Colocamos Mateus sobre uma das camas, ômega subiu até o andar de cima daquela velha casa e da varanda ficou vigiando.

- qualquer coisa nos avise.

Falou meu pai indo até a porta principal, para vigiar.

- eu vou ficar ao lado de Mateus.

Falei passando a mão no rosto dele, que mesmo machucado e adormecido, ainda era muito lindo.

- certo, eu irei pegar algumas frutas nas árvores do quintal.

Falou Bruno indo pro quintal, mamãe estava ao meu lado, me dando apoio e ficamos ouvindo ômega afiar as garras em uma das madeiras da parede da casa,
Sim é feita de madeira.
Ouvimos uivos altos e próximos, eu me desesperei, ômega viu e nos falou :

- lobos, em grande número, estão vindo para cá.

Meu pai fechou a porta, pegou com minha ajuda os braços de Mateus e o-levamos para o andar de cima, Bruno logo apareceu com maçãs e laranjas, gritando :

- eles estão perto.

Tinha uma flecha em seu ombro e uma mordida em sua perna, ele caiu sobre mim, tentei levantar mas foi inútil, meu pai o-levantou e o-colocou em outra cama no andar de cima, pela quantidade de camas tinham mais de dez pessoas naquela casa.

- venha filha.

Falou minha mãe me colocando perto da cama de Mateus, fiquei de joelhos ao lado dele, meu pai da janela via os lobos se aproximarem, ômega e Bruno olhavam de outra janela.

- vamos ter que sair daqui, eles estão vindo.

Falou Bruno.

- nossa prioridade é tirar Melissa daqui.

Falou minha mãe.

- sairemos todos.

Falou ômega passando novamente suas garras na madeira, dessa vez próximo a janela.

- vamos logo.

Falou Bruno, meu pai pegou Mateus nos braços e foi passar pela porta, primeiro minha mãe, depois ômega e Bruno quando foi a vez de meu pai passar com Mateus, o armário do nada, caiu, fazendo os dois se separarem e fazendo eu e Mateus ficarmos presos dentro daquele quarto.

- Melissa, você está bem?

Perguntou Bruno.

- sim, eu estou bem.

Falei quase gritando, meu pai tentou várias vezes empurrar a porta, mas o armário era pesado, meu braço estava com um corte enorme, pois quando o armário caiu me atingiu e me cortando.

- pai

Gritei e ele tentou empurrar, mas não dava certo, então se transformou, mas já era tarde, os lobos aviam colocado fogo na casa e já estava chegando no andar de cima, ômega e Bruno aviam ido embora, mamãe e papai aviam ficado para me tirar dali, junto de Mateus, meu braço sangrava muito.

- filha, você está machucada.

Falou minha mãe, aquela mulher doce avia voltado, ela chegou perto de mim, esquecendo que daqui a minutos morreriamos queimados.