🧛♂️06.
🧛♂️🩸
Demorei um pouco para me acostumar com o breu noturno que tomava conta do meu novo quarto. Minhas pálpebras pesadas e a visão embaçada devido ao meu despertar repentino fizeram com que, durante alguns minuto, tudo não passasse de um imenso borrão para minha vista cansada. Não haviam velas e tão pouco tochas acesas a fim de que pudesse iluminar a escuridão noturna que cobria como um manto negro os meus aposentos, que assim como todos os ambientes do castelo parecia ter a necessidade extrema da ausência de luz.
Suspirando com pesar, senti um aperto no coração ao mais uma vez não acordar em meu quarto habitual com meu irmão repousando ao meu lado. Sentia-me egoísta, como poderia se quer dormir longe daqueles que amo? Estar nesse palácio, usufruindo dos diversos privilégios os quais me concederam não me parecia nada mais que uma tremenda traição para com minha família e minhas origens. Não é certo.
Levantei com cuidado e caminhei até o roupeiro no qual mais cedo, Nana havia guardado meu antigo sapato e vestido.
Adentrei o pequeno cômodo e contemplei admirada os pertences que estavam dispostos no local. Além de diversos sapatos e caixas de vestidos amontoadas de maneira organizada umas sobre as outras, algumas roupas também estavam penduradas por cabideiros, as quais muito provavelmente foram separadas durante meu descanso para que eu usasse no dia seguinte. E apesar de minha curiosidade corroer-me por dentro de modo à instigar-me à um ímpeto curioso a fim de que pudesse bisbilhotar um pouco mais, não ousei mexer em uma caixa sequer, mas permaneci maravilhada com tantas roupas dispostas à minha frente.
Muito embora soubesse que a quantidade de vestes ali dentro talvez fosse considerada relativamente pequena para a realeza, não fui capaz de conter um olhar de admiração e singelo espanto. Nunca havia visto um guarda-roupa tão variado. Jamais, em minha vida simples no vilarejo com mamãe e meu irmão, eu poderia dispor de tamanho luxo como um roupeiro tão variado quanto este.
Continuei percorrendo o cômodo com o olhar, perguntando-me como alguém poderia achar que já não haviam roupas o suficiente ali. Mesmo que eu permanecesse residindo com a família real por mais um mês sem que confeccionassem nada para mim, ainda não seria capaz de desfilar com todos aqueles vestidos pelo castelo neste período de tempo, independentemente das diferentes ocasiões nas quais eu estaria durante esse período.
Não demorou para que minha atenção se voltasse para um canto úmido e escondido do local; nenhum dos tecidos luxuosos dobrados e cobertos por embrulhos de seda ou esticados cuidadosamente foram capazes de se equipararem com o tecido simples, porém composto de detalhes únicos e delicados, que formava o vestido pendurado no breu do esquecimento em um canto qualquer. Não me importava o quão caro haviam sido os demais, nada poderia se comparar ao amor que fora colocado na composição daquele lindo vestido de cor azul ciano, tornando-o a mais valiosa das vestimentas.
Então decidi o vestir.
Mamãe o havia feito para mim. Costurou e bordou para ter como recompensa o deslumbre de um sorriso sincero de felicidade se formar em meus lábios no momento que o ganhei. Apenas esse simples gesto havia bastado para ela, e o fato de que ela havia o confeccionado era o suficiente para que eu pudesse concluir sem sombra de dúvidas que aquele era o vestido perfeito para mim e de certo o mais lindo de todos os que tinha e que um dia poderia vir a ter.
Caminhei à passos largos até o vestido, e agarrando-o com afinco, sorri à medida em que meu tato foi capaz de sentir a textura delicada da peça de roupa à minha frente ao mesmo tempo que brincava com o tecido fino entre meus dedos. Levei-o na direção da minha face, e assim que o fiz exalei o cheiro que recordava-me o significado da palavra lar.
Ainda tinha o cheio de minha mãe ali, assim como o resquício póstumo de sua presença. Um aroma de aspecto floral, cujo o qual julguei ser pelo seu zelo para com o seu jardim. Perante minha situação e o caos que assolou-me de modo repentino quando fui levada para longe de todos mais cedo, naquele instante o aroma emado pela roupa não apenas me lembrou daqueles que eu amava como também tocou minha alma e despertou em mim a saudade voraz que pareceu comsumir-me de imediato.
