015
˖࣪ ❛ REVELAÇÕES DE BLACK
— 15 —
Sede da Ordem da Fênix
HERMIONE TINHA ACABADO de convidar seus amigos para tirar uma soneca do meio-dia. Foi uma grande mudança de ritmo para ela; embora ela sempre tivesse tido um papel maternal mais responsável entre seus amigos, Hermione nunca pensou que veria o dia em que limparia a baba deles. Fechando a boca enquanto olhavam para uma garota que lhes interessava? Claro. Mas realmente limpar a saliva e fazê-los arrotar depois de comer? Tudo ainda era um pouco surreal.
Ela sussurrou baixinho um muffliato no berço, que ela transfigurou em um dos sofás da sala. Ela então se sentou no sofá, soprando mechas de cabelo do rosto. Ela tinha acabado de decidir fechar os olhos por um segundo quando ouviu passos abafados vindos do corredor.
Ela ficou imóvel enquanto alguém entrava na sala, indo para o Flu. Seus passos pareciam agitados e determinados, e Hermione entreabriu os olhos levemente para vislumbrar o único Sirius Black. Quando ele estava prestes a pegar o pó, Hermione falou rapidamente, interrompendo suas ações.
— Você não pode ir atrás dele.
Ele olhou para ela, sua mão voltando para o lado enquanto a estudava em contemplação.
— Vamos pegá-lo assim que tivermos um plano. — ela continuou. — Mas ir atrás dele sozinho não vai ajudar ninguém agora.
— Eu posso encontrá-lo. — Sirius insistiu. — Eu preciso, especialmente depois que fui tolo o suficiente para acreditar nele depois de tudo que você nos avisou. — ele suspirou exasperado, passando os dedos pelas longas mechas de cabelo.
— Encontre-o e fazer o quê? — Hermione perguntou com conhecimento de causa.
Uma raiva sombria encheu os olhos de Sirius, e mesmo que ele hesitasse em responder, Hermione já sabia aonde seus impulsos estavam levando.
— Fazer-o pagar.
Hermione assentiu, já sabendo a verdade. — Bem, você se arrepende de não ter me ouvido antes, então me escute agora. Perseguir Pettigrew em um ataque de raiva nunca o levou a lugar nenhum. Então espere.
O olhar duro de Sirius vacilou enquanto ele pensava nas palavras dela. — Mas as coisas mudaram. Sabemos agora que Peter era o traidor, por isso, mesmo que algo infeliz aconteça, as pessoas saberão o porquê.
— Nós? — Hermione perguntou cuidadosamente. — Só sabemos que ele mentiu sobre sua mãe. Até que tenhamos evidências de que ele está alinhado com os Comensais da Morte, você ainda pode ter muitos problemas por machucá-lo preventivamente.
Sirius se irritou com as palavras dela. — Eu não me importo. — disse ele com firmeza. — Se o bastardo possivelmente traiu os Longbottoms, então ele pagará e responderá por sua traição.
— Bem, você deveria se importar! — Hermione implorou. — Estou lhe dizendo, é provável que isso não acabe bem. Por favor, espere.
Sirius balançou a cabeça distraidamente, voltando-se para o pote de pó de Flu. Pensando rapidamente, Hermione fez o prato desaparecer não-verbalmente. Sirius congelou quando desapareceu bem diante de seus olhos, virando-se para Hermione frustrado.
— Como você ousa tentar me manter aqui? — ele exclamou.
— Estou tentando impedir você de fazer algo de que possa se arrepender! — ela implorou. — Algo que pode ser irreversível!
— Você não pode me prender aqui. — ele disse irritado, pegando sua varinha.
— Estou tentando proteger você! — Hermione gritou, finalmente perdendo a paciência.
— Não sou eu quem precisa de proteção. — disse ele teimosamente, afastando-se dela.
