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🧛‍♂️02.

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A carruagem permanecia com seu ritmo constante. A cada momento que se passava, meu coração se apertava, recusando-se a acreditar que a cada instante eu estaria mais longe do meu verdadeiro lar.

Senti meus olhos serem preenchidos pelas lágrimas, e com a visão embaçada pelo choro que não tardaria a vir, tentei procurar na mata uma saída do destino ao qual eu estava sendo submetida. Contudo, não avistei nenhuma saída aparente para minha situação, me vendo apenas completamente presa à um futuro que fora escolhido para mim. Respirando fundo a fim de afastar o choro iminente, observo que ao lado de fora da carruagem, juntamente à cabine onde eu me encontrava com a mulher desconhecida por mim que me acompanhava até meu destino final, alguns guardas cavalgavam com o objetivo de fazer a segurança do veículo. Logo concluí que mesmo que eu me jogasse do transporte, ainda sim conseguiriam me pegar. Ademais, para uma jovem que passou a maior parte do tempo exercitando a mente ao invés do corpo, mesmo que conseguisse correr, eles não demorariam a me alcançar.

Suspiro em sinal de derrota diante do meu fracasso. Sinto o desânimo tomar conta de mim aos poucos, ainda não posso acreditar que estou em um caminho sem saída! Eu costumava crer que todos nós tínhamos uma escolha, mas eu não tive nenhuma. Sabia que me levariam independente do meu querer ou opinião em relação à decisão do clã que governa o reino. Minhas vontades não significavam nada mediante àos desejos dos governantes.

Encaro a mulher sentada ao meu lado, fora a sua declaração em minha casa acerca do meu destino, ela não havia falado mais nada desde então. A moça, a qual eu ainda não havia descoberto o nome, mantinha a expressão facial neutra, e olhar sobre a mata que nos rodeava. Cogitei inúmeras vezes a possibilidade de pedir para que ela me deixasse ir embora, visto que claramente não estava feliz com minha companhia, entretanto sei que ela jamais desacataria uma ordem do rei por uma humana a qual ela parecia nutrir profundo desprezo. Eu apenas seria ignorada.

Eu não tenho importância para eles.

Além disso, independentemente de todas as minhas súplicas e gritos da minha mãe implorando para que meu irmão não deixasse que me levassem, desde o momento em que aquela mulher nos disse que eu era a nova prometida, sabíamos que nenhum pedido de socorro me pouparia naquele momento, eu teria que ir. Assim como sabíamos acerca do futuro que me aguardava e que fora decidido por terceiros, também tínhamos conhecimento de que me levariam mesmo que tivessem que matar a todos para isso. Novamente, eram ordens do Rei, e ninguém ousava o desobedecer.

A lembrança dolorosa dos gritos de minha amada mãe juntamente à imagem do rosto ensanguentado de Pietro, meu irmão, preencheram meu pensamento inúmeras vezes durante o percurso até meu destino final. A aflição tomou conta do meu peito ao pensar que não poderia estar com minha família para confortá-los e dizer que ficará tudo bem, tão pouco cuidar dos ferimentos de Pietro, e garantir que não apenas ele como eu também ficaria a salvo. Afinal, nem mesmo eu tinha convicção do que aconteceria comigo, ou se tudo realmente ficaria bem. Não demorei a sentir as lágrimas, que outrora eu tentei segurar, escorrerem lentamente pela minha face. Levo minhas mãos em direção às minhas bochechas molhadas pelo choro, secando-as cuidadosamente com meus dedos, enquanto direciono meu olhar para minhas vestes.

Ao contrário da minha companheira de viagem, minhas vestimentas não foram feitas sob medida especialmente para mim com tecidos nobres como a ceda, e muito menos era uma peça de caráter luxuoso digna de um membro da realeza. Meu traje nada mais é que um vestido simples, que havia sido costurado pelas mãos de minha mãe e me fora concebido como um presente quando completei meus quinze anos. Sua cor é um azul ciano, tão delicado quanto uma flor, contendo detalhes bordados ao longo de seu cumprimento. Suas mangas são grandes e bufantes, o que me deixa com um ar pouco mais sofisticado do que eu estou acostuma. Aquele era o vestido que minha mãe havia separado nos últimos poucos minutos que haviam me concedido com minha família naquela manhã; assim que olhou a peça de roupa, soube que serviria para mim como uma lembrança especial do lugar de onde eu pertencia, e mostraria que não importava onde eu estivesse, sempre haveria um pouco das minha origens comigo.