Eu não sabia o motivo, e tão pouco se mamãe, meu irmão e até mesmo papai soubessem que um dia me levariam embora. Talvez meu falecido pai tivesse segredos os quais havia optado por levar consigo para seu túmulo e a vida pós morte, todavia, por mais que meu irmão e minha mãe tentassem impedir que eu fosse embora, algo em seus olhares indicava que já sabiam que suas súplicas não surtiriam efeito contra o clã dos vampiros.
Porém, parte de mim precisava acreditar que estariam esperando angustiados pelo meu retorno. E de alguma forma, esse pensamento cessa um pouco da minha dor, mesmo que parte de mim saiba que ninguém jamais ousaria contestar a vontade do rei.
Mas eu irei.
Então decidi, precisava fugir. Não por teimosia ou para provar que poderia desafiar a maior das autoridades do Reino, entretanto por mim. Com a escuridão noturna lá fora, e todos estando dormindo, é a oportunidade perfeita. Não poderia permanecer deitada a mercê da vontade de pessoas as quais são completamente estranhas para mim, e tão pouco me casar com alguém que não amo. Mesmo que não seja um velho aparente, e possa proporcionar tanto à mim quanto à minha família melhores condições de vida, não seria capaz de juntar-me em matrimônio com alguém que além de forçar-me à um casamento indesejado, também me priva do direito de ver minha família. O dinheiro de James jamais será capaz de comprar o meu apreço por aqueles de quem tenho um carinho profundo.
Por mais arriscado que seja, ao menos a tentativa de fuga provaria minha tentativa de resistir à um destino o qual jamais almejei. Eu deveria ter uma escolha.
De um lado, o emocional mandava-me usufruir da oportunidade repentina e, possivelmente, única, a qual eu estava obtendo neste momento. Aproveitar o silêncio noturno para aventurar-me no meio da floresta para recorrer à um abrigo sob a luz do luar e as árvores da floresta à procura de uma saída pareceu-me a melhor opção. Por outro lado, a razão aconselhava-me o contrário. Por mais tentadora que fosse a ideia de obter minha liberdade novamente, a fuga poderia fazer-me perder a oportunidade de adquirir a confiança de todos e restringir a liberdade disponibilizada à mim, além de um possível castigo que, a julgar pelo o que pude notar, James não se incompdaria em aplicar. Então o medo de que pudesse machucar minha família cresceu dentro de mim.
Me vi em meio à uma encruzilhada, e ciente das consequências que poderiam atingir-me mais tarde caso fosse pega através do infortúnio de uma fuga má sucedida, decidi que não poderia permanecer no castelo sem ao menos tentar retornar para onde eu pertencia, meu verdadeiro lar.
Não estaria traindo apenas à mim mesma e meus preceitos caso continuasse aqui me subordinando à situações as quais jamais me submeteria, estaria indo não só contra meus princípios como também contra àqueles que eu amo caso jamais viesse tentar voltar à vê-los. Eu tenho que fugir.
Enquanto tentava livrar-me do vestido luxuoso o qual eu trajava, o mesmo do fatídico primeiro jantar com o rei, esbocei através de minhas memórias um pequeno mapa da residência da família real a fim de que pudesse encontrar a saída rapidamente e estar bem longe quando dessem por minha falta. Assim que me vi semi nua, apenas com minhas roupas íntimas, vesti-me rapidamente com o vestido azul ciano com o qual eu vira Aurora pela última vez. Assim que o fiz, encarei os meus pés que ainda estavam calçados com os sapatos novos com os quais fui presenteada mais cedo. Quase pude ouvir as súplicas silenciosas de meus pés quando, trocando o conforto dos pares novos pelo aperto e desconforto costumeiro, calcei os pares velhos novamente.
Me senti um pouco mais eu quando finalmente me encontrei trajada do mesmo modo que mamãe havia me vestido naquela manhã, quando me levaram sem pestanejar do conforto e simplicidade de nosso casebre. Para longe do amor materno e das brincadeiras de meu irmão.
Apesar da notória diferença de luxo e conforto da roupa que James mandara fazer para mim e daquela que me foi dada com carinho, me permitir sorrir diante da convicção de que o vestido de mangas bufantes não apenas representa quem sou, como também de onde eu vim.
Não sou princesa, sacerdotisa e tão pouco uma nobre. Sou apenas uma pobre camponesa, alguém que como Selena disse, não está a altura de um príncipe, e as regras da alta sociedade faziam jus à essa afirmação.