Num momento de pânico, Hermione percebeu que ele estava prestes a desaparatar. Se ele fizesse isso, não haveria chance de ela ser capaz de encontrá-lo e impedi-lo a tempo de fazer algo imprudente. Então ela fez a única coisa que conseguiu pensar. Pulando do sofá, ela correu em direção a Sirius, lançando-se nas costas dele. Ela trancou as pernas em volta dos quadris estreitos dele e os braços em volta do pescoço, agarrando-se a ele como um macaquinho.
Sirius grunhiu baixinho com o impacto do corpo dela, cambaleando um passo para frente de surpresa. Ele virou a cabeça para o lado com olhos incrédulos apenas para ver Hermione apoiando o queixo em seu ombro com uma teimosia estampada em suas feições.
— O que você pensa que está fazendo? — Sirius perguntou principalmente em estado de choque. Hermione nunca foi tão ousada desde que a conheceram. Ela sempre pareceu preferir rotas mais diplomáticas.
— Parando você.
— Saía.
— Não. — ela recusou teimosamente.
Sirius tentou desembaraçar as pernas dela de seus quadris, mas elas estavam presas ao seu redor com uma força que ele não esperava dela.
— Hermione... — ele começou em advertência.
— Não! Eu deixei todos vocês ignorarem meus avisos, não vou cometer esse erro novamente!
Ele arrancou os braços dela de seus ombros, finalmente conseguindo desalojá-la de suas costas com grande esforço. Ele se virou para ela, apertando seus pulsos entre eles em um aperto de aço.
— Esse não foi seu erro, foi nosso. — ele disse a ela honestamente. — E esta não é sua escolha, é minha.
Ele a soltou, avaliando cuidadosamente se ela iria atacá-lo novamente. Quando ela não deu nenhuma indicação de que iria, ele se virou mais uma vez, determinado a aparatar. Foi nesse último segundo que seus sentidos animagos aguçados o fizeram voltar, lançando um protego apressado. Ela quebrou sob o impacto do feitiço ofensivo, jogando-o contra o manto da lareira.
Hermione olhou para ele com culpa, sua varinha ainda apontada para ele. Os olhos de Sirius se estreitaram em incredulidade.
— Você tentou me atordoar. — ele sussurrou com surpresa traída.
— Você não pode ir embora. — ela sussurrou de volta, mesmo com a culpa estampada em suas feições.
— De que você tem tanto medo? — Sirius rosnou de frustração.
— Eu não quero que Harry cresça sem seu padrinho pela segunda vez! — ela finalmente gritou de frustração.
Sirius congelou. Seus olhos se voltaram para ela em estado de choque, seu queixo caiu frouxo.
— O que isso significa? — ele finalmente perguntou.
Hermione suspirou derrotada, voltando para o sofá e se sentando na beirada do assento. Sirius a seguiu hesitantemente e ficou ao lado dela, esperando por algum tipo de resposta. Ela manteve os olhos no colo, evitando seu olhar questionador. Então Sirius se ajoelhou na frente dela, colocando-se na linha de visão dela.
— Qual é, Hermione. O que você quer dizer com ele cresceu sem mim? Achei que você disse que eu estava na vida dele?
— V-você estava... Você estava... Eventualmente. — Hermione sussurrou trêmula.
Sirius agarrou as mãos trêmulas dela, apertando-as de forma tranquilizadora. — Hermione, eu preciso saber exatamente o que aconteceu.
Hermione o estudou sob os cílios semicerrados. Ela permaneceu em silêncio por tanto tempo que Sirius começou a pensar que ela não iria responder a ele.
— Quando Pettigrew traiu os Potter. — ela finalmente disse em tom baixo. — Ninguém sabia que vocês dois haviam trocado de guardiões do segredo. Então, quando você percebeu o que aconteceu, foi direto atrás dele.
Sirius ouviu pacientemente, deixando-a demorar.
— Você finalmente o encurralou em um bairro trouxa... Mas ele lançou uma maldição que matou treze trouxas, cortou o dedo e escapou para os esgotos como um rato.