Meus cabelos, por sua vez, encontravam-se presos em duas tranças embutidas, uma de cada lado da minha cabeça. Ademais, com o objetivo de enfeitar o penteado, Aurora, minha mãe, havia pego algumas flores denominadas Não-Me-Esqueças em seu jardim, na tonalidade azul, para combinar com o vestido que me presenteara.

A flor do Não-me-esqueças conta com um significado de sinceridade no amor. Mas também pode tornar-se uma flor que simboliza a inquietude por um amor não correspondido. Quando oferecidas para alguém, pode tomar-se seu significado como fidelidade, caso as flores oferecidas sejam na cor azul. E conhecendo bem minha progenitora e seu amor pela jardinagem, soube no exato momento em que enfeitou meu cabelo com as flores azuladas de tamanhos variados, que para ela aquilo significava que independente do que acontecesse, sempre estaria lá por mim. Aquela simples flor simbolizava o amor compartilhado entre eu, ela e meu querido irmão, sentimento esse que sempre viria a ser maior que todas as barreiras e dificuldades que pudéssemos encontrar em nosso caminho.

Direcionei meu olhar para a loira sentada ao meu lado mais uma vez. Em uma tentativa desesperada de acabar com o silêncio que estava instalado no local desde que havíamos partido, mexi meus lábios diversas vezes a fim de iniciar um assunto qualquer, entretanto nada saía de minha boca. Por inúmeras vezes tentei iniciar uma conversa, e em todas as tentativas, desisti da possibilidade de diálogo com ela. Afinal, o que eu falaria?

Eu poderia dizer que odeio a sua majestade e seu filho, por me forçarem à um casamento com alguém que nem ao menos sei o rosto. A única coisa que nós, aldeões e camponeses, sabemos acerca de nossos governantes é que são membros de um clã de vampiros. Apesar de boatos no que diz respeito à aparência de cada um dos membros da família real, sabíamos que no mínimo cada um deles eram seres centenários. Sinto um enjoo tomar conta de mim ao pensar na possibilidade de casar-me com um velho centenário. Mesmo que o tempo para esses seres passasse de forma diferente, garantindo-lhes uma aparência mais jovial por um tempo maior do que o dos humanos, isso não muda o fato de serem pessoas bem mais velhas que todos os demais seres do Reino.

Também poderia lhe dizer que a odeio por ter estragado aquela bela manhã, onde tudo o que eu mais desejava era ter continuado em minha cama ouvindo a orquestra de pássaros e esperando o momento em que iria se reunir com meus entes queridos. Ou que a ideia de se jogar de uma carruagem em movimento é deveras atrativa comparada ao momento atual, onde estava sendo levada para ser dada como posse de um velho desconhecido.

Durante toda minha vida tive o exemplo de amor verdadeiro exibido pelos meus pais dentro de nossa residência. Aprendi que casamentos podem ser muito mais do que transações comerciais e status, e que poderiam ser movidos por um sentimento muito maior do que o da ganância, o amor. Sendo esse o exemplo que me fora transmitido durante sete anos, e mais tarde ensinado através da esperança de minha mãe em reencontrar seu verdadeiro amor após sua morte, como eu poderia me sentir conformada com menos do que aquilo que meus pais tiveram?

Dentro de mim, a jovem romancista que eu havia criado ao longo dos anos com base nos livros que havia lido, ainda desejava viver uma paixão digna de romances, tal como a dos meus progenitores. Mas como viver um romance de verdade em um casamento onde nem ao menos eu tive a liberdade de escolha para dizer sim ou não?

Descarto todas as possibilidades que vieram a minha mente nos últimos instantes. Reclamações não me tirariam da situação em que me encontro. Não demorou para que a curiosidade acerca de qual seria o nome da mulher, quantos anos teria, e se seria uma vampira ou apenas mais uma humana que trabalha no castelo, tomasse conta de mim.

- Oi. - Digo timidamente. Contudo não obtive resposta.

