ele poderia entender que tem que me seguir ou parar sua vida em função da minha, e Deus sabe que eu jamais faria isso. Pediria que ele me esperasse.
É ai que eu tomo a pior decisão da minha vida. Eu iria fazê -lo me odiar para sempre.
(.. )
A cirurgia foi um sucesso, mentalmente eu agradeço a Deus por isso. Espero que os enfermeiros o coloque no quarto e vou até ele.
Assim que Dimitrious me vê um sorriso sonolento aparece em seus lábios. Involuntariamente meus pés me lavam até ele. O beijo, sei que essa é a última vez que tenho a oportunidade de fazer, por isso que quando seus lábios se entreabrem eu deslizo minha lingua dentro de sua boca.
— Jesus megera, não me tente acabei de sair da mesa de cirurgia! — fala dentro da minha boca e eu me afasto sentindo -me atingida direto na cara.
— Me desculpe.. — pigarrei. — Eu só queria lhe agradecer pelo que você fez. — as sobrancelhas escuras, franzem criando um vinco em sua testa.
— Eu faria qualquer coisa por você ou as crianças, irei sempre os proteger — Ele diz e o que eu faço a seguir faz uma parte minha morrer.
— Uma vez você me prometeu isso é não foi capaz de cumprir. — vejo o choque atravessar seu rosto. — Me tirou da cidade, de perto dos meus irmãos e eu não pude protege-los, talvez se eu estivesse junto deles muita coisa poderia ter sido evitado. — dou de ombros.
Dói até mesmo dizer as palavras.
— Deixa eu ver se entendi. — sentar-se ereto na cama.
Encho-me de preocupação quando o vejo fazer uma careta de dor.
— Você está me culpando pelo que aconteceu? Acha mesmo que teria conseguido impedir tudo que aconteceu? — tremo. Meus olhos ardem e meu coração disparar.
Sei o que eu vou dizer agora o fará me odiar.
— Se eu não tivesse conseguido impedir, pelo menos eu teria tentado e não estaria sentindo essa sensação de impotência que estou sentindo agora. — as palavras saem sem hesitação, e eu quero trazê -las de volta no momento que elas deixam minha boca.
— Então você acha mesmo que eu sou o culpado? Por isso que você está agora tentanto achar um jeito para acabar com tudo que temos?! — Ele arranca os fios que estão ligados ao seu braço.
Me aproximo dele involuntariamente e diante de toda dor que eu estou lhe causando, clamo;
— Fica calmo Dimitrious! Voce acabou de sair da cirurgia. Precisa descansar depois conversamos
Ele se exalta mais, seu rosto está vermelho em chamas.
— Depois é o caralho! Estou vendo a mulher que eu amo aqui tentanto de todas as formas destruir o que nós temos por alguma coisa que eu desconheço o motivo! — furioso, ele rosna. — Diga Gabriele onde diabos você quer chegar?! Ontem você disse que me amava e em nenhum minuto sequer eu vi outro sentimento em seus olhos além de amor. O que mudou de ontem pra hoje?
— Eu estou indo embora amanhã depois da alta do Toby . — confesso e seguro as lágrimas que insistem em cair. Dimitrious parece não acreditar no que eu disse — Meu pai e eu chegamos a decisão que estar aqui não é mais seguro para nenhum de nós. Por isso que eu estou acabando tudo que nós temos, não quero ou tenho tempo para viver um romance a distância. — meu coração se estilhaça.
— Covarde. — Ele sussurra tão baixo que eu não ouviria se o quarto não estivesse em silêncio.
— O quê você disse?
Ele para em minha frente e eu sou capaz de ver o brilho em seus olhos.
— Você é uma covarde! Querendo ir embora se esconder como uma covarde! Por isso você quer se afastar de mim e se esconder sei lá onde, acha que o culpado aqui vai colocar você e os pequenos em risco, é isso mesmo? Gabriele, você tem noção do quanto eu amo você e as crianças ? Sabe que eu daria a minha vida pela de vocês não sabe? — as palavras dele machucam mais eu mereço todas elas. Quando eu não respondo ele grita. — NÃO SABE PORRA? acaso esqueceu que quem colocou a sua familia em risco foi a sua irmã e sua tia?
Termine com isso Gabriele. Minha mente sussurra. Eu sou fraca, e se continuar com essa discussão em algum momento irei voltar atrás, porque é insuportável ver quem você ama sofrendo e saber que o motivo é você.
Ergo o rosto e friamente eu digo
— Em um plano executado pela sua madrasta e o doente de seu irmão e quanto a dar a vida por nós, isso não foi suficiente, visto que meu irmão quase morreu e minha irmã foi estuprada. — algo morre na expressão de Dimitrious e todo amor que era direcionado a mim quando ele me olhava se transforma em um sentimento feio.
É raiva. Rancor e ódio.
Suas têmporas faltam saltar das laterais do seu rosto.
— Você já se decidiu não é? Nada que eu vá dizer irá fazê -la mudar de idéia! — assinto incapaz de fazer outra coisa. Ele rir, baixo e cínico. Olhando em meus olhos, Ele rosna. — Se você sair por aquela porta, esqueça que eu existo, não precisa me ligar nem mandar mensagem nem nada. No momento que você sair, vou trocar tudo, nunca mais vou querer saber nem notícia sua.
É quando eu percebo que tudo é real. Eu estava o perdendo e era para sempre. Lambo os lábios e uma lágrima desliza em meu rosto. Eu pisco tentanto parar todas as outras mas é impossível. Elas caem.
Dou um passo para trás e ele entende que é o fim.
— Eu sinto muito. — parece que cem facas são enfiadas em meu peito nesse momento.
— Vá embora , você não é bem vinda aqui! — Eu me viro para sair mas paro quando ouço sua voz me chamar . Eu não viro sei se fizer isso eu irei voltar correndo para seus braços e implorar para esquecer isso. Essa loucura. — Gabriele, o meu maior arrependimento nessa vida vai ser ter amado uma pessoa como você. Uma covarde. Quero que saiba que eu irei lutar para arrancar esse sentimento de mim e juro que irei esquece-la. E quando isso acontecer você vai deixar de existir para sempre pra mim.
As palavras tem um poder estranho. Elas doem mais que uma surra e pesam mais que qualquer outra coisa. Quando ele diz isso eu entendo que é realmente o que ele quer dizer.E Deus eu jamais irei culpa -lo mesmo que eu sofra. Sem dizer uma palavra e como a covarde que sou, eu simplesmente saio e fecho a porta atrás de mim.
A medida que eu ando sem rumo uma dor crescente se instala em meu peito, me falta ar, e sobra lágrimas. Eu engasgo e não vejo nada ao meu redor. Noto que alguém se aproxima e pergunta algo, no entanto é quando tudo começa a girar e escurecer.
(.. )
Acordo e noto que estou deitada em uma maca com a Grazzi me olhando com uma cara de preocupada e o Sebastian me examinando.
— Ei, veja a dorminhoca acordou. — Grazzi brinca.
— O que eu estou fazendo aqui? — perguntei com a voz rouca e Sebastian responde.
— Você desmaiou no corredor da UTI! foi só uma queda de pressão, por precaução fiz alguns exames que saíram amanhã, já que o hospital esta uma bagunça devido ao tiroteio. —Ele sorri e toca meus cabelos. — Agora vou indo, e vocês duas podem conversar.
— Obrigada Sebastian. — murmurei e ele saiu depois que se despediu de nós.
O silêncio trás junto a lembrança do que aconteceu antes do desmaio. Um soluço escapa de mim e eu rompo em um choro sentido.
— Se acalme Brié! — pede minha amiga alisando meus cabelos.
Olho -a e confesso.
— Acabou Grazzi! Acabou tudo eu e Dimitrious! Ele me odeia agora ! —engasgo. — Me odeia e a culpa é minha!
—Shhh.. Ele não te odeia, querida. Nem poderia, agora só está magoado mais irá passar. Daqui a pouco quando já estiver nesse lugar para onde você vai, você liga para ele e explica tudo. — ela diz e eu nego.
— Minha tia não lhe disse Grazzi? — pergunto e ela assente. — Não podemos ligar para ninguém, nem mesmo para você
— Uma porra que você não vai ligar pra mim! Vai ligar sim e eu vou te dar notícias de tudo! E quando estiver tudo bem você vai voltar pra nós. — Ela me da um sorriso otimista e me abraça bem apertado.
—Obrigada Grazzi! Você é a melhor amiga que alguem pode querer.
—Ei muito obrigada viu! Achei que eu também era sua amiga. — A Dany fala e só então noto que ela havia chegado.
Ela se junta a nós, no abraço coletivo.
— As duas, são as melhores amigas! E as amo muito. —susurrei e ela faz carinha de brava mas sorrir.
—Eu sei Brié! A Grazzi me ligou e eu vim correndo. —explica ao se afastar. Segura minhas mãos e diz — Quero que saiba que estou com você para o que der e vier. Pode contar com o Dante também. — As faces dela ficam coradas quando ela diz isso.
Estreito meus olhos.
—Que novidade é essa que você está respondendo pelo Dante? Tem alguma coisa pra nos contar? — A Grazzi pergunta rindo. Ela dá uma cotovelada disfarçada nela — Que foi? Conta pra ela.
—Contar o que? Aconteceu alguma coisa? Me conta Dany. — Ela fica muito vermelha mas me conta.
— Sabe, o Dante apesar de todo tamanho e criancisse é um cavalheiro, ele sabe o problema que eu tenho com os seres do sexo masculino, então ele nunca me forçou a nada. Eu percebi que ele estava apaixonado por mim, isso por incrivel que pareça me fazia sentir bem, eu me sentia bonita desejada entende? Ele me mandava flores, cartões, bilhetinhos. — Ela dá uma risadinha feliz, típica de mulher bem amada. — Até que um dia eu estava dormindo na casa dele e havia posto as crianças na cama e estavamos só eu e ele, quando entrei na sala de jantar ele havia preparado um jantarzinho romântico com direito a músicos e tudo. Tinha um vinho gostoso e no final depois que os músicos foram embora e estavamos sentados em frente a lareira... —ela fica ainda mais vermelha. — Ai eu ataquei ele.
A Grazzi da uma gargalhada sonora e eu e a Dany a repreendemos ao mesmo tempo.
— Bem dizia minha mãe que o boi sonso é sempre o que arromba a cerca. — Fala rindo.
Fico surpresa no entanto muito feliz por minha amiga.
—Não é isso! É mais complicado. Ele tinha medo de chegar em mim e eu tinha medo de chegar nele entende? — Dany fala em tom confidencial.
Concordo com uma aceno.
— Isso é maravilhoso Dany, o Dante parece ser um homem bom e a forma que ele chegou até você foi muito bonita. Respeitou seus traumas. —sorrio. —Mas quando foi isso?
Coçando a testa ela confessa.
— Depois do jantar que tivemos la na casa dele. — fazia um pouco mais de um mês.
—E agora você pode estar grávida porque não usou preservativo nem nada não é amiga? —Grazzi fala e ela olha pra todo lado do quarto para ver se realmente ninguem ouviu, o que duvido já que tem dois homens do meu pai no quarto.
—Grazzi sua boca mole ! eu não te conto mais nada!!! — esbraveja não intimando a nossa amiga louca.
— Mas é verdade isso Dany? Você pode estar gravida? — Pergunto e sem querer ponho a mão sobre o meu ventre.
"Temos que encomendar nossos minis leõezinhos e megerinhas " a voz de Dimitrious rompe em minha mente. As lágrimas vê a borda outra vez.
— Você também Gabriele? —a voz de Grazzi me trás de volta.
— O quê? —pergunto sem entender.
Dando uma risada calorosa ela ergue a mão e diz.
— Perguntei se você esta grávida! Deer!!! Anda batam aqui, meninas! Acho que as três seremos mamães ao mesmo tempo.
— O quê ? Não! Eu não estou grávida, vocês sabem que devido meu problema de mioma uma gravidez só com tratamento — admito com um sorriso sem graça. — E você dona Graziele! Me conta essa historia aí direitinho — Desconverso.
—Então, eu acho que estou grávida também, ainda é só uma suspeita mas sabe aquele instinto? Então meu instinto me diz que estou grávida e sabe o que é pior? Acho que é uma armação do Ralph . Ele fez isso para que eu aceite largar tudo e viver com ele. Mas eu já estava mesmo pensando em aceitar a proposta dele. — Fala rindo. — Lágrimas vem aos meus olhos.
—O que foi amiga? — Dany pergunta preocupada já me abraçando e Grazzi faz o mesmo.
—As minhas duas melhores amigas vivendo seus melhores momentos e eu não estou aqui para acompanhar.Eu não vou ver ou mimar os bebês de vocês e isso é muito ruim — As duas estreitam mais o abraço. Eu seco meus olhos. —Preciso ir meninas! A tia Lili está arrumando nossas coisas e eu quero ajudá-la.
—Nós vamos com você, quando vão? — fala Grazzi disfarçando uma lágrima.
—Amanhã; vou levar o Toby pra casa e de lá já vamos.
