Narrado por Antônio :

Depois que desci as escadas da casa de Melissa, fui embora, não queria ficar ali, lógico que estou sofrendo com tudo isso, EU AMO ELA, mas ela ainda ama Mateus e não consigo enfrentar tudo, sabendo que o motivo pelo qual estou sofrendo, é alguém que ama outro.

- filho, que bom que chegou.

Falou minha suposta mãe, que eu não lembrava ter.

- oi mãe.

Falei meio sem jeito, ela sorriu e falou :

- tô sabendo que você perdeu a memória.

Eu a-olhei
Como ela sabia?

- não me olhe assim, eu sou amiga da mãe de Marcos, logo eu saberia.

Ela falou sorrindo, com as mãos na cintura.

- aonde é meu quarto?

Perguntei, mostrando o meu desinteresse pela conversa.

- segunda porta, a esquerda.

Fui e entrei, meu quarto era muito bonito e arrumado, deitei na cama olhando pro teto.
Era de gesso e tinha um pôster de um carro vermelho, minha cama era de casal, tinha um guarda-roupa branco e uma bancada com computador.

Pelo menos aqui vou estar sozinho.

- há, Melissa você mexeu comigo.

Eu fechava meus olhos e praticamente sentia a respiração dela, sentia o gosto do seu beijo, suas mãos em mim e via seus olhos próximos ao meu.

- filho, vai querer comer alguma coisa?

Perguntou minha mãe batendo na porta.

- não, só quero ficar sozinho.

Falei, já me sentindo em casa, ouvi ela ir embora e fiquei ali pensando no meu amor.
Melissa mexia comigo de um jeito surreal, de um jeito que eu nunca vi e senti, meu amor por ela é inabalável, igual ao dela pelo Mateus, por isso estava beijando ele, por isso no primeiro momento que viu aquele desgraçado já foi beijando e agarrando.
Dei um murro no travesseiro e as lágrimas insistiam em cair, mas eu não podia chorar, tenho que manter minha postura de alfa, mesmo na forma humana.
Meu celular toca, era a mãe de Melissa.

Ligação on :

- alô?

Falei e ouvi choro.

- Antônio?

- sim, pode falar.

Me sentei na cama e ela começou a falar, parando porque estava chorando :

- Melissa... Antonio

Senti um arrepio, quando ouvi o nome dela e pensei logo que tinha acontecido alguma coisa.

- o que ouve com ela?

Perguntei, dando um pulo da cama.

- ela foi levada... Ela estava indo falar com você, quando ouvimos ela gritar e quando chegamos, não vimos mais nada.

Meu corpo gelou na hora, eu soltei o celular e corri pra casa dela.
Não tô acreditando no que tá acontecendo, ela não pode sumir, passei dias e dias atrás dela e quando a-encontro, vou perdê-la? Nem pensa, irei encontrá-la, nem que isso custe minha vida.
MELISSA É MAIS IMPORTANTE PRA MIM.