- Acho que não fomos devidamente apresentadas. Me chamo Lúcia. - Continuo com um misto de simpatia e receio carregado em minha voz.

- Eu sei quem você é, garota. - A mulher respondeu grosseiramente, ao mesmo tempo em que me encarou com um olhar frio e tão sombrio quanto o que exibira mais cedo em meu antigo lar.

- Qual o seu nome? - Pergunto após alguns minutos de silêncio. Entretanto, nada saiu da boca da mulher, que apenas se limitou a virar para a janela novamente, e fingir estar admirando a paisagem.

O tempo parecia passar devagar. O castelo era consideravelmente distante do vilarejo, localizado em uma pequena montanha, em posição de destaque. Poderia ser havistado de qualquer canto do Reino, sendo utilizado como ponto de referência para diversos caçadores. É uma construção de pedras largas e cinzas, perfeitamente alinhadas. Os muros cercavam todos os arredores do palácio, que era vigiado constantemente por guardas a fim de manter a segurança do rei e sua família. Um lugar luxuoso e de difícil acesso, onde todos aqueles que entravam, raramente retornavam ao mundo exterior.

- Graças à Drácula. - Ouço a mulher falar, me dispertando dos meus devaneios.

Olho mais atentamente, e percebo uma grande quantidade de seguranças devidamente uniformizados com vestimentas pretas que continham o brasão do clã dos vampiros, tal como a da dama misteriosa que me acompanhara durante minha viagem. Guardavam com zelo o belo castelo carregado de uma elegância e beleza discreta que se encontrava atrás do enorme muro. Após a carruagem ser liberada para passar pelos enormes portões de ferro, minha atenção fora completamente fisgada pelo belo jardim do Castelo. Dentre as diversas flores que haviam no local, as que mais me chamaram a atenção foram as Não-me-esqueças em diversas tonalidades, exceto a azul, que era a que se encontrava enfeitando meu cabelo. Para um lar de seres sombrios, o jardim parecia tornar todo ambiente um pouco mais agradável.

Segundo as lendas que correm pelo vilarejo, vampiros são seres sombrios e sem coração, que residem em lares frios e sem vida. Ademais, não somente haviam boatos sobre como eles se portavam, como também sobre os diversos cômodos de suas residências. Havia quem contava que alguns quartos eram preenchidos pelo agonizante berro daqueles que eram torturados por desafiar a coroa, ou sobre prisões onde respousavam sobre o solo frio, o corpo de centenas de jovens que vieram a falecer após terem seu sangue completamente sugado de seu corpo por um dos membros do clã. A floresta proibida, lugar onde se localizava o Palácio da família real, era também onde as demais famílias vampiras pertencentes à nobreza resistiam, tornando a floresta um local onde quase nenhum humano se permitia aventurar-se.

Observo a porta da carruagem ser aberta por um homem alto e jovem. Sua pele é tão branca quanto a neve, seus cabelos exibem uma coloração acinzentada, e seus olhos, de mesma tonalidade, pareciam ser tão intensos quanto o da dama misteriosa. De maneira cautelosa, vejo-o estender a mão para que eu pudesse descer do transporte. Ao colcoar minha mão sobre a sua, sinto um arrepio percorrer meu corpo em decorrência da diferença de temperatura.

Vampiros poderiam ser tão gelados quanto uma noite de inverno.

Após descer da carruagem, olho com admiração ao meu redor. Jamais, em toda minha vida, havia estado em uma residência tão grande quanto essa. Não precisava analisar o local de maneira minuciosa para saber que cada parte dali era magnífica e perfeitamente planejada. Pensei mais uma vez em minha mãe, e seu pequeno jardim em frente ao nosso casebre, e sorri ao pensar que ao menos teria mais alguma coisa que me faria lembrar dela além do meu vestido.

Continuo analisando ao meu redor, até parar meu olhar sobre o castelo. Uma construção tão bela Vista de perto quanto de longe. Sem sombra de dúvidas era tão grande quanto eu havia imaginado que fosse. Desvio minha atenção da grande estrutura de pedras ao ouvir a voz carregada pelo desdém da moça que havia me acompanhado a viagem inteira.

- Finalmente chegamos. Não acredito que viajei para tão longe por causa disto. - Diz apontando para mim.