— Estou pronta. — Disse baixo para mim mesma.
Dali alguns minutos, estaria livre mais uma vez. Planejei de modo demasiado otimista, em questão de segundos, aquilo que faria assim que reencontrasse minha mãe e meu irmão. Iria os abraçar, e dizer-hes o quanto são especiais para mim, além de me pronunciar acerca das horas angustiantes que passei sem eles dentro daquele castelo, contudo sem deixar de pensar se que por um minuto em como estariam em casa nestes momentos em que preparo-me para minha fuga.
— Estou chegando em breve, mãe. — Digo sorrindo, enquanto caminho para fora do quarto de vestir.
Encaro a cama mal feita à minha frente, e logo depois a fresta na cortina indicando a lua em seu ponto mais alto, o que fez-me deduzir que já eram quase meia noite, e se fosse rápida, com sorte encontraria o fim da floresta no despertar do amanhecer. Apesar das baixas expectativas, não pude deixar de pensar na hipótese remota de encontrar o meu irmão no meio do caminho, à minha procura. Será que ao menos haviam tentado me resgatar? Talvez tivessem reunindo ajuda de moradores e soldados de reinos vizinhos para me resgatar, ou até mesmo preparando uma rebelião para reclamar-me de volta para onde era o meu lugar. Todavia logo afastei tais pensamentos fantasiosos de minha mente e caminhei para a porta de entrada do quarto. Não poderia sonhar tão alto.
Haveriam guardas me esperando? Eu não sabia. E com medo de ser descoberta antes mesmo de contemplar a brisa noturna do lado de fora do castelo juntamente à sensação de liberdade, coloquei meu ouvido colado à porta em uma tentativa de identificar ruídos vindos do lado de fora, contudo nada foi ouvido. E com um misto de medo e receio, abri a porta calmamente observando o corredor escudo à minha frente, e logo senti o alívio percorrer meu corpo ao notar que estava sozinha e não havia ninguém por ali.
Antes de sair do quarto, caminhei até o leito e arrumei os travesseiros no lençol, os combrindo em seguida com a coberta, assim cogitei que quando Nana entrasse no quarto mais tarde, tardaria a perceber que eu não estaria ali de fato. Assim que arrumei de maneira que parecesse realmente ser uma pessoa dormindo coberta devido à friagem do entardecer, saí do quarto e dei um passo para frente na imensidão fúnebre e sufocante do corredor silencioso. Tomando cuidado, fechei a porta atrás de mim tentando não fazer barulho e caminhei pelo espaço com as mãos erguidas para frente para que não derrubasse nenhum objeto. Eu não conseguia enxergar.
Por alguns instantes cogitei retornar para os meus aposentos e aceitar minha nova realidade, mas não o fiz. E apesar de saber que minha fuga repentina não passava de uma ideia imprudente advinda de uma alma desesperada, não poderia me dar por vencida. Eu não queria estar aqui.
Caminhei durante mais um tempo, e logo me dei conta, estava perdida. O mapa mental do ambiente que havia feito se tornara completamente inútil com a ausencia de luminosidade e minha visão humana que não me permitia ver nada além que a escuridão. Além de perdida, logo pude ouvir minha barriga roncar e senti minha pernas clamarem por descanso. Com fome, cansada, perdida eperdendo tempo. Preciso me apressar. Sem saber minha localização e frustrada diante da incapacidade de encontrar uma saída, encostei na parede e deixei meu corpo escorregar lengamente por ela.
O fracasso havia chego antes mesmo que pudessem me descobrir. Meus esforços foram inúteis, e para piorar, nem ao menos sabia como retornar para onde estava, teria que esperar o amanhecer, e com sorte, chegaria em meus aposentos antes que Nana descobrisse tudo e me dedurasse para o príncipe das trevas.
— Droga. — Suspirei com pesar.
As lágrimas começaram a se formar em meus olhos, deixando minha visão levemente embaçada, mas não houve tempo para que rolassem pela minha face. Meus olhos se arregalaram, as lágrimas secaram e meu coração parecia ter parado de bater momentâneamente. Tive a certeza de que talvez tivesse ficado tão branca quanto os vampiros dentro daquele castelo. Porém, foi quando uma luz forte, advinda de diversas lamparinas dentro de um cômodo que havia sido aberto, iluminou o local, que levantei-me rapidamente e escondi-me no pequeno beco entre duas paredes em que me encontrava.
