#38 Lar Doce Lar
Depois da ligação de Antônio, recebemos uma notícia :
- responsáveis por Bruno Brandão?
Nos levantamos e eu falei :
- somos nós.
Ela tinha alguns papéis na mão e falou :
- sinto muito, mas ele não irá voltar a enxergar novamente.
Ela falou tudo de uma vez, que me fez tremer com sua frieza.
- podemos falar com ele?
Perguntou meu pai.
- sim, venham comigo!
Ela nos levou, até o quarto onde ele estava deitado.
- Bruno... Somos nós, Ema, Sky, o alfa e eu, Melissa.
Falei entrando e sentando em um sofá pequeno, ali do lado.
- alguma notícia?
Ele me perguntou, eu fiquei calada e ele voltou a falar :
- ficarei cego pra sempre, não é?
Eu tentei me conter, para lágrimas não caírem e consegui.
- sinto muito...
Foi o que consegui falar, com um suspiro ele deita a cabeça de lado, em direção a janela, sentindo o vento em seu rosto e eu fico tocada, ao ver um pássaro parado na janela e cantando pra ele, que deu um sorriso terno e fofo.
- quando sair daqui, pra onde pensa em ir?
Perguntou minha mãe, com um olhar pensativo.
- não sei... Acho que pro meio da mata, talvez pra uma caverna.
Eu não achava seguro ele ir pra mata, muito menos pra uma caverna escura.
- não é seguro pra você, Bruno... Pode vir morar conosco.
Falou meu pai e minha mãe sorriu com a decisão sabia dele.
- obrigado senhor, mas não quero incomodar.
Meu pai sorriu e com um tom gentil, ele fala em couro com minha mãe :
- não é incomodo algum!
Eu ri junto de Antônio e ao perceber isso, Bruno ri também.
- então, eu vou!
Ele fala, se animando e sorrindo, a enfermeira entra avisando que ele terá que descansar, então saímos para ele poder dormir um pouco e ficamos no sofá, eu segurava a mão de Antônio e quando ele percebeu, levantou e deu um beijo terno nela e sorriu pra mim, meus pais nos observavam com um olhar de que não acreditavam naquilo, eu ficar com o garoto que queria me obrigar a casar?
Eu dei um beijo nele, passando a mão por seus cabelos e dou um sorriso, que o-faz tão feliz, que daria pra ver de longe, a sua felicidade estampada naquele sorriso doce, que ele dá .
- não imaginei que você me perdoaria.
Ele diz abaixando a cabeça, ele se culpa muito.
- esquece isso, já passou.
Ele sorri, tinha algo naquele sorriso, que me levava pro céu, algo que me fazia flutuar sem sair do canto, ele é tão especial, parece que nada daqueles momentos que passamos sozinhos, saia da minha cabeça, eu lembrei até do filho que ele inventou e sorriu sem ele perceber.
- nós vamos indo, pra arrumar o quarto do nosso mais novo membro da família.
Falou minha mãe, se levantando e sorrindo, eu e o Antônio ficamos para aguardar o médico dar alta a Bruno.
Isso não demora muito, logo ele recebe alta, pegamos um táxi e fomos direto pra casa, onde me lembrei de Miguel.
Há, meu irmão que saudade de você.
Antônio entra na casa e se senta no sofá, observando tudo e Bruno fica ao seu lado, com uma barra de ferro dobrável em sua mão, para facilitar ele andar na casa.
- eu vou ligar pra galeria de arte, e deixar tudo pronto pra irmos trabalhar amanhã.
Falou minha mãe, indo pro telefone da cozinha e meu pai fala :
- pra facilitar, podemos comprar um cão guia.
Ele fala, com um intuziasmo tão grande que me faz abrir um sorriso e ele sorri também.
- vou dar muito trabalho.
Bruno fala, eu dou um sorriso e falo :
- que nada Bruno... Tem um quarto do lado do meu, pode ficar lá e depois adotamos um cão guia.
Ele sorri, Antônio leva ele até o quarto, junto com meu pai e eu me sento no sofá.
Há, como é bom estar novamente em casa.
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