A raiva em seu tom de voz era notória, e adquiri a certeza de que ela não queria que eu estivesse ali tanto quanto eu. O ódio em seu olhar fez com que eu me encolhesse um pouco e desse alguns passos para trás, enquanto era acompanhada pelo olhar de centenas de guardas que pareciam estar atentos para qualquer tentativa de fuga de minha parte.

- Senhorita Selena, vossas majestades a aguardam na sala de reuniões do rei. - O guarda, o mesmo que me ajudara a descer diz.

Então Selena é seu nome.

- É senhorita Belamorte para ti. - Respondeu de maneira ríspida. - Ande Lúcia, não tenho tempo a perder. - Selena fala rudemente enquanto ajeita seu vestido e caminha calmamente até a porta de entrda do castelo, que já havia sido aberta por mais dois guardas.

Sigo a mulher sem deixar de apreciar cada detalhe daquele palácio magnífico e tenebroso ao mesmo tempo. Assim que entramos no castelo, fomos bombardeadas por um cômodo luxuoso, que julguei ser uma sala de visitas, sala esta que fora contemplada com alguns acentos de couro preto, cortinas de ceda, e uma lareira revestida com detalhes em ouro. Por alguns momentos, o medo que eu sentia do desconhecido que me aguardava ficou em segundo plano, dando espaço apenas para o cenário digno dos livros de romance que se encontravam empilhados em meu antigo quarto.

Seguimos por um grande corredor que exibia quadros de diferentes governantes do reinado. Homens de aparência calcasiana e olhares sombrios. Ademais, quadros com temáticas de guerra, e de mulheres tendo seu sangue tomado pelos vampiros, também eram exibidos ao longo dos corredores do imenso palácio.

Há algum tempo atrás, fazia parte da tradição do mundo vampiro a caça. Era uma noite do ano em que os nobres do clã dos vampiros iam até as aldeias e caçavam meninas virgens. As meninas que eram pegas na calada da noite, eram sacrificadas na frente de toda aldeida, tendo seu sangue tomado pela elite do Reino. Todavia, essa tradição foi extinta ao longo dos anos, quando os aldeões começaram a ameaçar mudar-se para o reino vizinho. Temendo a diminuição do seu poder, e perda de Influência, o rei sancinou uma lei que proíbe a caçada, salvando assim a vida de diversas jovens por ano. Contudo, nas paredes do Castelo, a história dessa tradição ainda se mantinha viva, por meio das pinturas que exibiam memórias saudosistas do clã.

Não demorou até que parássemos em frente à uma grande porta, onde mais dois guardas se encontravam de prontidão. Selena apenas os encarou, e após uma breve reverência oriunda dos dois, eles abriram a porta, nos dando passagem para um corredor demasiadamente escuro, que fez com que o medo que eu sentia de estar diante do desconhecido voltasse de maneira repentina e sem aviso prévio.

Receosa, caminhei atrás da mulher, não tão perto, contudo longe o suficiente para evitar que sua irritação com a minha presença chegasse à níveis maiores. Meu olhar se mantinha concentrado no chão e nos passos de Selena. Era quase impossível enxergar algo diante do breu que se instalava naquele corredor que parecia não ter fim. Minha aflição diminuiu ao perceber que finalmente estávamos em um cômodo diferente e um pouco mais bem iluminado.

No canto esquerdo, há poucos metros da entrada do recinto, haviam alguns acentos na cor preta, todos acolchoados e implacavelmente limpos. Mais a frente, haviam algumas estantes enfileiradas uma ao lado da outra, com centenas de livros; encantada, deixei meu olhar entusiasmado recair sobre os diversos títulos exibidos nas estantes. Se não fosse pela situação atual, poderia jurar que havia encontrado meu paraíso particular. Apesar de perceber que a maioria deles apresentavam a história do mundo dos vampiros, ainda sim pude observar a presença de alguns romances, que fez com que meu coração palpitasse fortemente em meu peito. Eu amo a literatura.

O cômodo era como uma grande biblioteca, e em uma de suas paredes, uma enorme janela coberta parcialmente por grandes cortinas, concedia uma boa iluminação para o lugar. No centro da sala, acompanhado de uma mesa redonda de tamanho mediano feita de madeira, havia pendurado ao teto um grande lustre coberto por pequenas pedras diamentas revestido em prata, realçando a riqueza e sofisticação do lugar.