—Podemos nos despedir de vocês — ? A Dany pergunta com os olhos vermelhos.
—Melhor não, eu também não lido bem com despedidas. Vamos nos despedir hoje está bem? — pergunto e peço algo. — Vocês poderiam fazer algo por mim?!
— Claro. — dizem em uníssono
— Vocês podem cuidar do Dimitrious, ele pode fingir que é Durão mas no fundo ele é um menino grande, carente e com o coração enorme — sussurrei entre as lágrimas. — Não deixe que ele lembre muito de mim, assim ele poderá me esquecer mais rápido.
— Querida, você sabe que não é bem assim. O Dimitrious te ama e te esquecer vai ser impossível. — a voz de Grazzi soa terna enquanto ela me consola. — Nós prometemos cuidar muito bem dele.
— Obrigada — olho entre as duas e as abraços.
A noite dura mais do que o esperado eu não durmo e quando inconscientemente isso acontece eu sou assombrada por pesadelos. Em algum momento da madrugada eu me esgueiro até o quarto de Dimitrious, o guarda que lá esta me reconhece e deixa entrar.
O ambiente está banhado a meia Luz.
Nas pontas dos pés atravesso o quarto. Ele dorme serenamente. Me inclino e beijo seus lábios castamente. Aliso seu rosto suavemente.
— Eu te amo, tanto. —funguei e o beijei outra vez. — Espero que uma dia você me perdoe.
Sento -me no sofá e fico o observando, não sei explicar quando mais acabo adormecendo, sem pesadelos ou interrupção . Acordo sobressaltada quando o sol bate em meu rosto. Agradeço que Dimitrious ainda dorme, outra vez vou até ele e o beijo. Uma lágrima desliza pela minha face e caia na sua.
— Eu amo você!
Saio de lá com o coração despedaçado. Troco-me e espero dá a hora de ir buscar o Toby. Decidi não falar com meu pai, sei que estou sendo injusta mas nesse momento eu só quero achar alguém para culpar.
Simone vem até o meu quarto e avisa que Toby esta me esperando, quando passamos em frente ao quarto de Dimitrious ele está vazio.
Ele foi embora
Vendo meu olhar, Simone informa
— Ele foi embora hoje mais cedo. — concordo com um aceno.
— Mama! —Toby me recebe pulando no chão. — Olha o que meu amigão me deu ! — me mostra uma caixa com uma coleção de miniaturas de carros antigos. — Ele disse que quando eu voltar, ele vai querer ver ela todinha. Eu vou voltar de onde mama? Onde eu vou? — Eu não sei o que responder.
Olho pelo quarto na esperança que Dimitrious esteja por aqui ainda. Posso sentir o cheiro da loção após barba dele.
—A gente vai fazer um passeio com o papa, é um pouco longe. —minto o segurando.
—Porque meu amigão não pode ir? —Minha garganta aperta e outra vez mentindo eu lhe digo olhando em seus doces olhinhos escuros
—Porque o amigao tem muita coisa pra fazer aqui. — vacilo.
—A gente vai voltar mama? — a pergunta me pega de surpresa.
—Sim um dia a gente volta, acredita em mim. Pode demorar um pouco mas a gente volta, agora vamos que o papa a tia Lili e a Nella estão nos esperando no carro. —ele pula no meu colo.
O segurança do meu pai pega as coisinhas dele. Meus passos ficam pequenos enquanto ando pelos corredores daquele hospital em que passei boa parte da minha vida. Lá fora Giorgio vem nos encontrar enquanto tia Lili, Nella e papa nos esperam em outro carro. É um procedimento de segurança.
O loiro alto se apressa para abrir a porta para Toby, e o ajuda a subir em sua caderinha, Ele sorrir para mim. Olho para o lado e vejo
Danielly e Grazzi abraçadas chorando.
Mas foi o homem parado e vestido todo de preto encostado ao um carro esportivo que roubou meu ar.
Dimitrious estava ali. Era impossível saber a forma que ele me olhava, uma vez que seus olhos estavam cobertos por um óculos de sol.
Por um minuto eu não vi nada ou ninguém além dele. Meu olhar estava preso a ele até que em um ímpeto eu entrei no carro. Não queria correr o risco de me jogar em seus braços e nunca sair de lá.
Finalmente Giorgio entra, e só então o motorista arranca com o carro. Olho para trás e Dimitrious continua lá, mas logo vai desaparecendo a medida que o carro anda para longe até que some.
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