Com o coração descompensado batendo em meu peito, só então quando observei James sair do quarto que outorgou luminosidade que deixei o ar, o qual nem ao menos percebi que havia prendido, sair de meus pulmões. Talvez não estivesse tão longe de meu quarto assim, e pudesse dar uma desculpa para que ele me perdoasse e planejar outra fuga futuramente, todavia permaneci estática ao perceber a presença de outra pessoa junto à ele. Selena estava lá também.
Apenas de camisola, a mulher apoiou seu corpo na porta e encarou James profundamente. Já o príncipe, parecia ignorar a presença da mulher e começou a prender os botões da camisa que estavam abertos.
— Gostaria que ficasse aqui comigo esta noite. — Fala Selena ao mesmo tempo que levanta suas mãos as levanto até a camisa do príncipe, abotoando-a para ele. — Seria divertido, James. Você sempre gostou das nossas noites em companhia. Você não se lembra? — Perguntou terminando de fechar os botões, soltando uma leva risadinha no fim de sua fala enquanto morde os lábios simultâneamente.
— Acho melhor não. — Respondeu James, encarando a mulher enquanto empurra delicadamente suas mãos para longe de seu corpo. — Eu tenho muitas coisas para resolver amanhã e você deve acompanhar Lúcia em suas aulas. — Concluiu.
— Lúcia. — A mulher pronunciou meu nome com desdém ao mesmo tempo que revira os olhos.
Soltei um pequeno suspiro assustada quando, de modo repentino, James segurou o pescoço de Selena e a prendeu contra a porta.
— Não ouse revirar os olhos para mim, querida. Você sabe que odeio quando faz isso. — Disse James, porém sua voz, ao invés de raiva, parecia carregar malícia, o que correspondia o olhar de desejo esboçado por Selena assim que o homem pegou em seu pescoço.
E de repente, observar aquela cena e ouvir a conversa de ambos pareceu completamente constrangedor.
— Sabe que também há muitas coisas que odeio, James. — Rebate Selena, se desvincilhando do toque do príncipe. — E você sabe o que eu faço como que odeio.
— Isso é uma ameaça? — Questionou James com deboche no tom de sua voz.
— Não, meu príncipe. Mas gostaria de saber o que o senhor teria de melhor para fazer que não pode se quer ficar comigo aqui durante essa noite.
As mãos de Selena percorriam a face de James, e enquanto me permitia observar os dedos da mulher subindo e descendo pelas bochechas dele, pude contemplar ao longe um cômodo ao fim do corredor, o lugar que poderia levar-me até a saída.
Animei-me diante da oportunidade que havia surgido, apenas deveria passar despercebida por ambos e estaria livre. Mas o sangue pareceu se esvair de meu corpo quando sem querer um grunhido escapou pelos meus lábios e James olhou na minha direção. Escorei-me na parede rogando aos céus para que ele não tivesse me visto, mas graças ao destino ou ao desejo de Selena pelo homem, surpreendi-me ao notar algum tempo depois que a atenção de James havia se voltado para Selena novamente, que agora o beijava com ardor.
Durante os minutos pelos quais as carícias se estenderam, senti meu estômago revirar e o nojo consumir-me com o pensamento de que James beijou minha testa mais cedo com os mesmos lábios que outrora, muito provavelmente, havia beijado Selena.
— Ainda deseja ir embora, alteza? — Pergunta Selena demasiamente próxima do rapaz.
— Sim. Eu tenho negócios para resolver. — Disse se afastando.
— Ah James! Por drácula, o que há de melhor para fazer nesse momento? Cuidar de uma humana?! — Esbravejou a morena.
— Eu tenho um reino para cuidar. — Respondeu James de forma ríspida, exibindo um semblante irritado em sua face. — E claro que cuidar de Lúcia agora também é um de meus deveres. Eu sou um príncipe e futuro rei, exijo respeito, Selena! Tenho que ir, adeus. — despediu-se.
— Eu não entendo. Por que ela, James? — E então ao ouvir a fala da mulher, James que havia começado a caminhar na direção de onde eu me encontrava escondida, parou no meio do caminho e a encarou.