Jamais havia entrado em uma biblioteca como aquela. Haviam tantos títulos que poderia passar toda a minha vida apreciando o conhecimento que fora guardado dentro de cada uma daquelas páginas.

Com pesar, atravessei o cômodo rapidamente, seguindo os passos da mulher que havia me acompanhado até ali, deixando o local e adentrando mais um corredor não tão grande quanto o outro, todavia mais escuro que o anterior. Caminhamos por pouco tempo até paramos em frente à uma porta preta, com detalhes em vemelho sangue que formavam o brasão do clã. Senti meu coração gelar, e minhas pernas ficarem bambas por alguns instantes. Eu estava com medo novamente.

- Não olhe nos olhos, fique calada, e se possível, evite até mesmo respirar. Só fique quieta sua peste! - Selena fala se virando para mim.

Apenas concordo com a cabeça, fazendo com que ela esboce um pequeno sorriso maldoso em sua face, enquanto deposita sua mão sobre meu queixo.

- Muito bem, querida. - Disse em um tom de deboche. - Saia da linha, e terá sua família morta, entendeu? - Pergunta apertando meu rosto, enquanto tudo o que consigo fazer é lhe responder com um olhar de medo e desespero.

A moça retira suas mãos de meu rosto, limpando-as de maneira delicada em seu vestido, e em seguida dando duas batidas na grande porte. Alguns segundos depois, dois guardas, tal como os outros que encontramos pelo caminho, nos recepcionaram. Entretanto, diferentemente dos demais, ambos usavam um elmo, impedindo que eu pudesse analisar seus rostos.

O novo cômodo que me era apresentado, contém uma mesa redonda grande em seu centro, com um lustre semelhante ao que havia visto há pouco tempo no que parecia ser a biblioteca da casa. A janela estava completamente fechada por uma cortina vermelho sangue, fazendo com que o ambiente tivesse que ser iluminado por algumas lamparinas espalhadas uniformemente pelo local. As cadeiras estão posicionadas em forma de meia lua, com a abertura justamente em direção à um pequeno altar, onde em um trono, revestido de ouro e mais pedras preciosas, se encontrava um homem branco, que aparentava ter seus sessenta anos, cabelos levemente grisalhos e olhos tão vermelhos quanto o sangue. Era o rei.

Segundo as lendas, apenas membros da familia real dos vampiros apresentavão olhos vermelhos. Deste modo, era possível dentre o clã dos vampiros, diferenciar a nobreza dos demais vampiros comuns.

Além do rei, ao seu lado no trono encontra-se um homem que ao que aparenta deve ser seu filho. O garoto tinha cabelos pretos escuros como a noite, lábios levemente rosados, que junto com sua aparência jovial, o deixava extremamente atraente. Contudo, não foi sua aparência que prendeu minha atenção, mas sim os seus olhos vermelhos tão hipnotizante quanto os de seu pai, e sem perceber, me vi quebrando uma das regras impostas por Selena.

Eu não conseguia parar de o encarar.

Devio meu olhar ao perceber o pequeno sorriso que se formava nos lábios de James, juntamente a um pequeno barulho feito por Selena para chamar minha atenção, fazendo eu perceber o olhar raivoso dela direcionado à mim, então só aí me lembrei que não havia reverenciado ao rei.

Em um movimento rápido, abaixo em sinal de respeito, atraindo o olhar de todos no local. Exceto pelo príncipe, mas ninguém parecia estar satisfeito com a minha presença ali. Eu sou uma mortal no meio de pessoas que anseiam por sangue. Uma presa fácil.

- Vossa majestade, trago ao senhor a prometida de seu filho. James, está é Lúcia, sua futura esposa. - Ouço Selena se pronunciar.

Encarei o garoto que olhou para Selena, e caminhou lentamente em nossa direção. Prendia respiração ao ver o príncipe das trevas parar a minha frente, e tocar em minha mão. Apesar da diferença de temperatura, dessa vez não senti meu corpo se arrepiar com o toque de um vampiro. James levou minhas mãos em direção aos seus lábios, e me direcionou um belo sorriso cordial.

Afinal, não era com um velho que eu iria me casar.

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EDITADO EM 02/12/2020

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