Quando Hermione olhou para cima, ela pôde ver a horrível realidade caindo sobre Sirius. — E então? — ele perguntou, cerrando a mandíbula.
— Você foi levado pelo ministério, mas como ninguém sabia que você havia trocado de guardião do segredo, eles atribuíram tudo a você. A morte dos Potter, dos trouxas e... Pettigrew. Você foi trancado sem julgamento.
— Quanto tempo. — Sirius perguntou friamente, mantendo os olhos fixos nas mãos deles.
— Doze anos. — ela sussurrou. Os olhos de Sirius se voltaram para os dela com uma angústia incrédula, e Hermione desviou o olhar tristemente. — Você escapou quando percebeu que Pettigrew ainda estava vivo, e foi então que toda a verdade foi revelada a Harry e ao resto da Ordem.
— Maldição. — ele sussurrou. — Doze anos?
Sirius se levantou, andando de um lado para outro, agitado.
— Eu esperava que nunca tivéssemos que nos preocupar com isso desta vez. — disse Hermione. — Mas a maneira como você continua tentando perseguir Pettigrew sozinho... É como se a história estivesse se repetindo.
Sirius olhou para ela, sem saber o que fazer a seguir.
— Quero que você nos mostre o que aconteceu. Tudo. — ele disse com uma voz dura.
— Tem certeza?
— Precisamos ver isso, Hermione. — Sirius implorou. — Por mais horrível que seja, precisamos saber.
★
Hogwarts, Escritório de Dumbledore
Horas depois, Hermione estava sentada no escritório de Dumbledore novamente. Todos estavam dando uma olhada em suas memórias do terceiro ano. Ela optou por não ir com eles, mas estava esperando ansiosamente que eles reaparecessem.
Quando finalmente o fizeram, eram um espetáculo para ser visto. Dumbledore estava calmo e controlado como sempre, mas Lily e Sirius estavam pálidos. James parecia estupefato. Mas o que mais partiu seu coração foi a expressão horrorizada no rosto de Remus.
Todos olharam para Hermione sem expressão, sem saber o que mais dizer. Mas ela não podia deixar as coisas assim.
— Remus, não culpamos você por aquela noite. — Hermione disse suavemente.
— Mas eu tentei atacar você... — ele sussurrou entrecortado. — Vocês eram apenas crianças. — disse ele para si mesmo, enojado.
— Não foi culpa sua. — Hermione insistiu. — E você era nosso professor favorito mesmo muito depois daquele incidente.
Remus sorriu levemente quando James o cortou na nuca. — Sim, Professor Moony.
— E aquele era Severus? Quem tentou defender você? — Lily falou com um brilho de lágrimas nos olhos.
Hermione assentiu. — Ele era professor de poções desde que estávamos em Hogwarts.
Os olhos de James se estreitaram com essa informação. Ele se virou para Dumbledore confuso. — Snape é um Comensal da Morte confirmado, por que, em nome de Merlin, você o contrataria?
Dumbledore, parecendo um pouco tranquilizado pela memória de Hermione, respondeu a James calmamente. — Quando foi descoberto que Voldemort estava atrás dos Potter, foi Severus quem veio me avisar do fato. Ele ofereceu seus serviços à Ordem se eu protegesse Lily e sua família, e ele tem nos servido desde então.
— Mas... — James interrompeu.
— O fato de Severus ainda estar trabalhando para mim e ter defendido seu filho dessa maneira significa que ele permaneceu leal à luz mesmo anos depois. Eu entendo que ele cometeu erros. Mas ele também se colocou em perigo considerável para compensá-los; ele está o contato que conseguiu me entregar uma das Horcruxes da Mansão Malfoy.
James suspirou em aceitação, especialmente quando Lily segurou seu braço suavemente, tentando se comunicar com ele para esquecer o assunto.
— Devíamos voltar para a sede. — Remus disse finalmente, tentando amenizar a situação. — Os meninos vão estar se perguntando onde estamos.