Eu queria saber a resposta, mas com apenas um olhar, Selena já pareceu entender o que ele queria dizer. E mesmo frustrada por chegar tão perto de uma das respostas pela qual ansiava, agradeci aos céus quando a porta do quarto se fechou e James caminhou para longe sem olhar para mim sequer uma vez.
Evitei respirar e movimentar até que pudesse me certificar de que James estaria longe o suficiente para que não pudesse me ouvir. Não poderia correr o risco de ser pega, ao menos não quando havia visto um cômodo que poderia levar-me a escapar deste lugar.
As incertezas acerca do que ele poderia fazer caso me pegasse em fuga estavam atordoando-me, e por isso, apenas cerca de meia hora após a despedida dos dois amantes, corri apressadamente até a entrada do lugar que havia avistado anteriormente, e que por sorte, era iluminado pela luz do luar.
Assim que adentrei o local, o medo que me afligia deu espaço às inseguranças e questionamentos sobre o que ele poderia fazer com a minha família ao descobrir pela manhã que já não mais me encontraria em suas propriedades. Sabia que ele iria procurar-me aos redores do vilarejo, e por isso, teria que dar um jeito de ir com minha família para longe.
Com sorte, Selena poderia conceder ao rei e seus companheiros motivos para desistirem de me procurarem pelo Reino e juntarem James em matrimônio com alguém que esteja à sua altura e explicar-lhes o absurdo da possibilidade de um príncipe se dar ao trabalho de procurar por uma plebéia que se demonstrou ingrata diante da vontade do rei de acolhe-la de forma tão formidável.
Entretanto, a julgar pela falta de afeto de Selena para comigo, também devo contar com a possibilidade de a mulher ficar extasiada com um possível castigo dirigido à mim. Pelo desdém em sua voz ao falar com James sobre mim, adquiri convicção de que talvez, Selena não tivesse problemas em matar-me caso necessário.
Precisava chegar nos limites da floresta pela manhã, assim aproximadamente ao meio dia eu estaria com minha família enquanto James e os demais estariam próximos à metade do caminho até o fim da floresta, e então, quando chegassem à nossa casa, já estaríamos longe e muito provavelmente inalcançáveis.
Analisei minuciosamente o local que parecia ser uma espécie de sala de estar. Haviam alguns livros espalhados pelas mesas, e algumas poltronas que imaginei serem os locais onde amigos se reuniam em uma tarde entediante para conversar. Porém, logo pude reparar em algo de diferente neste cômodo. Diferentemente dos demais, no canto inferior e superior direiro haviam pequenas travas, que assim que puxei para cima, fizeram um pequeno barulho que foi acompanhado da abertura da janela.
Debrucei-me sobre o parapeito, e olhei para baixo em uma tentativa de analisar a queda. Percorri com o olhar ao meu redor, não havia outra saída, e não poderia me dar ao luxo de perder mais tempo procurando.
Não haviam guardas abaixo dessa janela, o que provavelmente haveria de ter nas demais e nas saídas principais, o que fez-me crer que aquele seria o ponte de saída ideal para minha fuga. Olhei para a lua cheia no céu, e senti a brisa fria notura vir de encontro ao meu rosto, não perdi mais tempo.
Coloquei os pés para fora, e logo em seguida as pernas. Sentei-me sobre a superfície de pedra e tentei não olhar para baixo. E então pulei, deixando meu corpo cair sob a grama macia, deixando um leve gemido de dor escapar devido ao impacto da queda.
Levantei-me rapidamenge, e ao me certificar de que não haviam soldados que pudessem me dedurar por perto, andei à passos largos até os limites da residência, sentindo a friagem percorrer por todo o meu corpo, fazendo-me estremecer levemente.
Olhei à diante e notei que aquela parte do grande palácio levava quem ali estivesse à um encontro direto com a floresta que crescia escura e perigosa sob mim a cada vez que me aproximava mais.
— Estou livre! — Exclamei baixo entrando na floresta.
E então segui em frente.
Oi gente, tudo bem com vocês? Desculpem a demora para atualizar, mas vim com boas notícias!
Prometida do Vampiro foi prestigiada com o primeiro lugar na categoria sobrenatural do concurso ANIMALS. Eu não preciso nem dizer o quanto estou feliz, não é?
Obrigada por acompanharem a história, sou grata por ter cada um de vocês aqui! E Vamos comemorar essa conquista!
Ah, e no fim de semana tem capítulo novo!!!!
Um grande beijo, bibi.🧛♀️☄⭐
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro