Oi galerinha! bom dia lindos e lindas do meu coração, o cap de ontem tinha ficado enorme por isso dividimos. Taí o restante esperamos que gostem bj no coração. 😍😍😍

Gabriele Moretti

Na cantina eu tenho que conter as crianças que estão muito eufóricas. A Nella pede o tão sonhado camarão e nós pedimos uma massa a moda da casa.

-A Evie iria adorar estar aqui. -titia diz tirando minha atenção de Toby que recebia a comida na boca pelas mãos de Dimitrious.

Ele parecia totalmente atencioso com meu pequeno.

-Sim, a mama ama tudo que lembre nosso país. -digo e por um minuto me sinto culpada por está me divertindo enquanto a mama está em casa, no entanto não vou tão longe pois a voz de Toby me trás a tona.

- Amigão sabia que eu tenho duas mamas? -Ele pergunta ao Leão que olha confuso.

-Duas?

-Sim! A mama Evie que me gerou em sua barriguinha,e eu a amo muito e a mama Brie que cuida de mim. -Ele explica e eu sorrio para ele. -Eu a amo também, muitão.

Sinto o olhar de Dimitrious sobre mim e o encaro.

-Então você não é mãe de Toby? -pergunta baixinho olhando entre mim e meu bebê.

-Claro que sou Dimitrious! Não ter o gerado não significa que ele não seja meu filho. Eu o amo como tal! Como irmão e filho. -Ele me olha surpreso até que abre um sorriso lindo e toca minha mão sobre a mesa.

-Quando penso que não posso me surpreender mais com você.. - Comenta - Você é incrível sabia?

Limpo a garganta e mudo o assunto.

- Tenho que lhe agradecer por tudo. Hoje foi excepcional, muito obrigada
-sou sincera e ele nega com a cabeça.
-Você não tem que me agradecer por nada Gabriele, você pode até não acreditar mas hoje também foi um dos melhores dias da minha vida. -Eu acredito penso mas não tenho tempo de dizer pois logo ele fica sério.

-Mas agora eu tenho um assunto mais sério a tratar com você, é sobre sua irmã, a Samantha. - Eu fico sem entender, porque ele não a conhece.

- Perdão! Você quis dizer Antonella. Porque você não conhece a Samantha. -tento pois acho que ele trocou os nomes.

-Eu realmente não a conheço, por isso quis falar antes com você, apareceu uma moça trabalhando na minha outra boate, você sabe que algumas garotas que trabalham comigo, também fazem programas. Essa moça que apareceu lá se parece muito com a foto que vi da Samantha no Colégio. E bom... a Samantha estava lá pra fazer programa, eu a mandei embora mas uma funcionária que trabalha lá me disse que ela foi lá com a tia e já está outra vez trabalhando. -explica.

Minha cabeça está girando.

-Diana! - Tia Lili quase grita. - É ela que está levando a Samantha para o mal caminho.

Me levanto da cadeira resignada a acabar com isso agora.

- Vou tira-la de lá e vai ser hoje. Dimitrious será que você levaria a tia Lili e as crianças pra casa enquanto vou até essa boate? -rogo e ele se levanta também.

- Levo as crianças e depois levo você até a boate. -nego.

-Por favor Dimitrious, esse é um assunto que terei que resolver sozinha. Se puder levar as crianças eu agradeço. -Ele puxa uma respiração profunda e cede.

- Então me permita ao menos deixa-la na porta, é muito longe. - insisti e eu aceito.

Ele sai para pagar a conta e tudo que passa em minha cabeça é que eu irei matar Diana e depois darei o mesmo caminho a Samantha.

(.. )

Quando se aproxima da boate eu quase nem espero que ele pare o carro e já desço, o ouço gritar meu nome.

- Gabriele! -Ele corre e para ao meu lado. -Você precisa usar isso. -me entrega um crachá. -Tome cuidado, só estarei indo deixar as crianças e volto para te buscar.

-Não prec... -nem término de falar, Ele me puxa e beija minha boca em meio da rua.

Minhas mãos voam em seus cabelos e seus braços enlaçam minha cintura. Nos beijamos com fome e saudade. Parecia uma década desde da última vez que nos beijamos, não ontem.

-Agora vá e tome cuidado . -me soltou deixando -me desnorteada e se foi.

Saio da inércia quando um carro buzina. Corro até a portaria e mostro o crachá ao segurança que não conheço. Essa boate era na melhor região de Boston e eu não tinha conhecimento que era de Dimitrious.

Olho para todos os lados a procura da minha irmã, Estou tão distraída que acabo tombando contra alguém e só não caio pois está pessoa me segura pelos ombros

-Olhe para onde anda! - a voz rouca ordena. Ergo o rosto e me deparo com um sujeito de capuz.

Não entendo nada sobre etiqueta de roupas de uma boate mas acredito que usar um tipo de vestimenta dessa não seja muito legal. O capuz somente me permite ver seu queixo adornado por uma barba negra

-Sinto muito eu realmente não te vi. -Ele tira suas mãos de meus ombros, mas tenho um vislumbres das tatuagens que espreitam de seu casaco. -Me desculpe

Sem dizer uma palavra ele vira e sai me deixando confusa com sua atitude, no entanto no me atenho a isso, tenho que achar Samantha e como obra do divino a vejo , falando com um homem de idade considerável. Caminho até eles e quando ela me vê faz uma cara de deboche.

-Está fazendo o que aqui Gabriele? Deixou de ser a amante do chefe na outra boate e veio trabalhar aqui também? - que insolente

-Vim te levar para casa. -encaro o homem que olha para meu corpo de um jeito sórdido. - E você não sabe que ela é menor de idade? Ela é só uma inocente que foi influenciada, Se ela não for comigo agora eu chamo a polícia. -ameaço e o homem sai resmungando deixando Samantha com raiva.

Ótimo

-Inocente Gabriele? Inocente aqui só se for você, porque eu já não sou mais virgem faz um tempão, inclusive agora encontrei um homem mais velho, lindo e rico que me banca, e eu não vou com você á lugar nenhum. Você não manda em mim. - Não sei o que é pior se é ouvi sua irmã de dezessete anos dizendo que não é virgem ou ela achar que ter um caso com um homem mais velho é normal

- Vai sair daqui comigo por bem ou por mal, quer apostar como eu te arrasto pelos cabelos até em casa? -Ela vem até mim e fala baixo, com certeza com medo de que eu faça um escândalo e ela perca o emprego.

-Vá embora Gabriele, depois eu falo com você, a tia Diana permitiu que eu trabalhasse aqui, ela mesma falou com o dono da boate.

- Por Dio!Como você não percebe que a Diana só está usando você Sam? -tento fazê -la ver a verdade é ela apenas nega então eu uso outro método -Vamos embora agora comigo , ou eu farei um escândalo. - Ela sabe que eu a arrastaria.

- Está bem chatiele. -me chama pelo apelido que me chamava quando crianças. Ela vai até o bar e eu vou atrás. Pega sua bolsa e diz -Isso não vai durar muito tempo, eu vou fazer dezoito anos em cinco dias e ai ninguém mais vai mandar em mim.

-Mas enquanto isso, vou levar você ao ginecologista. Se for verdade que não é mais virgem, precisa tomar anticoncepcional. A Diana já te orientou quanto a isso? -pergunto quase quebrando meu queixo de raiva.

Eu mataria Diana assim que colocasse meus olhos sobre ela.

-Não a tia Diana não é chata como você. - Ela fala e sai pisando duro.

Sigo -a com a sensação que estou sendo observada olho para um lado escuro onde fica os banheiros e vejo o encapuzado encostado na parede com os braços cruzados sob o peito. Está escuro e não posso ver seu rosto.

Desvio o olhar e caminho para fora. Na entrada vejo Ralph nos esperando.

Coisas de Dimitrious

- Ralph, um médico amigo meu está de plantão hoje, será que você poderia me deixar no hospital com a Samantha? -peço enquanto ele abre a porta para que minha irmã rebelde entre.

-Eu não quero ir a hospital nenhum! Você não pode me levar contra a vontade.

Eu a ignoro e o Ralph também.

(.. )

No hospital Samantha se recusa a entrar.

-Vai querer entrar arrastada pelos cabelos? - Ela me olha e anda pra dentro do hospital e o semblante dela muda de arrogante para assustado.

Suspiro pesadamente e Ralph aperta meu ombro.

Será possível que ela esteja escondendo algo mais sério?

A ginecologista que o Sebastian pediu que nos atendesse chama pelo nome de Samantha e ela entra mas não me deixa acompanhar. Ralph sai com a desculpa de ir beber um café mas sei que ele está nos dando privacidade.

Os minutos se passam e Samantha sai da sala cabisbaixa e afunda na cadeira ao meu lado.

Meu coração dói em ve-la desse jeito. Por mais que ela me enlouqueça e me faça quase arrancar os cabelos de preocupação eu a amo muito.

-Eu vou deixar que conversem enquanto os exames ficam prontos. - A doutora explica. - O de H.I.V vocês pegam em alguns dias mas o beta HCG eu posso liberar em alguns minutos. - volto assim que estiver pronto. - ela sai nos deixando sozinhas.

Fito minha irmã que me pega de surpresa ao sussurrar.

-Brie eu estou com tanto medo.

-Ei, Eu estou aqui não estou? -tentei acalma-la e ela concordou. -porque não me conta a verdade meu amor! Você sabe que vai poder sempre contar comigo não sabe Sam? Não precisa ter medo de nada. - A abraço e por alguns momentos ela volta a ser a minha irmazinha, a que sempre invadia mim cama no meio da noite para que dormissemos juntas ou que sempre pedia para ser sua mãe quando brincávamos.

Em um rompante ela se afasta e grita.

-Você acha que pode resolver os problemas de todo mundo não é Gabriele? Mas você não olha pra mim faz tempo, aliás fazem treze anos, desde que a Antonella nasceu e depois o Toby então... Você nem sabe mais nada que acontece comigo! EU TE AMAVA TANTO BRIE MAS QUE A MAMÃE MAS QUE TODOS! VOCÊ ERA A MINHA PESSOA PREFERIDA NO MUNDO, ENTÃO UM DIA VOCÊ MUDOU PAROU DE FALAR COM TODOS, ATE COMIGO. ME DEIXOU SOZINHA E NUNCA MAIS VOLTOU A SER A MESMA -Eu não tenho consciência que estou chorando até que sinto as lágrimas caírem de minhas bochechas.

Samantha não lembrava mais essa foi a pior época da minha vida e mesmo sem querer eu não consegui ser a mesma mais isso não significava que eu tinha mudado com ela, pelo contrário todas as noites eu ia até seu quarto e ficava com ela até o amanhecer.

Tento segura-la e ela me empurra e grita algo que me faz morrer mais um pouco.

-Você me deixou sozinha e eu fui estuprada. ESTUPRADA.

- O quê? -dou um passo para trás sem acreditar

- Foi isso que você escutou! O patrão me chamou ao escritório dele e eu achei que seria bom, só que ele me pegou com força e ele não foi gentil e me machucou, eu fiquei gritando e pedindo pra ele parar mas ele não parou, ele me estuprou Brie! Aquele homem me estuprou, agora a doutora acha que eu posso ter alguma doença como aids, ou então... Eu Posso estar grávida. -Ela sussurra a última parte.

Deus!

Eu me sinto enviada a mais de quatorze anos atrás. Eu desejo silenciosamente que a terra se abra e me engula. Como eu vou explicar isso pra mama? Que eu não cuidei direito da minha irmã? Peço a Deus em silêncio que ela não esteja grávida.

-Samantha Moretti! -a doutora nos chama e parece não perceber que estamos em meio de algo. -Venha até minha sala

Minha irmã sai e eu vou atrás.

-Como eu suspeitava! Parabéns mamãe! Você está grávida. - a voz feliz da medica nada combina com o momento.

Me sinto atingida no meio da cabeça e tenho que me segurar para não cair o mesmo não acontece com a Samantha que desmaia.

-Samantha!

E parece que o inferno desceu na terra