Ele me olhava, com seus olhos penetrantes... Senti medo daquele olhar, seus olhos negros me assustavam, eu sei que o-perdoei, mas não sinto confiança, é como se ele pudesse me atacar a qualquer momento. Ele continuava me olhando e mordendo os lábios, seus olhos passavam pelo meu corpo, de cima a baixo, como se me analisasse e eu estava sem jeito, se ele me atacasse eu poderia subir na árvores, já que o Bruno me ensinou... O Bruno? Onde será que ele está? Será que também está do lado de Apolo, igual ao Ômega? E pra onde o Ômega foi? Depois que o Apolo morreu, não o-vi mais.
Para me deixar com mais medo, Antônio olha pra um lado e pro outro, pra saber se tem alguém por perto.
Será que ele vai me atacar?
Ele abre a boca para falar alguma coisa, mas escutamos um grito de socorro.

- o que foi isso?

Pergunto seguindo o grito, que ainda escuto mais três vezes e chego de frente com uma caverna, onde o grito fica mais baixo, como se a pessoa estivesse sem forças para gritar novamente, então eu entro, Antônio vinha atrás de mim.

- tem alguém aí?

Pergunto e não recebo resposta nem uma, então vou mais pra dentro, onde vejo um garoto mais ou menos da minha idade, com um pano amarrado nos olhos, sua cabeça caída pra trás, seus braços estão bem levantados e amarrados em correntes, igual aos seus pés e ainda tinha dois cortes, um abaixo do olho esquerdo e um no queixo, estava apenas de cueca com seus músculos a mostra e com pingos de sangue em seu peitoral.
Mateus?
Penso logo se era ele, mas sua cabeça se mexe e vejo que era Bruno, ele estava gemendo mas parecia desacordado.

- Bruno?

Falei e Antônio me olha.

- você o-conhece?

Faço que sim com a cabeça e retiro o pano dos olhos dele, que estão... Queimados... Ele está cego.
Eu passo a mão limpando o suor de seu rosto, junto com o sangue e retiro as correntes com uma chave que estava próximo ali.

- quem está aí?

Ele pergunta em um sussurro.

- sou eu Melissa... Vou te tirar daqui.

Apoiei seu braço em meu ombro e Antônio fez o mesmo do outro lado, o-tiramos dali, seu corpo estava mole.

- o que aconteceu?

Perguntou meu pai, colocamos ele numa pedra sentado, ele respirou e começou a falar :

- Ômega aceitou trabalhar para o Apolo... Eu recusei, não tinha ido com a cara dele e sabia que seus planos eram destruir vocês, e não iria ajudar nisso... Então Apolo deu a ordem de que Ômega me prende-se aqui, e foi o que ele fez... Achei que ele fosse meu amigo, mas me enganei... De duas em duas horas, um dos dois vinham aqui, pegavam uma faca e cortavam meu rosto ou minhas costas, dissia que eu iria pagar caro e que eu iria me arrepender de ter nascido... Apolo ria e Ômega sempre falava "sinto muito meu amigo mas negócios, são negócios" para ele aquilo era como um trabalho e eu que levei a pior.

Ele geme, quando passo a mão em um dos cortes nas suas costas.

- e seus olhos?

Perguntei retirando a minha mão dele, ele abaixa a cabeça e fala lentamente :

- Apolo queimou um pedaço de ferro e falando que eu iria morrer ali mesmo, colocou nos meus olhos e eu gritei de dor, ele só retirou quando eu desmaiei.

Sua voz falhava ao lembrar de tudo que passou.
Meu Deus, Apolo não tinha coração e nem Ômega, que se dizia amigo.

A pedido vou por aqui a foto de Antônio :

Agora vou querer a opinião de vocês... Quem é mais bonito Mateus ou Antônio?

Zayn Malick ou Bruno Gissoni?