— Vocês vão em frente, eu já vou.
Eles pararam brevemente e só saíram por insistência dela de que estaria logo atrás deles.
— Tenho mais uma lembrança que você deveria ver. — disse Hermione a Dumbledore, levando a varinha à têmpora. — Não é meu, é de Harry. Mas ele achou que era importante eu saber.
— Existe uma razão pela qual você não queria que os outros vissem? — Dumbledore perguntou intuitivamente.
— Eles têm dificuldade em permanecer imparciais. — admitiu Hermione. — Não tenho certeza de qual é a realidade dessa memória... Você sempre guardou muitos segredos, senhor. Mas eu só quero que você esteja ciente disso.
Hermione usou Flu voltou para a sede, se perguntando se ela havia cometido um erro ao deixar Dumbledore com as memórias de seu sexto ano, todas terminando com sua própria morte.
★
Sirius estava esperando por ela no segundo em que ela saiu da lareira. Ele se levantou do sofá no momento em que a avistou.
— Sirius... — ela olhou para ele interrogativamente. — Há algo que você precisa?
— Eu queria... Eu queria me desculpar, em nome de todos nós. — ele disse. — Você se esforçou tanto para nos avisar, e nós simplesmente dificultamos muito por causa disso.
— Você fez. — Hermione confirmou com uma expressão dura.
— E provavelmente não mereço o seu perdão pela maneira como tratei você. — ele continuou taciturno.
— Provavelmente não. — Hermione sorriu.
— Mas... — ele continuou com determinação. — Farei tudo o que puder para compensar você. Você fez mais do que o suficiente para ganhar minha lealdade - nossa lealdade.
Ela o observou silenciosamente.
— Você salvou meus melhores amigos simplesmente por existir neste momento. — ele continuou agradecido. — Você ajudou Remus a manter a mente durante as luas cheias. E provavelmente me salvou de me tornar aquele homem no seu futuro.
Sirius olhou para ela com olhos assombrados que fizeram a respiração de Hermione falhar.
— Deus, Hermione, não consigo respirar quando penso no homem que você conhecerá no futuro. — disse ele guturalmente. — Eu não sou ele, aquele homem estava tão furioso e quebrado que mal estava são.
— Oh, eu não sei sobre isso. — Hermione disse levemente, sorrindo através de um brilho de lágrimas. — Lembro-me daquele homem fazendo piada sobre ter pulgas para seu afilhado mesmo no meio de todo aquele caos. E ele não era mais imprudente e cabeça quente como você parece ser até agora!
— Eu não sou tão ruim... — Sirius tentou argumentar com falsa incredulidade.
— Sim você é. — Hermione disse dando um passo à frente, agarrando as lapelas do casaco dele e sacudindo-o. — E no futuro você nunca perdeu esse humor, ou esse fogo. Mesmo que você esteja certo. — ela admitiu, alisando suavemente a gola do casaco dele. — Algo em você estava um pouco quebrado, e mesmo com Harry e Remus, sempre houve essa dor subjacente por trás de seus sorrisos.
Sirius agarrou as mãos dela gentilmente para parar a agitação arbitrária. — Eu não sei como vou compensar você. — ele sussurrou para ela.
Hermione olhou para ele, um sorriso genuíno enfeitando suas feições suaves. — Você tem sorte de eu saber perdoar facilmente, Sirius Black.
— Isso facilmente? — ele perguntou em estado de choque. — Mas eu nem mereço isso ainda.
— Talvez ainda não. — Hermione admitiu. — Mas tenho certeza que todos vocês vão me provar isso com o tempo.
Sirius olhou para ela, estupefato.
Hermione riu da reação dele, afastando-se dele alguns passos. — Olha, por mais que isso tenha me frustrado, entendo porque você sentiu a necessidade de defender seu amigo até o fim. Eu poderia ter feito o mesmo, especialmente se não tivesse todas as informações como todos vocês.
Ele continuou a olhar para ela com admiração crescente.
— Além disso. — Hermione continuou, sorrindo suavemente com uma lembrança. — Fui tratada pior por muito menos. Você sabia que seu afilhado ignorou minha existência por meses depois que eu relatei que ele recebeu anonimamente a mais nova vassoura do mercado quando havia um suposto assassino à solta atrás dele?
Sirius soltou uma gargalhada, finalmente encontrando as palavras. — Bem, o que você esperava, você não pode simplesmente separar um jovem de sua vassoura.
Hermione riu com ele, aliviada por poder melhorar seu humor. Sirius se aproximou dela, envolvendo-a em um abraço esmagador e girando-a.
— Obrigado, anjinho. — ele sussurrou contra o cabelo dela. — Eu prometo que você não vai se arrepender de nos dar outra chance.
Hermione não pôde evitar o arrepio que percorreu seu corpo quando a respiração dele roçou sua orelha. Sirius fez uma pausa quando sentiu isso, ajudando Hermione a se levantar. Ele se afastou dela, escovando levemente as mechas rebeldes de seu cabelo atrás da dobra da orelha. Hermione não conseguia tirar os olhos dos dele, que eram mais brilhantes e vibrantes do que ela já tinha visto. Ele se inclinou mais perto e estava a apenas um fio de distância dela quando Hermione de repente recuperou os sentidos, virando a cabeça abruptamente para que os lábios dele mal roçassem sua bochecha.
Ele olhou para ela interrogativamente.
— Estou disposta a dar a todos vocês uma segunda chance. — disse Hermione claramente. — Mas não cometerei o erro de me envolver mais profundamente.
Sirius suspirou profundamente contra sua bochecha, suas mãos apertando sua cintura com força antes de soltá-la. — Claro. — disse ele respeitosamente, recuando lentamente. — Me desculpe se eu empurrei você.
Hermione se virou para ele, quase querendo engolir suas palavras. Mas não fazia sentido. Todos eles tiveram vidas antes de ela entrar no tempo deles; era do interesse deles deixá-los continuar em seus caminhos anteriores.
— Está tudo bem. — ela disse facilmente. — Você não forçou nada do que aconteceu antes.
Os olhos de Sirius imediatamente escureceram com a lembrança do último encontro deles naquela manhã na cozinha dos Potter.
— Mas não é para isso que estou aqui. — Hermione continuou. — Tenho outros assuntos em que me concentrar.
Sirius acenou com a cabeça em aceitação, dando mais um passo para trás dela. — Certo. Então, o que vem a seguir para você?
— Garantindo que todas as Horcruxes tenham desaparecido para que possamos realmente ter uma chance de lutar contra Voldemort. — Hermione disse com uma determinação sombria.
— Você não está sozinha. — Sirius insistiu.
— Não, não estou. — Hermione concordou. — Moody já está me treinando há semanas sobre como destruí-los. Dumbledore cuidou da aquisição da maioria das Horcruxes. Só precisamos de mais duas antes de podermos nos livrar delas de uma vez por todas.
— E depois disso?
— Se todos vivermos para ver o fim desta guerra. — Hermione suspirou melancolicamente. — Acho que o mundo é o limite. Eu precisaria terminar meus testes, mas tenho certeza que encontraria algo para fazer depois disso.
— Seríamos parte desse futuro? — Sirius perguntou inseguro. — Ou nós estragamos tudo também?
Hermione riu disso. — Eu teria ficado mesmo se todos vocês estivessem sendo atrozes comigo. Harry e Neville, e os Weasleys - eles praticamente foram minha família no mundo mágico. Os dementadores não conseguiram me manter longe.
Sirius sorriu, satisfeito com a resposta. Ela não iria a lugar nenhum, mesmo que não confiasse mais neles o suficiente para estar lá para ela. Bem, eles simplesmente teriam que provar que ela estava errada.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro